Deste lado do Paraiso escrita por Angie Hoyer


Capítulo 1
Olhos azuis topázio e lábios vermelho sangue


Notas iniciais do capítulo

Hey baby, estou aqui a minha segunda historia sobre HP. Mas para quem esta chegando agora, eu ja possuo uma Fanfic na era dos marotos :)
Sei que parece meio loucura, mas a própria JK nossa Queen já disse tantas vezes que existiam sim alunos Homossexuais em Hogwarts e por essas e outras eu estou aqui postando essa One! Pessoal aqui no Nyah já me conhece e sabe que eu sou puro Paz e Amor auhsuahsuh Comigo não tem preconceito e assim a gente segue a vida.
Confesso que no começo achei que Rose e Alice formariam um casal um tanto...inusitado, mas a idade de junta-las veio apos encontrar um frase em um Tumblr — que não lembro o nome— dizendo o seguinte : " Todos esperavam que Scorpius fosse o rapaz perfeito para Rose, contudo ela surpreendeu a família quando apresentou Alice Lonbottom como sua namorado." Eu meio que cansei de ler tantas fanfics onde Rose fica com Scorpius, não me julguem sou Scorose ate o fim, mas adoro algo novo.
Espero do fundo do meu coração Hippie que vocês amem muito ess One tanto quanto eu ♥

Boa leitura...♥



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" Bastava que ela a olhasse para saber que tudo estava certo no mundo. E quando ela sorria... Por Deus, aquele sorriso era algo que ela nunca conseguiria encontrar em outra pessoa."
Nicholas Sparks.

