You're not gonna be invisible escrita por Gabriel Lopes


Capítulo 2
Capítulo II




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/640988/chapter/2

— Ótimo — disse. — Sou a Julie.

— É um prazer te conhecer, Julie — ele disse, e fez uma reverência.

Sorri e ele retribuiu, exibindo suas covinhas. Meu Deus, já estava começando a gostar daquilo. Pude notar, acima de seus ombros, três garotos se aproximavam e uma garota estava abraçada a um deles.

— Quem é essa, Logan? — perguntou um garoto baixo, que parecia um anão de jardim. Ele falou bem baixo, porém, consegui escutar.

— Essa é a Julie — Logan disse, e eu sorri. — Julie. Quero que conheça Kendall e Duda, Carlos e James — ele continuou, apontando para cada um.

— Por que eu tenho sempre que ser o último? — bufou um garoto alto e musculoso, quem eu deduzi ser James.

— James! — berrou o garoto loiro dos olhos verdes, Kendall, junto à menina loira dos olhos castanhos, Duda. Eles são tão fofos juntos, queria ter um amor assim. Tudo bem, Julie, chega de inveja por hoje.

— Ok — James levantou as mãos, se rendendo. — Mas, ao menos, eu sei agora quem é a menina que Logan tanto fala — continuou James, se dirigindo a Kendall. Logan lançou um olhar ameaçador a ele e eu poderia dizer que me assustou um pouco, mas acabei rindo.

— Enfim — comecei, e todos me olharam. — Alguém poderia me ajudar a encontrar minha primeira aula?

— Claro — respondeu Carlos. — Qual é?

— Matemática — respondi, após olhar no papel, que havia recebido mais cedo.

— É a mesma que a minha, venha comigo — Logan disse, fazendo um sinal para que eu o seguisse. — Vejo vocês depois.

Cada um seguiu seu rumo e, antes que pudéssemos entrar na sala, lembrei-me de algo.

— Logan? — o chamei. — Tenho uma coisa que pertence a você — o entreguei a fotografia, porém ele não aceitou.

— Guarde isso, como uma lembrança do dia em que nos conhecemos — ele disse, assenti e entrei na sala.

O tempo demorava a passar, de minutos em minutos, observava as pessoas ao meu redor. E ficava imaginando um pouco sobre cada uma delas. Logan não parava de me olhar por um segundo, e isso estava começando a me irritar. Resolvi então, começar uma troca de bilhetes bem diretos.

Por que vive me olhando? — mandei.

Pois você é linda — foi o que ele respondeu, após me olhar e sorrir.

Resolvi parar com os bilhetes, já que o professor estava de olho em nós.

— Obrigada — sussurrei para Logan.

O sinal tocou e, para meu azar, duas aulas de Física em seguida. Logan e eu trocamos nenhuma palavra — muito menos bilhetes, caso esteja se perguntando. O tempo demorou a passar, porém, ele já não me olhava como antes, talvez tenha ativado seu modo nerd, que todos possuem nos primeiros dias de aula. Quando o sinal tocou foi um alívio, saí da sala e encontrei com os amigos de Logan.

— Então, o que pretendem fazer agora? — perguntei.

— Comer — respondeu Logan. — Quer vir conosco?

— Sabe? Não é coincidência que o apelido dele seja gordo — Carlos cochichou com James, que sorriu.

— Cala a boca, anão de jardim — Logan disse pra Carlos, confesso que tive que me segurar para não rir.

E fomos almoçar, ficamos conversando até ouvir o maldito sinal. Hora de voltar pra sala, merda! Quando saímos, fui para o estacionamento. Minha mãe não estava lá. Droga, eu teria que arranjar uma carona. Encostei-me a um carro, e fiquei pensando de que forma iria pra casa, até que alguém se aproximou.

— O que faz aqui? — a pessoa perguntou, pela voz, pude perceber logo que era Logan.

— Simplesmente pensando no que fazer durante um apocalipse zumbi — respondi e Logan sorriu. — Brincadeira, estou procurando uma carona.

— Eu posso te levar, se quiser — Logan ofereceu.

— Não quero ter incomodar, Loggie — disse, e ele fez uma cara engraçada quando o chamei assim.

— Não será incomodo algum, Jubs — fiz careta após ouvir este apelido, foi o pior que já ouvi em toda minha vida.

— Já que você insiste — fiz sinal de rendição, e ele sorriu.

Logan me deixou em casa, durante todo trajeto, conversamos sobre coisas aleatórias e apreciamos o seu bom gosto. Saí do veículo, após Logan abrir a porta, ele era cavalheiro.

— Obrigada — sorri.

— Por nada, sempre que precisar estarei por aí — ele sorriu e exibiu suas covinhas.

— Certo, Loggie — sorri. — Eu tenho que entrar, você gostaria...

Antes que pudesse continuar, ele me interrompeu.

— Espere um minuto.

— Há algo errado? — perguntei curiosa.

— Talvez — ele sorriu de uma maneira maliciosa.

— Diga, por favor.

— Sua boca, ela não está colada à minha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!