Descobrindo o amor escrita por Lailla


Capítulo 20
A primeira vez


Notas iniciais do capítulo

Êêêêhhh, é isso aí. Finalmente vai rolar a primeira vez da Mina com Akashi. o/ AHHHHHH s2s2s2s2s2



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Uma coisa ruim em quase ser estuprada por um garoto no colégio, tirando quase ser estuprada mesmo, é minha mãe receber uma carta em casa onde dizia isso. Eu não havia contado, não aconteceu nada e não vi necessidade de contar, mas quando o colégio mandou essa carta ela entrou em desespero, mesmo a carta dizendo claramente que não aconteceu nada de ruim comigo. Ela veio no meu quarto do nada, chorando e perguntava em prantos o que havia acontecido. Com isso, eu tive que contar. Ela me abraçou, me pedindo desculpas por não saber de nada sobre meu desentendimento com Akashi e que se ela estivesse ciente teria me ajudado a convencê-lo. Eu sabia que ela não faria isso de verdade, minha mãe era o tipo que não se intrometia em relacionamentos alheios. Ela apenas me aconselharia a tomar coragem para falar com ele, conversar e dizer que aquilo era bobagem e que ele não precisava desconfiar de mim.

Fora esse acontecimento, minha mãe ficou estranha de repente. Excluindo o que houve comigo no colégio, ela apenas ficou estranha do nada e às vezes eu a pegava olhando para mim como se quisesse chorar. Eu sabia que não era por causa daquela história já que ela estava bem melhor dias antes. Era outra coisa e ela não queria me contar, mesmo eu insistindo para saber o que havia de errado com ela. Eu estava com um pressentimento ruim e temia que fosse algo sobre contas ou pagamentos pendentes, porém, de certa forma, infelizmente não era.

Enfim, nossas provas finais foram terríveis. Parecia que a cada ano elas ficavam mais difíceis para nos preparar para as provas para a faculdade. O que sempre me lembrava de tentar descobrir o que eu queria fazer no futuro. Com isso, via que Akashi tinha sorte. Ele herdaria os negócios da família dele e não precisaria se preocupar em pensar no que fazer no futuro. O que me fazia ficar ainda mais nervosa, eu não queria ficar para trás em relação a ele. Precisava caminhar no mesmo ritmo, precisava ficar lado a lado com ele.

Numa tarde de domingo, nós estávamos no quarto dele, jogando xadrez. Ele tentou me ensinar Shogi, mas como era milhares de vezes melhor que eu e não havia comparação em relação às nossas capacidades, preferia jogar xadrez. Pelo menos eu estava acostumada a jogar um pouco.

– Você está ficando boa. – Akashi disse com um sorriso.

– Arigatou. – Sorri levemente, fazendo mais uma jogada.

Ele sorriu e vez uma jogada, onde comeu quatro peças minhas, ganhando o jogo.

– Eh... – Fiz uma expressão frustrante, não entendia como ele fazia aquilo.

– Gomen. – Ele deixou escapar uma risada.

– Hai. – Disse, o olhando com a mesma expressão – Mentiroso.

Ele riu. Eu suspirei e ele disse aonde eu errei, mas meu suspiro não foi exatamente por isso.

– Nee, Seijuro. – O olhei.

– Hai. – Ele arrumava o tabuleiro.

– O que você pensa em fazer depois do colégio?

– Casar com você.

– EH?! – Exclamei, arregalando os olhos.

Ele riu, abaixando a cabeça. Fiz cara de tédio.

– Baka.

Ele me olhou, ainda rindo.

– Não é completamente mentira. – Ele apoiou os cotovelos na mesa baixa e cruzou os dedos uns nos outros, sorrindo pra mim.

Corei, desviando o olhar.

– Eu falo em relação à faculdade.

– Ah. – Ele pensou – Estava pensando em fazer medicina.

– M-Medicina?! – Disse surpresa.

– Hai. Ou arquitetura.

– Eh... H-Hum.

Ele tinha dois futuros a se escolher. Que sorte.

– Nande? – Ele perguntou.

– Hum. – Balancei a cabeça – Por que esses dois?

