Aventura Romântica escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 27
Psicopata do Café?


Notas iniciais do capítulo

-Daiana Caster, sua linda recomendou essa fic também! Amei muito, muito e muito seu carinho minha amiga e em toda a vida e além, vou agradecer por ter encontrado você, é como eu sempre digo: amizades virtuais e verdadeiras! Obrigada por acreditar em mim!
— Lis e Fábio estão desenvolvendo uma relação cheia de sintonia e amor... Mas algo pode estragar tudo isso...

Boa leitura!!!



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Lis

–Filho?

–Oi mãe aqui na cozinha.

Estávamos terminando de arrumar as coisas quando a mãe dele apareceu.

–Querido arrumei a cama grande do quarto de hospedes para vocês.

Decidimos passar a noite e ir segunda a tarde já que eu ainda estava de licença do restaurante.

–Não precisa se incomodar.... - eu me senti envergonhada.

–Não mãe! Vamos dormir no sótão... No meu velho quarto.

–Naquela cama minúscula?

–Bem naquela, né Lis, conta para dona Cássia que você adora dormir em cama de solteiro.

–Fábio!

–I mãe está achando que a senhora acha que eu não sei de onde vêm os bebês.

–É querida não se sinta mal, somos modernos aqui.

–Então é isso dona moderna, só que não... Vamos dormir no meu quarto querido e amado.

–Vocês que sabem então. -ela saiu rindo.

–Você não perde tempo em seu FABINHO!

–Vou te mostrar lá na cama quem é Fabinho aqui!

–Ui que medo!

___________

–Tudo bem amor? –estávamos deitados agarrados na cama de solteiro dele.

O sótão era uma mistura de quarto de menino criança e menino adolescente, brinquedos como bola e carrinhos se espalhavam por cima das prateleiras e nas paredes pôster de diversas bandas, era como estar num pedaço da vida dele perdido no tempo.

–Tudo... Só estava repassando o dia de hoje...

–Viu só, eles adoraram você! –ele me deu um beijo na cabeça.

–Eu que os adorei, sua mãe é uma querida e seu pai então... Todo mundo.

–Então para que essa carinha triste, hein?

–Saudades da minha mãe...

–Ah Lis, olha aqui... –ele levantou meu rosto para encarar os olhos dele. - Você precisa parar de pensar desse jeito, que sua mãe não está mais aqui e tal. Não é fácil eu te entendendo, só acho que precisa buscar encontrar sua mãe através dessa mulher doente que ela é agora, amor, ela não deixou de ser sua mãe, está doente!

–Você acha que eu não trato ela mais como minha mãe? –falei sentida.

–Acho que você separou a mulher que conheceu a vida inteira, dessa que está conhecendo agora, mas, é a mesma pessoa. Isso está te fazendo mal, precisa encontrar um meio de juntar elas numa só, sua mãe numa condição nova de vida.

–Nossa nunca ninguém me falou isso... –senti as lágrimas descerem sem serem convidadas como sempre.

–Lis, por favor, não chora... Só estou te falando que desde que me contou da sua mãe, escuto dizer que não é mais aquela mãe da sua vida toda, meu amor, ela é sua mãe, ela não morreu, e eu entendo de perder pessoas desse modo, ela está viva, nessa situação dolorosa é verdade, mas aproveite o tempo que tem com ela...

–Tem razão, acho que você olhou para mim de uma forma que nunca ninguém olhou... Todo mundo me trata como se eu fosse um cristal prestes a quebrar, por isso devo agradecer ao Lucas, ele foi o primeiro a ter coragem de fazer algo que me deixou arrasada...

–Poxa Lis, não fala assim, todo mundo admira sua força. E tem mais esse Lucas ai, babaca, nem odeio ele só pelo fato de ele ter terminado com você, ou nunca iria naquele bar! Você é tão linda... Tão maravilhosa... Só precisa aceitar esse processo da doença com o coração mais tranquilo, eu andei pesquisando sabe... E os parentes também precisam fazer tratamento, um acompanhamento psicológico.

–Andou pesquisando? –sorri quando enquanto ele contornava o meu rosto com a ponta dos dedos.

–Sim, queria entender mais sobre o que você está passando.

–Eu fiz um acompanhamento no primeiro ano, depois acabei parando de ir ao grupo de apoio.

–Agora que você precisa ir amor, agora que os sinais da doença estão tão evidentes, não é só com sua mãe, muitas outras pessoas passam por isso.

–Você tem razão, eu vou procurar o grupo novamente.

–Isso, lá você pode falar das suas dificuldades, seus medos... E pode falar comigo também. –ele me deu um beijo suave.

–Me faz tão bem ficar assim com você...

–Me faz melhor ainda... Ter você assim nos meus braços então...

