3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 3
Capitulo 2 - Ida a feira popular!




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Caroline andava completamente desesperada ao tentar manter os sobrinhos na linha, quando ao chegar prédio, ambos começaram um rebelião. Ela jurava que aquilo não podia ser verdade, e que ambos apenas estariam a brincar de forma saudável num parque qualquer. Porém, não era um sonho em sua cabeça, mas a realidade em seus olhos.


– Meninos! - gritou ela ao ver a porta do elevador abrir e gente sair. - Por favor, estamos num prédio! - ela puxou cada um para um lado diferente olhando zangada para ambos.


– Tia, foi ele quem começou! - reclamou Nina ao tentar puxar a boneca que o irmão tinha em mãos roubada em outro momento da briga.


– Eu não, foste tu sua malvada! - gritava Tobby.


A loira desesperada já nem sabia em quem mais acreditar, na verdade filhos eram complicados de lidar e nisso ela nem pensava em ter tão cedo. Até porque Damon não estava muito na disposição de ser pai, e perder noites sem dormir a trocar fraldas.


– São seus filhos! - comentou um senhor idoso ao entrar no prédio. - São regilas! - ela sorriu, pensando "Filhos? Nem pensar".


– Não, na verdade são sobrinhos! - respondeu ela ao ver que as portas do elevador se abriam, entrando com eles na frente.


Quando chegaram ao apartamento a pequena guerra voltou, e naquele instante que rodava a chave na porta, quem encontrou justo na frente? Maria, a mãe dos miudos com um sorriso nos lábios.


A jovem nem esperava por encontrar a ex-cunhada tão cedo para vir buscar os filhos para passar o fim de semana com ela, mas uma coisa era certa, paz em casa iria existir.


– Olá Caroline, como estás? - perguntou ela ao se agachar e pegar a pequena Nina no colo.


– Vou muito bem Maria, e tu? - esta perguntou ao pousar as chaves no comodo da entrada.


– Bem também! - respondeu breve pousando a Nina no chão. - Querdia vai preparar a mochila, sim? E Tobby, o beijo da mamã? - ele derrotado voltou até a mãe para a beijar no rosto. - Melhor ires preparar a mochila como a tua irmã, ok? - ele deu de ombros correndo pela sala.


A verdade é que ambas agora estavam sozinhas na sala e toda a gente conhecia a pouca relação que detinham uma da outra, sendo que Caroline sempre gostou de manter certa distancia da cunhada por conta do caracter que esta tinha.


Por alguma razão, o casamento havia sido um fracasso, e não culpa de Jasper este não ter dado certo, pois pelo que sabia, a morena havia feito uns pequenos desvios na relação, criando mau ambiente no casal. É certo que ninguém tolera uma traição, justo de quem mais se ama. Havia sido algo assim, numa fatidica madrugada em que Jasper havia saido para seguir a esposa e assim apanhar em flagrante com outro homem, cujo nunca havia visto antes em sua vida.


Por isso, agora Caroline não tinha motivos algum para gostar dela, porque havia feito sofrer a pessoa mais importante de sua vida, ao qual implorava para que nunca saisse magoada por ser tão boa pessoa.


Instantes depois, apareceram os muidos a saltitar de mochila ás costas, ela já estava toda pronta para sair com eles quando a governanta saiu da cozinha com pequenos lanchinhos para os meninos.


– Meus meninos não vão embora sem o lanchinho, da tia Esther! - eles sorriram guardando na mochila para comer mais tarde.


– Adeus meninos, qualquer coisa liguem para a tia, ou para o pai! - recomendou Caroline ao acompanha-los a porta.


– De certeza que não irá ser necessário, porque tem uma mãe! - falou rude Maria que clicava no botão para mandar subir o elevador. A loira revirou os olhos, acenando a eles e depois fechar a porta quando eles entraram por fim.


