Separados Por Uma Década escrita por KurtNiaboc


Capítulo 6
Bem Vindo ao Mundo Punk: Parte Final : O AMOR MATA!


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros de pontuação e ortografia mais estou realmente sem tempo, por isso demorei tanto para postar o cap 6 porém não desisti da fic!



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Finalmente a Sexta-Feira chegou, Jorge comemorava não aguentava mais acordar cedo para ir a escola, hoje também seria o último dia de Katherine no Ninho e na segunda-feira ele teria que conhecer o mundo hippie. Estava ansioso mais tinha medo de socar a cara de algum Hippie por aí, não entendia porque seu coração acelerar quando Allya o abraçava, mas a verdade é que ele gosta tanto dela como gosta de Katherine.
Allya não queria ir ao ninho apesar de punks e góticos se darem bem, usarem roupas parecidas e se suportarem ela não queria ir, mas sabia que sua amiga precisava de apoio moral, na verdade Katherine tinha se tornado sua melhor amiga tanto que a gótica dormiu na casa da Hippie está noite. As duas ligaram para Jorge combinaram em cabular a aula e ir direto ao ninho, e foi o que aconteceu.
Katherine agora não sentia medo nenhum de estar naquele lugar pelo contrário se divertia zoando com alguns punks que se simpatizavam com ela, Allya foi ao mesmo cômodo do dia anterior com Naomi, aquilo chamava a atenção de Katherine, mas agora havia outra coisa pendente, Jorge estava sendo disputado por ela e sua amiga gótica. A hippie não sabia o porque de abraçar Jorge, mas isso a deixava feliz, Allya queria fugir dos assédios, e também não poupava atraços a disputa foi tão intensa que quando viram as duas abraçavam Jorge ao mesmo, tempo alguns garotos punks mais jovens de 11 a 13 observavam aquilo e diziam, Quero ser igual ao Jorge quando eu crescer! Isso o deixava orgulhoso e sorridente e despertava claro inveja em outros garotos do ninho. Katherine se distânceia dos outros para papear com Naomi e algumas outras garotas punks elas queriam saber mais sobre a cultura hippie, isso a deixou muito feliz, porque de fato ela não conseguia entender porque o movimento hippie e punk se odiavam. Algumas garotas diziam que nunca odiaram os hippies outra foi mais ousada em dizer que os admirava. Após um tempo, Katherine estava sentada com Naomi num canto qualquer do ninho jogando uma conversa fora, Naomi segurava um cigarro nos dedos. Katherine observa uma garota punk que parecia estar perdida, então logo ela percebeu era Lin, que também a viu e caminhou em sua direção, seu rosto estava pálido e sem vida, isso deixou Katherine muito mal, Naomi joga os olhos fuzilantes para Lin que não se importou e continuou andando em direção a Katherine, O que Ela Quer? Sussurrou Naomi, Não sei. Respondeu Kath baixinho.
Quando Lin chega na frente de Katherine que estava sentada, mas que imediatamente se levanta, ela não sabia como dizer, porém precisava com todas as suas forças então olhou fundo nos olhos de Katherine e suavemente disse.

– Preciso do seu perdão... Eu não sei o que deu em mim, mas por favor eu imploro que me perdoe... Sei que me odeia... Bem você não vai responder esqueça. Suspirou.

Antes que ela se virasse Katherine a puxou pelo braço, e lhe deu um soco no rosto, Isso é pelo meu nariz! E deu um forte abraço em Lin, Eu nunca te odiei, apenas fiquei triste por você está cega de amor.

– Você ainda o ama Lin?

– Sim!

– Ah eu sinto muito, mas a vida é assim!

– Você teve coragem de dar um soco no meu rosto!? Nunca pensei que uma hippie teria tal coragem.

Katherine apenas apontou para Naomi e disse.

– INFLUÊNCIA PUNK!

E as três deram gargalhadas.

Jorge levou Allya para um lugar mais reservado do ninho, os dois conversavam sobre amor.

– Você ama Katherine?

– Não sei, mas posso dizer que gosto de você no mesmo nível que gosto dela.

