Wonderful Love escrita por Gabriel Lucena, matheus153854


Capítulo 31
Capitulo 31


Notas iniciais do capítulo

Fala aí galera, aqui é o Matheus denovo com mais um capitulo, boa leitura!



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Mário...

"Mário, eu estou aqui, eu amo muito você. Não me deixe, ainda temos muito o que viver, você tem uma vida longa pra viver pela frente. Não me deixe, por favor. "

Essas foram as primeiras palavras que ouvi depois de cair da escada e perder a consciência, era a voz de Marcelina, nunca fui de entender como isso funciona, mas assim que ouvi a voz dela dizer essas palavras consegui abri os olhos, uma luz forte quase me cegou, me obrigando a fechá-los novamente. Esperei alguns segundos e respirei fundo até abrir eles e inclinar a cabeça um pouco para o lado pra poder afastar a luz do meu campo de visão. Quando abri os olhos novamente, vi que ela estava chorando em meu peito e pude sentir suas mãos nas minhas. Então eu puxei-as um pouco pra frente para me equilibrar melhor e mudar a posição na cama e ela percebeu, pois levantou a cabeça e me olhou nos olhos.

—M-Mário? - ela sussurrou, me encarando com os olhos cheios de lágrimas, tentei dizer "oi", mas tinha um aparelho de ar na minha boca. - Pisca os olhos se estiver me reconhecendo. - pediu ela emocionada e eu pisquei, fazendo ela chorar de emoção e me abraçar. Não pude deixar de urrar baixinho quando ela me apertou, pois meu corpo ainda doía pela queda e ela se afastou. Depois veio meu pai.

—Filho, que bom que está bem!- disse meu pai, me abraçando rápido e se afastando.

Logo após cumprimentar e rever meu pai e Marcelina, tirei o aparelho da boca.

—Há quanto tempo estou aqui? - sussurrei com a voz falha.

—Desde ontem filho. - respondeu meu pai.

—Quem me empurrou da escada?

—Jorge Cavalieri. - respondeu Marcelina e eu bufei. Tão óbvio isso.

Em seguida, apareceu uma médica na sala. 

—Olá, que bom que acordou. - disse uma enfermeira alta, magra e loira com um sorriso largo. Ela pediu que Marcelina se retirasse e mesmo assim, ela foi, apertou minha mão e beijou minha testa antes de sair da sala. 

—Querido, como pode ver, está com dores na porque na queda da escada você bateu ela nos degraus várias vezes, mas você não teve nada sério. - ela disse, ainda sorrindo - E a dor no resto de seu corpo foi por causa da queda da escada, felizmente, como consta no raio-x, você não quebrou nada, mas a dor ainda ficará por um tempo.

—Quando eu vou poder sair daqui? - perguntei.

—Ainda não sabemos o certo, precisará ficar em observação por alguns dias para sabermos quando vamos poder te liberar. 

—Tá bom, obrigado. - sorri de volta e ela se retirou, me deixando à sós com meu pai.

—Filho, pode ficar tranquilo que agora o Jorge não irá mais incomodar você. - disse meu pai depois de alguns segundos, se sentando numa cadeira.

—O Cirilo filho, ele viu tudo e sabe que foi o Jorge. Então, ele o entregou para a diretoria e o Jorge foi expulso da escola por causa disso, acho que ele passará a frequentar outra semana que vem. 

—Bom, agora é um problema a menos pra mim né? - ri fraco por causa das dores.

—Sim filho.

Assim que meu pai terminou de falar isso, ouvimos um barulho na porta, o que o fez virar pra trás. Uma mulher que eu nunca vira antes entrou pela porta e Marcelina estava ao lado dela.

—Teresa? - disse meu pai, aparentemente atordoado.

Fiquei olhando meu pai por alguns segundos, até que não resisti:

—Pai, quem é essa mulher?- sussurrei, mas o silêncio fez a mulher ouvir minha pergunta.

—Sou sua mãe Mário.- disse a mulher sorrindo e se aproximando da minha cama. Mas diante daquela revelação, arregalei meus olhos e fiquei sem fala. O máximo que pude fazer foi me encolher na cama, assustado.

