- Está nascendo?- ele me perguntou aflito.

- Não pode... aííííí! – falei me apoiando nele. – Tá cedo, ele nem fez oito meses ainda!

- Esperra aqui, que eu vou pedirr ajuda. – ele falou me sentando na cama.

- Edward, espera! – falei segurando a sua mão.

- Sim querrida!

- Vai dar tudo certo. – disse tentando tranqüiliza-lo.

Ele me beijou e saiu.

- Aíííííí!

Eu gritei e Alice veio correndo, até mim super assustada.

- Bells, você tá bem?

- To meu anjo, não precisa se preocupaááÁÍÍÍ!!!

- Não tá bem nada! – a pobrezinha falou aos prantos.

- Ô meu amor, não chora, eu vou ficar bem, é assim mesmo viu. – falei a abraçando e respirando fundo para não gritar de novo. – Agora faz um favor pra mamãe, limpa esse rosto, vai lá na sala e trás o telefone. – falei entre os dentes por causa da dor.

- Tá bom. – ela falou limpando as lágrimas com as mãozinhas.

Não demorou muito e ela estava de volta.

- Aqui! – falou me entregando o aparelho.

Disquei o número da Nessie mas só dava na caixa postal. Então ouvi o som de um carro na frente de casa e em seguida Edward subindo as escadas.

- Vem querrida, o táxi está lá embaixo!

Edward falou me ajudando a levantar e me pegando no colo.

(...)

O caminho pra maternidade foi assustador, a barriga estava muito pesada, como se eu tivesse acabado de comer. Ela ficava dura e logo em seguida vinha a dor. Foi eu colocar o pé pra fora do táxi que a minha bolsa estourou.

Logo vieram os enfermeiros e me colocaram em uma cadeira de rodas. Edward ficou com Alice na recepção enquanto o médico me examinava, depois me colocaram em um quarto onde eles finalmente se juntaram a mim. Passei o dia todo no soro, e como me sentia melhor pude até receber visitas. Fiz os exames necessários para vermos as condições do bebê, a noite vieram me examinar novamente. Enquanto Edward esperava do lado de fora com Alice e Dona Renê.

- Bom Sra. Cullen, ele está pronto para nascer.

- Como? Ele não tem nem oito meses?

- Eu sei, mas pelo visto ele não quer esperar!

Me levaram para a sala de parto e aplicaram a peridural nas costas. Senti uma dor aguda, antes deles aplicarem, pois as contrações eram muito intensas, mas após a peridural não senti mais nada, só uma pressão no abdômen.

- Por favor, chamem o meu marido! Eu preciso dele aqui comigo, por favor! – choraminguei.

- Acalme-se, ele já vem.

Senti alguém acariciando o meu cabelo, então pude ver Edward, que estava tão apavorado quanto eu.

- Sra. Cullen, agora eu preciso que tente controlar sua respiração, conte até três e que faça o máximo de força possível, Ok?

- Ok! – falei ofegante.

O trabalho de parto durou quase uma hora, mas posso dizer que valeu a pena cada minuto. Foi lindo ver a felicidade de Edward ao olhar o rostinho de Carlisle em meus braços. Nós chorávamos copiosamente, abobados com o nosso pequeno milagre. Ele era tão pequeno, tão perfeitinho. Chego até a duvidar se existe felicidade no mundo maior que a nossa.