Madrinha de casamento escrita por Luminus


Capítulo 1
Capítulo 1 – O casamento da megera


Notas iniciais do capítulo

O capítulo foi revisado somente uma única vez e por mim. Não tenho beta, então perdoem os meus erros de português.


Espero que gostem :)



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- Lá vem a noiva...me pergunto: por que o véu e a grinalda?...o vestido branco...essa puta tá subindo para o santo altar. Lá vem a noiva...toda sorridente...olhando pra frente...que falsa está. O noivo sorrindo...pobre coitado...pois o casamento com a megera...já vai começar.

- Você sabe que não está rimando, né? – a loira me perguntou.

- O compositor original da música não se preocupou com isso, então por que eu deveria?

- Psiu! Vocês duas fiquem quietas! – murmurou a morena.

- Estamos sentadas na última fileira da igreja junto com as crianças mimadas e pirracentas. Ninguém vai escutar a gente através dos gritos destas pequenas pestes – disse alto sem me importar.

- Sakura! – Hinata disse ficando vermelha – As pessoas vão escutar o que você está dizendo.

- Hinata, meu amor, olha para frente. Viu? As babás que estão na nossa frente só estão preocupadas em calar a boca dos pirralhos.

- Hina, a Sah ‘tá certa. Estamos no pior lugar possível ninguém nos vê, ninguém nos ouve e o pior de tudo não vemos nada. Não vi o vestido da noiva não sei se ela tá gorda e se a gravidez já tá aparecendo.

- E isso deve estar matando a Ino. Ela não vive sem uma boa fofoca.

- Na verdade, eu gostaria de ter realizado uma inspeção no visual dela. Sabe, como uma crítica de moda eu tenho que ver se ela estava decente dessa vez.

- Ino é a Karin. Acha mesmo que ela não estaria vestindo algo menos que vulgar? Só sei que ela ‘tá de véu e grinalda por causa da revista de fofoca que você leu para a gente na semana passada. Eu não ficaria surpresa se o vestido dela tivesse uma fenda mostrando o útero.

- Talvez não. Ela tá tentando esconder a gravidez, ficaria meio difícil deste jeito. Não acha? – sorri maliciosa.

- Meu Deus! Meninas! Parem com isso – a morena murmura repreendendo.

- Mais nem começamos a falar do golpe que ela deu para ficar com esse milionário Hina. Só estamos comentando o vestido. Que provavelmente parece com a roupa de uma prostituta.

- Estamos na igreja!

- Não foi numa igreja que ela engravidou? Escutei que após a missa de sétimo dia do pai dela, ela foi especialmente consolada na sacristia pelo bonitão no altar.

- Foi sim Ino. Lembra que quando estávamos saindo da missa o padre apareceu com uma cara vermelha e com uma expressão indignada? Os dois não estavam presentes no salão no momento, mas também não tinham ido embora. Depois no outro dia esse rumor começou a se espalhar.

- Que horror! Como tiveram coragem de fazer isto?

- Quem sabe? – digo dando de ombros.

Nesse momento o padre começou a realizar a cerimonia e fingimos prestar a atenção.

***

- Ino.

- Oi.

- Eu sou feia?

- Não e você sabe disso.

- Eu sou muito chata?

- Às vezes, mas você é legalzinha quando quer.

- Eu tenho algum problema?

- Psicológicos? Sim.

- Maiores que os das nossas amigas?

- Não.

- Eu cheiro mal?

- Não. Com aquele perfume importado que eu lhe dei esta deveria ser a sua última preocupação.

- Pareço uma aberração?

- Não. O cabelo rosa combina com você.

- Me visto mal?

- Olha você não parece uma mendiga, mas eu me arrumaria um pouquinho melhor se fosse você. Sabe deveria escutar as minhas dicas de moda.

- Sou uma boa companhia?

- Sim.

- Sou uma boa amiga?

- A melhor – disse sorrindo terna – É a minha melhor amiga e gosto muito de você. E é por isso que vai me dizer qual é a cauda desse interrogatório estupido.

Ino segurou minha mão através da mesa e sorriu terna. Desabei chorosa na mesa.

- Se não sou uma pessoa ao todo insuportável e uma boa amiga, então me diz porque....

- Por que o que? Vamos Sakura? – pressionou minha mão.

- Por que ninguém me convida para ser sua madrinha de casamento.

- O que?

Levantei minha cabeça a tempo de ver a cara de confusão dela se transformar em uma careta de irritação. Largou minha mão e cruzou os braços. - Eu aqui pensando que o álcool tinha iluminado algum lugar desconhecido na sua linda cabecinha sobre homens e você me vem com uma dessas?

- ‘Tá brava por quê? Preferia que eu tivesse numa fossa por não ter namorado? Pelo amor de Deus Ino! Não vivo a procura da minha cara metade, minha alma gêmea, a metade da minha laranja, a tampa da minha panela ou sei lá o que diabos você acha que devo possuir. ‘Tô muito bem sozinha.

