Aventura Romântica escrita por Além do Meu Olhar


Capítulo 12
Pintura Intima


Notas iniciais do capítulo

-Oi gente quero agradecer todo o carinho que recebi, eu ando passando por uns dias meio depre, e umas queridinhas me animaram, obrigada por estarem lendo minhas fics :) mesmo quem não comenta aqui mas manda recado lá no twitter, muito obrigada. Quando quiserem comentar a fic aqui ficarei mais feliz e motivada ainda, adoro ver a impressão de vocês sobre meus personagens ou como imaginam os atores vivendo essas situações ;)
—Depois do acontecimento do bar, Fábio está mais reflexivo sobre o que sente realmente por Lis, ainda assim continua afirmando que a necessidade de ter ela por perto é para que sua inspiração não desapareça.
—Lis, sente-se solitária e perdida diante de uma situação da sua vida pessoal que prefere não dividir com Fábio, pois, tem medo de que isso quebre as regras dessa amizade-colorida... Mas esses dois vão dar um tempo nos seus conflitos e viver um momento único!
—Nesse capítulo com uma nota tão grande hihihi, usei como inspiração a música citada no título quem quiser escutar clique no link marcado (***) e abra em outra aba para não sair da história!

Boa leitura!!! ;)



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Fábio

Sexta-feira 14horas

F: Oi...

L: Oi.

F: Que tá fazendo?

L: Agora, estou esperando umas massas ficarem prontas.

F: Massas?

L: É estou na confeitaria da minha tia, dando uma mãozinha...

F: Ah...

L: Por quê?

F: Pensei assim... sei lá se a gente podia se ver hoje depois do teu trabalho.

L: Mas hoje é sexta-feira... e passamos a noite de ontem juntos.

F: Mas hoje você saiu e eu nem vi.

L: Acordei em cima da hora e você estava dormindo tão profundamente que não quis te acordar.

F: Eu sei... Mesmo assim devia ter me acordado...

L: Por que isso agora? Não foi a primeira vez.

F: Sei lá, eu estou com um olho roxo e meio carente essa semana. :(

L: kkkkkkkkkkkkkkk e essa carinha ai não acredito! Quem é você e o que fez com meu “amigo”???

F: Tá zoando né, tudo bem... :( vou deixar você em paz.

L: Desculpa, só que eu não fico muito bem nas sextas você já sabe né.

14 h 30 min

L: Oi, desculpa mesmo não quis ser uma pessoa má. :(

F: Oi.

L: Ta doendo o olho? Colocou a compressa de melissa que eu te falei?

F: Sim, tem uma semana já, como pode estar tão roxo?

L: Sinto muito.

F: Então podemos nos ver hoje?

L: Ai Fábio, hoje é o dia mais maluco no restaurante, e amanhã cedo tenho que vim ajudar minha tia de novo.

F: Mas o Igor foi passar uns dias na mãe dele ai pensei se queria vim aqui em casa.

L: Tá me convidando para ir dormir na sua casa???? Que novidade!

F: É eu tenho uma cama de solteiro mas acho que a gente se ajeita...

L: kkkkkkk não acredito.

F: O que não acredita?

L: Nada, deixa para lá...

F: Você vem?

L: Vou me organizar aqui e ir para o restaurante agilizar umas coisas, se não tiver muito corrido eu te aviso.

F: Tá bom.

16 h

L: Tá eu vou... me busca no restaurante?

F: Mesma hora de sempre.

L: Até.

