Rock Forever escrita por Isabela Faria


Capítulo 29
A dama e o vagabundo.


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a minha demora gente ♥
Então, avisando aqui que acho que vou excluir predestinados, ao menos que apareça alguém para me ajudar a escrever, espero que entendam meus amores, estou completamente sem tempo, e Rock Forever, no momento, é prioridade.

Boa leitura.



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" Nós eramos loucos, loucos de pedra, tão errados aos olhos do mundo, mas eu sentia, dentro de mim, que ele era o melhor erro que eu poderia cometer. " 

Pov Alicia Gusman.

Já era as três da manhã, e eu estava completamente louca andando pelas ruas desertas com Daniel, posso jurar que estou um pouco bêbada, os trovões haviam parado um pouco, mas, a chuva continuava bastante grossa, somente duas pessoas completamente loucas teriam coragem de ficar no meio da chuva e com aquele frio, bem, acho que nós dois somos completamente loucos.

Minhas roupas estavam encharcadas e as dele também, gargalhávamos feito loucos e rodopiávamos no primeiro poste que víamos pela frente, era tão bom estar com ele novamente, Daniel me fazia mal na maior parte do tempo, mas, cada pequeno momento feliz que passávamos era especial o suficiente para se tornar inesquecível e superar tudo de ruim que a presença dele pudesse ter me trazido.

— Eu sou a dona do mundo. – gritei abrindo os braços e rodopiando, enquanto sentia as fortes gotas de chuva molharem minha pele.

— O mundo é nosso Alicia, nosso. – ele esbravejou rindo e jogando pequenas gotinhas de água em mim, gargalhei alto.

Liberdade, era isso que eu sentia quando estava com ele, Daniel tinha o incrível dom de me fazer esquecer tudo, cada vez que nós encontrávamos era como se ele me colocasse em seus braços e me arrastasse para longe de tudo que me prendia, de uma forma ou de outra, ele me libertava.

— É tão bom estar aqui Daniel, longe de tudo. – confessei gritando enquanto ele corria para tentar me pegar.

— Esqueça os holofotes Alicia. – ele disse agarrando a minha cintura quando finalmente me alcançou. – esqueça a fama, o dinheiro, tudo, o mundo é só nosso, pelo menos, nesta noite. – ele disse me fazendo sorrir.

— Você é maluco. – eu disse dando um tapa em seu ombro.

— Maluco é? Você vai ver o maluco agora. – Daniel caminhou e pegou uma pedra que estava próxima a calçada, ele mirou em uma das janelas que estava com a luz acessa.  

— Daniel, você não vai... – falei sem acreditar e fui interrompida pelo barulho da janela se quebrando.

— CORRE! – Daniel gritou puxando a minha mão enquanto corríamos que nem loucos no meio daquela chuva.

Riamos feito dois idiotas, correndo no meio daquela rua molhada pela chuva, meus cabelos estavam encharcados e volta e meia minha pequena franjinha cobria meus olhos, paramos de correr e Daniel puxou minha cintura enquanto me rodopiava no meio da rua.

— Você pode ser quem você quiser Alicia, mas, nunca deixará de ser a minha dama. – ele disse sorrindo e me fazendo sorrir também.

Eu podia ser verdadeira quando estava com ele, podia deixar de lado todos aqueles holofotes que perseguiam minha vida, deixar de lado todas as minhas obrigações e responsabilidades, parar de fingir que era uma mulher perfeita e gentil com todo mundo, com ele eu podia ser apenas eu, Alicia Gusman, uma moleca que só queria ser feliz, sem se importar com a opinião alheia, ser apenas uma pessoa comum que não tinha que dar satisfações a todo mundo, ele resgatava a antiga Alicia, e ela era a coisa mais boa e verdadeira que havia dentro de mim.

— Senti sua falta vagabundo. – sussurrei mordendo o lóbulo de sua orelha, ele se arrepiou. – falta de uma coisa também. – tirei sua camisa rapidamente, revelando seu corpo escultural.

O encarei por alguns instantes, as gotas de chuva caiam sobre seu corpo incrivelmente atraente, Daniel sorriu ao ver que eu reparava nele, e isso me fez admira-lo ainda mais, aquela era uma das coisas mais lindas que eu já havia visto, apliquei vários beijos em seu pescoço e desci com os beijos até o zíper de sua calça.

— Tem certeza que quer fazer isso aqui? – ele indagou incrédulo.

— Tenho sim. – o arrastei até o canto mais próximo e tirei minha blusa, o que consequentemente aumentou o meu frio.

— Não acha que fizemos loucuras de mais por hoje? – Daniel perguntou enquanto beijava meu pescoço causando arrepios em mim.

— Acontece que quando o amanhã chegar e eu voltar para aquele monte de paparazzi, tendo que encarar todas as pessoas fúteis que rodeiam a minha vida, quero lembrar que fiz todas as loucuras que podia... – falei virando seu rosto para mim. – com você.

Daniel não disse mais nada, apenas me tomou em seus braços para um beijo de tirar o fôlego, sua boca se encaixava perfeitamente na minha, como se tivesse sido feito só para mim, ele me trazia as melhores sensações que alguém poderia me trazer.

Nosso relacionamento é baseado apenas nisso, em uma atração física forte e imprudente, o que tínhamos era algo temporário, uma hora ou outra íamos encontrar alguém para que pudéssemos construir uma vida, afinal, aquilo era apenas diversão, uma brincadeira, Daniel era meu brinquedinho particular, eu era sua segunda opção, a tentativa frustrada dele para tentar esquecer Maria Joaquina.

Uma hora ou outra tudo aquilo ia acabar, eu sabia disso, ele era a escolha mais maluca que eu havia feito, era quem me proporcionava os momentos mais imprevisíveis da minha vida, ele era um erro, éramos um verdadeiro erro, mas, um erro pelo qual eu não me arrependo, porque eu sei que nunca viverei com ninguém o que vivo com Daniel, apesar de não ser amor, já que para mim, o amor não é essa loucura que vivemos.

(...)

Pov Paulo Guerra.

Senti a claridade do dia invadir meus olhos, eu havia dormido na sala, naquela maldita poltrona, porque? Preocupação, tinha passado quase a noite inteira a espera de Alicia, estava furioso, como ela pode se encontrar com ele novamente? Olhei meu relógio, era exatamente seis da manhã.

— Vou tentar dormir direito. – falei me espreguiçando e olhando para a janela novamente. – acho que ela ainda não chegou. – suspirei.

Subi as escadas e caminhei até o corredor do meu quarto, foi quando estranhei a porta do quarto de Valéria está aberta, entrei lentamente a procura da mesma e me surpreendi ao encontrar sua cama vazia.

Passei a procurar por Valéria em todos os cantos da casa e nada, estava começando a ficar preocupado, passei pelo corredor do quarto de Janjão e Jaime e me decepcionei ao ver uma coisa, aquela porta escancarada permitia que eu visse muito bem Valéria deitada na cama de Jaime e abraçada com ele, que palhaçada era aquela?


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Notas finais do capítulo

Beijinhos meus lindos e até o próximo.
Prometo não demorar tanto.
O que acharam do capítulo? prevejo tretas.