Aventura Romântica escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 4
Um café na madrugada


Notas iniciais do capítulo

"Algumas coisas não precisam fazer sentido, basta valer a pena."

*Nesse capítulo vemos como o Fábio pode ser fofo e sedutor nível 2! Ele vai demorar para admitir mas essa menina chegou para mudar a vida dele.

Boa leitura!



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—Ei princesa, você é muito gata...

Esse cara estava muito meloso, eu estava a fim de gritar, mas não queria estragar a noite das meninas, estavam tão animadas, Sol havia ido dançar e Nanda perguntou se tinha problema se ela fosse também, eu sorri pedindo socorro ao mesmo tempo que dizia, "não tem problema", Lia já tinha ido para um canto reservado se amassar com o carinha dela, e eu fiquei feito uma boba com o cara que agora alisava minha coxa.

—Posso te perguntar uma coisa?- Falei de ímpeto. - Você gosta de café da manhã?

Ele não entendeu, mas pelo menos tirou a mão de mim.

—Gata, eu gosto de tomar café... É fortificante!

—Pois é, eu adoro é a principal refeição do dia não acha?

—Sim... - ele não parecia saber do que eu estava falando.

—Se eu fizer uma mesa de café da manhã para você o que você pensaria?

—Que eu teria passado a noite com você, isso é bom. - ele se aproximou achando que eu estava fazendo um convite e a mão voltou para minha coxa e subiu ainda mais, até a base da saia.

Isso me deu nojo, aquele cara não passaria a noite comigo e muito menos eu faria café para ele.

—Olha só me desculpe, mas estou me sentindo indisposta... Tenho que ir. - Levantei depressa. -Foi um prazer conversar com você, quando as meninas voltarem avisa que fui para casa tá.

Ele ficou sem entender nada enquanto eu me dirigi o mais rápido que consegui para fora do bar.

 

***

Fábio

—Ela tá indo embora, e sozinha!- Falei animado puxando o braço de Igor.

—Cara! Olha só, me fez derramar minha bebida, que saco... Vai atrás dela então, ficou secando a mulher a noite inteira.

Não pensei em nada, só sai correndo, lá fora olhei para um lado e para o outro e nada dela, "Como ela pode sumir assim?".

—Me diga Celso... - o guarda do bar estava ali. - Agora, não faz nem cinco minutos saiu uma moça do bar, loira, de blusa azul e saia preta, você não viu onde ela foi?

—A sim, ela ia pegar um táxi, mas eu falei que ia demorar porque tem um acidente na central e está um alvoroço no trânsito.

—Ta e dai onde ela está? –Eu estava impaciente.

—Eu falei que tem uma padaria 24 horas ali na frente, ela foi lá tomar um café até que o táxi possa chegar.

Sorri sem querer, era claro que ela iria tomar um café.

Quando entrei na padaria encontrei um lugar vazio quase desértico, se não fosse uma moça loira falando animada com o padeiro, enquanto devorava algum doce.

—Meu Deus, o senhor vai ter que me dar à receita disso... Nunca comi nada igual... Simplesmente divino! -falava entre uma bocada e outra

 

***

Lis

Vim parar numa padaria, pelo menos podia esperar até a hora do táxi chegar e comer um pouco, estava com fome. Como uma boa chefe de cozinha especializada em doces, pedi logo uma torta de chocolate com morangos do cardápio, e estava saboreando enquanto conversava com o padeiro, bem mais animada do que no bar, quando eu escutei aquela voz que ecoou pelo lugar vazio.

—Olá, o senhor me vê um café, por favor...

Olhei para o lado e dei de cara com o apavorado do café, bem ao meu lado e bem mais bonito do que eu me lembrava.

—Oi... Você não é a Lis?- Ele me reconheceu e não havia esquecido meu nome, percebi surpresa.

—Oi, sim sou eu. –fiquei com uma vergonha sem fim.

—Que loucura te encontrar aqui... Posso te fazer companhia?- ele disse já sentando ao meu lado. - O que faz aqui sozinha? Onde estão suas amigas?

—Sozinha, não eu estou bem acompanhada dessa torta e desse cafezinho. –falei tentando parecer tranquila.- As meninas estão se divertido.

—Torta e cafezinho... Está bem melhor acompanhada do que estava lá no bar.

—Você me viu lá?

—Sim, vi. Ah obrigada. - o café dele chegou e ele deu um gole demorado. - O que foi?

—Você aqui... Tomando café... Pensei que você não combinava muito com café da manhã!

Ele riu com naturalidade.

—Tecnicamente isso é um café da madrugada... 

—Ah entendi, seu problema é com café da manhã... Ou com quem toma café da manhã...

—Lis, sabe eu não sou de me envolver muito... E confesso que me assustei um pouco quando acordei e encontrei você lá toda linda com aquela mesa... Como se fossemos um casal sabe lá o que se passou na sua cabeça...

—Ai, meu Deus, vamos esquecer isso sim... Eu tenho que ir.

Eu queria morrer de vergonha quando escutei ele falando aquilo, eu devia mesmo parecer uma desesperada... A desesperada do café.

—Não, por favor, não vai. –ele segurou minha mão e no mesmo minuto me senti eletrizada com o toque. –Não quis te ofender, e se quiser não falamos mais daquele dia.

—Não sei... –"Cara eu devia mesmo ir embora", mas não conseguiria isso era um fato, refleti enquanto olhava aqueles olhos me encarando com expectativa.

—Por favor. – a carinha que ele fez me bagunçou inteira. 