– Não sei. – Ele deu de ombros, fazendo a primeira jogada – Acho medicina incrível, mas gosto de me imaginar como arquiteto. Principalmente restaurador, acho divertido poder restaurar coisas antigas.

– Sugoii. – Deixei escapar.

Ele sorriu, o que me fez corar.

– Hum... – Pus uma mecha atrás da orelha, fazendo uma jogada.

– Ne, nande?

Não respondi, tentava manter minha expressão calma e sem nenhum traço de dúvida.

– Mina, você não sabe o que quer fazer?

Fiz uma expressão frustrante, por que não consigo disfarçar?!

– Hai. – Disse com pesar – Não sei no que sou boa... E não sei o que eu quero.

Ele acalmou o olhar e pensou.

– Tente ver o que você gosta exatamente. Talvez isso te ajude, mas veja por um ângulo diferente.

– Hum. – Assenti, mesmo sem saber se isso daria certo.

Olhei para o tabuleiro e sorri, vendo que ele tentava mesmo me ajudar. Fiz uma jogada e voltamos a nossa pequena competição. Mesmo eu sabendo que perderia para ele.

...

Depois da longa semana de provas, esperávamos pelos resultados e as meninas me chamaram para sair num final de semana. Estávamos numa lanchonete, em lugares ao lado da janela e eu olhava a vista da rua enquanto elas conversavam animadas. Eu bebia suco com canudo e pensava. O aniversário de Akashi estava chegando de novo. Tentava pensar em um bom presente para dar a ele, mas não me passava nada pela cabeça.

– Mina. – Naoko me chamou.

A olhei, ainda com o canudo na boca.

– Nani? Nani? – Ela cantarolou, querendo rir.

– Hum, o aniversário do Seijuro está chegando.

– Que bom. – Yue sorriu.

– Hai. – Disse – Mas não sei o que dar a ele.

– Eu tenho uma ideia de presente. – Naoko deu um sorriso malicioso.

– Sem sexo. – Fiz cara de tédio.

– Sem graça. – Ela desviou o olhar, fazendo bico.

Kime riu do meu lado, tampando a boca com a mão.

– Dá uma roupa pra ele. – Yue disse – Eu dei cueca a Kotarou quando ele fez aniversário.

– É. Dá uma de oncinha pro Akashi. – Naoko disse – “Cueca”. – Ela fez cara de tédio pra Yue.

– Não estraga minha ideia.

– Kotarou estava sem no estoque? – Naoko perguntou – Por que deu isso a ele?

– Run! – Ela disse – E o que você dá a Reo-kun?!

Naoko sorriu maliciosamente.

– Não preciso comentar. – Ela disse – E não preciso dar apenas no aniversário dele.

Fiz cara de tédio.

– Acho que vou pensar nisso sozinha.

Kime e Yue riram.

...

Nós finalmente passamos de ano, Masaru-kun foi transferido e o aniversário de Akashi chegou bem rápido. A festa dessa vez foi na casa dele, porém eram mais familiares do que aquele primeiro “evento” que eu fui. Nossos amigos também estavam lá e estávamos todos bem arrumados. Eu usava um vestido azul tomara-que-caia e um bolero branco de mangas curtas. Meus sapatos eram pretos e com tiras para prendê-los. Meu cabelo estava um pouco maior e eu pus uma tiara com uma flor. Akashi estava com uma calça clara, camisa social lilás e uma gravata roxa. Porém de certa forma casual, o que o deixava mais charmoso.

A festa foi ótima. Não tiveram todos aqueles fotógrafos da última vez, apenas as fotografias normais de festa. Em um momento, Akashi chegou perto de mim e sussurrou no meu ouvido, perguntando se eu gostei de não ser como um evento. Me arrepiei pelo sussurro, mas fiquei surpresa e o olhei. Ele sorria. Não acreditei que ele fez isso. Akashi não fez aquele “evento” de novo por minha causa. Abri um sorriso e o abracei feliz. Tiraram uma foto nossa naquele momento. Eu o abraçando, sorrindo e ele com a mão na minha cabeça, sorrindo gentilmente.

