Alarmes começam a soar por toda a instalação da Umbrella, instalando o caos.

Hector rapidamente corre até o escritório onde estava o homem de terno:

—Chefe, estamos sendo invadidos! –ele adentra berrando:

—E por que você está aqui em vez de estar no meio da batalha matando o inseto que ousou nos desafiar? –o homem levanta uma sobrancelha, calmamente mexendo em seu laptop:

—Porque sua segurança vem em primeiro lugar. –um silêncio tenso paira, o homem fecha o laptop, assustando Hector:

—Vendo por este lado, não posso julgá-lo, dado o que aconteceu no passado. Porém eu sou diferente agora, então… –ele sorri, causando calafrios –Não preciso mais de um cão de guarda.

—C-certo…

—O que está esperando? Vá logo dar um jeito no inseto, esses alarmes estão me causando dor de cabeça. –Hector se vira, pronto para sair correndo de lá –Ah, e mais uma coisa. –ele para –Se você falhar, terá consequências.

Engolindo em seco, Hector concorda com a cabeça e corre do escritório, querendo o mais rápido se distanciar daquela sensação horrível.

O corredor estava apinhado de cientistas, todos gritando e correndo do que quer que tenha ativado os alarmes. Hector tenta passar por entre eles, porém vendo que estavam cada vez mais o espremendo, bufa e usa seus tentáculos para cravar no teto e com o auxílio deles, chegar até a fonte de todo aquele caos:

—Hei, Delta! Poderia me fazer um favor? –o comunicador em seu ouvido liga, fazendo-o bufar:

—O que você quer Johnes? –ele para, quase no final daquele corredor:

—Esta parece uma ótima oportunidade para testar os Tyrants, uma oportunidade muito oportuna! –o comentário o faz revirar os olhos, ele realmente não gostava daquele cientista:

—Tá, mande um deles pra sala de treinamento mais próxima, o invasor está chegando aqui.

—Esplêndido! Ele já está em posição na sala atrás de você, à esquerda!

—Tá, tá, entendi. –ele desliga o comunicador, descendo do teto, vendo ao longe atrás de si os cientistas ainda correndo e gritando. Porém o que devia se preocupar era com a sua frente, onde o invasor estava vindo. Espera, sabia que estava vindo.

Até que uma cabeça passa voando do corredor ao lado e atinge a parede:

—Nooossa, mas que belo chutão que eu dei! –uma voz surge, e logo surge o invasor, fazendo Hector se preparar –Mas manchou toda a parede de sangue, mancha de sangue é bem ruim de tirar, tenho pena dos faxineiros. –ele coloca a mão na cabeça, parecendo chateado, até que vê Hector –Olha só, você não é o irmão maligno da Elise? Sabe, o cara com os tentáculos que continuamente tenta matar todo mundo…

—Você não sabe calar a boca? –Hector rosna:

—Meu apelido é mercenário tagarela, então o que você acha? –Deadpool se vangloria, preparando as katanas –Preparado para morrer?

—Até parece, será você que vai morrer.

—Meio difícil, eu sou imortal sabe. Andei dando uns pegas na morte inclusive, aí deu toda uma treta com um cara careca e… Opa! –ele desvia de um dos tentáculos de Hector, que avançou e começa a desferir socos, que ele bloqueia com as katanas –É muito feio atacar enquanto está falando! Você deveria fazer que nem nos animes e esperar os discursos!

—Isso aqui é a vida real! –ele fica atrás do Deadpool, empurrando-o para perto da sala:

—Na realidade, isso aqui é apenas uma história retardada da mente de uma adolesc-… Woah! –ele é interrompido quando é atingido pelos tentáculos, quebrando a parede e o jogando para dentro de uma sala totalmente branca –Você realmente não tem modos… –ele vê o buraco em sua barriga –Seu merda, sabe o quão difícil é remendar essa roupa? E o que eu falei sobre mancha de sangue!

—Libere o Tyrant seu cientista de merda. –Hector rosna:

—Que? Tyrant? Tá me chamando de cientista? –Deadpool o encara confuso, até que ouve passos pesados, e a parede começa a se abrir, revelando um homem alto, pálido e musculoso –Pera, que chapeuzinho é esse? E pra que o sobretudo? De quem você aprendeu esse senso de mod-… –ele é interrompido pelo avanço do Tyrant, que desfere um soco que o faz voar contra a parede do outro lado da sala.

Hector sorri ao vê-lo levantando e caindo de volta:

—Caralho, esse soco não foi brincadeira! Tenho que me lembrar de não xingar os chapéus alheios

—Mate-o. –Hector comanda o Tyrant, que começa a avançar:

—Oh, você está se aproximando de mim? –antes que Deadpool consiga continuar o falatório, é acertado por uma investida do Tyrant, que o segura pelo pescoço contra a parede –S-sério? Nem uma referência a Jojo cê me deixa terminar? –seu pescoço começa a ser pressionado –Vai… Se… Fud-… –seu pescoço é quebrado.