– Então você ama ela e eu. Falou Allya, revirando os olhos.

– Pode ser...

– Bem de qualquer forma você já beijou Katherine e eu ainda não ganhei nenhum beijo...

E então Jorge, puxa o rosto de Allya e beijaos lábios. O beijo foi bem mais longo do que o ele dara em Katherine, cena ficou tão quente que os dois caíram no chão e não pararam de se beijar alguns punks tentavam passar sem pisotea-los. Os dois se levantaram e Jorge prensa Allya na parede, começa a lamber o seu rosto, morde o beiço de Allya enquanto ela coloca a mão por dentro de sua jaqueta e começa a arranhar a suas costas, com suas grandes unhas pintadas de preto, ele começar a tocar nos seios de Allya, mas um olhar cintilante e um grito interrompeu tudo.

– Jorrrrrggeeee!

Era Lin que queria falar tudo o que pensava para ele, Allya arrumou seu cabelo e sua roupa, mas então Lin a puxa para longe de Jorge o ciúmes voltará em seu coração, porém Allya, deu um soco no rosto de Lin que revidou, dando outro soco, Lin teve seus abraços arranhados profundamente pelas unhas de Allya, mas a ferida maior era no coração e então ela arranha o rosto de Allya que leva a sua mão nele parando o sangue que teimava escorrer pelos seus dedos, com a respiração ofegante e o cabelo todo bagunçado ela olhava para Lin, Jorge intervêem e segura Lin por trás.

– Solte me agora! Seu...

–Não vou soltar você tá muito alterada.

– Muito alterada!? Você a uma semana dizia que me amava e só hoje e ontem já beijou duas garotas diferentes?

– Eu beijo quem eu quiser. E EU NUNCA TE AMEI!

Lin levou um balde de água fria ela apenas olhou para os olhos de Jorge e disse, Tenho pena da Katherine. E saiu andando. Allya repreendeu Jorge, você não devia ter tido isso ela te ama... E correu atrás da garota o deixando sozinho.

Hey garota! Me espere! Gritou a gótica mas Lin não a esperou e correu mais rápido ainda, mas Allya não desistiu estava determinada e também acelerou o passo ela passou alguns minutos correndo atrás da garota, até que finalmente Lin num viaduto. Ela se aproxima devagar não quer assusta-la.

– O que você está pensando em fazer?

– Não sei, mas preciso fazer!

– Não seja louca, Hey! guria há muitos outros garotos no mundo sabia?

– Mas nenhum é igual ao Jorge, ele me fez com que eu me tornasse uma garota ruim?

– Ruim!? Porque?

– Olha o que eu fiz! Soquei a sua amiga, tirei sangue do seu rosto!

– Você não é uma pessoa ruim acredite, você fez isso por amor, não por ódio, ganância ou por pura violência.

– Mas isso não justifica nada. Não há ninguém como o Jorge! Apesar de tudo eu ainda o amo profundamente.

Então as duas sentaram no para-peito da ponte tomando cuidado em não caírem lá embaixo e tiveram uma conversa profunda sobre Jorge, vida e mais alguma coisa, Allya prometeu que seria amiga de Lin e ajudaria a superar Jorge, Lin pareceu ter ficado feliz.

– Vem vamos voltar ao ninho!?

