Garota Valente 2: Era de Ultron escrita por Menthal Vellasco


Capítulo 12
Bônus: Lion Mason


Notas iniciais do capítulo

Olá, minha gente! Espero que goste! Primeiro bônus do Lion! Uhuuu!!!

Ah! Se lembram de quando eu pedi um nome para a Krys? Esqueçam, eu pensei em algo muito maneiro para ela.



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Demorou um tempão para eu conseguir entrar.

Bruce permitiu minha entrada na torre. Ele parecia agitado e preocupado, mas mantinha a calma. Eu também estava e a preocupação dele só piorava a minha. Tudo o que eu queria era estar aqui quando a Meri voltasse. Não esperava encontrar um vingador tão cedo. Logo que entrei na sala, encarei Banner e perguntei:

– Onde está a Merida?

– Ultron a levou. Não sabemos onde ela está, mas os pais dela estão tentando usar os rastreadores que ela tem no cinto.

O encarei surpreso. A essa hora, Merida, aquela que eu amava, poderia estar morta. Se aquele tal de Ultron era tudo o que Meri me falava pelo telefone, então ela corria chance de estar morta. Agora sei o que ela sentiu quando Jen me deu aquele tiro.

– Vocês têm que achar ela o quanto antes. Ela está nas mãos de um robô maníaco! Ela...

– Lion, fica calmo. Vamos encontra-la.

– E se ela já estiver morta até lá?!

– Ela não vai. - ele mantem a calma e segura meus ombros – Ela não está morta, está bem? Vamos acha-la.

Tinha escolha? Estava desesperado, mas isso não ia ajudar. Muito pelo contrário: poderia atrapalhar! Então o segui até um laboratório de alta tecnologia onde estava o Barton, sentado encima de uma maquina enorme e olhando o que tinha dentro. Não parecia bem. Obviamente. A filha dele corria perigo novamente.

– Banner, o que ele faz aqui? - ele perguntou.

– Não sei. Ele veio perguntando pela Meri. - respondeu Bruce – O deixei entrar para que fique, pelo menos, a par de tudo.

– Já sabe alguma forma de encontra-la? - perguntei.

– Eu e Nat estamos pensando nisso.

– Onde ela está?

– Com a Krys na enfermaria. - falou, voltando a encarar a maquina.

Encarei ela também. Parecia um casulo ou coisa assim. Tinha algo dentro dele. Um robô ou um ser vivo. Uma vez, li algo sobre cintozoides: seres artificiais com singularidades humanas. Era algo, no mínimo, estranho. O Stark apareceu por lá e Bruce perguntou:

– Noticias da Meri?

– Ainda não, mas está viva. - suspirei aliviado enquanto o sogrão desce da maquina – Ultron esfregaria isso na nossa cara.

– Tá bem selado. - falou Clint sobre seja lá o que for aquilo.

– Vamos precisar acessar o programa. Abrir por dentro. - explicou Bruce.

Stark virou para Clint e perguntou: - Conseguiu usar os rastreadores da Meri?

– Não. Parecem desativados. Ou ela se esqueceu ou Ultron fez alguma coisa no sinal do rastreador. Ele provavelmente sabia.

– Ela poderia enviar mensagens sem internet. Algum truque seu e da Nat, coisa de espião, que podem ter ensinado a ela?

– Sim, mas ela não se lembra. Foi quando ela tinha 16 anos. Depois foi assassinada, trazida de volta e não se lembra mais disso. Mas posso testar outros meios.

– Então vai acha-la e leve o Lion com você.

Descemos uma escada até uma sala pequena com computadores. Eu estava quase com dor de cabeça. Ele procurava em nos computadores alguma coisa que o levasse à sua filha. Parecia tão desesperado quanto eu.

– Então... eu tenho que fazer alguma coisa?

– Quer ajudar, garoto?

– Como for preciso.

– Ótimo. Fica na sua.

– Eu sei como se sente.

– Não, você não sabe. - ele mantem a frieza dês do inicio da conversa.

– Se o Stark disse que ele ia querer esfregar ela na nossa cara, ele sabe do que está falando! Não foi ele que o construiu?

– Mason, fica na sua por favor...

– Só estou dizendo que estou tão preocupado quanto você!

– Não, você não está! - ele respondeu com raiva - Você não estava naquele cinema naquela noite! Você não estava no jato quando pegaram ela! Você não teve que acalmar sua esposa grávida porque a filha mais velha foi levada!

Tentei prestar atenção no resto do discurso, mas uma coisa específica me prendeu a atenção:

– Natasha está grávida?

Então, Clint analisou bem as palavras do discurso e respondeu:

– É, acho que não era para eu ter contado. - e soltou quase uma risada.

– Isso acontece as vezes quando estamos sob preção. - ele concordou com a cabeça - Eu amo a sua filha, Clint. Lembre-se disso.

