Descobrindo o amor escrita por Lailla
Eu encarava as roupas na minha cama, totalmente perdida sobre qual escolheria. “Por quê? Por quê?”, repetia mentalmente.
Eu olhava pela janela do corredor do colégio, pensando.
– Ohayou. – Akashi disse, se aproximando.
– Ohayou. – Disse desanimada.
– Nani?
– Nada. – Disse sem olhá-lo.
Suspirei.
– Pensando no que comprar. – Acabei contando.
– Como assim?
– O aniversário da minha mãe está chegando, queria comprar algo pra ela.
– E o que pretende dar?
– Sei lá. – Dei de ombros – Pensei em dar um porta-retratos.
– Conheço uma loja legal. Quer que eu te leve lá? – Ele perguntou.
– Não.
Ele deixou escapar uma gargalhada.
– Certo.
No final das contas, Akashi disse na hora da saída que me buscaria em casa no fim de semana pra gente sair e comprar o presente da minha mãe. Eu estava com algumas roupas em cima da cama e sentada na cadeira, pensando.
– Mina...? Hum? – Minha mãe entrou no quarto – O que está fazendo?
– Pensando... – Disse deprimida.
– Em que?
– Em que roupa vestir...
– Por quê? Tem um encontro? – Ela cantarolou, dando um sorriso malicioso.
– Não! – Exclamei, a olhando com o olhos arregalados.
Os acalmei e virei o rosto. Até achei bom ele ir comigo pra me ajudar a escolher um presente para ela, mas só não gostei da palavra “encontro” no meio disso. O pouco que eu já conhecia sobre Akashi, me fazia suspeitar de que ele também diria que seria isso.
– Hum... – Suspirei.
Por fim, eu peguei uma roupa qualquer para deixar claro que aquilo não era um encontro. Uma calça que chegava até a canela e tinha a barra dobrada, uma blusa de manga com listras no tronco e tênis. A campainha tocou e eu corri para atender e minha mãe não vê-lo.
– Vamos logo! – Exclamei, fechando a porta.
– Está empolgada? – Ele sorriu.
Ele andou e eu corri, mas na hora minha mãe abriu a porta.
– Mina! Que horas você vai voltar? – Ela perguntou indignada.
Parei, suspirando e me virei para ela. Ela fitou Akashi e abriu um sorriso.
– E você? – Cantarolou.
– Akashi Seijuro. – Ele disse educadamente e logo fazendo uma reverência – Prazer em conhecê-la. Sou o namorado da Mina.
– Namorado?! – Ela exclamou – Mina, você não me conta nada!
Fiz cara de tédio.
– Ele é tão educado! – Ela dava risadinha.
– Mãe! – Exclamei indignada.
Ela riu.
– Nee, vão aonde?
Ele se endireitou e pensou.
– Lugar nenhum. – Eu disse, cruzando os braços.
– Cinema. – Ele disse.
– Hum! – Arregalei os olhos.
Minha mãe riu como se aquilo fosse fofo e eu fiz cara de tédio. Fiquei tão indignada que me virei e comecei a andar sem me importar se ele estava trás de mim ou não. Ele se despediu dela e me acompanhou. Andávamos pela rua e Akashi pegou em minha mão, o que me fez fazer cara de tédio.
– Que foi?
– Isso não é um encontro. – Disse emburrada.
Ele riu.
– Você é engraçada. – Deixou escapar.
O olhei surpresa e desviei o olhar. Ele sorriu e me pôs contra um poste de repente.
– Oe...!
– Você não é nada daquilo que eu pensava. – Ele sorria levemente.
– Nani?
– Você se comporta como uma pessoa tímida, insegura... – Ele dizia calmamente – Mas você é bem segura de si, altiva... Pelo menos comigo, e eu gosto. – Ele sorriu.
Franzi a testa e ele se aproximou para me beijar, porém eu pus o indicador em sua testa e o afastei. Ele me olhou em dúvida e eu desviei dele, voltando a andar.