– Esther, você já conheceu mulher pior que esta? - perguntou a loira ao encostar-se na porta enquanto olhava a governanta.


– Menina, nem toda a gente tem o coração que você tem! - comentou ela, o que fez esta sorrir mais feliz com o carinho depositado nas palavras da senhora.


***

O Jantar estava na mesa, e havia sido Alice quem o tinha preparado para surpresa de todos. A pequena Candice havia sido a grande ajudante da tia, que já prontinha colocava os pratos na mesa.


– Muito bem, minha pequena está uma mulher! - afirmou Alice ao colocar um tacho na mesa. - Agora vamos fazer outra coisa, sabes o que? - perguntou esta ao olhar a sobrinha com olhos arrebitados.


– Vou chamar a familia para comer! - respondeu a menina correndo em seguida para a sala, onde parte deles estava assistindo tv.


A morena como já tinha tudo pronto, acabou seguindo a menina até a sala, onde ao encostar-se na porta não conseguiu segurar uma gargalhada vendo a menina pegar o comando remoto da tv e a desligar.


É certo que o pai de Alice foi o primeiro a matifestar-se com algum desagrado, mas logo a menina começou um discurso de deixar todos de boca aberta, incluindo a própria tia que não esperava por tais palavras.


– Todos para a mesa que a tia Alice fez comida para a gente, e eu ajudei porque sou uma boa menina! - e não foram precisas mais palavras que já a pequena puxava pelo avô para levantar.


Uma vez a mesa e todos a comer a diliciosa refeição, uma ideia de um final de noite surgiu na cabeça da jovem morena que achava que a cidade Alabama muito tinha para mostrar e passar uma bela noite. Era Agosto, mês pelo qual haviam as feiras da cidade, onde rodas gigantes giravam animadoramente, e os carroçeis balançavam a musica popular e infantil.


Ela tinha saudades desse tempo, em que quando criança passava todos os fim de semana lá com a irmã na companhia do avô Francisco, que sempre que podia fazia as delicias das meninas. E hoje, ela sentia falta dele por não estar presente para continuar a delicia-la. Contudo, agora era a vez do pai poder fazer a delicia da pequena Candice, e talvez um dia dos filhos de Alice e Rafael, não é?


– Acabei de ter uma ideia para o programa da noite! - falou ela ao pousar o garfo no canto do prato e limpar os lábios com o guardanapo. - Na verdade, acho que ainda existe a feira popular aqui, e a Candice podia vir comigo, aposto que vai adorar. - a menina ao lado dela começou a sorrir e a mexer-se agitada, olhando para a mãe em face de pedido.


– Não sei, a Candice tem de deitar cedo, porque.... - mas Alice interrompeu a irmã.


– Porque amanhã é domingo, e a tua menina está de férias! - argumentou a morena. - Por favor, já tivemos a idade dela, e adoravamos as noites de sábado na companhia do avô Francisco.


– É verdade, eram noites muito animadas e quando terminavam era um choro! - comentou Mary ao recordar das traquinices das filhas depois de muita animação.


– Por isso não vejo objeção, a menos que o pai de tua filha não permita! - e instalou-se silencio, até que o marido de Cynthia o quebrou.


– A minha filha pode ir, sim! - a morena brotou um sorriso vitorioso nos lábios.


(...)


A caminho da feira, Alice levava Candice pela mão dando pulinhos de fada como ela gostava de pensar, e chegaram na bilheteira comprando os ingressos, entrando no grande parque de diversões.


– Olha tia tem pipocas ali! - apontou o dedo a menina para o senhor de carrinho de pipocas cheirosas.


– Queres? - perguntou esta ao procurar as moedas da bolsa.


– Sim, muito! Candice gosta de pipoca!


Aproximaram-se do senhor comprando um saquinho de pipocas e seguiram para a roda gigante, onde Alice havia prometido levar a menina para ver a cidade do alto. Na verdade não havia vista mais bela do que essa. E na sua ideia, toda a gente devia faze-lo pelo menos uma vez na vida.