Falou Allya estendendo a mão, mas como Lin não correspondeu, ela se virou esperando que Lin a seguisse, porém foram apenas três passos, e Allya ouviu um corpo se espatifar no chão um carro buzinar e freiar com tudo, ela não acreditou, Lin tinha se matou pulando do viaduto o sentimento de culpa agora dominava Allya, o sangue que saia da cabeça de Lin escorria molhando toda a pista, seu cabelo agora estava realmente vermelho, algumas pessoas foram em direção ao corpo na tentativa de reanimar a garota, mas tudo em vão! Allya desce pela escada adjacente ao viaduto em direção a Lin, ela empurrava as pessoas até que finalmente lá estava, ela toca no face de Lin com as mãos, a primeira lágrima cai do seu rosto, a polícia e uma ambulância rapidamente chegam ao local o policial tentava reanimar Lin, mas ela já tinha perdido muito sangue, um enorme buraco se abriu por trás de sua cabeça suas pernas e braços estavam quebrados, uma enfermeira joga por cima do cadáver um plástico preto, era oficial Lin estava MORTA seu corpo foi recolhido. Alguns polícias entrevistaram Allya perguntando se ela sabia o motivo do porque a garota havia pulado, ela serenamente diz foi Amor. O tempo passou, as pessoas a polícia e a ambulância com o corpo de Lin foram embora apenas Allya ficou no local, que estava coberto de sangue e com alguns spikes e um único boton da jaqueta punk de Lin, Allya senta-se ao lado ela recolhe o boton que tinha um símbolo Anarquista roxo num fundo preto, melancolicamente brinca com os spikes caídos no chão, não havia mais ninguém ali apenas carros passando em alta velocidade ela colocava uma de suas mãos no sangue quase seco de Lin e começa a chorar. No sol poente as luzes dos postes começaram a acender, uma senhora com um rodo e vassoura aparece para limpar o sangue, ela ajuda a senhora, que retribuiu com um pequeno sorriso, e depois volta ao Ninho.

Chegando lá de longe ela vê Katherine, Naomi e Jorge, alguns punks olhavam com curiosidade o sangue em suas mãos, seu rosto e na sua roupa, quando chega ao grupo, Katherine imediatamente pergunta.

– Allya de quem é esse sangue!

Ela olha com uma expressão, triste e sem vida para Jorge entrando lhe o boton.

– Esse sangue é da Lin!

Katherine da um grande suspiro, Naomi apenas observa e Jorge reconhece o boton da jaqueta de Lin,

– Eu dei esse boton a ela! Mas porque está com você!

Katherine se intromete, balançando Allya.

– Por que esse sangue da Lin? Allya! Você bateu nela!?

Ela olhou novamente para os olhos de Jorge!

– Não Katherine! Esse sangue escorreu do corpo de Lin porque ela... Bem ela se maa...tttt.

– Diga! Disse Jorge!

– SE MATOU!

Naomi arregalou os olhos e não acreditou, Katherine imediatamente pós se a chorar e Jorge segura com força o boton em sua mão colocando em cima do seu peito esquerdo olhando para o céu.

– DROGA! Gritou Jorge!

– A culpa e minha! Falou Katherine aos plantos.

– Não a culpa é minha eu também briguei com ela e [...] esqueça...

Allya abraçou Katherine e as duas choraram juntas com o maior sentimento de culpa possível.

Jorge olha para o boton em sua mão, ele percebe algo que Allya não notou era algo branco que apontava de dentro, ele rasga a parte preta com o símbolo Anarquista, e encontra uma folha de papel incrivelmente dobrada para caber ali dentro ele a abre, era uma pequena carta! Escrita em tinta preta com algumas pequenas manchas de sangue e um A anarquista desenhado.

" Caro Jorge,

Se você estiver lendo isso é porque provavelmente eu fiz algo que planejava a anos! Quero que saiba que a culpa não é da Katherine e muito menos sua! Obrigada por aparecer na minha vida, sei que foram poucos os momentos que passamos juntos, mas o suficiente para mim, se isso que eu fiz a mim mesma machucou você! Peço do fundo do meu coração que me perdoe, mas eu precisava partir! A dor já estava insuportável! O vazio me corroía por dentro, ah e essa depressão... Por favor não me odeie, mas eu ainda te amo. Não se sinta mal por mim porque do fundo do meu coração eu realmente quero ir! Espero que você encontre alguém e seja muito feliz e esse alguém provavelmente e a Katherine, ela merece você e você merece alguém melhor do que eu!

Adeus até nunca mais.

Ass: LIN

LIVE FAST, DIE YOUNG ".