Foi difícil na hora de todos irem embora. Teve muita neve aquele ano e as ruas ficaram quase impossíveis de se andar, principalmente passar de carro. As pessoas foram embora aos poucos, com cuidado e eu olhava pela janela, vendo que começava a nevar de novo. Ouvi um mordomo conversar com Akashi.

– Akashi-sama, gomen nasai. – Ele disse – Mas acho que não poderei levar Mina-san. Está nevando basntante e o carro não passará por toda essa neve.

– Entendo. – Ele pensava e me olhou.

Meu celular vibrou naquele momento, era mensagem das meninas dizendo que chegaram bem e uma da minha mãe. “Estou em casa. Está nevando muito, pode ser perigoso. Fique na casa de Akashi-kun se puder.”.

– Mina. – Akashi me chamou, ao se aproximar – Anou... Acho que precisará ficar aqui. O carro não vai conseguir passar pela neve.

– Hum. – Assenti, sorrindo levemente e mostrei a mensagem da minha mãe.

– Ah, que bom. – Ele sorriu.

Fiquei extremamente envergonhada por dormir na casa dele. Principalmente por na hora de dormir eu só ter para usar a calcinha e sutiã tomara-que-caia que estava usando. Quando ele me deixou no quarto de hóspedes, eu disse que não tinha nada para usar e ele foi até seu quarto, voltando e me dando uma blusa dele. Corei e ele sorriu, me dando boa noite e saindo em seguida. Eu usaria mesmo uma roupa dele... Fiquei tão vermelha! Troquei de roupa e vesti a blusa, deitando na cama. Era loucura eu sentir isso, mas eu estava nervosa por estar usando uma peça de roupa dele. Parecia íntimo e eu sentia um leve aroma de seu cheiro, o que parecia me deixar extasiada enquanto tentava pegar no sono. E o que foi impossível, justo pelo cheiro dele na blusa, que estava me deixando louca.

Me mexia sem parar, apenas escutando o leve som da roupa de cama, que me deixava mais inquieta. Não conseguia dormir de jeito nenhum. Queria Akashi comigo, queria ele do meu lado me abraçando até eu adormecer. Suspirei, pensando bobagem e tentei dormir de novo, mas não adiantou. Levantei bruscamente, tirando a coberta de cima de mim e passei a mão no cabelo, pensando e refletindo sobre o que eu queria fazer. Levantei e sentei, estava com medo. Mas era ele, certo? Akashi nunca faria nada de mal comigo, ele me salvou daquela vez. Ele me ama e eu o amo. Já me declarei, está tudo bem! Engoli a seco e levantei, indo até a porta e a abrindo. Já devia ser meia noite, o que eu estava fazendo? Quando cheguei no quarto dele, – sorrateiramente, devo dizer – engoli a seco e abri a porta. Mesmo no escuro, o vi dormindo na cama e fechei a porta, me aproximando. Passei gentilmente a mão em seu ombro e ele se mexeu, abrindo os olhos e me olhando.

– Mina? – Disse sonolento.

Ele se sentou na cama e acendeu o abajur ao lado.

– Daijoubu? – Ele perguntou calmamente.

– Eu... Anou... – Corei – Você...

Ele tentava entender, ainda estava sonolento e apertava os olhos em minha direção.

– S-Seijuro... Eu...

Apertei a blusa na altura do peito e suspirei, tentando me acalmar. O olhei de novo com o olhar calmo e tirei lentamente a blusa, ficando apenas com meu sutiã e calcinha, rosas. Ele me olhou surpreso e um pouco nervoso. Eu corei e me aproximei dele, pegando sua mão.

– Mina... Você tem certeza? – Ele perguntava nervoso.

– H-Hai. – Disse nervosa – Anou... Você tem...?

Ele corou, mas despertou.

– Hum. – Assentiu, abrindo a gaveta de seu criado-mudo – Comprei algumas depois daquele dia na sua casa. – Ele disse sem jeito.

Sorri com vergonha.

– H-Hum. – Assenti.

