Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 14
Se morrerem, levantem e lutem


Notas iniciais do capítulo

FELIZ 2016! FELIZ GUERRA CIVIL! FELIZ KUNG FU PARNDA 3! FELIZ BATMAN VS SUPERMAN! FELIZ ANO DO CINEMAAAAAAA!!!!!!

Capitulo novo! Espero que gostem!



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A cidade estava literalmente voando!

Nem me pergunte sobre a forma desagradável de como fui parar na cidade, já que o castelo não estava na parte da cidade que estava voando. Bom, eu tomei uma surra do chão e estava toda dolorida antes mesmo de partir pra briga! É, com essa, eu e Bruce estamos quites. Me levantei e comentei cansada:

– Não que tenha sido o pouso mais perfeito do mundo, mas valeu.

Ele grunhiu, sorriu e foi para a briga. Fui atrás dele. A adrenalina me ajudou a me recompor rapidamente. Logo eu estava pronta pra detonas alguns robôs malvados e perigosos. Logo vi a cidade caótica com robôs e pessoas rodando e fugindo ou atirando, depende de quem eram. Doideira.

Ultron tinha mencionado meteoros. Faz sentido. Ele queria transformar a cidade em um meteoro gigante para acabar com tudo. Filho da mãe. É o plano de super vilão mais criativo que eu já vi. Acho que nem eu pensaria em algo assim, e eu também sou uma garota criativa quando preciso... bom, quando eu preciso. Geralmente sou melhor estrategista. Como quando mandei um bando de guerreiros escoceses dos quatro clãs para a adega do meu pai (Fergus) para que eu e minha mãe... bom, lembrei que isso não foi real.

– Meri! - ouvi uma voz gritando.

Me virei e a encontrei.

– Mãe!

Corri na direção dela e me abraçou. Ficamos um tempo abraçadas.

– Você está bem, amor? - perguntou preocupada.

– Perfeita. - ri – E você?

Ela parou de me abraçar e segurou meus braços, me olhando nos olhos.

– Um pouquinho tonta e enjoada, com uma vontade louca de comer churros de chocolate, mas pronta para a luta.

– Vamos cais batendo, Viúva Negra.

– Batendo não, Valente. Vamos cair matando.

Essa é a ex KGB que eu conheço! Ela me entregou um comunicador (já que o meu tinha quebrado) e voltei aos meus afazeres. A guerra continua. Lutamos e lutamos até eu acabar trombando com meu pai, que me abraçou e disse que tinha que voltar. Concordei. O lugar estava tremendo e não fazia nem cinco minutos que eu tinha chegado lá, Capitão e Stark conversavam algo que não saquei na hora, mas então eu percebi que ele tinha sido acertado por um robô. Em seguida, deu as ordens.

– Stark, se preocupe em levar a cidade de volta pro chão. O resto de nós tem uma tarefa: despedaçar essas coisas. Se forem feridos, firam ele de volta. Se morrerem, levantem e lutem.

Continuei minha corrida. Briga sufocante. Parecia até normal, mas a cidade estava voando e eu me sentia agonizada com isso. A maior parte das vezes eu estava sozinha contra vários (nunca tive problema com isso), mas outras eu encontrava com algum amigo ou colega de time e trabalhávamos juntos em alguma coisa pra acabar com vários de uma vez. Até Krys estava lutando, o que me deixou preocupada.

Enquanto eu atirava para alguns lados, senti um vulto azul e branco passar perto de mim. Com certeza era Pietro. Ignorei. Ele correu e eu continuei até encontrar meu pai e... Wanda, não é? Se eu não me engano. Então alguma coisa explode por lá e eles se jogam por uma janela, e eu fiz o mesmo. Meu pai observou o lado de fora e Wanda choramingava, ai eu falei:

– A coisa está bem feia por lá.

– Cuida dela, tá bem? - pediu meu pai, não me dando muita opção.

Me largou lá com aquela bruxinha chorona.

– Hey, está tudo bem com você? Porque parece que não?

– A culpa é minha! Como deixei isso acontecer?! - ela se queixava.

