3 Semanas com a tia Alice escrita por Lucy


Capítulo 22
Capítulo 21 - Em queda livre para o desemprego




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Divertidos no parque, Alice e Jasper trocavam conversas animada enquanto Candice percorria toda a extensão brincando com novos amigos que por ali encontrava. É certo que aqueles eram os seus últimos dias na companhia de sua tia e que em breve estaria voltando para casa. No entanto ficava na promessa uma volta com muita e muita animada companhia.


– Ela gosta mesmo muito de ti.. - diz Jasper ao sentar num banco de madeira e chegar uma perna mais acima do joelho em jeito de cruza-la.


– Eu sei e adoro muito aquela garotinha. - sorri a morena olhando por cima do ombro enquanto observa a menina subindo as escadinhas para o escorrega. - Ela lembra os meus dias de infância, eles eram todos passados assim num parque cheio... era o melhor lugar do mundo. - comenta nostalgica.


– Acredito, também sinto saudades de algumas coisas...


Pegando nas peças da infância ambos continuavam ali sentadados como mais um casal que aguardava atencioso pela chegada da filha. No entanto, Jasper e Alice não era mais do que amigos, embora os pensamentos do loiro fossem um pouco mais além disso, contudo sabia que a mulher com quem conversava agora, era noiva de outro homem, cujo devia amar muito nunca duvidando.


Quando a pequena deu por encerrada a sua corrida de sobe e desce nos bailoiços foi de encontro com a tia e o acompanhante com muitos sorrisos estampados no seu rostinho doce. A morena logo levantou erguendo os braços para sustentar a pequena no colo, já ele apenas ficou pela observação enquanto levantava causalmente.


– Estás com fome meu anjinho? - perguntou Alice ao passar a mãos nos cabelos loiros da pequena separando assim as mexas ausentes de nós.


– Queria um gelado de chocolate! - afirma a menina com aquela sua carinha sacana olhando logo para o loiro buscando uma ajuda extra caso a tia discurdasse. - O Jasper pode vir connosco e se portar bem ainda pode comer gelado também de chocolate. - ele começou logo a rir.


Jasper podia conhecer muito pouco daquela menina, mas o pouco que conhecia já o deixava bem orgulhoso. Candice uma doçura de menina, o tipo de criança que um bom pai adoraria ter. Nunca havia estado desconfortável com os filhos que tinha, porque também eles, embora diferentes eram bons meninos.


– Então vamos logo antes que não haja gelado para ninguém.


Candice saltou logo para o chão correndo atrás do loiro e Alice ficou mesmo para ultimo a não acompanha-los na corrida animada.


– O ultimo a chegar é o ovo podre! - diz Jasper nunca parando de correr atrás da menina.


– É a tia Alice! - grita mais alto Candice rindo.


A morena que não havia aumentado nem um pouco o seu passo apenas balança a cabeça imaginando o quanto ia ser gozada pelos duass crianças, sim porque o pai de familia naquela hora mais parecia o filho.


(...)


Uma vez na confeitaria ali do lado, havia uma fila de meninos bem atrás do balcão, todos eles eram interessados em escolher os seus sabores para o cone que a linda Esme segurava na mão rebucando com a outra as bolas de galado.


Naquela hora o sabor que era mais escolhido era justamente o de chocolate, talvez por ser um sabor que toda a criança gosta e na verdade é doce e o que é doce nunca amarga.


– Nunca mais acaba essa fila! - resmunga Candice cruzando os bracinhos do lado do loiro que imitava no mesmo gesto.


Alice que os mantinha de baixo da sua observação ali no cantinho da arvore, queria rir, mas sempre mantinha a postura para não ser apanhada pela sobrinha. O seu aparelho no bolso começa a vibrar naquele momento. Ao levar a mão a ele, o tira e ao ver no visor o nome da irmã logo fica em preocupações. Decide atender.


– Alô Cynthia! Está tudo bem? - nesse momento dá uns passos atrás para se afastar um pouco daquele barulho das pessoas conversando entre si.