Eu estava louco para ver ela, mesmo passando os nossos dias fixos juntos, além de minha inspiração ela estava virando meu vício, Igor ia achar um máximo eu contando que tinha chamado ela para dormir na kit net, diria que sim, eu estava apaixonado, eu não sabia ao certo, acontece que cada minuto meu corpo chama por ela. E quando terminei minha crônica de nome “Pintura Intima” uma pequena sátira a mim mesmo, com aquela cena de ciúme outra noite no bar, comecei a lembrar dela cantando do meu lado, no dia nem me inteirei da música em si, só queria provocar, mas hoje analisando a letra e a situação só me fez desejar ter aproveitado melhor aquela noite, ela cantando insegura, a cintura que eu tinha aprisionado nas minhas mãos se moldando no meu corpo. Os olhos cravados nos meus. E o beijo roubado, resistente e depois tão entregue.

Olhei no espelho que ficava perto da minha mesa, esse olho roxo era um bom lembrete do quanto idiota eu tinha sido com ela. Peguei uma gaze e umedeci no chá de melissa e pressionei levemente no olho. Lembrei da noite pós-ataque de babaquice (assim Igor chamou aquela noite) quando encontrei com ela no estacionamento do restaurante, por dentro um medo dela ainda estar chateada comigo. Quando chegou próximo de mim os olhos se tornaram preocupados.

–Meu Deus! Seu olho?

–Oi para você também. - venci a pequena distância e a dei um selinho e enlacei a sua cintura.

–Você colocou gelo? -disse tocando meu machucado.

–Um pouco ontem.

–Vamos colocar uma compressa de chá de melissa nesse olho assim que chegarmos em casa.

–Ah não nada disso quando chegarmos na sua casa, eu quero outras coisas nada de chazinho.

–Mas é um bobo mesmo. - ela me deu um tapa de leve e em seguida me beijou.

Sorri lembrando do jeito carinhoso dela. Senti um arrepio do chá gelado no contato com minha pele levemente dolorida, Igor tinha ficado mais bravo comigo do que o próprio primo dela, e deu graças por eu já estar com o olho roxo e não precisar me dar um soco, ele tinha razão eu não estava conseguindo admitir o que sentia... Ou eu não queria. Ela era minha inspiração e parecia muito mais fácil pensar assim...

***

Lis

–Ele quer que você durma lá na casa dele?

–Sim Nanda. –Nanda estava dando uma força na confeitaria, nem sei o que eu faria sem minhas amigas, estavam sendo maravilhosas. –Conversamos por mensagem agora pouco.

–Ué esse cara daqui a pouco vai querer a semana toda.

–Não é? Não sei como eu aguento.

–Ah minha queridinha, você sabe sim. Anos naquele relacionamento xoxo com o Lucas, tem muito atraso para tirar.

–Ai Nanda, você fala de um jeito. -joguei um morango na direção dela.

–E teu primo cadê? -perguntou catando o morango no chão.

–Foi com a tia Ana tentar mais um empréstimo.

–Ai que pena eu gosto quando ele está aqui...

–Olha só querendo dar em cima do meu priminho...

–Ele que não tira os olhos de mim, fique sabendo.

Dei uma risada descontraída mas, por dentro estava ansiosa, conhecer o cantinho que ele morava era uma coisa que eu não esperava, cada dia estava mais surpreendente essa aventura... Estava mais romântica ou seria só uma ilusão, uma válvula de escape dos problemas da minha vida pessoal?...

***

Na casa de Fábio

Lis

Quando chegamos a casa dele, notei duas coisas: ele tinha feito uma faxina no lugar, porque para uma casa com dois homens estava tudo muito organizado e limpo, e a outra coisa foi que ele tinha deixado uma espécie de karaokê organizado na sala.

–Então, aqui que eu moro, mas só está arrumadinho assim porque o Igor não está...

–Tudo muito ajeitadinho.

–É eu dei um trato antes de te buscar.

–E onde você escreve?

–Ah, claro, meu cantinho é ali perto da janela.

Andei até lá, uma mesa cheia de cadernos, em cada um havia um título diferente, devia ter uma separação por temas, e o computador dele estava desligado sobre a mesa.

–Nossa eu não acredito que nunca li algo seu, estou me sentindo péssima por isso.

