Xeque Mate escrita por Lady Allen


Capítulo 8
Maldito Jantar


Notas iniciais do capítulo

Heey, me perdoem pela demora... Só queria dizer que aqui está o capítulo e que eu estou um pouco triste porque a maioria dos leitores não comentou o capítulo anterior e isso me deixou triste. Espero que gostem desse.
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A mesa já estava posta, o relógio marcava oito e quarenta e seis da noite, quando Bonnie adentrou na sala de jantar Lily já estava sentada a mesa, ela se sentou em frente a sogra que a fuzilou com o olhar, Elizabeth não estava presente e nem estaria, Damon sentou na cadeira principal.

— Pode servir — Lily ordenou.

— Não, estou esperando convidados — Bonnie interrompeu.

— Não está mais — Stefan adentrou para a surpresa da família, desde que Damon havia “casado” com Elena, Stefan jamais havia voltado a Mansão.

— Falta só uma — Bonnie disse.

— Camille está resolvendo problemas — Stefan trocou olhares com Bonnie como uma confidência.

— Pode mandar servir — Bonnie ordenou a Mary.

Os primeiros vinte minutos do jantar foram regados a um silêncio mortal e olhares estranhos, Lily parecia planejar algo, Bonnie sabia disso e no fundo chegou a temer.

— Você nunca se perguntou o motivo de eu te odiar tanto? — Lily parou de comer.

Bonnie permaneceu em silêncio.

— Você realmente acha que é por causa da menina? Ou por ela ser filha do herdeiro da maior rival das nossas empresas? Ah, você acha que é porque se casou com o meu filho favorito... — Stefan sentiu o sangue ferver, não que ela houvesse tentado poupa-lo, ela nunca havia o feito, Lily passou a vida inteira amando a Damon e aborrecendo a Stefan e nunca se deu ao trabalho de disfarçar a preferência.

— Mãe... — Damon tentou argumentar.

— Calado Damon — ela grunhiu — Ela precisa saber.

— Saber do que? — Bonnie encarou a sogra.

— Era uma vez uma negrinha metida a cigana, ela apareceu por essas terras, ela seduziu meu irmão, ele ficou encantado com a dança dela, com os olhos dela, viciado nos beijos dela — Lily fez cara de nojo — Quando meu pai descobriu sobre os dois, meu paizinho o amaldiçoou, tirou tudo de meu irmão, e ela o deixou, simplesmente o deixou, quando ele foi atrás dela soube que ela era noiva e estava se casando, quando o noivo dela viu meu irmão e soube da verdade, sem dó — ela quase chorou —... atirou no meu irmão, ele morreu nos braços da maldita negra — se levantou — A caravana foi embora e anos depois voltou, eu já estava casada, tudo ia bem na minha vida, só até Giuseppe conhecer aquela vadia — jogou um copo na parede — Ele se apaixonou por ela, eu estava grávida de Stefan e nem a maldita criança que eu carregava fora o suficiente para que ele não se apaixonasse por outra, então um dia ela apareceu aqui na porta da Mansão segurando um garoto nos braços, ela chorava e me entregou a criança me fazendo prometer que cuidaria dele — sorriu irônica — Eu prometi a ela que cuidaria do menino e tudo o que ela tinha que fazer era ir embora... Mas ela não cumpriu o combinado, ficou na cidade para ficar perto dele, então eu entreguei o menino para o orfanato, o larguei debaixo da chuva na porta do orfanato, torci para que ele morresse.

— Você poderia alegar que ele não era filho de meu pai — Damon disse Bonnie nem conseguia acreditar nas palavras do marido.

— Era impossível não perceber que o garoto parecia um Salvatore, pele branca, olhos claros — Lily arrastou a toalha da mesa derrubando tudo no chão.

— O que isso tem haver comigo? — Bonnie questionou.

Bennett — Lily encarou Bonnie com ódio — Todas eram malditas Bennett’s — gritou irada — Depois de anos você chegou na minha casa, casada com meu filho, chegou para destruí-lo, eu vi isso nos seus malditos olhos — segurou Bonnie pelo braço — Você destruiu meu bebê como sua tia-avó destruiu a vida do meu irmão e sua avó destruiu a vida do meu marido, ele morreu por culpa dela, porque eu tive que me livrar... — parou de falar.

— Você matou meu pai? — Damon sentiu seu corpo tremer.

— Foi preciso, meu amor — ela empurrou Bonnie no chão e chegou perto do filho — Ele iria dar tudo que é seu para o maldito bastardo.

— Você não podia ter feito isso — Stefan abaixou a cabeça, seus olhos jorrando lágrimas.

— Cale-se, essa herança nunca foi sua, você nunca prestou para nada, Damon conseguiu segurar o pai dentro de casa e você... Você não, você o afastava com seus choros e birras — gritou.

— Eu era uma criança...