– Esquece isso! A culpa é sua e do seu irmão, que ajudaram ele. A culpa é do Bruce e do Tony que fizeram ele. A culpa pode até ser minha e eu não sei, vai saber! Quem liga pra isso?! Você é capaz? Preciso saber agora. A cidade está voando e literalmente! Não é nenhuma metáfora para caos, ela realmente voando! E sabe o que eu tenho para me defender disso? Um arco, algumas flechas, algumas bombas e aparelhos vareados. Contra um monte de robôs malucos e assassinos! Faz algum sentido?! Meu pais está lá fora me cobrindo, mas esse ainda é o meu trabalho. Vou voltar, queira você ou não. Você tem mais chances de sair dessa do que eu. Não importa o que você fez ou o que você era, vai por mim, eu já fiz coisas bem desagradáveis...

– Transformar sua mãe adotiva em urso não vale. - ela afirmou - Aquilo não foi real.

– Mas eu tinha a intenção! Escuta, o que importa é o agora, está certo? Eu não posso ficar aqui. Tenho trabalho a fazer. Se for até lá, tem que cair matando, tá bem? Sem piedade. São máquinas. Eu estava com seu irmão agora pouco, não será difícil acha-lo. Eu chamo ele e vocês ficam seguros, se você quiser. Ele está lutando, mas te ama aponto de largar a luta e te proteger. Mas se você sair por aquela porta, eu não sei que autoridade eu tenho para dizer uma coisa dessas, mas você será uma Vingadora.

– Tá. - ela assentiu.

– Cinco minutos para escolher.

Depois disso, saí e dei de cara com meu pai, ofegante e cansado. Wanda tem um poder extraordinário. Eu esperava que ela saísse dali antes de cinco minutos, ou seja, escolhesse lutar conosco.

– Tudo bem por lá? - perguntou meu pai.

– Ah, eu disse pra ela que se ela lutasse com a gente, seria uma Vingadora. Tudo bem? Acho que me precipitei.

– Eu não teria dito coisa melhor. - ele afirmou.

– Ufa. - pensei alto.

Não podíamos se quer piscar ou tomávamos tiro. Era de perigo mortal se distrair. Eu mesma estava achando assustador. Mas lutava! O que mais?! Era hora de lutar. Não podíamos bobear por um centésimo de segundo. Caso contrário, estávamos mortos. Olhava para os lados e para trás, querendo não tomar lazer (já que os robôs não atiravam com balas). Acabei por, em um momento de desespero, não perceber e arremessar a flecha juntamente com minha pulseira. Nem me pergunte como isso foi acontecer. Quando eu vi, já estava sem ele.

– Pai, eu perdi minha pulseira. Aquela que me deram quando eu voltei para vocês que eu não tirava nunca.

– Comparado com o resto de tudo, isso não é nada. Não se preocupe com isso, Princesa. - afirmou.

– Não estava.

Então o portão se abriu. Se passaram o que? Dois minutos? Wanda saiu de lá simplesmente divando... isto é, acabando com tudo! Me escondi atrás de um carro só para me dar ao luxo de aplaudi-la. Meu pai me olhou estranho e ela ignorou, apenas me mandou um olhar sério, porém grato. Voltei para a luta, mas como não sou de ficar num lugar só (como já perceberam), eu resolvi andar por aí.

– Limpamos a área aqui. - falou meu pai.

– Não limpamos não! - Capitão, pelo comunicador, parecia estar em uma luta bem feia. - Estamos longe de limpar!

– Já estamos indo. - respondeu meu pai.

Pietro apareceu e deixou Krys, pegando sua irmã no colo e a levando para sabe se lá onde. Falou alguma coisa com ele, mas não entendi. Só pesquei a parte do "vovô".

– Você e Lion não...

– Claro que não! - interrompi a pergunta com raiva.

– Acho bom. - bufei - Ninguém precisa saber disso.

– Relaxa, Clint. Não é algo que se comente. Sua sorte é que o Stark não está aqui, sua filha te ama e minha boca é um túmulo. - Se manifestou Krystal pela primeira vez dês de que chegou. - Aliás, confio no Lion. Não faria uma coisa assim com ela.

– Krys, por favor. Foco. - pediu meu pai, parecendo incomodado.

– É, eu bem que estava sentindo falta do Sonic. - segui depois de dizer e ele me acompanhou.

– É, ele até que é legal. - concordou meu pai.

– Lista de defeitos, gosta de uma garota que tem namorado. Mas depois eu explico isso.

Deixei ele pra trás perguntando "O que?!". Krys chegou a comentar que já estava suspeitando, mas não era importante. Era uma péssima hora para comentar sobre isso. Eu preferia mirar em acumulados de robôs, assim pegava vários com uma flecha só e economizava. Mas as vezes, eu precisava apelar para o físico e socar a cara de um. Krys poupava balas e usava suas duas adagas como se fossem espadas. Ela é muito boa.