O Tyrant larga o corpo, Hector levanta uma sobrancelha:

—Talvez você seja útil no futuro. –fala enquanto o Tyrant caminhava de volta por onde veio –Mas me deixou com o trabalho mais chato.

Hector vai em direção ao Deadpool, bufando que teria que arrastar o corpo dele para o incinerador. Estende a mão para pegar o braço, e um rugido é ouvido, fazendo-o recuar e ver uma estranha criatura roxa adentrando a sala, encarando-o e rugindo novamente:

—Mais um? –ele se prepara, a criatura se avança, atacando-o com a cauda, fazendo-o recuar um pouco pela força do impacto.

A criatura rapidamente recua, pega Deadpool pela boca e sai correndo da sala. Hector começa a avançar para segui-lo, porém seu comunicador liga:

—Não precisa ir atrás dele.—era o homem de terno:

—Ele fugiu com o corpo do intruso.

—Provavelmente irá devorá-lo como a fera que é.

—Conhece esse bicho?

—É um experimento feito a partir de uma carcaça encontrada no espaço, ele fugiu após devorar todos os cientistas. Quem diria que ele teria mais de um estágio de evolução…

—E não quer de volta?

—Não preciso de algo que não possa controlar.—Hector engole em seco, sabia que isto era um aviso para ele –Retorne à minha sala, quero detalhes sobre o teste com o Tyrant.

—Sim senhor. –Hector começa a caminhar pelo corredor.

—-----

—Aquele idiota pode ter botado tudo a perder agora. –Tony esbraveja:

—Era meio óbvio que ele ia fazer isso, a questão é, qual é a extensão dos danos que ele causou. –Elise suspira, Snake Eyes apenas concorda com a cabeça:

—Ele já está voltando, saberemos por ele o que aconteceu.—Ultron ri, obviamente sabia de algo.

Os quatro haviam se reunido após Elise encontrar um bilhete deixado por Deadpool dizendo que havia ido até a Umbrella para “aliviar o stress”. Isso acarretou a fúria da mesma, que entre berros, chamou todos para discutir o que fazer agora que ele estragou os planos.

—Eu deveria saber que isso ia acontecer, deveria ter amarrado o Wade numa cadeira e ficado de guarda. –ela massageia as têmporas, ia ter uma dor de cabeça mais tarde. Snake Eyes coloca a mão no ombro dela, sua forma de dizer que entendia o que ela sentia:

—Vamos para fora, ele chegou.—Ultron anuncia, todos saem da sala e se encaminham para fora:

—Eu juro que vou dar um soco nele quando o ver. –ela ainda estava raivosa, até que saem e veem uma cena inesperada.

Wade estava inconsciente, o pescoço em um ângulo nem um pouco normal, com o corpo na boca de uma criatura quadrupede roxa, que encarava a todos com seus olhos vermelhos, a cauda com a ponta relembrando uma lâmina abaixada, dizendo que não veio para lutar:

—Mas que merda é essa? –Tony balbucia.

A criatura faz um movimento, deixando todos a postos, porém ela apenas larga o corpo de Wade no chão, e encara Elise, que tentava entender porque ele parecia familiar:

—Será que podemos pegar o corpo do idiota? Ultron, que tal você ir lá, já que tem corpos extras. –Tony olha Ultron, que ri:

—Quanta consideração por mim. Saiba que está difícil fazer um exército de novo, parece que alguém andou limitando as matérias primas das fábricas.

—Sempre bom prevenir. –a conversa é interrompida por Elise, que abandona sua posição de ataque e se aproxima da criatura –Hei, acho que não é bom se aproximar!

Ela para na frente da criatura, que a encara e abaixa a cabeça:

—Birdie? –ela pergunta, a criatura esfrega a cabeça no braço dela, confirmando sua pergunta:

—Ora, não precisei ter que intervir para revelar a chocante verdade. –Ultron obviamente estava se divertindo com a cena:

—Espera, você sabia o que era esse bicho? –Tony o olha incrédulo:

—Seria estranho se eu não soubesse.

—Mas como? –a voz de Elise chama a atenção deles –Eu achei o corpo dele, achei que…

—É melhor entrarmos, vai ser melhor para eu explicar. –Ultron convida, todos concordam –E alguém tem que levar o peso morto ali.

Sem cerimônia alguma, Snake Eyes vai até Wade e o levanta, carregando-o como uma noiva:

—Eu não sei se rio ou sinto ciúmes disso. –Elise murmura, porém Snake Eyes a encara com seu capacete, obviamente havia ouvido. Ela desvia o olhar, sentindo as bochechas esquentarem.

A criatura antes conhecida por Birdie esfrega a cabeça nela, que ri e lhe dá um carinho:

—Vamos entrar logo, quero descobrir o que é você. –Birdie a encara e os dois começam a caminhar.