—Tudo bem... Mas vamos apagar tudo, eu não quero que você pense que sou uma solteirona em busca de casamento que tem uma noite de sexo aventura com um cara e já está montando o enxoval!

—Tudo bem vamos apagar aquela manhã. Mas a noite não... Impossível apagar.

Tentei ignorar a cantada implícita ali e mudei de assunto.

—Então quer dizer que você estava lá no bar?

Ele sorriu percebendo a mudança.

—Sim, estava no balcão com um amigo.

—Hum, minhas amigas me fizeram vir, mas vou confessar essa foi à última vez. –Falei decidida tomando mais um gole de café.

—Ué por quê?

—Não tive boas experiências esses dias.

—Ai... essa doeu.

—Não na verdade eu tive algumas experiências ruins e outras boas, mas no geral não me senti feliz no fim entende...

—Talvez seja porque não é o fim ainda... E desculpe se eu estiver sendo indelicado mas o que é esse sexo aventura? Tipo sexo sem compromisso?

—É uma coisa que as meninas inventaram, mas na realidade é isso... Sem compromisso. 

Acho, que se eu tivesse pensado no sentido disso desde o começo não iria cair de cabeça no primeiro encontro, mas parecia tudo tão romântico.

—Você saiu com muitos caras? Desculpe novamente não quero te ofender. – de repente ele pareceu um pouco nervoso, ciúmes? "Não né Lis fala sério!".

—Na verdade não sai com muitos não, sai de um relacionamento não tem nem duas semanas. E sexta passada foi a minha primeira saída e hoje a segunda.

—Entendo... E essa torta está gostosa?

Já tinha até esquecido da torta deliciosa que eu estava comendo.

—Sim, ótima.

—Posso pegar um pedacinho?

—Pode, claro. – Empurrei o prato um pouco para frente, mas fiquei surpresa, quando ele se aproximou de mim e com delicadeza segurou meu rosto e fez algo que a principio pareceu um beijo no meu rosto, mas depois percebi que ele tinha tirado um pedacinho de torta que tinha ficado no canto da minha boca.

—Você tem razão está ótima!

Esse cara era muito sedutor, não sei como ele conseguia, mas se em algum minuto senti raiva dele, já tinha passado e eu estava louca para que a boca dele fosse parar na minha de novo.

—Você é muito linda Lis, eu realmente sinto muito por aquela manhã.

—Tudo bem, já passou e acho que eu fui um pouco mais culpada que você afinal não segui as regras. –fiz aspas com os dedos para demarcar a palavra regras.

—Regras?

—É tipo não levar o cara na primeira noite no seu apartamento, não faça café da manhã e não fale de filhos, cachorros e mães. –Fui numerando nos meus dedos.

—Mães? – ele claramente estava se divertindo.

—Sim, mães, segundo Nanda, a especialista, quando você fala algo sobre mães você está mostrando duas coisas, a primeira é que quer conhecer os pais do rapaz e a segunda que quer ser mãe em algum momento da vida e que provavelmente está querendo que seja aquele estranho o pai.

—E quanto a falar de filhos?

—Filhos é simples, casamento igual a filhos, filhos então...

—Casamento... Uau essas suas amigas são muito informadas sobre isso.

—São umas doidinhas, isso sim.

—Devem adorar você.

—Nós todas nos adoramos eu acho, coisa de irmãs.

—Sim...

—Nossa falando nelas eu tenho que ir. –Falei fazendo sinal para o senhor vim me cobrar.

—Ei espera eu pago.

—Você ta louco nem chegou tomar teu café quer pagar minha conta?!

—Ah por favor, eu insisto e tem mais quero te levar em casa, está muito tarde para táxi.

Uma luzinha acendeu na minha cabeça, "ele queria me levar em casa... isso não iria dar nada certo" é lógico que eu não aceitaria de jeito nenhum.

 

***

Fábio

Quando estacionamos na frente do prédio dela no rádio estava tocando Será de Legião Urbana, se eu tivesse planejado não seria mais perfeito. Ainda na padaria precisei insistir muito até que com um sorriso indeciso aceitou minha carona. Agora ali estava ela, tão linda com uma carinha de tímida.

—Estou entregue. Obrigada pela carona.

—Imagina, era o mínimo. Depois da sua companhia agradável.

—Bom, eu vou subir... Boa noite Fábio.

Quando ela ficou meio sem jeito vi que iria me dar um beijo no rosto, rápido virei minha boca e os lábios dela se encontraram com os meus, primeiro ela ficou assustada com minha ousadia, mas quando eu puxei ela para mim já estava entregue, tão doce e carinhosa como na nossa primeira noite, mas um pouco menos confiante talvez.

—Não, eu tenho que subir... –Disse ofegante.

—Lis... –foi só o que eu consegui dizer bem próximo a boca dela.

 

***

Lis

Quando entramos no elevador aos beijos novamente eu só tinha certeza de uma coisa: Não faria café da manhã para ele dessa vez, acontecesse oque acontecesse!

Os beijos dele estavam mais urgentes, quando entramos no meu apartamento já foi me imprensando na parede e beijando meu pescoço e suas mãos iam deixando um rastro de fogo por onde passavam. Fomos entrelaçados até minha cama e quando ele deitou sobre mim já não fazia mais ideia do que eu sentia só sabia que não queria estar em nenhum outro lugar.


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Notas finais do capítulo

Estou super feliz com o carinho de vocês, e acabou que estou postando quase que todo dia, isso é bom né?! Espero que continuem gostando!

Beijos =*



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