Elementar escrita por LunaLótus


Capítulo 21
Fogo


Notas iniciais do capítulo

"Thaís abre os olhos, voltando para o presente. Dentro de si, a presença do Fogo está mais fraca e ela pode senti-lo indo embora."



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Thaís não pode acreditar em quanta sorte havia tido.

Um aliado estava justo no trem em que ela se encontrava, lhe ajudou a fugir e ainda lhe entregou um lugar de segurança.

Ela corre como uma louca. O lugar é completamente deserto, o que pode ser bom ou não. Num local com muitas pessoas, poderia se esconder com facilidade. O lado ruim é que talvez as colocasse em perigo. O trem não demora para ficar muito atrás, mas ela se vira quando ouve uma grande explosão.

— Obrigada, Carlos – murmura, sorrindo.

Um vagão do trem está completamente em chamas. A sala de segurança, claro. Menos uma coisa para se preocupar. Mas o rastro de destruição continua crescendo...

Thaís começa a caminhar, os pensamentos no que Roberto havia dito. Ela estava deixando um rastro de destruição por onde passava. E se estiver atraindo esses androides para a sua missão? Não, ela balança a cabeça. Mas mesmo assim tenho que tomar mais cuidado, pensa.

Depois de mais ou menos meia hora caminhando, Thaís finalmente encontra uma cidade. Os carros automáticos voam por cima de sua cabeça. Ela tenta se ajeitar o máximo possível e caminhar tranquilamente, como se aquele fosse mais um dia comum na vida de uma cidadã comum. As pessoas não se incomodam com a presença dela, mas querendo ou não, Thaís sente-se diferente. A cidade onde ela morava era, sim, altamente tecnológica, mas ainda assim é muito diferente de Bruxelas.

Encontra um beco escuro e, após olhar para todos os lados, entra nele. Tira a mochila das costas e procura uma lanterna. O papel que Carlos lhe deu está todo amassado em sua mão, mas é a sua única saída agora. Ela o desembola e focaliza as letras escritas de forma apressada e garranchosa:

 


Rua Ratnemele, número 1

Ra.

Ra? Mas o quê, em nome de Deus, seria isso?! Pior ainda, como ela iria encontrar essa tal rua Ratnemele? Isso só pode ser algum tipo de pegadinha sem graça.

Thaís olha em volta. As pessoas lá fora são estranhas, vestidas de maneira incomum. Usam cores berrantes e chamativas, grandes chapéus coloridos ou maquiagens com cores fluorescentes, falando em seus super tecnológicos telecomunicadores de pulso. Ela está cercada de prédios altos, deslizadores aéreos e anúncios de chips de programação de androides. Procura alguma placa, mas não encontra nenhuma. Como iria encontrar aquela bendita rua?

A jovem começa a ficar ofegante, mas tenta se controlar para que o desespero não apareça em seu rosto. Muito bem, o que seu pai faria? Bem, com certeza ele pediria alguma informação. Só que as pessoas deste lugar não parecem querer perder seu tempo com adolescentes fazendo perguntas. E ainda mais, ela poderia levantar suspeitas, porque assim saberiam que ela não é dali.

— O que eu faço? – sussurrou para si mesma.

Ela olha para o papel novamente. Nada mudou. Ela fica encarando as palavras, pensando talvez que elas fossem fazer qualquer cosia para lhe indicar o caminho. Nada.

De repente, um pensamento lhe vem, como se aquilo fizesse algum sentido naquele momento.

A Elementar do Fogo.

O motivo pelo qual pensa neste Elementar nem a própria Thaís sabe dizer. Mas pode sentir a presença dele dentro de si agora. De alguma forma inexplicável, a jovem conseguia senti-lo, quase como lhe apontando o caminho. Ele, no mínimo, já deve ter passado por aqui.

— Você está aqui? – Thaís pergunta na própria mente, tentando enviar seus pensamentos para o Fogo. Ela sente a conexão ficar mais forte, quase como uma resposta. – Pode me ajudar?

Thaís sente uma queimação nas pontas dos dedos. Olha para as próprias mãos, mas nada está diferente. A presença do Fogo está mais forte dentro dela. Talvez todos os Elementares estejam conectados de alguma forma.

— Onde está a rua Ratnemele? – ela pergunta novamente.

Então seus olhos saem de foco, e é como se ela estivesse vendo através de uma janela. Um prédio alto, uma placa gigantesca, escrito Tearfoagen. Então uma rua deserta, com várias casas que parecem abandonadas. Uma árvore gigantesca e, pendurada nela, uma imagem de uma espécie de pássaro, que reconheci como uma fênix. Logo depois, a imagem de uma placa desgastada pelo o tempo indicava o local que está vendo: Ratnemele.

Thaís abre os olhos, voltando para o presente. Dentro de si, a presença do Fogo está mais fraca e ela pode senti-lo indo embora.

— Obrigada – murmura, enquanto a presença a deixa de vez.

Muito bem, é a hora de saber um pouco mais de si.


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Notas finais do capítulo

Essa capítulo foi curtinho, apenas para atualizar a fic e deixarem vocês curiosos!
Beijos da Luna.



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