- Você ‘tá é a muito tempo sozinha. Você namorou somente três vezes. E com todos foi por menos de um ano!

- Sim, e foi o suficiente para aprender que meus relacionamentos são uma merda!

- Você é impossível.

- Não, impossível é fazer esse negócio de relacionamento dar certo.

- Dá dando certo comigo e com o Gaara.

- A deusa do amor não derramou suas graças em mim quando eu nasci. Ela deu minha parte para você e como compensação Atenas ficou com dó de mim e me deu a inteligência que deveria ir para você – beberiquei minha bebida enquanto via a cara dela se contorcer – Não faça essa cara, é por sua causa que esses sentimentos estranhos estão me invadindo.

- E vai me culpar agora pelo que? Por acaso roubei também a benção da deusa do casamento que era para você?

- Não, estamos juntas nesta. As duas deusas com certeza me odeiam. Entretanto, Afrodite gostou tanto de você lhe dando beleza e sorte no amor que Hera resolveu não lhe dar a felicidade da união conjugal.

- ‘Tá dizendo que não nasci para casar?

- Aparentemente, sim.

- Sua megera! Como assim?

- Ino você está com o Gaara há sete longos anos e há 4 está noiva. Ele não tá te enrolando demais não?

- Não!

- Sim está. Vocês moram juntos há três anos e meio. Acha mesmo que ainda vai casar? – disse sem pensar – E é por isso que estou aqui na festa de casamento da Karin, na maior fossa, porque ela não me convidou para ser sua madrinha.

- Espera, o que? – disse confusa – Não consegui entender o que isso tem haver comigo.

- Você não vai casar e minha única esperança era que a megera da Karin me chamasse para ser sua madrinha.

- Sakura, devo lembra-la que você odeia a Karin?

- Não, eu sei muito bem disso. Entretanto, quando éramos crianças e amigas prometemos que seriamos madrinhas uma da outra. Não que eu fosse cumprir, porque afinal nem pretendo casar.

- Achou que ela se lembraria disso? – disse incrédula.

- Na verdade ela lembrou. Chamou minha mãe e eu para a casa dela e fez questão de dizer que se lembrava da nossa promessa e pediu desculpas falando que o número já estava completo e que eram todos amigos do noivo. Ela só convidou milionários só para ganhar bons presentes.

- ‘Tá tão desesperada assim que aceitaria ser madrinha de alguém que você abomina desde que tem treze anos?

- Estou sim.

- Sakura! Te daria uma tapa agora mesmo se não estivéssemos nesta festa com um monte de fotógrafos.

- Oi meninas – Hinata apareceu sentando novamente na mesa – O que aconteceu? Que caras estranhas são essas?

- Sakura enlouqueceu. Disse que queria ter sido chamada para ser madrinha da Karin.

- Ela não bebeu demais? – a morena perguntou preocupada – Sakura isso tem a ver com aquela conversa que tivemos na semana passada quando você ficou bêbada?

- Que conversa? Não me lembro de nada.

- Sabe aquela sobre você não casar.

- Conversamos sobre isso?

- Sim – disse pacientemente me estudando.

- Não me lembro disso.

- Sim, você já me disse isso. Então...

- Talvez.

- Talvez o que Sakura? – Ino pressionou.

- Talvez seja isso.

- Isso é bom. Sabe, colocar as coisas para fora é um bom exercício. Tem mais algo que você gostaria de compartilhar?

- Talvez. Mas para isso eu preciso de mais uma dose de álcool, na verdade quem sabe duas ou até três.

- Ok. Mas primeiro vamos sair daqui. Esta festa já deu o que tinha que dar. Vamos te dar quanto álcool você quiser. Prometemos que não vamos regular a quantidade que você bebe como sempre fazemos. Na verdade, pensando bem, talvez seja este seu problema: você só consegue colocar as coisas para fora com um estímulo. Eu e as meninas sempre te freamos e por isso você nunca se abre totalmente conosco. Você tem as primeiras etapas dos bêbados, mas nunca a que você precisa – se levantou e veio até mim – Vamos lá, hoje você vai beber e soltar tudo que te aflige.

- Ela não vai se lembrar de nada disso amanhã.

- É claro que vai. Vamos gravar tudo e a fazer assistir amanhã de manhã. Quero ver ela negar alguma coisa.

- Vai deixa-la fazer isso Hina? – perguntei incrédula.

- Sim, talvez você precise de um tratamento de choque.

Hinata ajudou a me levantar e fomos em direção a porta de saída.

- Podemos tomar margueritas? – questionei.

- Pode tomar quantas você quiser desde que abra a sua boca

.

***


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Se houver algum erro por favor avisem-me.
Pretendo postar semanalmente.
Até o próximo capítulo.