– Desculpa senhorita, todos os apartamentos que temos estão ocupados no momento. – Disse um homem de cabelos pretos e uma roupa totalmente bem passada, fazendo Kate suspirar derrotada pela milésima vez naquela semana, era a primeira vez que estava em Londres na sua vida, tinha abandonado tudo no Brasil para seguir naquela cidade a carreira que ela gostava, mais nem tudo estava saindo como ela imaginava antes de vir, estava totalmente desesperada correndo atrás de um lugar para morar permanente por algum tempo, não queria mais ficar de favor na casa de sua tia, queria um apartamento em que ela pudesse mandar que pudesse dizer que era a sua casa.
– Por favor, moço já é a quinta vez que saio para procurar um apartamento apenas nessa semana. Não tem possibilidade de disponibilizar algum? – Suspirou, quase implorando para o homem que lhe olhava com a mesma expressão no rosto.
– Sinto muito, infelizmente não posso fazer nada para ajuda-la, o máximo que posso fazer é guardar-lhe uma vaga, caso outra pessoa queira sair do hotel. – Deu ombros, e Kate arregalou os olhos.
– Quando posso saber que alguém pode sair, não é uma certeza, pode ser daqui a vários meses! – Exclamou totalmente atordoada, não suportaria mais um dia na casa de sua tia.
– Isso é tudo o que posso fazer no momento senhorita, perdão. – O homem disse, com as mãos estiradas no balcão ainda a encarando, não podia ficar implorando por esse apartamento, na verdade queria, mas infelizmente se ficasse o segurança teria que tira-la a força daquela porcaria, apenas deu a volta em direção à porta do lugar e saiu ainda na esperança de achar algum lugar vago por qualquer canto de Londres.
Andou rapidamente até a Starbucks, estava cansada e sua garganta estava totalmente seca, precisava colocar a cabeça no lugar antes que tivesse um ataque ali mesmo, e explodisse no meio da rua, o que não seria nada bonito para as outras pessoas verem.
– Um Cappuccino, por favor. – Falou, assim que uma mulher veio em sua direção anotar o pedido, suspirou pesadamente e olhou para um ponto fixo na mesa vazia de madeira fazendo alguns círculos imaginários, pensando em como seria a reação de sua tia quando falasse que finalmente depois de semanas procurando um apartamento para morar teria achado algo, a ideia de morar sozinha em uma casa a assustava, pois sabia que era muito desajeitada, “Mais tudo tem sua primeira vez.” Pensou, tentando organizar suas ideias, será que está aqui tinha sido um erro? Na verdade ela não se arrependia de ter vindo, queria conseguir um papel em uma peça, estava decidida que queria se tornar uma atriz, mas sabia que não ia ser fácil, nunca gostou de lhe dar com coisas fáceis na vida, se é fácil é sinal que você não merece créditos, e que alguma coisa está errada, então tinha consciência de que começaria de baixo, nem que seja o mais baixo possível, até chegar um dia em que atuaria de verdade em filmes ou séries afinal, é para isso que está aqui.
– Posso sentar aqui? – Olhou lentamente para uma menina de cabelos castanhos, que acabara de falar, segurando uma xícara de café preto nas mãos, a encarando ainda esperando por a resposta.
– Claro, fique a vontade. – Falou, apontando para a cadeira vazia a sua frente, tentando sorrir, sentia-se envergonhada por ter demorado um pouco para dar a resposta, mais não estava em um dos melhores dias.
– Então, você é daqui? – Questionou, e Kate balançou a cabeça.
– Não, sou do Brasil, mas estou passando um tempo por aqui. – Sorriu.
– Percebi, você é bem calada.
– Não estou em meus melhores dias sabe? Muitas coisas pra resolver na minha vida. – Admitiu, tirando o dinheiro do bolso e pegando o Cappuccino das mãos da mulher que veio lhe trazer seu pedido. – E você? É daqui?
– Oh, sim! Sou de Londres, desculpa, nem falei meu nome, sou a Isabela, mas pode me chamar de Bella! E você, como se chama?
– Me chamo Kate, na verdade não tenho apelidos. – Sorriu, vendo Isabela a acompanhar.
