The pet garrafinha - hell version escrita por 96neko


Capítulo 1
Capítulo I


Notas iniciais do capítulo

Yooooooooo chibi-nekos!!
A 96neko voltou com a continuação de The Pet Garrafinha!!
A continuação é em homenagem ao meu amigo que me deu inspiração pra fazer o Pedro!
PARABÉNS!!! Tudo de bom, cara. Muitos MB's na sua vida! E espero que goste!!
Link da Oneshot que originou essa história:https://fanfiction.com.br/historia/555781/The_Pet_Garrafinha/
Agora aproveitem mais um pouco da minha loucura :D



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Pov. Jaqueline On

Acordei meio tonta, minha visão estava turva. Tentei me mover, mas senti meus braços e minhas pernas presos. O quarto no qual estava era vermelho escuro, quase vinho e tinha um lustre no teto, o que não ilumnava muita coisa. Só posso descrever isso, pois estava deitada e não conseguia mover minha cabeça. Não lembrava de quase nada do que havia ocorrido, apenas de acordar ali. Depois de um tempo, que passou ser uma eternidade, ouvi um abrir de portas que vinha da minha direita que foi seguido de passos.

-Ora, ora! –Reconheci a voz, mas não sabia de onde. –Jack! Que alegria em te ver!

-Quem? –Minha voz estava rouca e doía falar.

-Nossa! Você não se lembra de mim? –Era um homem, isso eu tenho certeza. Fingiu estar ressentido. –Bem, assim que me ver você vai se lembrar. Soltem-na

Ele ordenou a alguém. Senti meus braços e pernas serem soltos, mas estava muito fraca para movê-los. Consegui mover apenas minha cabeça. Quando o vi lembrei de tudo. Ele era Pedro! Lembrei da minha Garrafa. A Garrafa que ele havia matado!

-Ora, seu... –Rosnei e o fuzilei com o olhar. –Eu vou te mata!

-Mas, Jack –Riu em desdém- Já estamos mortos.

Aí eu me lembrei. Todas as lembranças chegaram como um soco . Eu me matei por não conseguir viver em um mundo sem minha garrafa. Mas onde nós estávamos então?

-Onde nós estamos? –Perguntei

-Espere aí, sua apressadinha. Deixe-me contar de tudo o que aconteceu depois que você me matou.

-Não pode ser muita coisa, já que eu ma matei poucos minutos depois que matei você! –Ri sarcástica.

-No mundo humano podem ter sido apenas alguns minutos, mas aqui passaram se praticamente anos. –Fez uma pausa. –Depois que você me matou eu vim parar aqui, mas eu consegui fazer aliados bem fortes.

-Onde diabos nós estamos? –Gritei irritada.

-Diabos é uma palavra bem apropriada para a situação. –Ele gargalhou. Parecia estar realmente se divertindo. –Estamos no inferno, Jack!

-I-Inferno? –Eu travei tentando raciocinar. –Como assim? Por que eu vim para cá?

-Pelo simples fato de você ter me matado e depois se matado. –Girou os olhos em descrença. –Não acredito que me perguntou isso. Achou que iria para o Céu?

-Eu...Eu não acredito em você –Disse ainda pasma –Você está mentindo!

-Por qual motivo eu mentiria para você? –Perguntou levantando uma sobrancelha, me desafiando.

Senti que não conseguia respirar, meus olhos se encheram de lágrimas. Comecei a engasgar e a tossir violentamente.

-Me tire daqui Pedro! –Mandei

-Você não está na posição de mandar aqui. –Disse. –Prendam-na novamente! Até mais tarde, Jack. Vamos nos divertir muito mais tarde

Fui imobilizada novamente, não conseguia me mover de modo algum. Pensei em algum modo de fugir dali. Só me bastava esperar que alguém aparecesse.

Depois dos que se pareceram horas, eu ouvi a porta ranger novamente e ouvi passos em minha direção, que pararam ao lado de minha cama. Tentei desesperadamente mover minha cabeça, mas não conseguia. A pessoa se afastou e ouvi a porta sendo fechada. Comecei a suar frio, com medo. Fechei meus olhos com força. De repente senti meus membros soltos. Haviam me soltado. Sentei-me devagar na cama e testei minhas pernas pra ver se conseguia ficar de pé. Só quando fiquei de pé que olhei para a pessoa que me soltara. Era um garoto, aparentava ter minha idade. Tinha cabelos longos e escuros que contrastavam com sua pele clara. Seus olhos eram grandes e tinham cor de mel. Era alto e magro.

-Quem é você? –Perguntei desconfiada.

-Meu nome é Fábio. –Sua voz era muito grossa. –Vim te resgatar.

Olhei desconfiada para ele. Se eu estava realmente no Inferno, não iria confiar na primeira pessoa que visse.

-Olha, você pode confiar em mim. –Sorriu amigável. –Me enviaram para te salvar.

-Quem te enviou? –Perguntei

-Ela não me deu seu nome, mas mandou isso. –Me deu um pedaço de papel dobrado. –Disse que você iria reconhecer.