–Imagina. –ele sempre ficava um pouco incomodado quando falávamos sobre isso. –Vem cá quero te mostrar uma coisa.

Ele me puxou até na frente da TV.

–O que é isso? Um karaokê?

–Sim... Hoje vamos ter uma noite de apresentações aqui.

–É? Quem vai cantar? Você?

–Também... Mas principalmente você!

Eu dei uma gargalhada.

–Até parece Fábio.

–Quero que você cante para mim.

–Você está louco, só pode.

–Ah para eu já escutei você cantando é boa. –Ele me puxou mais perto dele. –E vou te contar uma coisa, acho muito sexy, teu jeitinho tímido de cantar.

Ele me abraçou por trás e começou a beijar meu pescoço.

–Fala sério, eu não vou fazer isso.

–Por favor, eu canto com você um pedaço da música, mas quero que cante sozinha também.

–Isso é um fetiche é?

–Talvez... -ele disse mordiscando minha orelha.

***

Fábio

Vem amor que a hora é essa
Vê se entende a minha pressa
Não me diz que eu tô errado
Eu tô seco, eu tô molhado

Deixa as contas
que no fim das contas
O que interessa pra nós
É

Eu sentei no sofá e ela ficou na minha frente, toda tímida mal olhava pra mim, a voz começou incerta e tensa e por três vezes ela parou e recomeçou, alegando que não daria certo, quando finalmente conseguiu se entregar para música eu apreciei com atenção e quando chegou no refrão levantei e a abracei buscando seus olhos juntando minha voz a dela.

fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada
fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada


Larga logo desse espelho
Não reparou que eu tô até vermelho
Tá ficando tarde no meu edredom
Logo o sono bate

Deixa as contas
que no fim das contas
O que interessa pra nós
É

fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada

***

Lis

Ele começou a me embalar, as mãos correndo pelas minhas costas. O nariz roçando no meu rosto e descendo para o pescoço, fazendo minha voz sair tremida. Chegando a boca perto da minha podia sentir a respiração dele e tinha certeza que ele podia escutar meus batimentos acelerados. Com sutileza ele começou a desabotoar os botões da camisa branca que eu estava usando, ainda cantando, o nariz ainda correndo pelo meu rosto, as mãos habilidosas procurando minha pele embaixo do tecido fino da minha roupa.

–Você está com um cheiro bom de chocolate... - ele disse numa sintonia estendida da música. - Eu adoro seu cheiro.

Eu arfei com a voz rouca dele no meu ouvido.

fazer amor de madrugada
Amor com jeito de virada

Quando a música recomeçou não precisei cantar a boca dele estava na minha num beijo explosivo, as nossas línguas numa sintonia louca de desejo. Num movimento rápido ele me levantou nos braços.

–Fábio? Está louco?

–Louco por você!

Eu sorri passando minhas mãos no rosto dele e o beijando novamente, ele me levou para um corredor e quando chegou ao final havia uma porta que estava aberta.

–Bem vinda ao meu quarto.

Era um quarto pequeno, as paredes azuis, uma cadeira cheia de livros perto da janela, um armário pequeno, um criado-mudo do lado da cama de solteiro.

–Gostei. - eu disse ainda nos braços dele.

–Sério? Vamos arrumar um jeito do Igor sair de casa mais vezes então! -ele falou começando a me beijar mais ansioso e com a respiração mais acelerada. Em poucos minutos estávamos na cama entre carícias e beijos, toques e mordidas, beijos e beijos... Quando estávamos assim parecia que não havia dúvidas e nem problemas fora daquelas quatro paredes. Parecia que só existia eu e ele e aquele mundo que criamos, onde não havia declarações sentimentais mas de um modo torto havia cuidado e rendição... E eu só queria estar naqueles braços.


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Notas finais do capítulo

MAS GENTE!!!! O que é esse capítulo... Deixo o resto por conta da imaginação de vocês. (O.O)

Beijo =*



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