—Teresa, meu amor. - meu pai chorou de emoção e a abraçou. 

—Sim Germano, sou eu. - a mulher retribuiu o abraço.

—Onde esteve esse tempo todo? Pensei que estivesse morta.

—Querido, todos que me conhecem pensaram a mesma coisa sabia? Mas não foi isso, acontece que me chantagearam.

Nesse momento, fiz um sinal com a mão para que Marcelina se aproximasse.

—Onde você a encontrou? - sussurrei no ouvido dela.

—Na praça aqui perto do hospital. - ela respondeu no mesmo tom- Eu estava justamente voltando pra casa quando a encontrei chorando no banco da praça. Aí meus instintos ignoraram a advertência da minha mãe de não falar com estranhos e acabei indo falar com ela. Aí, descobri que ela é mãe de vocês e a trouxe pra cá.

—Como descobriu que ela é minha mãe?

—Vi uma foto de você e Gustavo quando eram crianças.

—Nossa, então deve ter sido bem pequenos mesmo, porque eu nem lembrava mais do rosto dela. 

—Com certeza.

Fiquei olhando Marcelina sorrindo e ela retribuiu até que ouvimos a voz de Teresa.

—Será que eu posso pelo menos tentar explicar tudo para Mário o motivo do meu sumiço? Assim você poderá saber também o que houve. - ela suplicou com os olhos marejados.

—Está bem, se é assim que vai ser, eu aceito.. - disse meu pai secando as lágrimas. 

A mulher o agradeceu e enxugou as lágrimas vindo em minha direção junto com meu pai, mas dessa vez eu não me encolhi.

—Já volto tá Mário? - disse Marcelina, beijando minha bochecha e eu assenti.

Então, meus olhos foram direto para a mulher, que se sentou na cadeira onde meu pai estava anteriormente e me olhou com um sorriso. Já meu pai ficou do lado dela, esperando ela começar a explicar. 

—Filho, eu sei que está assustado, por isso não está entendendo nada.- ela começou - Mas é a verdade sim, eu sou sua mãe e do Gustavo.

—Tá, eu acredito já que meu pai te conhece bem, mas... por quê a senhora nos abandonou? - perguntei, a olhando.

—Filho, eu não abandonei vocês. -ela se inclinou mais pra frente na cadeira - É que um homem, que era apaixonado por mim quando eu era casada com o seu pai, me obrigou a fugir com ele pra bem longe daqui. 

—Aquele que vivia te disputando comigo? - perguntou meu pai.

—Exatamente, e não estava sozinho nessa. - respondeu minha mãe.

—Ameaçou? Como?- perguntei, confuso.

—Ele disse que se eu não fosse com ele, mataria seu pai e você e seu irmão quando vocês nascessem. 

Meu pai e eu arregalamos os olhos chocados.

—Isso mesmo filho, eu sei que parece loucura, mas é a verdade. - ela completou.

—E por quê só voltou agora?- indaguei.

—Porque o homem que me ameaçou está preso com todos os que ajudaram ele nesse plano de fuga, por isso, eu pude voltar. - ela sorriu novamente.

—Como eu teria o prazer de poder visitar eles atrás das grades.- meu pai disse, trincando os dentes, mas Teresa segurou o ombro dele.

Permaneci calado, não sabia o que dizer diante de todas aquelas revelações.

—Filho, eu imagino o quanto você deve ter sofrido na minha ausência, ainda mais porque eu tive que fugir e pedir para seu pai falar que eu havia morrido, mas isso tudo foi para o bem de vocês. - ela finalmente pegou minhas mãos ao dizer isso.

—Eu confio em você, está nos seus olhos a pura verdade...- forcei um sorriso - Mas... eu ainda tô um pouco, chocado com todas essas revelações, ainda mais agora no estado que estou agora.- sussurrei.

—Claro filho, eu entendo. - ela soltou minhas mãos - Vou deixar você sozinho um pouco pra pensar em tudo que acabou de ouvir tá?