– Normal, eu também não tinha, até meu irmão vir de Nova Iorque e colocar em mim. – Disse, levando xícara até sua boca e experimentando um pouco do seu café.
– Ah, não tenho irmão! – Suspirou e a menina a encarou.
– Nem queira colega, é horrível, principalmente pra mim que fui a mais nova. – Sorriu e continuou. – Mas, você não me falou porque estava aqui em Londres, deve ser uma coisa muito importante para vir do Brasil até aqui.
– É sim, meu futuro depende disso. - Disse mexendo em seu Cappuccino enquanto Isabela a olhava curiosa. – Mas quem sou eu para pensar no futuro quando nem se tem uma casa. – Sorriu amarelo.
– Oh céus Kate, você não tem onde ficar? – A olhou totalmente assustada.
– Ah, não e sim, moro com a minha tia, mais é bem complicado nossa relação sabe? Ela não é uma opção, principalmente quando eu vim, mas era isso ou ficar na rua.
– Ah, então você quer dizer que não tem um apartamento próprio? – Perguntou e Kate afirmou.
– Hã, sim! Todos os lugares que eu fui já estavam ocupados ou eram caros demais para pagar com o dinheiro que eu ganho dos meus pais. – Admitiu.
– Hum, você já pensou em dividir um apartamento com alguém Kate? – Falou, bebericando novamente seu café, olhando em direção a ela, que realmente sabia que nunca tinha pensado uma coisa daquela, sempre sonhou em ter o próprio lar.
– Na verdade não. Mas do mesmo modo, é muito difícil, acho que ninguém dividiria comigo, ou com alguém estranho que batesse em sua porta, mas se fosse o jeito, dividiria sim, faria de tudo para sair do lado da minha tia. – Finalizou finalmente tomando um pouco da sua bebida, enquanto Bella olhava para algum lugar, perdida em seus pensamentos, apenas deu ombros e deixou que o silêncio tomasse conta do local.
– Bom Kate, foi bom conversar com você, tenho que ir antes que meu pai me mate realmente. – Disse, mostrando o celular com uma foto de um homem de cabelos grisalhos no visor.
– Tudo bem Bella, nos vemos depois. – Sorriu acenando enquanto a menina se levantava.
– Ah, pode me dar seu número? Caso eu possa achar algum apartamento vago, eu te ligo. – Falou procurando um pedaço de papel em sua bolsa, e Kate assentiu, pegou o papel das mãos de Isabela e escreveu seu número, no fundo ainda tinha esperanças que ela ligasse.
– Obrigado Isabela, você irá me ajudar bastante. – Sorriu sincera, vendo ela retribuir e sumir logo em seguida entre as pessoas que estava no local.
Depois de alguns minutos, olhando para o celular, finalmente tomou impulso e se levantou, deixando Starbucks, seguindo para casa, rezando para que tudo o que estava planejando acontecer desse certo.

Já era quase meia noite quando Kate finalmente conseguiu tirar um cochilo, mais não demorou muito até acordar com alguém batendo na porta de sua “casa”, puxou para baixo o lençol rosa que a cobria e finalmente com a ponta dos pés tocou o chão gelado sentindo um arrepio passar por seu corpo, caminhou até a porta em passos lentos, e suspirou pesadamente quando tocou a maçaneta e abriu a porta, dando de cara com Lauren uma de suas vizinhas que ela teve uma facilidade em pegar certa amizade, ela estava com uma bolsa nas costas e um vestido curto vermelho, o que fez Kate encarar assustada.
– Olá. – Ela sorriu e olhou para Kate de cima á baixo, como se reparasse em seu pijama cumprido e estampado. – Então, eu vim saber se você vai mesmo?
– Vou pra onde? – Fechou um dos olhos por conta da claridade que vinha de fora, se esforçando para sua vista melhorar.
– Para o pub Kate, eu tinha visado a sua tia hoje à tarde.
– Ah, ela não me avisou, desculpa Lauren, acho que eu não vou, já está tarde e... – Tentou se esforçar o máximo para se animar, mas parecia impossível.
– Nem vem, você vai sim, não passei por aqui em vão. – Empurrou-a para dentro da casa, a fazendo ir em direção ao quarto.
– Mais, sua casa é aqui, DO LADO. – Gemeu, enquanto andava.