A brisa suave de verão balançava os longos cabelos castanhos de Alice. A jovem não conseguia entender em como aquilo aconteceu tão rápido, um sentimento tão forte e arrebatador que começou de uma forma sútil. E mesmo que a primogênita de Neville tentasse, os cabelos flamejantes de Rose Weasley sempre retornavam a sua mente, mesmo que negasse a si mesma, não conseguia parar de pensar na ruiva um só minuto. As lágrimas que cessaram há poucos minutos ainda marcavam o rosto jovem e corado, não sabia ao certo quanto tempo permanecia ali, parada e tentando entender de onde aquilo surgiu.
Alice acreditava que tudo começou com o aroma doce de rosas que Rosie possuía; algo tão sutil, tão suave e tão doce. Quando os braços finos da jovem se fechavam ao redor de seu corpo em forma de um abraço, Alice mal conseguia se conter e pelo resto do dia se espremia dentro de seu uniforme, colhendo todo aquele aroma que a fazia sorrir vez ou outra.
O balançar dos cachos abertos que batiam em suas ancas conseguiam hipnotizar Alice, seus olhos escuros acompanhavam o rebolado da Weasley por todo o corredor e, quando seus olhos não conseguiam mais alcançá-la, suspirava entristecida por só poder a observar de longe.
Imaginava o quão linda Rose ficaria no uniforme de Quadribol da Grifinoria, onde seus cabelos se mesclariam com o vermelho da casa, ou talvez enrolada em um cachecol azul e bronze da Corvinal, quem sabe no suéter amarelo ouro da Lufa-Lufa. Contudo, Rose ficava infinitas vezes mais bela naquele uniforme verde e prata, poderia ser vista de qualquer parte do castelo, um vulto verde e vermelho a mistura perfeita de Grifinoria e Sonserina.
Alice Longbottom amava Rose Weasley. Amava seu sorriso, seus olhos, seus cabelos, seu corpo e qualquer outro detalhe que a fizesse a sua Rose. As inúmeras sardas rosadas que se espalhavam por seus ombros e colo que formavam desenhos que Alice gostava de comparar ao céu em uma noite estrelada, milhares de pontinhos encantadores que ela tanto queria tocar. Todavia ela sentia suas pernas se tornarem gelatina quando a pose tipicamente Sonserina possuía o corpo esbelto da jovem, Rose não costumava a usar com muita freqüência.
Em seus sete anos em Hogwarts, muitas vezes Rose foi uma Grifinoria como quando enfrentou Phinneas Finnigan, o socando no meio do rosto após o Grifinorio quebrar o coração de Lilly Luna. Às vezes ela se deixava levar pelo seu lado Lufano, se lembrava bem de tê-la visto ajudar um grupo de primerianistas perdidos pelo terceiro andar e se negou a lhes dar uma detenção pelo horário e local onde se encontravam. A maior parte do tempo ela era um Corvina, afinal, ela era filha de Hermione Weasley, a bruxa mais inteligente da sua idade, fora a beleza quase divina que Rose possuía.
No entanto, Rose Weasley era uma Sonserina e vez ou outra mostrava todo o seu veneno. E por essas e outras Alice permanecia ali, se martirizando por algo que ela nem sabia o porquê. O olhar gelado e o queixo erguido ainda rondava sua mente, assim como aquelas palavras afiadas como espadas, ainda não conseguia compreender de onde havia surgido tanta raiva e veneno.
— Alice!
A morena tratou de esfregar as mãos em seu rosto antes de se virar, certificando-se de que nenhuma lágrima descia ou marcava seu rosto. O uniforme amarelo de Hugo Weasley estava amarrotado, como sempre, aliás. O garoto de apenas quinze anos se sentou ao seu lado, torcendo os dedos sobre o colo, parecia nervoso.
— Aquelas coisas que Rose disse, não leve em conta. Ela estava nervosa, só isso. — Tentou explicar a explosão de fúria da irmã mais velha. — Sabe como ela é com a raiva.
Um riso nervoso deixou os lábios do garoto ruivo. Alice virou seus olhos castanhos chocolate na direção dos azuis tempestuosos que eram do filho caçula de Ronald e sorriu triste, por outro lado ele embrenhou os dedos longos bagunçando ainda mais seus cachos revoltos, assim como os de sua mãe. Hugo não costumava se meter na vida da irmã mais velha e nem em suas decisões, mas aquele era um caso especial, afinal o castelo inteiro viu a "discussão" que elas protagonizaram no corredor do quinto andar.
— Eu não entendo. — Murmurou rouca. — O que eu fiz? Rose nunca agiu naquela forma comigo, achei que fossemos... Amigas.
Amiga, era última coisa que Alice gostaria de ser de Rose, mas era a única coisa que lhe restava, agora talvez nem isso. Hugo sabia disso, assim como boa parte do castelo, afinal todos já haviam notado os olhares, os sorrisos e a estranha felicidade que transbordava pelas duas quando estavam juntas. E conhecendo sua irmã, Hugo tinha certeza que ela retribuía o sentimento, só não sabia lidar com ele.
— Sei que gosta dela, Alice. E não digo no sentido de como, você gosta da Lilly ou da Roxanne. — Despejou sem encarar a morena. — Não sou tão lerdo quando o Alvo, a algum tempo venho percebendo.
Alice não disse uma única palavra, preferindo o silêncio. Se Hugo sabia, todos os outros também sabiam, ele poderia não ser tão lerdo quando o Potter, mas era quase tão lento quanto o próprio.
— Deveria falar com ela. — Disse se levantando e batendo a terra de suas roupas. — Em três dias voltamos para casa.
Alice encolheu os ombros e desejou que tudo acabasse naquele instante. Hogwarts acabaria para ela no fim daquela semana, assim como para Rose, Alvo, Scorpius, Roxanne e tantos outros. No ano seguinte aquele castelo não os abrigaria mais. Voltou a erguer os olhos e encarou o entardecer, o alaranjado do fim da tarde se mesclava ao azul límpido do dia, foi impossível não se lembrar de Rose novamente.
Por que o amor machucava tanto?