Apenas assenti com a cabeça e ela se levantou bem devagar, assim como meu pai também, pois segundo ele, os dois tinham muito o que conversar. Depois que eles saíram, fiquei sozinho na sala e encarei o teto pensando nas coisas tão repentinas que aconteceram nos últimos dias e em como a vida dá voltas. Deixei os pensamentos me levarem e acabei pegando no sono.

Marcelina...

Uma das coisas que mais me deixaram felizes na vida foi ter ajudado o Mário a encontrar a mãe dele. Claro que foi por acaso, pois não estávamos procurando por ela, eles pensavam que ela tinha morrido, mas foi muito bom ter ajudado o Mário a encontrar sua mãe, eu não tenho palavras para descrever a felicidade enorme que eu senti quando a Teresa entrou dentro daquele quarto onde Mário estava e eles começaram a conversar. Quer dizer, o Seu Germano começou a conversar com Teresa, mas minha ajuda me deixou muito, mas muito feliz.

Estava distraída vendo eles conversando quando vi Mário me chamar com a mão.

—Onde você a encontrou? - sussurrou ele no meu ouvido.

—Na praça aqui perto do hospital. - respondi no mesmo tom- Eu estava justamente voltando pra casa quando a encontrei chorando no banco da praça. Aí meus instintos ignoraram a advertência da minha mãe de não falar com estranhos e acabei indo falar com ela. Aí, descobri que ela é mãe de vocês e a trouxe pra cá.

—Como descobriu que ela é minha mãe?

—Vi uma foto de você e Gustavo quando eram crianças.

—Nossa, então deve ter sido bem pequenos mesmo, porque eu nem lembrava mais do rosto dela. 

—Com certeza.

Ficamos nos olhando sorrindo um pro outro por alguns segundos até que ouvimos a voz de Teresa.

—Será que eu posso pelo menos tentar explicar tudo para Mário o motivo do meu sumiço? Assim você poderá saber também o que houve. - ela suplicou com os olhos marejados.

—Está bem, se é assim que vai ser, eu aceito.. - disse Seu Germano secando as lágrimas. 

A mulher o agradeceu e enxugou as lágrimas vindo na direção da cama dele junto com Seu Germano, mas dessa vez Mário parecia mais seguro, pois não recuou nem se encolheu.

—Já volto tá Mário? - eu falei, beijando a bochecha dele e ele assentiu.

Saí do quarto dele e fui andando pra casa com uma felicidade enorme no peito. Estava decidida a visitá-lo de novo no dia seguinte.

Gustavo...

Estava tão distraído pensando na situação de Mário que quando Aninha entrou no meu quarto rapidamente virei o rosto na direção da porta.

—Que foi Gustavo?- ela perguntou confusa.

—Nada Aninha, é que eu tava distraído aqui e acabei levando um susto quando você abriu a porta. - respondi sem graça.

—Ah, desculpe, não quis te assustar.

—Não tem problema, não é culpa sua.

Ela deve ter percebido a tristeza em minha voz, pois quando se aproximou, veio se sentar no meu colo, não na minha cama.

—O mundo dá tantas voltas né? - ela disse encarando meus olhos e envolvendo meu pescoço com seus braços.

—Como assim? - perguntei, confuso.

—É que um dia você tá bem, outro dia alguém te empurra da escada e você tá mal, e tudo acontece tão de repente.

—Eu sei, mas não acho que é uma boa hora pra falar disso sabia?

—Eu sei, desculpe. 

—Sem problema, eu também estava pensando em uma coisa meio louca...- dei um sorriso fraco.

—Que coisa?

—Escrever uma carta de amor. - ri baixinho - Ou então, recebendo uma, aqueles clichês com corações e nossos nomes dentro, não se pode esquecer de colocar um coração no lugar do pingo do "i". 

—Viu? Melhorou, é assim que eu gosto de te ver. - ela riu olhando em meus olhos.

—Assim como? 

—Sorrindo. Você devia sorrir mais vezes, tipo o dia inteiro.