A gente saiu por aí chutando traseiros de robôs até encontrar minha mãe, na beira da cidade flutuante. Que vista maravilhosa. Eu ignorava quase tudo o que eu ouvia pelo comunicador, mas estava atenta e acompanhando o Homem de Ferro tentando resolver o nosso problema. Me aproximei e olhei a paisagem. Ali até parecia seguro.

– Conseguiram alguma coisa? - perguntou Krys ao comunicador.

– Bom, nada de mais. Talvez uma forma de explodir a cidade. - respondeu Stark.

– Com um monte de gente aqui?! - questionei.

– Vai impedir que ela se choque contra o solo se conseguirem sair. - continuou.

– Pedi uma solução, não uma fuga. - reclamou Steve pelo comunicador, mas logo o vi se aproximar.

– O raio de impacto está ficando maior a cada segundo. Vamos ter que fazer uma escolha.

– Capitão, não temos para onde ir. - falou minha mãe - Se o Stark achar uma forma de explodir tudo...

– Não saio daqui enquanto ainda houver civis. - insistiu Cap.

– Todos nós contra todos lá embaixo? A conta é fácil de fazer. - mamãe insiste.

– Temos que salvar o quanto de gente pudermos. Ao menos o estrago será menor! - afirmei.

– Já disse, Merida. Não vou sair daqui enquanto houver civis.

– Não falei que deveríamos sair. - encaramos minha mãe surpresos – Tiramos pelo menos Krys e Meri daqui.

Eu não podia acreditar no que ela dizia. Ficarmos aqui? Estava mesmo supondo um sacrifício? É difícil me imaginar nessa posição. Mas pior ela me imaginar sem meus pais. Não conseguiria isso. Mesmo se eu voltasse para DunBroch, meus pais biológicos iriam atormentar minhas memórias.

– Mamãe...

– Não se preocupe comigo. - falou, segurando minhas mãos e olhando em meus olhos - Há formas piores de morrer.

– Não diga uma coisa assim...

– Onde mais eu conseguiria uma vista assim? - falou olhando para a vista da cidade voadora: as nuvens pareciam continuar o chão. Maravilhoso - Só não será a sua vez.

– Não consigo me imaginar sem você e o papai. E o bebê? Onde ele se encaixa nessa história?

Um sacrifício representaria também a morte de seu filho. Ela não tinha mais certeza do que queria. Abaixou a cabeça e refletiu. Seria egoísmo pedir para se salvar, mas não o fazer seria matar seu filho. Ela pôs uma de suas mãos na barriga e considerou as palavras. Talvez devesse ter ficado como pedimos. No caso, ela não teria que pensar nisso. Não estaria tão dividida.

– Que bom que gostou da vista, Sta. Barton. - outra voz diz no comunicador. E eu reconheço essa voz... - Ela está prestes a melhorar.

Então... uma nave gigantesca saiu dentre as nuvens. Era espetacular. É, o dia teve seus pontos altos também.

– Legal, né? Peguei emprestado com o chefe da agente Rogers. Somos amigos há tempos. - Nick continuou.

– Chegou na hora certa! - comemorou Krystal.

Quase fiz uma dancinha da vitória que eu costumava fazer. Apenas juntei meus punhos pouco a baixo da minha cabeça e balancei um pouquinho.

– Fury, mandou bem pra caramba! - falou o Cap.

– Uh! Achei que ia falar um palavrão! - brincou Fury.

– Eu não deixaria! - brincou Krys.

– Vou procurar meu pai. - falei, me virando e seguindo enquanto capsulas de fuga saíam da nave.

Eu estava começando a gostar disso! Depois daquela imagem linda da nave saindo das nuvens, eu me sentia revigorada. Caos para todos os lados e eu me sentia uma fotógrafa: tudo tinha sua beleza. Até os robôs malignos! Respirei fundo e continuei correndo. Então, olhei para o alto e dei de cara com o que deduzi ser o Maquina de Combate. Eu atirava nos inimigos e ria como se eu fosse uma psicopata. O que mais posso fazer?! Aquilo tinha me dado uma força de vontade extraordinária!

– Acham que estão salvando alguém? Se eu virar aquela chave, derrubar a rocha um pouco antes, ainda será um bilhão de mortos.