– Vamos só comprar o presente e eu vou pra casa. – Declarei.
Ele deixou uma risada escapar e me acompanhou. Eu disse que era para comprar o presente da minha mãe e eu voltaria para casa! Mas ele me arrastou para o cinema...
– Por que estamos aqui? – Perguntei emburra com os braços cruzados.
– Vamos ver um filme. – Ele disse animado.
– Run. – Resmunguei.
Ele pagou as entradas e logo entramos naquela sala escura... O que eu não gostei nada! Começou os trailers e Akashi pôs o braço por cima do meu ombro.
– O que está fazendo?! – Cochichei.
– Nada. – Ele riu.
Fiz cara de tédio e o filme começou. Era de ação e Akashi toda hora olhava para mim quando alguma coisa que eu achasse legal acontecia e eu sorria animada para a próxima cena. Ele parecia estar gostando e eu tentava fingir que seu braço não estava ali em volta de mim! Garoto abusado!
Depois que o filme acabou ele cismou que deveríamos comer algo.
– Que tipo de porta-retratos ela gosta? – Ele perguntou, comendo.
– De madeira. – Disse, bebendo meu suco em seguida.
– Ela parece gostar de perfumes.
– Hum. – Tive que concordar, ela tinha vários perfumes – Talvez isso. Ela gosta.
Ele sorriu como se tivesse feito uma cesta. Fomos a uma loja de perfumes que ele me indicou, o que eu achei estranho. Desde quando um garoto entendia de perfumes? Comprei um com um cheiro ótimo e pedi para embrulharem para presente: papel com rosas vermelhas. Ela amava!
Na volta para casa, aquele garoto cismou de novo em ir para outro lugar! Fomos para um parque e nos sentamos num banco. Olhei para cima tentando imaginar o que ele queria. O olhei pelo canto do olho e o vi se aproximar. Me afastei, mas ele pegou no meu braço e me puxou, pondo o braço em volta de mim.
– Nani...?
– Por que você sempre faz isso? – Ele perguntou com o olhar calmo.
– Hã?
– Nunca deixa eu te beijar. Nós somos namorados.
– Você diz isso.
– E você não nega. – Ele sorriu levemente.
Ele me largou e começou a mexer no meu cabelo, pondo uma mecha atrás da minha orelha enquanto eu o olhava encolhida e quase corando. Ele pegou minha bochecha e eu abaixei a cabeça, mas ele me fez olhá-lo e eu corei, fitando aqueles olhos. Se aproximou do meu rosto com os olhos meio abertos e me beijou delicadamente. Acalmei o olhar e logo fechei os olhos. Depois de poucos segundos eu tentei me afastar, mas ele me beijou de novo, me segurando com o braço em volta de mim. Me contorci para trás um pouco, ele estava perto demais! O senti apertar levemente meu braço e a tentar colocar a língua dentro da minha boca. Arregalei os olhos e o afastei, batendo em seu rosto. Ele pôs a mão na bochecha e me olhou surpreso.
– G-Gomen! – Exclamei envergonhada.
Ele acalmou o olhar e começou a rir. Não entendi nada. Segurou gentilmente minha nuca e beijou minha bochecha.
– Daijoubu. – Ele sorriu – Isso é um bom sinal.
– Eh? – Disse sem entender.
Ele deixou escapar uma risada e levantou.
– Vamos? – Me deu a mão.
A peguei e levantei. Akashi me levou para casa sem me explicar o que ele dissera. Me deixou em frente a porta e me deu um beijo na bochecha de novo, porém esse demorou um pouco mais. Entrei e logo fui esconder o presente da minha mãe no meu quarto. Me sentei na cama e suspirei, deitando em seguida. Olhei para cima e puxei meu travesseiro, abraçando-o. O que era um bom sinal? Eu bater nele? Como assim?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
O bom sinal é que ela não é rodada 'kkkkkkkkkkkkkk