Após ler a carta de Lin Jorge a guarda com carinho no bolso, uma lágrima queria cair do seu olho, mas pelo estado de Katherine e Allya ele sabia que precisava se manter forte, ele remontou o boton de Lin e colocou em sua jaqueta. Ele se sentia culpado ele percebeu o monstro que foi ao pisar nos sentimentos de Lin e se arrependeu amargamente e sabia que levaria a culpa pelo consigo resto de sua vida.

O velório foi no sábado de manhã, Allya usava uma chapéu preto com algo que cobria seu rosto, Jorge vai com uma roupa punk qualquer e Katherine usava algo meio " dark hippie ". Os três chegaram a capela, somente duas pessoas foram ao velório uma senhora que aparentava ter 60 anos era a vó de Lin e com ela uma pequena criança sentava ao seu lado, o caixão era branco a velinha olha com alegria para aquilo que ela pensou ser os amigos de Lin, ela acena para eles, Allya senta se ao seu lado, Katherine e Jorge olham para o corpo, Lin estava totalmente gélida seu cabelo vermelho estava solto e tocava nos seus ombros, Katherine olha para a feição meio alegre do cadáver e se lembra das gargalhadas que deram no dia anterior e caí em plantos novamente,

Allya conversa com a senhora,

– Eu sinto muito.

– Oh! Querida não sinta eu realmente acho que ela está mais feliz agora do outro lado.

– Mais feliz?

– Sim como você pode ver o meu sobrinho e eu somos os únicos que vieram ao enterro... Isso tem um motivo

– Tem e qual?

– Lin era muito rebelde, ela foi abandonada quando nasceu cresceu até os 10 anos num orfanato e foi aí que eu a encontrei nessa ela era doce no começo mais depois começou a amargar quase no mesmo tempo que entrava no mundo punk, ficou muito rebelde xingava e batia em todo mundo, mas apesar disso ela nunca fez nada contra mim.

Allya suspira e se emociona e pede para que a senhora continue.

– Foi expulsa de várias escolas, e aos 15 anos entrou no mundo das drogas, ela bebia muito e usava heroína com outros punks, passava noites fora, toda minha família era contra ela morar comigo, e a humilharam bastante ela passou a ser ainda mais amarga, eu devia ter feito algo devia a ter defendido, me lembro de quando ela dizia que estava com depressão e respondia que era coisa da cabeça dela, eu devia ter a ajudado e não julga-la aos 16 ela engravidou a única coisa que ela sabia sobre o pai é provavelmente ele era algum punk, mas por ser muito agitada ela perdeu a criança os julgamentos sobre ela aumentaram depois disso se afundou ainda mais na depressão drogas me lembro de quando ela ia para um tal de Ninho e só chegava 5:00 da manhã em casa continuou a usar drogas beber e fumar, infelizmente chegou onde chegou. Ela já tentou se matar várias vezes e dessa vez conseguiu.

Allya tinha percebido que o motivo de Lin ter se matado não foi Jorge, e sim porque ela não aguentava mais viver aquele inferno que era a sua vida.

– Acho que agora te entendo Lin. Pensou.

Naomi chegou ao velório ela olha por alguns minutos para Lin no caixão com um pequeno sentimento de culpa e consola Katherine que estava sentada num dos bancos da capela. Janice e Bob também aparecem Bob queria socar Jorge o culpando por tudo, mais Janice disse que não era ora para isso e lembrou de que ele era um hippie, Bob chorou mais do que qualquer um ali fazendo que Janice e Katherine o consolassem. A vida de Lin se passou, o tempo no velório também se passou era hora de tampar o caixão e enterrar Lin, todos se levantam, Jorge pega o boton onde a carta estava escrita e prende na roupa branca que Lin usava e lhe da um beijo nos seus lábios e sussurra

– Descansa em Paz Lin.

A Senhora se levanta e apenas diz

– VAI COM DEUS MINHA FILHA.

Os coveiros tampão o caixão, abrem a dor, abrem a saudade, abrem a culpa. Todos seguem para o lugar onde o corpo vai se enterrado as rosas são jogadas, e por vez a terra começa a bater na tampa. Estava feito acabou


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Notas finais do capítulo

Jaja 7 capítulo Bem Vindo ao Mundo HIPPIE



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