Jasper que contava encontrar Alice fica um tanto confuso quando depois de obter o gelado não a encontra.


– Parece que a tua tia foi sem a gente! - diz ele olhando a menina que elevava o gelado aos lábios dando suas lambidelas.


– Duvido, ela deve ter ido atender alguma chamada... - diz a pequena balançando os ombros. - Talvez seja o tio Rafael a querer saber onde ela está. E sinceramente eu acho que ele não gosta de mim, eles andam tão estranhos nos ultimos tempos. - dito isso ela baixa os olhinhos ao cremoso gelado.


De coração partido, o loiro abaixa ao nivel da menina e com o dedo eleva o queixo dela. Ele era um ótimo pai e um adorador de crianças, principalmente aquelas que mereciam todo o amor do mundo. Candice era mais uma dessas meninas adoráveis que não mereciam estar tristes porque algum adulto por mais incapaz de mostrar um sorriso, mostra aquilo que nunca deve demonstrar.


Só por ai, ele já não gostava desse parceiro de Alice e achava claro que ela merecia melhor, claro que ao ter esse tipo de pensamento não o fazia para se candidatar ao lugar, embora não fosse de breve o gostar ocupa-lo. É verdade que eles conheciam-se muito pouco e que tarde ou cedo as coisas até podiam acontecer, no entanto a mulher que ele começava a sentir como certa para si era comprometida com alguém e mesmo que essa pessoa fosse a pior do mundo não a merecendo, era dela que Alice gostava.


Mesmo assim isso não era um motivo de força maior para o loiro desistir nas primeiras tentativas. Afinal o mundo havia sido feito para as facilidades, ou então nada teria sentido, o que era dificil nunca seria cumprido e os fracos apenas seriam redondamente mais fracos, e os fortes? Bom esses então andavam na croa da lua. Não era o caso do momento e não seria nos próximos tempos, isso ele garantia.


***


Nunca grande crise em corria para a rua, Edward não sabia o que mais fazer ou argumentar, porque Maria estava muito convita de suas palavras e a sua decisão já estava tomada. É certo que sem uma força maior, ela não poderia tomar decisões, o que dava sempre uma estatistica de 50% chances em manter o emprego como contabilista da empresa.


Rafael que ainda não havia chegado era a sua ultima oportunidade ou iria cair na rua como mais um desempregado, e tendo em conta que já existiam tantos, era horrivel imaginar-se a si mesmo nessa situação.


Acordar cedo para encontrar um vaga na fila da porta do centro de emprego, era um castigo, ser obrigado a escutar os desabafos das crises do casamento dos outros enquanto espera, ou até mesmo levar com o mau humor matinal dos secretários de senhas? Essa definitivamente não era a vida que Edward queria para si, então só lhe restava rezar.


– Seu caso está muito complicado Dr. Masen! - repetiu Maria ao girar na cadeira impaciente pela espera do sócio que não era nada certo com as horas.


Ele apenas engolia as palavras dela, qualquer coisa a ser mencionada no momento podia ser usada contra, então seria um fiel escudeiro ao encontrar novos argumentos para convencer do contrário. Entretanto no meio daquela espera imensa Rafael acabou surgindo de camisa mal apertada e gravata por dar o nó.


– Nem vou comentar o teu estado deprimente! - rolou os olhos a morena ao ver o rapaz naquelas figuras.


– Nem precias vamos lá direto no assunto... - apressou tudo ele ao puxar uma cadeira na frente da secretária dela e olhar o amigo. - O que fizes-te desta vez? - perguntou para Edward.


Ter de contar ao amigo que havia sido apanhado pela sócia dele não era o filme que ele gostava muito de rodar, mas infelizmente era o que na verdade havia acontecido, então pensando que o melhor, achou que devia contar a história no seu ponto de vista, antes mesmo que alguém se antecipa-se.