— Uma criança idiota que nem deveria ter nascido — olhou dentro dos olhos de Stefan e levantou a mão.

— Você é um monstro — Bonnie atravessou entre Stefan e Lily — Não ouse tocar nele.

— Você e sua corja de escravos deveriam ter morrido — Lily cuspiu no rosto de Bonnie — Maldita seja a sua semente sua negra, malditas sejam todas as suas gerações — amaldiçoou — Maldita seja você e sua maldita criança porque ela não pertence a minha família e sim aos Parker.

As lágrimas começaram a escorrer dos olhos de Bonnie, ela não conseguia se defender, não conseguia pensar em nada.

— Como você consegue ser uma pessoa tão cruel? — Elizabeth estava parada na porta da sala de jantar, chorando.

— Minha netinha... — Lily foi caminhando até ela.

— Se afaste de mim — recusou o abraço da mulher — Eu não faço parte da sua família — ela soluçava — Todos esses anos foram uma mentira, um pai que não era meu, uma avó que nunca me amou, uma madrasta que sempre me odiou e um herói que me traiu — olhou para Stefan — Eu confiava em você tio e você mentiu para mim, deixou que eu me apaixonasse por meu próprio irmão — olhou para Bonnie — E você eu nem posso culpar, você nem aqui estava, por culpa dele — virou-se para o pai — Como você pode deixa-la para morrer, depois forjou a morte dela e me condenou a uma vida sem uma mãe?

— Eu posso explicar — Damon já chorava.

— Não, você não pode, até Elena foi mais sincera comigo, me contou toda a verdade, é claro que ela queria que eu culpasse Bonnie, mas que culpa ela tem? Vocês tem toda a culpa — vociferou — E obrigada por me amaldiçoar vovó — disse com um tom irônico — Eu vou sair e não quero que ninguém me siga — virou-se e saiu correndo.

— Tudo sua culpa — Lily gritou com Bonnie novamente — Você amaldiçoou minha família, feiticeira!

— A única bruxa aqui é você — Bonnie pegou uma taça com vinho tinto e jogou na cara de Lily — Um dia Lily você vai me pagar caro — ameaçou — Eu vou ter sua cabeça em uma bandeja, anote o que estou dizendo, você ainda vai me pedir perdão — virou e saiu andando rápido.

*

Ela se encolheu no canto do quarto, soluçava de tanto chorar, toda a história de sua família estava exposta, histórias que ela não sabia e agora estava recebendo toda a culpa.

— Bonnie — Stefan agarrou pelos braços e impulsionou a ficar de pé — Tá tudo bem — apertou-a contra seu corpo, abraçando-a como um irmão, protegendo –a — Eu prometo que ela não vai te machucar, eu estou aqui para te proteger — segurou o rosto dela entre suas mãos e a encarou — Confie em mim.

— Posso saber o que está acontecendo aqui? — Damon entrou no quarto, o ciúme aparente nos olhos — Tire suas mãos dela — afastou Stefan de Bonnie — Não quero proximidade entre vocês.

— Você não manda em mim — Bonnie ficou entre os irmãos — Stefan é muito mais homem que você que sempre viveu debaixo das asas da mamãe.

— Está tudo bem Bon — Stefan beijou o topo da cabeça dela e olhando para o irmão, se vingando por ele ter roubado Elena dele — Nos vemos depois — e saiu.

Damon ficou ali parado em frente a ela, Bonnie havia controlado as lágrimas, não choraria mais na frente dele.

— Eu sabia que você viria — Bonnie caminhou até Damon — E aqui está você — com os dedos fez um caminho do peito até o pescoço do marido.

— Você não seria capaz de dormir com ele para me machucar, não é?!

Ela estava brava demais com Lily, e Damon era a arma perfeita para destruir a mulher cruel que lhe atingira com suas acusações medíocres.

Bonnie se esticou um pouco, se agarrou ao homem a sua frente, olhou dentro de seus olhos, ele nem conseguia acreditar que ela estava tão próxima.

— Pelo o que você está esperando? — Bonnie perguntou.

Damon sorriu de lado e puxou-a para si, beijando-a com os beijos que guardara só para ela, era o desejo dele fundido ao ódio dela, uma explosão atômica, ela colocou as pernas ao redor da cintura dele, eles estavam próximos a porta e com uma das mãos Damon fechou-a sempre desgrudar da esposa, teve medo de que se parasse por um segundo ela desistisse dele novamente, Damon deitou-a delicadamente e acariciou as bochechas quentes.

— Eu amo você — declarou-se apaixonado.

Ela não respondeu, apenas o puxou para si.

*

O relógio marcava duas e quinze da manhã, Damon e Bonnie ainda estavam trancados, mas Lily estava sentada no meio do furacão que ela causara, esperava a neta que não havia voltado.