– Ah dá um crédito Kate, você tem que se divertir, pensa nos gatinhos, pensa no momento, para de ser certinha.
– Não sou certinha. – Cruzou os braços emburrada, não gostava quando a chamavam de certinha, ela não era, definitivamente.
– Então prova, veste sua roupa ai e vamos, a galera tá esperando. – Lauren andou em direção ao guarda roupas de Kate e o abriu, encarando suas roupas com reprovação.
– Credo! Você só usa roupa de velha. – Falou espantada, olhando para Kate que estava quase dormindo em pé.
– Eu não uso roupa de velha. Só não gosto de roupas muitos extravagantes.
– Hum, santa. – Sussurrou, fazendo Johnson cerrar os olhos.
– O que você disse?
– Nada, vem pra cá, vou te emprestar algo pra vestir. – Lauren pegou a bolsa que havia em suas costas e tirou de lá um vestido preto, com as mangas de renda até o pulso, totalmente colado, ele só chegaria até a metade de suas coxas.
– Não vou usar isso, é muito vulgar. – Deu ombros, vendo Lauren a encarar, e suspirou. – Tá merda, me dá isso aqui. – Pegou o vestido da mão da menina e andou até o banheiro de seu quarto.
– Isso aê garota, mostra seu lado sexy. – Sorriu, vendo Kate lhe mandar o dedo.
– Espera, por que você anda com vestidos na bolsa?
– Querida, quando um maníaco faz você tirar a roupa e no outro dia some com todas elas, acredite, você iria querer ter umas de reserva. – Kate balançou a cabeça, chocada demais com o que Lauren acabara de dizer, ela já tinha desistido de entendê-la, quanto mais tentava menos conseguia, sem mais perguntas entrou no banheiro, tentando fazer o máximo de silencio possível, para que não acordasse Morgan.

– Você está linda! – Lauren a encarou chocada com a mudança que havia feito em Kate 30 minutos depois, ela estava com o cabelo preso, em um coque totalmente caprichado com sua franja totalmente caída – e arrumada. – sobre seu rosto.
– Não estou muito vulgar? – Questionou, insatisfeita.
– Você está linda, eu te pegaria. – Gargalhou, mas logo voltou ao normal quando viu a cara de reprovação de Kate por o volume de sua risada.
– Shhhh. Não quero acordar a Morgan – Repreendeu-a, e Lauren levantou as mãos se rendendo.
– Tudo bem, vamos logo. – Andaram silenciosamente quando passaram pela sala, tentando fazendo o mínimo som possível, Kate segurou a chave reserva e já do lado de fora, trancou a porta colocando a chave dentro da bolsa de Lauren.
– Nossa, que situação hein.
– Para você ver, quando eu tiver o meu Apartamento não vou precisar sair escondido como uma menininha de dez anos. – Rolou os olhos, totalmente irritada e continuou a andar em direção a um F-Series estacionado na esquina da sua rua.
Aquele vestido estava a matando, nunca se sentiu tão apertada em sua vida, fora o salto que usava, já estava fazendo calos no seu calcanhar, estava quase arrependida de ter aceitado ir.
– Dizem que esse pub novo é foda. – Falou um menino de cabelos loiros, com um piercing no canto dos lábios quando entraram no carro.
– Deve estar cheios de gatinhas, só em pensar nas roupas que elas usam eu... – Kate encarou espantada o segundo menino que estava ao seu lado e Lauren se pronunciou.
– Não precisa falar seu idiota. – Ralhou Lauren. – Não assuste a menina.
– Não estou assustada. – Mentiu, “Só arrependida” Pensou, encostando sua cabeça no banco, o caminho iria ser longo demais.
Depois de muitas conversas jogadas fora dentro daquele carro, finalmente para a felicidade de Kate, estacionaram o mesmo na entrada do pub, sentindo o ar frio bater em seus cabelos, sua pele arrepiou instantaneamente, a entrada do lugar parecia bem agradável, porem dentro já poderia ser vista as pessoas com bebidas e as luzes no local, andou abraçando os próprios braços para tentar se proteger do frio mas foi em vão, sendo seguida por os outros logo depois.
– O Lugar é mesmo um barato. – Falou o loiro, já pegando um copo de bebida da bandeja do garçom.
