Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 3
O Céu Eu Vou Tocar!


Notas iniciais do capítulo

O nome já é uma baita pista do presente que darei nesse capitulo a todos que acharam essa fic na categoria Valente! Mas agradeço a todos pelos comentários! Amei ter a Dori aqui de novo



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Eu estava pronta para a festa.

A festa iria começar e eu estava muito animada. Fui até o quarto dos meus pais procurar por eles. Como me falaram e eu confiei, meu pai ficou muito bem e já estava na sala gigantesca da Torre onde seria a festa. A porta estava aberta e eu entrei. Me deparei com muitas fotos. Entre elas, a do casamento dos meus pais. Estavam eles e os padrinhos de casamento/outros vingadores e suas namoradas ou pares. Bruce e Hill, Thor e uma morena que imaginei ser Jane Foster, Tony e Pepper e Steve e uma mulher loira que não conheço. Eles estava atrás: as mulheres de vestido vermelho e os homens de terno preto e gravata roxa. Sorri ao observar que meus pais estavam no meio, abraçados e se beijando. E repito: sorri.

Foi quando ouvi um som estranho vindo do banheiro do quarto. Parecia ser alguém... vomitando?! Me assustei na hora. Caminhei lentamente na direção da porta do banheiro e ouvi a descarga do banheiro. Logo depois, minha mãe em um lindo vestido preto e branco lavando a boca.

– Mãe? - perguntei.

– Meri, o que faz aqui? - ela perguntou, secando os lábios com uma toalha.

– A festa vai começar. Os convidados estão chegando. Você está bem?

– Foi só uma comida que caiu mal. - ela respondeu.

Olhei para o outro canto do quarto e vi outra foto. Dessa vez, era apenas a minha mãe com raiva tampando parte da câmera com uma mão e com a outra, segurando sua enorme barriga. Ri e ela reparou, comentando:

– Não parece o momento mais especial da minha vida, parece? Mas foi.

– Foi no dia que eu nasci? - perguntei.

– Foi sim. Agora se coloque em meu lugar: cheia de dor, a pouco de dar a luz e o palhaço que dirige o carro resolve tirar uma foto.

– Então você foi uma grávida bem irritada.

Rimos e depois saímos do quarto. A música era dançante, e como também era a festa de despedida de Thor, tinha muita gente que eu não conhecia lá e entre eles, gente que queria me conhecer. Era engraçado. Sabiam que também era minha festa de aniversário. Eu estava distraída com um jogo de sinuca entre Sam Wilson e Steve Rogers e nem reparei sua aproximação. Só senti uma mão no meu ombro e ouvi o comentário:

– Conheço esses sapatos.

– Oi, Lion! - falei, me virando e beijando. E eu usava os sapatos da noite da festa de aniversário do irmão dele, se quer saber.

– Festa legal!

– Não conheço muita gente aqui. - falei – Boa parte são amigos do Stark. Mas há muita gente da minha faculdade aqui. Até alguns professores.

– Quando um aluno ou professor de psicologia tem a chance de vir a uma festa dos Vingadores?

– Faz sentido. - respondi. Vi Krystal se aproximar com seu violão e dizer:

– Oi Meri! Pai... Lion...

– Oi, linda. - Steve respondeu.

– E aí, Krys?! - falou Lion.

– É a famosa Krystal Rogers? - perguntou Sam (que conheci minutos antes).

– Sim, em carne e ossos. - ela respondeu.

– E aí, Krys! Tudo certo com a música?

– Que música? - perguntou Lion.

– Surpresa. - respondi.

– Sim, está tudo okay. - ela respondeu, depois simplesmente riu.

– O que foi? - perguntei.

– Conhece James Rodes? - perguntou.

– O Maquina de Combate? No casamento do Tony. Por que?

– Contou uma piada sem graça. Uma "História do Maquina de Combate", e que todo mundo gostava. Mas, parece que não a Thor e o Stark.

– Plateia exigente! - comentou Lion, me fazendo rir.

– Vou dar uma volta. - falei.

Resolvi sair pelo salão, só pra saber o que estava acontecendo. Deixei Lion jogando com Steve e Sam entrevistando Krys. Pepper estava viajando a negócios e Jane concorrendo ao terceiro prêmio. Ela era uma cientista muito importante. Me aproximei de um canto onde um grupo ouvia novamente a história do Rodes e, aqueles sim riram. Peguei apenas o final, então mal ri. Só sei que terminava com: "Bum! Era o que procuravam?".

Fui em outra direção e vi um velho sendo carregado que dizia "Excelsior!" ou coisa assim. Lion estava afastado, mas junto com eles. Ria como uma hiena enquanto Krys tentava controlá-lo. Dei a volta e andei mais um pouco, até ver minha mãe no barzinho e meu pai se aproximando. Me escondi para ouvir a conversa deles.

– Como uma garota legal como você veio trabalhar em um buraco como esse? - revirei os olhos. E esse foi o grande Clint Barton, minha gente!

– Um homem me tratou mal. - mãe, você só pode estar de brincadeira.

– Você tem um péssimo gosto pra homens. - ele respondeu rindo. Ri também.

– Ele não é tão ruim assim. Só é um tremendo idiota e é extremamente infantil. - disse minha mãe, e concordo. Não que eu não ame meu pai, mas vamos concordar: é verdade. - É que eu vivo em meio a grandes heróis, mas acontece que esse cara, apesar de tudo, é humano. E mesmo achando que é um inútil, na verdade, é um dos mais valiosos.

