Marina: a filha de ian e sofia escrita por Lady Ice


Capítulo 2
Minha Vida


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.



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Desde que a minha tia Elisa se casou eu me tornei a nova protegida da casa. Mesmo que a minha querida amiga Débora me diga que eu devo aproveitar esse mimo e proteção com fitas, vestidos e sapatos, eu prefiro utilizar para a minha sede de desejo por leitura e música.

Já possuo mais de trinta livros e parte deles foram escritos por grandes autores: William Shakespeare, Victor Hugo e Jane Austen. Sou a herdeira de uma boa riqueza graças ao creme que a minha mãe criou, desde que tal produto fora lançado no mercado, a família Clarke se tornou umas das mais ricas da região. Meu querido pai, O Senhor Clarke, é conhecido em todas as vilas próximas a nossa residência, não apenas pelo seu comércio com cavalos, mas por sua nobre e diferente esposa, a Senhora Clarke.

Pela janela do meu quarto eu pude ver Madalena pegando pequenos frutos no jardim, ela parecia feliz embora eu não ache que colher tomates possa alegrar a manhã de alguém. Na minha mesa estava o livro Orgulho e Preconceito, se eu for me casar um dia que seja com um cavalheiro semelhante ao Sr. Darcy.

–Com licença senhorita Marina.- Surgiu Gomes na porta.- Seu a chama para o café.

–Estou indo.

Ao descer as escadas encontrei o meu pai no sofá, ele lia o jornal matinal, gostava de ficar informado. Usava uma blusa da cor de um papel calças pretas e claro, suas botas. O cabelo negro dele estava penteado para trás, mamãe sempre diz qye um boi lambeu embora ele não entendesse. Me aproximei abraçando por trás.

–Bom dia papai.- Após o abraço eu me curvei como de costume.

–Bom dia minha querida. Descansou bem?

–Sim, e o senhor?- Perguntei.

–Ah... minha querida.-Ele suspirou.-Quando estou com a sua mãe tudo fica bem.- Dei uma risada.

Meus pais tem um amor parece ter saído de um livro, toda vez que a minha tia Elisa vinha me visitar quando eu era pequena, ela me contava a história deles, as roupas estranhas que mamãe usava, a linguagem dela, o que o papai e ela sentiram quando perceberam que estavam apaixonados, mamãe não gostou muito no início, pois dizia que partiria em breve e não queria deixá-lo sofrendo, a tristeza dele quando ela sumiu por alguns meses, tia Elisa sempre terminava a história com o casamento deles.

–Onde a mamãe está?

–Foi fazer uma visita a Elisa, voltará na hora do almoço.- Disse papai.- Vamos comer só nós dois.

Na mesa tinha pães, queijo, ovos, manteiga, café e suco. Quando íamos comer Madalena apareceu:

–Não acredito.- Ela bateu o pé.

–O que houve Madalena?- Perguntou papai.

–Vocês não vão comer... enquanto o meu bolo não estiver nessa mesa.- Madalena correu em direção a cozinha e trouxe um bolo.- Esse é de laranja, o seu favorito senhorita Marina.

Papai e eu caímos no riso.

–Que susto Madalena.- Falei.- Pensei que havia feito algo.

–Ia fazer.- Ela colocou uma fatia no meu prato.- Iam começar a comer sem o meu bolo.- E colocou uma fatia no prato do papai.

–Só a senhora para fazer isso.- Papai deu uma risada baixa.

–Por falar nisso.- Madalena olhou em volta.- A senhora Sofia não virá comer?

–Minha esposa comerá na casa de Elisa.- Falou papai.

–Não se preocupe.- Falei.- Mamãe estará aqui no almoço.

Pouco tempo depois eu fui cavalgar com o meu cavalo, seu nome é Diamante, pois ele é todo branquinho e o seu pelo brilha como diamante quando o sol bate. Antes papai me deixava cavalgar apenas na propriedade, mas graças a minha mãe agora ele permite que eu possa ir até a vila. Quando eu fui para o estábulo Isaac estava passando uma escova no Diamante.

–Bom dia senhorita.- Ele olhou para a minha roupa.- Não deverias usar uma vestimenta tão delicada para cavalgar, pode sujar.

–Eu vou ficar bem.- Senti que estava corando. Como ele está?

–Ah. Diamante nunca me deu trabalho, ele está ótimo.

–Como vai rapaz?- Disse passando a mão em seu pelo branco.- Eu vou visitar uma amiga, volto logo.- Isaac me ajudou a subir no cavalo e bastou ele dar 2 batidas leves para Diamante começar a andar.

Em 10 minutos eu cheguei na casa de Débora estava no jardim da entrada, acenou assim que me viu.

–Bom dia senhorita Clarke.- Disse o senhor Lima ao me ajudar a descer.

–Bom dia senhor Lima.-Me curvei.- Bom dia senhor Cortez.

–Bom dia minha querida. Como estão os seus pais?

–Estão bem, obrigada.- Falei.

–Marina!-Apareceu Débora na porta.- Venha.

A casa de Débora era modesta, embora fosse uma das residências mais desejadas da região. Móveis clássicos e brancos, a cor da família. A biblioteca era incrível, quando íamos lá eu ficava lendo até o entardecer.

–Estamos melhorando o nosso jardim.- Disse o Sr. Cortez.- Planejo plantar rosas bem vermelhas na entrada.

–Papai, acredito que a nossa convidada queira descansar após uma cavalgada.-Disse Débora me puxando para o corredor da casa.

–A senhora Cortez teve a ideia de colocar margaridas e ...- Não pude escutar o resto pois Débora me empurrou para uma ala de visitas.

–Meu pai.- Ela soltou uma risada.- Aceita um chá?

–Sim.- Ela me serviu numa bela xícara de porcelana azul.- Desde quando o senhor Cortez se interessa por flores?

–Mamãe diz que ele passa muito tempo no seu escritório, então ela pediu que ele ficasse mais tempo ao ar livre.- Disse Débora.

–É como o meu pai. Ele viaja muito e ficava pouco tempo em casa, assim a minha mãe perguntou o porquê de tantas viagens e disse que ele estava perdendo o meu crescimento, apenas dessa forma as viagens diminuíram.

–É, mas é melhor para a sua mãe, quando eu casar direi ao meu marido para nunca se afastar de mim.- Disse e bebeu um gole do chá.- Por falar nisso, você soube da novidade Marina?

–Não. O que foi?

– Uma família se mudou recentemente para essa região. É perto da casa da senhora Elisa.- Disse Débora.

–A minha tia?- Quase que eu derrubava a xícara.- E a senhorita deve estar muito feliz.- Ri um pouco.

–Dois filhos.- Ela pulou da cadeira.- Todos solteiros. Um marido para mim e outro pra você.

–Pra mim Não...quem sabe...

Um pouco antes do almoço ser servido eu já estava em casa. A felicidade de Débora ao saber que dois rapazes solteiros estavam tão próximos dela. Admito que me empolguei em pouco, mas não como ela.

Tomei um banho simples e coloquei um vestido azul, sapatos da mesma cor e um penteado que apenas a minha mãe faz, ela chama de “rabo de cavalo”, não entendi no começo mas só o uso em casa.

–Senhorita.-Batia Gomes na porta.- O Senhor e senhora a chamam para o almoço.

–Estou indo.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo.



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