– É bem agradável. – Kate falou, finalmente se mexendo de acordo com a música agitada.
– Agradável? Isso é Perfeito. – Lauren falou logo atrás, com um pequeno copo de vodka nas mãos.
– Tudo bem né galera, vamos ficar aqui mesmo com essas caras de panacas ou vamos nos divertir? – Perguntou o garoto numero dois, se aproximando de Kate. – Desculpa, esqueci-me de me apresentar, sou o Ryan, e você é..
– Kate Johnson . – Sorriu, e ele balançou a cabeça.
– Eu sei, a Lauren fala muito sobre você. - O que ela poderia falar sobre mim?
– Hã ela...
– Ryan seu babaca, vem cá. – Ele olhou rapidamente para trás, vendo Lauren e o loiro com um copo de vodka em mãos. – Desculpa por aquelas coisas no carro Kate, não queria te deixar com mal impressão, sobre a minha pessoa.
– Não se preocupe eu estou bem. – Sorriu, tentando transparecer segurança, rapidamente viu Ryan aproximar-se do seu ouvido, o seu rosto parecia ainda mais bonito, seus cabelos pretos e seus olhos verdes o deixava ainda mais angelical e um pouco sexy, sobre aquela luz toda, seu pescoço estava próximo demais da boca de Kate que não evitada olhar para o seu rosto, o perfume estava presente cada vez mais em suas narinas, ele era forte o bastante para fazer qualquer garota delirar perto de Ryan.
– Se me permite dizer, você está linda! – Sussurrou, e Kate teve que usar todos os seus dotes teatrais, para não agarra-lo naquele momento. Apenas apertou os lábios em uma linha reta e mordeu o inferior logo em seguida, vendo Ryan se afastar entre as pessoas, a deixando sozinha, e desorientada. Suspirou tentando fazer sua vontade de agarra-lo passar, e andou um pouco até o bar, pegando uma vodka e com um gole só deixou o copo vazio, sentindo depois um ardor passar pela sua garganta, tossiu levemente, repetindo mais uma dose e andando já um pouco animada para perto de Lauren, mas se arrependeu plenamente quando viu a ruiva se agarrando com o suposto loiro do carro, infelizmente sabia que já tinha perdido Ryan de vista no meio de todas aquelas pessoas que estavam ali, ela estava completamente sozinha naquele lugar, praguejou baixo e empurrou algumas pessoas até conseguir chegar no meio do pub, onde a música estava mais alta, e onde havia mais pessoas se agarrando, não estava na sua lista ficar de vela a noite toda.
– Já chega, eu vou embora! – Falou, virando-se em direção a porta. Mas sua cabeça já estava girando, sempre soube que fora fraca para bebidas, mas mesmo assim insistiu em tomar vodka ? Uma das bebidas mais fortes do pub. Já estava acreditando que esses minutos que passou com Lauren não estava fazendo bem para sua cabeça, rapidamente viu um moreno alto, de cabelos pretos e olhos verdes passar por seu lado, ela tinha certeza que era Ryan, e tentou olhar o rapaz, mas parecia impossível com todas aquelas pessoas ao seu lado a empurrando e imprensando ao mesmo tempo, tentou afastar algumas de sua frente, mais sem querer sentiu sua mão se chocar com o rosto de alguém, e virou assustada.
– Mais que porra foi essa? – Ela escutou o rapaz gritar.
– Me desculpa, eu não queria. – Falou, tentando chegar perto, e viu o garoto com o rosto virado e a mão ainda no local que ela tinha acertado.
– Isso é o que todos falam você é cega? Caralho, já pensou em parar de usar anel? – Ele gritou e ela cerrou os olhos, o que tinha de errado com aquele garoto, ela tinha pedido desculpas não tinha?
– Eu não uso anel! – Encarou totalmente aborrecida.
– Poxa, então o que você tem nessa mão?
– Um pedaço da sua cara de pau. – Gritou, fazendo o garoto arregalar os olhos Azuis, ele realmente não achava que uma garota se atreveria a gritar com ele daquele modo agressivo.
– Porque você não some daqui?
– Porque você não deixa de ser tão metido?
– Quem sabe quando você sair eu deixe. – Deu ombros, encarando-a, o que fez ela realmente se assustar com tamanha beleza.