Ignorei o resto. Esse cara não perde por esperar. Nunca tive tanta certeza de ganhar uma batalha. Era quase divertido. Talvez eu estivesse errada em ter tanta esperança, mas que seja! Eu estava confiante. Valente.

– Vingadores, hora de pegar pesado.

A ordem de Tony foi recebida por mim com uma risada e um "pode crer" mental. Segui para a igreja, abortando a missão de encontrar meu pai. Eu cheguei quase junto com o Hulk. Cheguei a ouvir Tony acusar minha mãe de estar fugindo e usando o bebê como desculpa, mas é como ela disse: nem todos podem voar. Respirei e comentei:

– Vamos acabar logo com isso.

– Com certeza. - respondeu uma coisa vermelha de roupa verde e capa amarela.

– Quem é o... era aquela coisa que estava no berço? - questionei.

– Apelidamos ele de "Visão" temporariamente. - comentou Krystal, que chegava assim como minha mãe.

Aí apareceu o Ultron e todos prestamos atenção nele. Afinal, todos os vingadores estavam lá. Eu o encaro desafiadora, mas acho que quase todos o encaravam assim... ao menos eu imaginei.

– Isso é tudo o que pode fazer?! - perguntou Thor.

"Ah, não", pensei. Que idiota. Ultron fez um sinal e um oceano de robôs começa a correr em nossa direção. Okay, agora eu definitivamente me assustei.

– Tinha mesmo que perguntar?! - perguntou Krys sarcástica.

– Isso é tudo o que eu posso fazer. - respondeu Ultron – Exatamente o que eu queria: todos vocês contra todos de mim. Como vocês ainda esperam me impedir?

– Ah, como o velhinho disse, - respondeu Stark – juntos.

Hulk deu um rugido e a luta continuou. Eu havia gastado metade das minhas flechas apenas. Tinha um método para economizar, e estava o usando naquele momento. Eram muitos, mas eu me sentia completamente capaz. Se eu caísse, outros estavam por lá e poderiam me segurar. Fui tomada novamente por uma autoconfiança tremenda. Usei mais luta do que armas, na verdade.

Então, o tal Visão levou o Ultron principal para fora e o Stark foi também, assim como o Thor. Começaram a tentar detonar o próprio. Não vi o que aconteceu depois. Estava ocupadinha com os outros. Capitão disse que tínhamos que sair, porque o ar estava ficando rarefeito. Wanda ficou com cuidando do núcleo. Acompanhei meus pais. Entramos num carro preto conversível lá e meu pai começou a falar:

– Acho que seria bom, pelo menos por um tempo, o bebê ficar no quarto da Merida.

– Eu tô aqui! - anunciei - E não gostei nada da ideia.

– Lindo. Ele chora no meio da noite e, ao envés de acordar a nós dois, acorda ela. - reclamou minha mãe - A torre é grande. Deve ter mais algum quarto por lá, não acha?!

Chegamos na capsula de fuga. Fomos o quanto antes, mas eu tinha que acalmar o Hulk. Pelo menos eles estava perto. Estava quase lá, mas avistei uma cena que não pude deixar de lado: meu pai tentava salvar um garotinho e Pietro o observava. Uma rajada de tiros se aproximava. Eu nem senti quando já estava bem próxima. Tudo aconteceu muito rápido. Pietro empurrou um carro para frente dela e eu acertei uma flecha na origem das rajadas, então meu pai e o garoto foram salvos e os tiros acertaram apenas as pernas de Pietro. Corri em sua direção e me agachei perto dele.

– Eu te vi chegando. - brinquei.

Ele sorriu e me estendeu um assessório.

– Eu sabia que isso era seu.

– Achou minha pulseira. - sussurrei.

A coloquei no meu pulso imediatamente. O capitão apareceu e jogou seus braços por trás do pescoço dele, o carregando para a capsula de fuga. Me esquecendo completamente do Hulk. Olhei para o alto. Minha mãe tinha deixado o Hulk escapar. Quase fugiu no Quinjent, mas eu acertei um dos aparelhos do meu cinto de utilidades. Ele fazia conjunto com outro aparelho e eu consegui fazer o mesmo pousar e consegui trazer Banner de volta a tempo de metermos o pé. A cidade foi explodida e o mundo foi salvo!

E assim salvei Pietro e Bruce no mesmo dia!


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Notas finais do capítulo

Sei que ficou longo pra dedéu, mas deixa! Deu um trabalhão, tá?! Então caprichem na hora de comentar.