Ele começou a me beijar com carinho e logo mais ansioso, as mãos percorrendo meu corpo. Eu logo fui me entregando me deixando me levar pelas carícias dele, de um modo repentino ele investiu contra mim levantando com rapidez a fim de ficar por cima de mim, acontece que eu perdi o equilíbrio e acabamos caindo embolados no chão fazendo um estrondo terrível.

–Fábio! –reclamei sentindo uma dor imensa nas minhas costas.

–Aiiii Lis! –ele disse, mas logo cai na gargalhada.

–Está rindo do que já pensou se sua mãe vem ver o que está acontecendo!

–Pensei que você me mandaria para o chão de novo, e no fim fui eu que derrubei você.

–Engraçadinho! Ai que dor nas minhas costas!

–Desculpa amor, esqueci que estávamos na cama de solteiro. – ele não parava de rir então acabei rindo também.

–Só você mesmo!

–Não, só nós dois! – falou me beijando de novo.

–Fábio, estamos na casa dos sues pais, acho melhor... –comecei a falar desviando dos beijos dele ainda no chão.

–E o que tem? Aqui é meu quarto e lá na porta tem um adesivo: Não perturbe... Ninguém vai nos atrapalhar... –falando isso já estava me carregando para a cama novamente.

___________

Acordei e não encontrei Fábio na cama, no criado-mudo havia um bilhete.

“ Amor, fui pescar com meu pai e meu irmão volto logo! Bom dia, Lis!”

Fiquei encantada com o carinho dele, tudo parecia tão perfeito que eu até tinha medo de que fosse um sonho e logo acabasse tudo. Afinal minha vida sempre tinha alguma coisa fora do lugar, mas resolvi tirar essas ideias da cabela. Desci e encontrei a mãe dele arrumando o café da manhã.

–Oi querida dormiu bem?

–Sim senhora.

–Que bom os meninos levantaram cedo e foram pescar!

–A senhora deve gostar de ver seus filhos reunidos.

–Sim, sabe Lis, o tempo que o Fabinho passou depressivo, foi muito ruim para todos nós, eu tive medo de perder meu filho, mas graças a Deus tudo passou e ver eles juntos, pescando é a melhor coisa do mundo, vão vir cheio de histórias de pescadores.

–Deve ter muito orgulho dele né.

–Sim, e não sou só uma mãe coruja como sou a fã número 1! Já leu os textos dele?

–Não, infelizmente, nunca li nada dele, embora já tenhamos tocado no assunto, acho que faltou boa vontade da minha parte. - sorri envergonhada.

–Imagina, terá todo o tempo do mundo para ler.

–Claro, minha tia coleciona, acho que vou ver se ela tem guardada alguma do Fábio.

–Sabe que ele usa outro nome né? Está usado muito Telmo Siqueira, eu acho uma bobagem, mas desde a faculdade muitas vezes usa um pseudônimo.

–Nossa eu não sabia... Deve ser por isso que minha tia não achou...

–Você precisa ler, vai morrer de rir, tem cada uma mais engraçada que a outra. Aquela da psicopata do café é a melhor...

Meu corpo todo se retraiu e engasguei com o suco que havia começado a tomar tamanho a surpresa ao escutar dona Cássia falar.

–Ah querida, está bem?

–Que crônica é essa? Psicopata do café a senhora disse?

–Ah é uma das campeãs de comentários. Ele conta um encontro que teve com uma moça e no dia seguinte ela havia arrumado um café da manhã digno de hotel, enquanto o rapaz leva um susto com a intimidade que isso evidencia gerando um mal-estar no momento.

–Essa crônica é de quando?

–Tem uns dois meses eu acho, talvez um pouco mais...

Senti o pânico tomando conta do meu corpo, como assim, essa crônica podia ser algo relacionando a nossa própria história...

–Eu quero muito ler isso...

–Eu guardo tudo que ele escreve. Vou pegar para você ler já!

Tive medo do que ia ler e mais medo do que tudo isso poderia significar.

A mãe dele voltou com uma pasta preta enorme.

–Todas as desse anos, sou muito organizada, vou montando as pastas por anos para ficar mais fácil.

Aguardei em silêncio e mal conseguia me concentrar no que ela dizia enquanto tentava encontrar a crônica no meio das outras. Como ele poderia ter escrito algo sobre o que vivemos, uma coisa tão particular... Devia ser um engano com toda certeza, era só uma coisa insignificante... Tentei a todo custo acreditar no meu próprio pensamento.

–Achei! Olha aqui Lis... - peguei a pasta nas minhas mãos e na primeira linha já sabia como a crônica terminava.


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Notas finais do capítulo

Deu ruim... Será que é o fim do nosso shipper? Ai meu coração... Tadinha da Lis, gente, não merecia essa surpresa não!

Beijos



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