– Então você ficara assim a noite toda, não sairei porque você quer. – Rebateu, decidida a ficar ali.
– Qual é, você tem cara de quem é filha de papai, aposto que não chega até o final da noite. – Um sorriso sacana brotou nos lábios dele e Kate estremeceu.
– Eu não sou filhinha de papai.
– Essa atitude prova ao contrário. – Falou e ela sentiu o sangue ferver em suas veias, pegou um copo de vodka da mão do garçom e levou a boca, encarando-o e tomou todo o liquido de uma vez. – Isso não quer dizer nada, você sabe né?
– O que você que eu faça? Morra? – Ela deu ombros, com o rosto vermelho, e a cabeça girando.
– Seria legal, mas não quero ninguém se matando. – Deu um gole em sua bebida e rapidamente uma loira colocou a mão em seu ombro, e o girou, colando seus lábios em um beijo urgente, que logo se partiu com um selinho. – Olá Brith. – falou e a menina deu uma piscadela e sumiu, andando em direção a... Não podia ser! Aquele era o Ryan ela sabia que era.
– Não pode ser! – Exclamou. – Só posso estar muito bêbada.
– O que? – Perguntou confuso.
– Quem é ela?
– Porque o interesse? – A olhou desconfiado, e Kate rolou os olhos.
– Nada, acho que a conheço. – Mentiu, e ele balançou a cabeça.
– Brithany, mais uma garota fácil. – Deu ombros, e Kate tentou raciocinar.
– Pensei que gostasse de garotas fáceis.
– As vezes é bom um desafio. – Ele disse e ela sorriu. Como alguém poderia estar com aquele garoto?
– Seu ego é tão grande que me sufoca. – Disse irônica e ele ignorou.
– Deixe de ser certinha. Pare de fazer doce, só admito que estou errado se você tomar 5 copos de vodka .
– Você esta maluco seu idiota? – Falou totalmente atordoada, aquele garoto estava querendo ferrar com ela, colocando aquele desafio.
– Maluca é você? Como pode ter a vida tão chata? Pensei que a minha irmã era a única. – Sorriu e bebericou mais uma vez a bebida na qual Kate não identificou em seu copo. – Aposto que nunca beijou. – Kate cerrou os olhos, totalmente irada e tomou o copo da mão do garoto, que a olhou com um sorriso desafiador, sem pensar tomou todo o líquido, e achou que sua mente já teria virado meleca.
– Corajosa. Poucas meninas tomam isso. – Sorriu e Kate tombou.
– Acho que isso prova que não sou filhinha de papai. - Toma mais uma vez. Se quiser que eu mude de opinião. – Pegou um copo do mesmo líquido de uma mesa ao seu lado e entregou nas mãos de Kate.
– Me dá isso idiota. – Mais uma vez, o líquido desceu por sua garganta como se queimasse tudo o que havia por dentro de seu corpo, e Kate se encolheu.
– Uau. Você realmente está fazendo mudar minha opinião.
– Deixa ela cara! – Falou alguém atrás de si, Kate olhou lentamente e lá estava Ryan, parado atrás do garoto de cabelos Loiros.
– Não estou fazendo nada, ela só está provando essa bebida.
– Você tá maluco? Essa bebida é muito forte, até pra mim. – Gritou, e Kate se assustou.
– Está tudo bem Ryan, eu tô bem. – Disse e os ombros de Ryan relaxaram.
– Tudo bem! Qual é cara, não coloque ela pra beber isso. – Deu um tapa no ombro de menino e Kate olhou rapidamente para a pista de dança, saiu de lá totalmente tonta, sem ter noção dos seus atos, começou a dançar conforme a música alta, de longe ela ainda podia ver o garoto a encarando com o copo nos lábios, e deu ombros, sua visão estava mais embaçada do que ela queria e seu corpo já estava começando a ficar mole depois de duas músicas, viu Ryan correr rapidamente em sua direção sem saber o por quê, e quando se deu conta estava no chão caída nos braços dele, com os olhos quase fechados, a ultima coisa que viu antes de sua visão se tornar a escuridão, foi o rosto angustiado e os olhos Azuis do garoto misterioso na sua frente.