Ele pôs uma camisinha ao lado do travesseiro e as mãos no meu quadril, me olhando. Me curvei um pouco e o beijei. Eu estava pronta, me sentia pronta! Apenas o medo de dor que me assolava agora, mas eu sabia que era ele. Depois de nos beijarmos, ficamos sentados frente a frente. Eu com minhas roupas íntimas e ele de cueca. Vi que ele estava nervoso e acho que isso me deixou mais relaxada. Mesmo já tendo feito, ele estava nervoso por fazer comigo. E eu fiquei um pouco feliz com isso. Eu estava encolhida com as mãos no colo, o fitando.

– Você... Pode ter calma? – Perguntei suave.

– H-Hum. – Ele disse.

Akashi se aproximou e me beijou, correndo as mãos até o fecho do meu sutiã e o abrindo. Quando ele o tirou, cobri meus seios por vergonha. Ele me beijava e me deitou gentilmente, tirando minha calcinha com calma. Fechei os olhos, ele estava me vendo mesmo nua e isso era extremamente vergonhoso. Mas... Eu queria que ele me visse, apenas ele. Abri meus olhos e tirei os braços da frente dos meus seios. Se fosse apenas Akashi que me visse desse jeito, eu acho até que ficaria feliz. Ele beijou minha barriga e subiu lentamente, pegando levemente em meu seio e beijando-o, lambendo meu mamilo em seguida. Me encolhi um pouco, fechando os olhos novamente. Ouvi um barulho de embalagem e logo depois ele se aproximou de novo, abrindo minhas pernas e ficando entre elas. Apertei mais a mão, nervosa.

– Mina. – Ele disse suavemente.

Abri os olhos, corando.

– Pode... Não fechar os olhos? – Ele perguntou gentilmente – É estranho, parece que eu vou te machucar.

– H-Hum. – Assenti, corando mais.

Hesitei, mas pus a mão em sua nuca e ele segurou a outra gentilmente. Eu o olhava nos olhos e acalmei o olhar. Ia acontecer mesmo e eu não parecia mais tão nervosa.

– Está tudo bem? – Ele perguntou.

– Hai. – Sorri levemente – H-Hum, eu te amo, ne.

Ele acalmou o olhar e sorriu, aproximando o rosto e me beijando. Começou a me beijar de língua e aquilo era realmente bom. Ele se aproximou, se encaixando aos poucos em mim, o que me fez apertar um pouco seu cabelo já que doía. Ele foi calmo e eu o sentia ofegante em cima de mim. Aquilo doía mesmo, mas aos poucos começou a escorregar, mesmo assim não parou de doer. Comecei a gemer aos poucos, era bom e ruim ao mesmo tempo. Akashi começou a gemer ainda indo pra frente e pra trás calmamente. Eu apertava sua mão e o sentia tremer a dele, segurando meu ombro por trás em seguida e o apertando um pouco. Aquilo devia estar realmente bom pra ele. Eu gemia ofegante e ele encostou a testa na minha, me beijando e começando a ir um pouco mais rápido, o que me fez gemer mais e morder o lábio inferior. Minutos depois, ele me beijou e foi totalmente pra frente, o que me fez apertar seu cabelo e suas costas, suspirando gemendo.

Estávamos deitados, debaixo das cobertas. Ele de barriga pra cima com o braço em volta de mim, acariciando meu cabelo e eu deitada em seu ombro. Meu olhar estava calmo, mas queria que não tivesse doído tanto.

– Mina. – Ele disse suavemente.

– Hum.

– Esse não foi meu presente de aniversário não, ne?

– Hum. – Balancei a cabeça, negando – Eu quis de verdade.

Ele sorriu levemente. Era verdade, eu quis. Foi escolha minha e não um “presente”. Não consideraria esse tipo de coisa um presente. Logo depois eu fechei os olhos e adormeci. Akashi disse que me amava, mas percebeu que eu havia adormecido. Ele sorriu e me abraçou, fechando os olhos.

Mais de um ano e meio de namoro e nós finalmente dormimos juntos. Foi bem estranho, doloroso e vergonhoso, mas eu finalmente dei mais um passo por vontade própria e de certa forma estava feliz. Estava feliz por ter sido com Akashi, estava feliz por ter sido minha própria escolha e estava feliz por estarmos ainda mais próximos.

Agora... O que mais acontecerá?


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Notas finais do capítulo

Ela não vai ficar grávida! o/ Só pra avisar. É que tem mais história pela frente 'kkkk