Aqueles três dias passaram preguiçosamente e aqueles olhos topázio ainda lhe perseguiam. Alice se sentia tola por achar que esqueceria Rose Weasley, ela era inesquecível. O sacolejar do trem deixando a estação de Hogsmead a entristeceu, nunca mais voltaria aquele castelo, ali não seria mais a sua casa, seu lar, seu refúgio, mas sim o apartamento de dois quartos de sem decoração alguma que tinha vista para o Londo Eye. Alice havia decidido seguir carreira no mundo trouxa, seu sonho em trabalhar com criança se tornaria realidade, e pela primeira em quatro dias ela sorriu.
Aconchegou-se melhor no banco e esticou as pernas, movendo os pés de um lado para o outro sobre o salto baixo das botas. O som de risadas e conversa veio não muito tempo depois e pelo vidro da porta ela enxergou Lilly Luna saltitando enquanto sorria agarrada ao braço esquerdo de Hugo, logo atrás vinha Alvo que parecia um pouco entediado e com os cabelos ainda mais bagunçados, mas foram os longos cabelos flamejantes de Rose que prenderam sua atenção. Até mesmo parecia magnetismo, os olhos azuis topázio da ruiva se viraram para dentro de sua cabine, colando seus olhos nos dela.
Rose parou sua caminhada e se manteve assim por alguns segundos antes de desviar seus olhos e continuar seu caminho. A morena suspirou dentro da cabine e sentiu seus lábios tremerem e uma súbita vontade de chorar a assolou, ergueu o queixo e encarou a bagagem presa entre as grades acima do banco.
— Queria me desculpar por aquele dia. — A voz aveludada de Rose soprou pela cabine.
Pega de surpresa, Alice girou seu corpo levando toda a sua atenção a ruiva. Rose parecia envergonhada e um pouco desconfortável, Alice tinha a sensação de que ela gostaria e muito de não estar ali.
— Tudo bem. — Sussurrou.
Rose assentiu e se virou para sair da cabine, contudo estacou com a mão sobre a maçaneta. Como um furacão ela girou seu corpo magro sobre os calcanhares, espalhando seu cheiro de rosas por todo o local.
— Não, Alice. Não está nada bem. — Brigou enquanto seu rosto tomava uma tonalidade avermelhada. — Você deveria me odiar pelas coisas que disse, deveria gritar comigo, me por para fora da sua cabine e me expulsar da sua vida. Isso não está certo.
A morena franziu o cenho, não entendo onde a outra garota queria chegar. Rose Weasley parecia uma onça enjaulada, andava de um lado para o outro no pequeno espaço que separava os bancos, parecia perturbada.
— Rose, está tudo bem. — Murmurou Alice. — Não foi sua culpa.
— Claro que foi, eu gritei com você. Te disse coisas horríveis na frente de todos. — A ruiva parecia a ponto de chorar e isso afligia Alice.
Afinal Rose Weasley nunca chorava.
— Rosie, já passou.
— Não, não passou coisa nenhuma. — Esbravejou furiosa. — Eu errei Alice, me culpe por isso, brigue comigo. Grite, faça qualquer coisa, devolva as ofensas. Pelo amor de Deus, eu parecia uma louca descontrolada e tudo por causa de você Alice. A culpa é toda sua, toda vez que te vejo fico dessa forma. Não era pra isso acontecer.
— O-o que você...? — Balbuciou aturdida. — Rose, do que está falando?
— Eu não sei. — Confessou cansada. — Não sei o que esta havendo, não consigo entender. Mas quando vi a forma que Clary te tocava fiquei furiosa e simplesmente explodi não pude me controlar. Nos últimos três dias venho pensando e cheguei a pensar que fosse apenas ciúmes. E de fato era, não consigo te ver com mais ninguém além de mim Alice.
— Rose... — Sussurrou.
Alice não conseguia acreditar no que ouvia, era tão ridícula a forma como tudo estava se resolvendo, até mesmo parecia um dos romances que havia lido.
— Eu preciso pensar, Alice. — Terminou tão cansada quanto antes. — Mas não daquela forma, quero que permaneça na minha vida, você entende isso? Até eu descobrir o que esta havendo.
Bom demais para ser verdade. Sempre haveria um "mas".
— Vamos nos ver bastante. — Acrescentou com um sorriso leve. — Alvo me disse que vai cursar medicina em Oxford. Eu também vou fazer faculdade, quero trabalhar com as crianças.
Rose assentiu sorrindo, se sentou o mais próximo que conseguia da morena e deixou que seus lábios pintados de vermelho se aproximassem o máximo possível dos de Alice. Gostaria que Alice quebrasse os últimos milímetros, com a respiração ofegante ela se deixou ser banhada pelo mar que eram os olhos de Rose Weasley. Ela estava ali tão próxima, tão tentadora.
As respirações se misturaram antes de cessar. Alice colou seus lábios aos de Rose e deixou que o batom cereja marcasse seus lábios, em um gesto ousado ela serpenteou a língua sobre os lábios carmim abrindo espaço entre eles. Rose permitiu que o simples tocar de lábios se tornasse algo mais profundo. Os lábios da Grifinoria tinham gosto de mel enquanto os da Sonserina de vinho.
Nem mesmo os lábios de Rose deixavam de ser tão sexuais quanto ela, as línguas se enroscaram e travaram uma dança lenta e molhada, o vermelho dos lábios de Rose tingiu os lábios e pescoço de Alice quando a mesma desceu os beijos por aquela região tão sensível. Contudo, a Longbottom não se importou nem por um segundo, ofegante elas se afastaram e em poucos segundos Rose deixava sua cabine e voltava a caminhar pelo corredor, mas deixou a promessa que voltaria. Alice não sabia quando, mas esperaria ansiosa por esse dia.


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Notas finais do capítulo

Alice Longbottom: Crystal Reed
Rose Weasley: Deborah Ann Woll

Ah amor, ele é sempre imprevisível, assim como a Rose ♥
Espero que vocês tenham gostado da One ♥ Ela é o meu amorzinho!
Sei que as coisas não acabaram como o esperado e que ate que dei uma esperança no fim, mas quem sabe eu não volte com um bônus futuramente ♥

Mille baci...♥



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