Ajeitou-se uma vez mais na cadeira e começou a falar, as reações do amigo eram de espanto e indignação ao ver que o código de ética profissional não havia sido cumprido, mas dai a aceitar a revoltante decisão de Maria ia um passo muito largo.


– Lamento desapontar tuas decisões priférias minha querida sócia, mas no caso Dr. Masen, não tenho objeções ao seu trabalho, o que deste modo ele mantem o seu cargo, até novas decisões. - argumentou Rafael batendo punho em cima da secretária dela para seu grande desanimo. - Não o faço apenas por ser um grande amigo meu, mas por ser um ótimo profissional para essa empresa.

Tendo em conta que a sua contabilidade tem sido sempre bem feita e com isso não creio que seja necessário dispensar alguém que tem sido imprescendivel por aqui.


O rapaz ao ver que era absolvido pelo amigo podia até já gritar interiormente um "hurra" porque ainda não era desta vez que ia mendigar nas portas das igreijas ao dar milho aos passarinhos na rua.


No final dequela discusão sobre o seu futuro na empresa, Maria que sai derrotoda e logo a primeira abandonar a sala e com isso deixar ambos amigos sozinhos. Claro que Edward havia abusado um pouco do seu papel ali e que tão cedo não ia conseguir sair impune de outra enrrascada como aquela, contudo o sucedido já havia falado por si e não eram necessárias mais palavras para saber disso.


– E que tal irmos embora? - perguntou o moreno ao tirar o caso das costas da cadeira.


– Depois deste episódio? Vamos ao próximo.


Sairam da sala numa grande gargalhada e Ellen que rapidamente havia saido de trás da porta já fingia estar a verificar o nivel da agua no aquário da entrada. Como se tanto Edward como Rafael não conhecessem bem dos vicios da secretária.


– Até segunda, Ellen! - acenou o patrão sendo seguido pelo colega saindo pela porta de vidro fusco.


(...)


Já na rua sentiram que podiam sim continuar a conversa que inicialmente haviam travado para sair do escritório sob ouvidos curiosos, e na verdade haviam certas coisas que o rapaz Holdford queria saber. Não que tivesse alguma coisa haver com a vida intima do amigo, mas só por ser amigo já se preocupava. Afinal ele sabia que tipo de mulher era Natasha e de seus potenciais dotes em deixar os homens à sua volta rendidos.


– Sabes bem o que penso sobre a tua namorada, não é? - comentou um amigo para o outro.


– Sei, mas ela me deixa louco... o que devo fazer? - a pergunta era rétorica. - É a mesma coisa que entrares num sitio e seres surpreendido por tua namorada, achas que vais ficar a observa-la apenas? - Rafael inclinou a cabeça pensantivo, os seus olhos já cerravam o chão ao tentar colocar Alice num cenário menos formalizado. - Vindo de ti, acredito até que fosses educado ao pedir para a moça se trocar e ir embora.


– É o mais sensato neste caso, Ed! - este deu de ombros ao escutar aquela afirmação mais que acertiva. - Eu amo a minha noiva, e nunca em momento algum iria aceitar uma coisa como essa em meu local de trabalho, até porque não o faço no dela. - começou a tirar o casaco do ombro para vesti-lo enquanto caminhava firme para um dos cafés próximos. - É tudo uma questão de pontos e virgula.


– Ainda não entendi porque fui logo eu ter esta conversa contigo. - o loiro parecia mesmo desiludido com as palavras do amigo, mesmo que vindo dele não esperasse outras. - Perdi até a vontade de tomar um café e dar de caras com ela lá. Imagina, agora nem vai querer me ver nos próximos milénios.


– Se isso acontecer é porque ela nunca gostou de ti, sabes bem! - Rafael em gesto de confortar mais o amigo passou a mão no ombro o empurrando de uma vez até ao estabelecimento. - Tens de ter coragem, imagina que as mulheres são numeros.


– É bem mais simples lidar com matemática...


– E eu não sei?


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