– Parece um homem e tanto. - nem precisava olhar pra saber que ele sorria galanteador.

– O que você acha? Devo esquecer ou investir? - ela perguntou, e ainda estou custando a intender que ela disse algo assim.

– Bom, se esse cara tiver algo a ver com esse anel no seu dedo, com certeza você deve investir. - nós três rimos, mas eu logo cobri a boca, já que não queria ser descoberta.

– Não tem álcool? - ele perguntou. Decidi dar uma espiadinha e vi minha mãe tomar a taça de suco de uva que mais parecia vinho da mão dele. - E não dá pra usar o exemplo materno de desculpa. Merida tem dezoito já.

– Meu estômago não está muito bom hoje. Melhor passar bem longe das bebidas alcoólicas. - ela explicou. - E só pra acrescentar, não quero que minha filha fique bebendo isso. Entendido?

– Sim, senhora.

– Não estou falando de você. - ela afirmou.

– Reparei. - meu pai respondeu enquanto eu saia do meu esconderijo.

– Quando vo... - minha mãe me interrompeu.

– Quando você chegou. - ela disse.

Steve vem andando até nós com Bruce, rindo da minha situação. Bruce se afastou e eu o segui. Como eu conhecia o Bruce, sabia que ele iria ficar sozinho. Ele foi até um canto e se apoiou na parede. Fiquei ao lado dele e falei:

– A festa está legal!

– E como. - ele comentou.

– Vai ficar parado aqui a noite inteira? Vai procurar alguém e bater papo!

– Não, valeu. Prefiro ficar aqui na minha.

– Adora se isolar, não é? Você não é aquele Gigante Esmeralda vinte e quatro horas por dia. - comentei.

– Quando não sou por fora, sou por dentro. - ele falou e revirei os olhos.

– Você é a pessoa mais amigável que eu conheço, Bruce!

– Olha, não tem nada a ver! Eu só estou com dor de cabeça.

– Está todo mundo com alguma coisa. - falei - Você com dor de cabeça, minha mãe com o estômago e eu... bom, eu estou levemente traumatizada depois de ver meus pais trocando flertes.

Bruce riu e respondeu: - Isso você resolve, psicóloga.

– Ainda não. - corrigi.

– Mas não queira saber as coisas piores que eles fazem. - ele continuou.

– Já soube. - falei com desgosto (e se for pra comentar sobre isso, nem comente!).

– MERI! - ouvi Krys me chamar, segurando o violão.

– O que foi? - perguntei.

– Está na hora. - falou ela.

Me despedi de Bruce e segui com ela até algo parecido com um palco que era um pouco menor, na verdade. Lá, haviam montado dois pedestais a algumas caixas de som. Krys pendura o violão em seu ombro com uma alça que ia de seu ombro até a cintura do outro lado do corpo. A alça era prata e tinha a escrita: "Jesus My Savior" em preto. Respirei fundo, segurei o microfone sem tira-lo do pedestal, e falei:

– Boa noite a todos! Peço um pouco de atenção. - e todos deram a devida atenção... só pra me deixar mais nervosa. Me lembro de minha mãe (Elinor) me fazendo falar em público. Não tenho problemas em falar! Agora, cantar uma música que eu mesma fiz... - Ah, essa música que eu vou cantar, eu mesma escrevi. Mas eu me lembro de tê-la feito antes de me mudar pra cá, então a música pode ser de outra pessoa e implantaram a memória de eu tê-la escrito. Mas de qualquer forma, espero que gostem!

Krys começa a tocar. A melodia começa pouco suave, mas ganha uma força que eu podia jurar que a intenção dela era arrebentar as cordas do violão. Em minha mente, eu ouvia muitos instrumentos ao mesmo tempo. Respirei fundo e comecei a cantar:

"Ventos frios me chamando. Vejo o céu azul brilhar! As montanhas sussurrando que pra luz vão me levar. Vou correr; vou voar! E o céu eu vou tocar. Vou voar! E o céu eu vou tocar."

Krystal me acompanha com um "Lalalá" que ela achou que ficaria bom na canção. A música falava que, mesmo meu coração em Nova York com meus pais, DunBroch ainda era o meu lar... ou um deles.

"Onde os bosques tem segredos e as montanhas imensidão! Águas guardam os reflexos dos tempos que se vão. Vou gostar de cada história, meu sonho guardarei! Como o mar e a tempestade, Valente sempre serei."

Algo nessas últimas três palavras fazem todos gritarem de euforia. Mais do que já estavam amando, agora pareciam encantados com a minha voz e a letra. Novamente canto o refrão:

"Vou correr; vou voar! E o céu eu vou tocar. Vou voar! E o céu eu vou tocar."

Os "lalalás" de Krystal se misturam com os dos convidados da festa, que cantavam também. Deixei o momento me levar.

"Eu vou tocar!" – cantava enquanto continuavam - "Como o vento voar!" – eu me sentia maravilhada com o momento - "Céu tocar!"

A melodia de krystal acaba em seguida, juntos com os outros instrumentos que tocavam na minha cabeça. Todos aplaudem e assobiam. Lion estava perto do "palco" e saí da frente do pedestal, me jogando nos braços dele, que me beijou e elogiou minha música e minha voz (só pra varear). Ele vive me enchendo de elogios! As vezes, chega a ser chato. Mas todos tem defeitos. Aquela tinha tudo para ser a noite perfeita.

Se não fosse, é claro, um probleminha bem grandinho.


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Notas finais do capítulo

Prometo muita ação no próximo capítulo! E eu cumpro minhas promessas! Que venham os comentários!