—Então acho que você devia ficar o dia inteiro comigo, porque você é o motivo do meu sorriso. - eu ri acariciando seu rosto com uma mão.

—Sou é? - ela riu me dando um selinho.

Aprofundei o beijo segurando sua cintura e ela segurou minha nuca com carinho, era um momento só nosso, nunca tínhamos muito tempo para aproveitar, mas já que só tinha nós dois ali e provavelmente ninguém nos interromperia, por quê não aproveitar né? Só paramos por causa da falta de ar.

—Sabe de uma coisa? - sussurrei a encarando.

—O quê? - ela me encarou também.

—Te amo. - agora eu sorria, um sorriso largo por todo o rosto.

—Também te amo.- ela riu e voltamos a nos beijar. Dessa vez, o beijo foi mais intenso, ela puxou meus cabelos um pouco fortes e eu passei as mãos em suas costas por baixo de sua blusa, só fomos interrompidos com o barulho do telefone.

—Filho? - era a voz de meu pai.

—Oi pai, tem notícias do Mário? - perguntei ansioso.

—Sim filho, ele acordou.

—Sério? Ai que bom pai. 

Naquele momento, um sentimento de euforia invadiu meu peito, até Aninha me abraçou ao saber que Mário havia acordado. Nisso, peguei sua mão e seguimos andando de volta para o hospital. Quando chegamos, Marcelina não estava mais lá, só quem vi foi meu pai me esperando na recepção e ao lado dele tinha uma mulher.

—Pai? - falei sorrindo - Cadê o Mário?

—Está na sala dele, vamos. - respondeu meu pai puxando minha mão e a misteriosa mulher segurava a de Aninha.

Chegando no quarto de Mário, logo fui lhe dar um abraço com cuidado pois meu pai avisou que ele ainda sentia dores e conversamos com ele. 

—Filho, precisamos conversar. - disse meu pai, entrando na sala com a mulher.

—Fala pai. - eu disse sorrindo.

Então, meu pai se sentou com a mulher em uma cama de acompanhantes no quarto e ela me olhou.

—Filho, sabe quem é essa aqui?- meu pai perguntou, me olhando nos olhos.

—Sua nova namorada?- arrisquei.

—Não, é a Teresa, a sua mãe.- ele disse rindo.

Meu sorriso desapareceu e fiquei em estado de choque? Minha mãe? Como assim "minha mãe"? Ela não tinha morrido? Eu devia mesmo estar com uma cara de choque porque a mulher se inclinou um pouco pra mim.

—Sim Gustavo, eu sou sua mãe, eu não morri, apenas fingi para proteger você, seu irmão e seu pai.- ela disse.

—Como assim? - sussurrei quase sem voz ainda em choque.

A mulher pegou em minhas mãos com carinho e me olhou nos olhos.

—Filho, eu sou sua mãe. Só me afastei de vocês porque um homem que gostava de mim e me disputou com seu pai, me obrigou a fugir com ele para outro lugar, caso contrário, ele mataria vocês dois e seu pai.- ela olhou meu pai e voltou a olhar pra mim - E eu tive que forjar minha própria morte porque ele sabia que seu pai correria atrás de mim se soubesse que eu estava viva. Mas agora ele e todas as pessoas que o ajudaram nessa farsa estão presas, por isso que pude voltar pra cá e reencontrar vocês. Vocês são minha família. E eu quero muito recomeçar tudo.

Ao ouvir toda aquela história, não consegui conter as lágrimas, Teresa veio até a mim e me abraçou, eu não pude deixar de retribuir.

—Me perdoa por ter sumido todos esses anos, era para o bem de vocês. - ela sussurrou com a voz embargada e beijou minha cabeça.

—Eu te perdoo. Mãe. - sussurrei emocionado.

Depois que eu disse isso, ela ficou tão emocionada quanto eu. Ficamos um tempo ali, abraçados, até que Mário nos chamou para um abraço coletivo e nós fomos. Finalmente nossa família estava completa, não tinha como estar mais feliz. 


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, até o próximo!



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