Descobrindo o amor escrita por Lailla


Capítulo 4
Bom sinal




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/642281/chapter/4

Eu encarava as roupas na minha cama, totalmente perdida sobre qual escolheria. “Por quê? Por quê?”, repetia mentalmente.

Eu olhava pela janela do corredor do colégio, pensando.

– Ohayou. – Akashi disse, se aproximando.

– Ohayou. – Disse desanimada.

– Nani?

– Nada. – Disse sem olhá-lo.

Suspirei.

– Pensando no que comprar. – Acabei contando.

– Como assim?

– O aniversário da minha mãe está chegando, queria comprar algo pra ela.

– E o que pretende dar?

– Sei lá. – Dei de ombros – Pensei em dar um porta-retratos.

– Conheço uma loja legal. Quer que eu te leve lá? – Ele perguntou.

– Não.

Ele deixou escapar uma gargalhada.

– Certo.

No final das contas, Akashi disse na hora da saída que me buscaria em casa no fim de semana pra gente sair e comprar o presente da minha mãe. Eu estava com algumas roupas em cima da cama e sentada na cadeira, pensando.

– Mina...? Hum? – Minha mãe entrou no quarto – O que está fazendo?

– Pensando... – Disse deprimida.

– Em que?

– Em que roupa vestir...

– Por quê? Tem um encontro? – Ela cantarolou, dando um sorriso malicioso.

– Não! – Exclamei, a olhando com o olhos arregalados.

Os acalmei e virei o rosto. Até achei bom ele ir comigo pra me ajudar a escolher um presente para ela, mas só não gostei da palavra “encontro” no meio disso. O pouco que eu já conhecia sobre Akashi, me fazia suspeitar de que ele também diria que seria isso.

– Hum... – Suspirei.

Por fim, eu peguei uma roupa qualquer para deixar claro que aquilo não era um encontro. Uma calça que chegava até a canela e tinha a barra dobrada, uma blusa de manga com listras no tronco e tênis. A campainha tocou e eu corri para atender e minha mãe não vê-lo.

– Vamos logo! – Exclamei, fechando a porta.

– Está empolgada? – Ele sorriu.

Ele andou e eu corri, mas na hora minha mãe abriu a porta.

– Mina! Que horas você vai voltar? – Ela perguntou indignada.

Parei, suspirando e me virei para ela. Ela fitou Akashi e abriu um sorriso.

– E você? – Cantarolou.

– Akashi Seijuro. – Ele disse educadamente e logo fazendo uma reverência – Prazer em conhecê-la. Sou o namorado da Mina.

– Namorado?! – Ela exclamou – Mina, você não me conta nada!

Fiz cara de tédio.

– Ele é tão educado! – Ela dava risadinha.

– Mãe! – Exclamei indignada.

Ela riu.

– Nee, vão aonde?

Ele se endireitou e pensou.

– Lugar nenhum. – Eu disse, cruzando os braços.

– Cinema. – Ele disse.

– Hum! – Arregalei os olhos.

Minha mãe riu como se aquilo fosse fofo e eu fiz cara de tédio. Fiquei tão indignada que me virei e comecei a andar sem me importar se ele estava trás de mim ou não. Ele se despediu dela e me acompanhou. Andávamos pela rua e Akashi pegou em minha mão, o que me fez fazer cara de tédio.

– Que foi?

– Isso não é um encontro. – Disse emburrada.

Ele riu.

– Você é engraçada. – Deixou escapar.

O olhei surpresa e desviei o olhar. Ele sorriu e me pôs contra um poste de repente.

– Oe...!

– Você não é nada daquilo que eu pensava. – Ele sorria levemente.

– Nani?

– Você se comporta como uma pessoa tímida, insegura... – Ele dizia calmamente – Mas você é bem segura de si, altiva... Pelo menos comigo, e eu gosto. – Ele sorriu.

Franzi a testa e ele se aproximou para me beijar, porém eu pus o indicador em sua testa e o afastei. Ele me olhou em dúvida e eu desviei dele, voltando a andar.