Me levantei e o deixei terminar o trabalho. Fui até a enfermaria encontrar Krys e, possivelmente, a Nat. Lembro-me de quando Jenipher me mandou para lá com um tiro. Eu a perdoei, mesmo ela tendo feito coisas terríveis e estando hoje morta. Mas além de minha família e eu chorando a morte de Jen, tenho boas lembranças, como minhas pazes com Clint e um dos maiores beijos que eu e Merida já trocamos. Quando me aproximei da porta, vi Krys sentada sozinha tratando os próprios ferimentos.

– Krystal! - chamei.

– Lion! - ela responde, se levantando da maca e me abraçando.

– O que foi que aconteceu? - perguntei depois do abraço.

– Ninguém quer que eu e Nat lutemos. - ela revelou em tom irônico - Já sabe sobre a Meri?

– Sim. O pai dela ainda não a achou.

– Lamento, cara.

– Onde está a Nat?

– Ali no banheiro. Vomitando. Se eu contar você não acredita.

– Grávida?

– Clint te contou?

– Teve um surto de raiva.

– Pela primeira vez ele te tratou como um sogro trata o namoradinho da preciosa filha. - ela brincou.

Não resisti e soltei uma risada. Não era um momento para se estar feliz, muito menos rir, mas melhores amigos são para isso: te fazer rir em clima de funeral, como disse uma personagem que vi no cinema, a Julia. Caminhei até o porta meio aberta do banheiro e percebi que ela ainda estava ajoelhada no chão encarando o vaso.

– Preciso de chocolate. - resmungou.

– Jura? - perguntei, a assustando. Acho que ela não sabia nem que eu estava lá e nem que eu a ouvi - Esperava algo que combinasse mais com sua reputação. Chocolate?

– Está fazendo o que aqui?

– Nada demais. Só surtando por dentro e doido pra achar sua filha.

– Bem vindo ao clube. - falou, se levantando do chão, tampando o vaso e dando descarga.

– Clint me contou.

– O que? - ela pergunta, em seguida, pondo água na boca, para tirar os resquícios do que botou pra fora.

– Porque você está vomitando. - logo que eu falei, ela bufou.

– Droga. Agora o mundo inteiro sabe?! É isso?!

– Eles estão certos em querer que você fique.

Ela me ignorou. Bom, mais ou menos. Ela me empurrou e seguiu até Krys, que depois de limpar as feridas, não parecia tão ruim.

– Krys, estou voltando pra lá. Lion, faz companhia a ela...

– O que você tem na cabeça? Está em perigo com isso! - ela me encara e eu continuo – Olha, eu não faço medicina, eu faço direito, mas não precisa ser um gênio na área para saber que você não está em condições de ir.

– Ela é minha filha. - ela respondeu.

– Ela também é a pessoa com quem quero passar o resto da minha vida. - admiti – Mas agora deve confiar neles.

– Eu não vou ficar tranquila enquanto não a ver com vida. Se o medo de vocês é de eu perder a criança, então é mais fácil isso acontecer aqui do que lá.

Não é que fazia um certo sentido?

– Eu desisti! - falou Krystal me encarando – Eu acho melhor desistir também.

– Vai lutar? - perguntei.

– Acho que sim. Não pretendo me juntar aos Vingadores, mas é, eu vou lutar.

– Está com o uniforme da S.H.I.E.L.D. aí? - perguntei.

– Em casa e não dá tempo de buscar, mas me viro.

Então, ouvimos som de confusão vindo do laboratório. E aí, uma explosão. Corremos para lá, mas antes de chegarmos, encontramos a sala com todos por lá e os aprimorados. Tinha algo na frente da janela. Era estranho e vermelho, mas então, pareceu simplesmente transformar parte de sua "pele" em uma roupa verde. Dava um certo medo. Thor deixou o martelo na mesa enquanto a coisa se aproximava.

– Isso foi estranho. Mas... obrigado. - falou, encarando Thor.

Então, apareceu uma capa amarela/dourada nele (!).

– Thor, - chamou o Capitão - Você ajudou a criar isso?

– Eu tive uma visão. - ele explicou – Um redemoinho que suga toda esperança de vida e o centro é aquilo. - falou apontando para a cabeça do robô: uma pedra amarela e brilhante.

– O que? A gema? - perguntou Bruce.

– É a Joia da Mente, uma das seis joias de maior poder do universo com capacidade destrutiva ilimitada.

– E por que...

– Porque Stark está certo. - Thor interrompeu.

– Eu ouvi mesmo isso? - questionou Krys.

– Wou, realmente esse é o fim dos tempos.

– Jesus está voltando. - sussurrei para Krys, que concordou.

– Os Vingadores não podem destruir o Ultron. - respondeu Thor.

– Não Sozinhos. - completou a coisa.

– Por que a sua visão fala como o J.A.R.V.I.S.? - perguntou o pai da Krys.

– Reconfiguramos a matriz do J.A.R.V.I.S. - explicou Tony, andando na direção dele, que também andava na sua – Para criar uma coisa nova.