Eu desdobrei o papel, delicadamente. Dentro dele havia um olho desenhado junto com uma estrela. Meus olhos se esbugalharam. Eu reconheci o símbolo na hora.

-Então, vamos? –Fábio perguntou impaciente. –Temos que ir logo, antes que ele chegue aqui.

-O Pedro? –Perguntei

-Também, mas tem uma pessoa mais perigosa do que seu amiguinho. Temos que tomar cuidado.

-Quem? –Queria saber tudo

-Melhor não falar. Nomes possuem poder.

-Eu já li isso em algum livro. –Sussurrei para mim mesma. –Acho que era algum livro sobre gregos ou egípcios...

-Deixe isso para lá e vamos logo. –Ele agarrou minha mão e fomos em direção à porta. –Agora, você tem que ficar quieta por alguns minutos, Ok?

Balancei a cabeça afirmando. Ele sorriu.

Ele abriu a porta lentamente e me puxou. Fomos andando por um longo corredor que parecia nunca acabar. Passamos por um labirinto de corredores idênticos, percebi que se tentasse fugir sozinha iria me perder. Andamos até que encontramos outra pessoa. Eu gelei. Não sei se era homem ou mulher, estava vestido com um manto preto que o cobria todo. Fábio apertou minha mão e eu segurei a respiração. Ele deu um leve aceno com a cabeça para a pessoa e esta retribuiu o cumprimento. Continuamos andando até que chegamos a uma grande porta. Fábio a abriu e eu fiquei de boca aberta.

O Céu era vermelho e estava muito quente. O chão era arenoso e alaranjado. O ar era seco e com um leve cheiro de enxofre. “Nós realmente estávamos no Inferno” pensei. Fábio continuou andando até que ouvimos a porta ser aberta com violência. Pedro estava lá, arfando e com um olhar furioso.

-Onde você pense que vai? –Perguntou enquanto se recompunha. Eu me virei para Fábio, desesperada.

-Você não vai te-la. –Disse com voz firme e a mandíbula contraída.

-Vocês não vão conseguir escapar. –Pedro sorriu com escárnio. –Ele já está vindo!

-Quem? –Perguntei, mas antes de alguém responder uma fumaça negra desceu até o lado de Pedro e foi formando uma pessoa.

-Eu. –Uma voz cheia de malicia veio do monte de fumaça. –O príncipe do Inferno.

Eu travei, comecei a suar frio. Quando a fumaça se dissipou, um homem saiu de lá. Estava de terno negro impecável com gravata vermelha e sapato social. Era relativamente alto, com cabelos compridos e tão negros quanto seu terno. Seus olhos eram dourados intensos, como ouro derretido. Antes que pudesse dizer algo Fábio sussurrou.

-Lúcifer. –Ele estava tenso, os lábios comprimidos em uma fina linha.

-Há quanto tempo, maninho. – Sorriu maldosamente. –Como vai a vida no paraíso?

Eles estavam se encarando furiosamente.

-É, eu odeio acabar com o reunião da família, mas temos que pega-la! Lembra disso, Lu? –Pedro falou impaciente.

-Tudo bem. –Lúcifer desviou seu olhar de Fábio e olhou para mim. Foi como se meus ossos se tornassem geleia. Não conseguia me mover. –Fábio, passe a garota para cá!

-Nunca, eu prometi que levaria ela sã e salva. –Fábio se colocou na minha frente. “Segure firme em mim” sua voz soou dentro de minha cabeça e eu instintivamente me agarrei ao seu sobretudo. De repente tudo começou a girar e eu me senti totalmente tonta. Em questão de segundos estávamos em outro lugar.

Era um quarto quase igual ao que eu estava , mas com uma única diferença: era tudo em um ton de azul celeste. Olhei para Fábio, ele estava tremendo muito e teve que se apoiar em mim para continuar de pé.

-Você está bem? –Perguntei, preocupada. Afinal, aquele cara havia me salvado.

-Estou, só tenho que me sentar um pouco. –Disse de olhos fechados.-As viagens sempre me deixam assim.

Após cinco minutos Fábio já estava de pé novamente.

-Vamos! Ela quer falar com você. –Foi em direção à porta e parou esperando que eu o seguisse. Eu hesitei, mas lembrei do desenho que ele havia me mostrado. Eu o segui e andamos por mais um labirinto de corredores até chegar em uma porta. Ele a abriu e eu me vi em uma sala grande.

Em um sofá estava ela, deitada e de olhos fechados. Ela mudara um pouco, seus cabelos, antes castanhos e cacheados, estavam agora lisos e com um vermelho intenso. Mas ainda era ela. Fábio se aproximou dela e disse algumas palavras baixas em uma língua que eu não entendi. Quando ela abriu seus olhos eu vi uma grande mudança: agora estavam tão vermelhos quanto seus cabelos. Ela olhou para mim e sorriu amigavelmente.

-Bom te ver, Jack. –Andréa disse suavemente.


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Notas finais do capítulo

Acabou chibi-nekos!! Vou tentar postar o mais frequentemente possível, ok? Mais uma vez, parabéns pro meu amigo!! Chassi de Grilo :p!!
Kissus com paçoca!!
Até a próxima