– Vamos só comprar o presente e eu vou pra casa. – Declarei.

Ele deixou uma risada escapar e me acompanhou. Eu disse que era para comprar o presente da minha mãe e eu voltaria para casa! Mas ele me arrastou para o cinema...

– Por que estamos aqui? – Perguntei emburra com os braços cruzados.

– Vamos ver um filme. – Ele disse animado.

– Run. – Resmunguei.

Ele pagou as entradas e logo entramos naquela sala escura... O que eu não gostei nada! Começou os trailers e Akashi pôs o braço por cima do meu ombro.

– O que está fazendo?! – Cochichei.

– Nada. – Ele riu.

Fiz cara de tédio e o filme começou. Era de ação e Akashi toda hora olhava para mim quando alguma coisa que eu achasse legal acontecia e eu sorria animada para a próxima cena. Ele parecia estar gostando e eu tentava fingir que seu braço não estava ali em volta de mim! Garoto abusado!

Depois que o filme acabou ele cismou que deveríamos comer algo.

– Que tipo de porta-retratos ela gosta? – Ele perguntou, comendo.

– De madeira. – Disse, bebendo meu suco em seguida.

– Ela parece gostar de perfumes.

– Hum. – Tive que concordar, ela tinha vários perfumes – Talvez isso. Ela gosta.

Ele sorriu como se tivesse feito uma cesta. Fomos a uma loja de perfumes que ele me indicou, o que eu achei estranho. Desde quando um garoto entendia de perfumes? Comprei um com um cheiro ótimo e pedi para embrulharem para presente: papel com rosas vermelhas. Ela amava!

Na volta para casa, aquele garoto cismou de novo em ir para outro lugar! Fomos para um parque e nos sentamos num banco. Olhei para cima tentando imaginar o que ele queria. O olhei pelo canto do olho e o vi se aproximar. Me afastei, mas ele pegou no meu braço e me puxou, pondo o braço em volta de mim.

– Nani...?

– Por que você sempre faz isso? – Ele perguntou com o olhar calmo.

– Hã?

– Nunca deixa eu te beijar. Nós somos namorados.

Você diz isso.

– E você não nega. – Ele sorriu levemente.

Ele me largou e começou a mexer no meu cabelo, pondo uma mecha atrás da minha orelha enquanto eu o olhava encolhida e quase corando. Ele pegou minha bochecha e eu abaixei a cabeça, mas ele me fez olhá-lo e eu corei, fitando aqueles olhos. Se aproximou do meu rosto com os olhos meio abertos e me beijou delicadamente. Acalmei o olhar e logo fechei os olhos. Depois de poucos segundos eu tentei me afastar, mas ele me beijou de novo, me segurando com o braço em volta de mim. Me contorci para trás um pouco, ele estava perto demais! O senti apertar levemente meu braço e a tentar colocar a língua dentro da minha boca. Arregalei os olhos e o afastei, batendo em seu rosto. Ele pôs a mão na bochecha e me olhou surpreso.

– G-Gomen! – Exclamei envergonhada.

Ele acalmou o olhar e começou a rir. Não entendi nada. Segurou gentilmente minha nuca e beijou minha bochecha.

– Daijoubu. – Ele sorriu – Isso é um bom sinal.

– Eh? – Disse sem entender.

Ele deixou escapar uma risada e levantou.

– Vamos? – Me deu a mão.

A peguei e levantei. Akashi me levou para casa sem me explicar o que ele dissera. Me deixou em frente a porta e me deu um beijo na bochecha de novo, porém esse demorou um pouco mais. Entrei e logo fui esconder o presente da minha mãe no meu quarto. Me sentei na cama e suspirei, deitando em seguida. Olhei para cima e puxei meu travesseiro, abraçando-o. O que era um bom sinal? Eu bater nele? Como assim?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O bom sinal é que ela não é rodada 'kkkkkkkkkkkkkk