Uma garotinha de apenas 10 anos estava caminhando de volta para casa, mais resolveu parar e escutar a conversa de suas amigas.

– Tudo é capaz de possuir limites Sarada - uma gorduchinha falou.

– Não acho, o mundo é feito de tudo um pouco, não acha que existe uma infinidade de jutsus para descobrir de várias maneiras? - questionou a morena.

A garota azulada ponderou sobre o assunto, pra que existia a palavra limite se estava criado a palavra infinito , e pra quer o infinito se tudo tem limites - ela estava confusa como o imenso céu azul, todo mundo fala que é infinito, mais é comprovado cientificamente seu limite

–"bom , eu acho que falamos no infinito as coisas que não sabemos onde começam e onde terminam" - concluiu em seu pensamento a azulada.

Apesar de tentar esquecer a conversa que escutou de suas amigas, ela não conseguiu, em casa murmurou um baixo "Tadaima" e subiu para seu quarto. Pensando, chegou chegou a conclusão do quão inútil era o assunto, mais para a sombra de dúvidas, a garota iria abordar com o pai o assunto mais tarde, se não consegui-se, abordaria com seu avô.

Horas se passaram, árvores perdiam suas folhas com o entardecer, e a garota calma se irritou sem poder conseguir fazer sua lição pensando ainda naquela bobagem, onde estava seu pai quando precisava. A claro, ele era o hokage, uma das pessoas mais importantes daquela vila, a garota bufou pegando sua bolsa e colocando um ramo de girassol embalado dentro, será que seria incomodo ir ao gabinete do pai?!

Ela resolveu passar primeiro na casa do seu tio, aproveitaria que com certeza Sarada também abordou o assunto com o pai. Trancou a casa e seguiu andando calmamente pelas ruas desertas da vila a procura de Sarada, afinal nas tardes de outono ela geralmente estava acompanhada com o pai, se o mesmo não tivessem em missões ou com o hokage.

De longe ouvi-se uma pequena explosão, Shinobis de alta classificação estavam nos campos de treinamento ou em dojos ali perto, naquele momento ela parou, o vento balançava seus pequenos e ondulados cabelos, esperando que a mesma se movesse e continuasse seu trajeto, ela fechou os olhos tentando imaginar o infinito que lhe aguardava, uma pequena lágrima correu sua face e um pequeno sorriso se estampou, ela imaginou quantas pessoas deram a vida pelo bem da vila e pela família, aquele era o futuro que ela queria? - talvez não existisse limite, já que existia a imaginação, mais se existia a imaginação ela teria um limite?

– Hima-chan está me ouvindo - ela abriu os olhos e olhou para a pessoa que estava na sua frente.

– Sara-chan - ela sorriu desanimada.

– O que ouve - uma voz grave fez parte do recinto, não era comum Sasuke encontrar a filha de seu amigo-rival com a aparência abatida e pensativa - estava chorando - questionou

– Não - olhou para frente - estava pensando - deu uma pausa - no futuro.

– Como assim - Sarada perguntou.

– Estava passando e pensei na sua conversa com a Chouchou - ela olhou para a garota e depois prosseguiu com a conversa - na verdade eu estava tentando procurar o tio Sasuke.

– para perguntar o que - ele falou, era poucas vezes que via um semblante confuso e uma quietude na Uzumaki mais nova.

– O infinito e capaz de ter limites, ou o porque foi criado o limite se tudo é infinito - ela perguntou, Sasuke notou o quanto parecia com a pergunta que Sarada fez mais cedo - eu andei pensando sobre o assunto e soube que o limite pode ser dado a algo que sabemos onde começa e onde termina, uma lógica pode ser, o céu é infinito mais apesar de não sabermos onde começar e onde termina ele é capaz de ter limites - a garota bufou - isso é muito insignificante, como podemos afirmar essa teorias.

– Bom, como eu expliquei hoje cedo, eu diria que você põe os limites da sua vida, e que tudo é constituído de limites e a imaginação é infinita, vou te dizer aquilo que ainda não foi descoberto totalmente é um infinito para nós humanos, mais um dia vamos achar o seu limite - ele sorriu para a garota.

– Obrigado tio Sasuke , eu vou descobrir o que desejo, D'ttebane - falou convicta e abraçou seu tio postiço (N/A: D'ttebane e uma palavra que Kushina teve, vamos supor que Himawari herdou de sua avó) - ja ne Sarada-nee ,e tio Sasu. - a garota saiu correndo para ir ao monte dos rostos dos hokages.

– Boa explicação Tou-san - Sarada sorriu.

– Bom , pelo menos ela tem o cérebro mais desenvolvido do que o Boruto - suspirou.

– Bom, eu ouvi falar que ela intriga com suas afirmações e perguntas, ela sempre deseja saber mais e descobrir o que a de errado em afirmações falsas e bem parecidas - a garota continuou falando e Sasuke continuava olhando para o norte.

– Você consegue ser mais irritante do que a Sakura.

– TOU-SAN - Sarada repreendeu.

– Mais são as irritantes da minha vida - ele sorriu e abraçou a garota - bom , já não acha que estar na hora de ter um irmão.

– Não me diga que o problema da Oka-san é- ela foi interrompida.

– Claro, o que mais seria, a Sakura tem saúde de ferro - ele soltou o abraço - vamos para casa.

Voltando para a azulada, ela estava em cima da rocha do yondaime-hokage, aquele que deu a vida pelo filho, que ironicamente e pai do seu pai, então, a vida é realmente um mar de trevas e escuridão e ao mesmo tempo um mar de rosas e felicidade, quando é que isso vai acabar.

Ótimo, aquilo era o problema dos Shinobis de agora, futuro problema seu como uma forte e destemida Kunoichi, como Shikadai dizia , aquilo seria problemático.

E com suas palavras, tudo era insignificante , preferia que tudo fosse mais calmo, mais até o vento se revoltava contra a cabeleireira rebelde da garota, por que ela faria aquilo apenas para ter a atenção do irmão mais velho.

– " Porque não torna as coisas mais fáceis Boruto-nii-chan, você só me enxerga como a irmã caçula que tem que proteger, e por isso estou atrapalhando" - pensava a garota, que bufou e resolveu imaginar um mundo mais calmo, que rendeu em um sorriso infantil cheio de ternura.

Aquela era Uzumaki Himawari, filha mais nova de Uzumaki Naruto o Nanadaime-Hokage, e futura líder do clã Hyuuga e também a prova de que pra tudo existe uma resposta