De repente ela ouviu uma voz cantarolando e saiu correndo para o quintal da casa e lá estava Elizabeth.

Era claro o estado de euforia fora do normal de Elizabeth, ela cantarolava e fingia se desequilibrar rente a borda da piscina.

— Saía daí — Lily gritou saindo para fora — Elizabeth — Lily gritou desesperada, seus gritos acabaram chamando a atenção do resto da família que vieram ao encontro delas.

Em um piscar de olhos Liz escorregou e caiu, suas costas sentiram o baque, os gritos desesperados de Lily pareciam zumbidos longínquos, os pulmões se contorceram de dor, ela se debatia inutilmente, o fundo chegando perto, as imagens iam se desfazendo até que tudo ficou preto, uma completa e assustadora escuridão.

Damon se preparou para pular na piscina, mas um vulto foi mais rápido, segurou-a pela cintura, ele emergiu segurando a garota nos braços e nadou até a margem da piscina, deitou-a no chão com certo cuidado.

— Vamos abra os olhos — suas mãos forçando o peito dela em uma massagem cardíaca desesperada — Vamos, vamos — ele tocou os lábios nos dela fazendo uma respiração boca a boca — Vamos, vamos...

A cabeça de Liz tombou para o lado e ela começou a colocar o líquido para fora, ela abriu os olhos e eles se encontraram com os de seu salvador.

Ele estava todo molhado, vestia uma bermuda preta e uma camisa branca com a gola V, os olhos negros como a noite, os lábios rosados, as gotas de água escorrendo por seu rosto, magro demais para o gosto de Liz, mas bonito demais para não ser notado. Levantou-se e se inclinou para pegá-la no colo, ela parecia estar hipnotizada.

Terrivelmente lindo e incrivelmente alto.

— Siga-me — Bonnie pediu ao rapaz.

Elizabeth recostou a cabeça no ombro do rapaz e fechou os olhos. Ela só abriu os olhos quando sentiu seu corpo tocar o tecido macio de seu lençol.

— Como você chama? — questionou com a voz ainda embargada.

— Joshua Sulez — respondeu.

— O neto da minha empregada — Lily revirou os olhos — Já está dispensado, quer gorjeta? — ele olhou assustado e permaneceu em silêncio.

Ele virou o corpo para se retirar, mas a mão gelada de Elizabeth envolveu seu punho.

— Obrigada — agradeceu.

— É só o meu dever — sorriu de canto e saiu.

Liz não sabia exatamente o motivo, mas aquele garoto havia mexido com seus sentimentos, embora ela amasse demais Nate, Joshua havia chegado como um furacão, melhor dizendo, um anjo guardião.

Bonnie saiu com passos apressados até alcançar o rapaz.

— Ei — chamou-o e ele se virou para ela — Joshua, certo? — ele assentiu — Você trabalha aqui?

— Na verdade comecei hoje, vim morar novamente com minha avó e acabei ficando com a vaga de jardineiro — repondeu.

— Quer um emprego melhor e bem remunerado?

— Sim senhora.

— Aceita ser o guarda-costas da minha filha?

— Ela me perece um tanto...

— Problemática — Bonnie completou — Mas é uma boa menina e o salário valerá a pena, todos os seus direitos trabalhistas estão garantidos e até mesmo posso arrumar para você uma vaga em alguma universidade se você for leal a mim.

Josh não achou que aquilo fosse nada demais, ser leal a ela era certamente proteger Elizabeth.

— Aceito.

— Ótimo, vá descansar, você começa amanhã.

O rapaz assentiu e saiu andando.

— Joshua — chamou-o novamente — Você sabe lidar com armas?

— Sim senhora, servi dois anos ao exército saí por não ter um comportamento adequado.

— Comportamento adequado?

— É, eu fui um tanto rebelde demais, arrumei algumas brigas e descumpri alguma ordens — abaixou a cabeça — Perdi o emprego?

— Não, confio mais em você agora, precisava de alguém assim. Até amanhã.

— Até senhora.

Josh saiu caminhando, mas o rosto de Elizabeth ainda pairava em sua mente, não queria sair de lá, deixa-la desprotegida, já que agora era seu trabalho protegê-la.

— Ela é a filha da patroa — falou consigo mesmo — Se mantenha longe de problemas Josh.


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? O que acharam da pequena aparição de Josh? Bem, tenho umas coisas para dizer: 1- ALGUÉM AQUI SHIPPA STELENA/KLAROLINE/OLICITY/SNOWBARRY? 2- Capítulo foi sem banner porque meu photoshop não quer abrir 3- Já escrevi o capítulo final inteiro, mesmo que não tenha escrevi o meio da fic ainda kkkk 4- POR FAVOR COMENTEM, DEIXEM A ESCRITORA DA FIC FELIZ, POR FAVOR. Espero ver vocês em breve... Beijos!