Quando se sentaram na cadeirinha que as ia fazer "voar", Candice soltou gritinhos animados, e só por si só, Alice percebeu que era a primeira vez que a menina fazia tal aventura. De certo modo isso deixou a morena orgulhosa, pois era uma coisa que podia lembrar com grande estilo. E vitoriosa seria ela de ter feito seus progressos com a sobrinha.


Elas até podiam esquecer o tempo voar, se aquela sensação se permanecesse pela noite dentro, cobrindo o dia e mais uma noite. Mas a roda acabou perdendo a mobilidade e isso deu a entender que a aventura estava a terminar.


– Gostaste? - perguntou a morena tirando o cinto da menina quando as cadeiras da roda chegaram ao piso raso.


– Muito, por mim repetia isso muito mais vezes. - Candice estava completamente animada.


Dali em diante, elas passaram em muitas tasquinhas de vendas de bijutaria barata onde haviam jogos de tiro ao alvo para ganhar o prometido ursinho, ao qual Alice não era detentora de pontaria, mas que pensando consigo mesmo Rafael seria o candidato perfeito para ganhar o prémio, sendo que em outras feiras com a namorada tinha arrebatado alguns dos bonecos que cobriam a cama do quarto do casal.


– Olha ali tia, não é a prima Lucy com o Ben? - apontou o dedo a pequena para a jovem loira que levava no seu lado um menino que aparentemente tinha seus 7 anos.


Alice ao perceber bem onde essa pessoa estava, ficou um tanto espantada, pois não lembrava de ver Lucy, na verdade na sua ideia havia ficado uma garotinha bonita com seus lindos cabelinhos ao sabor do vento para trás. Nunca em momento algum uma verdadeira mulher, ou sequer mãe.


– É o filho dela? - mesmo não tendo a certeza do que os seus olhos viam, Alice tinha aquela necessidade de perguntar.


– É sim, ele anda na minha escola e é muito inteligente, só que o pai dele foi para a guerra. - a expressão da pequena desvaneceu-se, e a tia percebeu que alguma coisa ali não batia certo.


– O que aconteceu com o papa dele? - a menina focou os olhinhos nas luzes que piscavam do lado e só então depois de um longo e pesado suspiro voltou sua atenção a tia.


– O papa do Ben foi para a guerra, mas não voltou como prometeu. - naquele momento a morena estava a pensar que talvez esse pai solto pelo mundo pudesse continuar em sua missão de paz, nunca imaginando outro tipo de conotação. - Mas a mama sempre me disse que promessas dificeis não se podem cumprir, porque ninguém prevê o futuro. - ela balançou a cabeça concordando com aquela analise.


Percebendo que aquela conversa ia levar a uma lágrima, Alice percebeu que era hora de mudar de assunto, ou talvez fazê-la sorrir mostrando uma careta daquelas que Candice não resistia em rir.


Só que na sequência de caretas deliciosas entre sobrinha e tia, Lucy esbarrou mesmo sem querer nas costas da morena que se virou pedindo mil perdões e dar conta da pessoa pelo qual havia esbarrado e dar um grito simbólico.


– LUCY!!! - ambas se abraçaram numa harmonia de parar o trânsito. - Como é possivel, estás radiosa, amor. - a jovem precisou afastar um pouco o abraço para olhar bem a rapariga que tinha diante de si e fazer aquela analise que toda a gente fazia. - Olha só para ti, estás um espanto, e esse menino ai? - perguntou ela tentando não mostrar que sabia da história piscando de leve o olho a pequena do seu lado.


– Oh não sejas tola, Alice! - riu-se esta ao dar uma palmada no ombro da prima. - Sabes que continuou a mesma de sempre, talvez com uns quilinhos a mais, mas depois do 30 é dificil não os ter. - ambas cairam na gargalhada.


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