– Já atingi minha cota de coisas novas. - falou Rogers.

– Vocês acham que sou um filho do Ultron. - afirmou a tal Visão que o Thor teve.

– E não é? - perguntou Krystal.

– Eu não sou Ultron. Eu não sou o J.A.R.V.I.S., eu... eu sou... - buscou uma palavra, mas provavelmente não sabia nem o que ele era.

– Eu olhei na sua mente. E vi aniquilação. - falou a aprimorada de cabelos escuros.

– Olhe outra vez. - ele pediu.

– O selo de aprovação dela não é nada pra mim. - afirmou Clint se aproximando assim como eu e Krys, depois de uma risada debochada.

– Os poderes dos dois, os horrores em nossa mentes, o próprio Ultron, tudo isso veio da joia da mente, e não há nada comparado ao que pode fazer. - Thor explica, mas eu discordo com a última parte. Mas é melhor nem comentar – Mas com ele do nosso lado...

– Ele está? - interrompeu Steve.

– Nada disso vai adiantar se ele não estiver. - comentou Natasha.

– Você está do nosso lado? - perguntou o Capitão.

– Acho que não é tão simples. - ele falou.

– Acho melhor simplificar. - disse o pai de Merida.

– Eu estou do lado da vida. - ele explicou – Ultron não está. Ele vai acabar com tudo.

– O que ele está esperando? - perguntou Tony.

– Vocês.

– Onde?

– Sokovia. Está com Merida lá também.

– A encontrou? - perguntei aliviado e Nat pôs sua mão no meu ombro. Ele assentiu com a cabeça e olhei para sua esposa. Nos encaramos aliviados.

– E se estivermos errados sobre você? - indagou Bruce – E se você é o monstro que Ultron construiu?

– O que farão?

A sala ficou em silêncio. Observei Krys e o aprimorado de cabelo branco se escararem e depois voltarem a atenção à "coisa".

– Eu não quero matar o Ultron. Ele é único. E está sofrendo muito. - explicou pausadamente – Mas esse sofrimento vai tragar toda a Terra. Por isso ele deve ser destruído. Pela forma que ele construiu, cada traço de sua existência está na internet. Temos que agir agora. E nenhum de nós fará isso sem os outros. Talvez eu seja um monstro. - admitiu encarando o próprio corpo e olhando seus braços - Acho que eu não saberia se fosse um. Não sou o que vocês são, e nem o que planejavam. Talvez não haja como faze-los confiarem em mim, mas temos que ir logo. - terminou, estendendo o martelo de Thor até ele.

Todos pareciam chocados. Demorei a me lembrar que, de acordo com a lenda, só o Thor levanta... ou os puros, dignos, me lembro de pouca coisa. Bom, parece que eles acreditaram. Krys tinha uma expressão levemente revoltada. Como se ele houvesse feito algo errado, mas se a lenda tinha razão nisso, então o cara era confiável. Thor pegou o martelo ainda chocado.

– Tudo bem. - falou Thor, chocado – Vamos lá. - continuou com um tapa no ombro do Stark e se retirando.

– Três minutos. - Rogers ordenou – Se preparem.

E todos (menos eu) foram se preparar. Eu Seguiria Krys, mas ela disse que ia trocar de roupas, então eu fiquei andando por lá. Encontrei o Stark na oficina e ele reparou minha chegada.

– Oh Mason! - chamou e me mostrou três chips azuis e grandes – Jocasta, Tadashi ou Sexta-feira? - perguntou.

– Bom, eu não sei que droga é essa, mas... sexta-feira. - afirmei. Os outros nomes são estranhos.

Segui então, até encontrar Krystal pronta pra briga. Blusa jeans sem alças, calça de couro, sapato meio alto, adagas com o logo da S.H.I.E.L.D. na cintura e duas armas, uma em cada cocha. Se quer de uniforme da S.H.I.E.L.D. eu já a vi pessoalmente, apenas fotos com amigos agentes. Arregalei os olhos ao vê-la naquela roupa.

– Não me parece funcional. - admiti.

– Na S.H.I.E.L.D., os uniformes geralmente são do material dessa calça. E as botas têm saltos desse tamanho para menor, mas eu lutaria num salto quinze se me eu tivesse oportunidade. A blusa é justa, não vai cair. Fique tranquilo.

– Não conto pro pastor que você está com uma blusa indecente dessa.

– Ela não é indecente. É apenas sem alça! - se defendeu – A gente está indo. Vai ficar por aqui? Podemos te chamar quando chegarmos.

– E se não chegarem?

– Você saberá.

Nos encaramos em silêncio. Então nos abraçamos.

– Toma cuidado, Krystal. Não quero perder vocês duas.

– Vou tomar, Leãozinho. - ela respondeu.

E lá foram eles salvar o mundo de novo...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Acho que ficou um pouco grande.