100 dias escrita por Camila Lião


Capítulo 11
Capítulo 11 - A emboscada


Notas iniciais do capítulo

Espero que seu coração aguente o segredo que o nosso querido super herói carrega com si. ♥



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–Você desmaiou de novo mas dessa vez ficou mais tempo inconsciente. Está com muita dor? Você havia me dito que estava bem.

Leon estava deitado e sabia que não era no banco do carro. Olhou em volta e tentou reconhecer o lugar mas não conseguiu.

–Onde nós estamos?

–Isso não importa agora. Assim que saímos de casa alguém saiu na porta e atirou na nossa direção. Leon, se você tem algum inimigo você tem que me dizer.

–Viollet, você tem que acreditar em mim, eu não sei quem está fazendo isso.

–Como você não sabe? O mundo está sendo destruído a cada dia mais, as pessoas estão sendo infectadas e agora existe um maldito tentando nos matar.

–Fique calma. Onde estamos?

–Uns dois bairros depois do que nós estávamos. Aqui era um shopping pelo que parece. Estamos no estacionamento subterrâneo.

Leon faz sinal para que Vi não falasse mais nada.

–Ouviu? -Leon indaga-

–Não, não ouvi nada.

Um barulho de porta de carro fechando ecoa no local.

–Ai meu Deus. Quem estava atrás da gente já nos encontrou.

–Leon, eu sei o que você fez.

Uma voz masculina preencheu todo o local. Alguns segundos depois o ronco de um motor se aproximou.

–O que você fez Leon? -sussurrou Vi-

Leon e Viollet estavam ao lado da última pilastra do estacionamento e o carro estava estacionado na frente deles como uma forma de se esconderem.

Faróis iluminaram o carro que escondiam os dois jovens.

O carro parou de frente a eles.

Os faróis foram apagados.

O motor desligado.

A porta abriu e uma pessoa com um sobretudo preto desceu.

A pouca iluminação do local não permitia que eles vissem o rosto de quem estava ali.

–Faz algumas semanas, não é mesmo, Leon?

–Quem é ele, Leon?-Perguntou Viollet preocupada-

–Essa voz... Você veio até aqui e não vai mostrar o rosto?

–Já se esqueceu da minha voz? Passamos tantos anos juntos.

–Sidney? -Indagou Leon-

–Quem é Sidney? -Questionou Vi-

–Quem sou eu? Deixe eu me apresentar. Prazer, sou amigo do Leon há muitos anos. Eu sou a pessoa que conhece um segredo que não devia ser revelado nunca. E caso Leon não volte comigo eu irei revelar e algo pior do que o que estamos vivenciando pode acontecer.

–Eu não vou voltar para o hospital com você.

–Hospital? -Perguntou Viollet-

–Ora, Leon. Pensei bem, e se eu revelasse e todos que estão vivos resolverem te caçar? Já imaginou como seria a sua vida? Perseguido até a morte por ter devastado mais de 90% do planeta?

–Eu confiei em você, Sidney.

–Eu preciso fazer isso. Porque depois que você consertar toda essa merda eu vou querer meu reconhecimento por ter ajudado à todas as pessoas que precisaram de atendimento. Mas os casos estão aumentando e suas duas amiguinhas foram embora e eu preciso que você volte para que elas voltem também.

–Duas amiguinha? A quem você se refere? -Perguntou Leon-

–Não se lembra? Mia a enfermeira que você levou para cama e ela se apaixonou.

–Você foi para a cama com uma colega de trabalho? -Indagou Viollet surpresa-

–Oh, ele foi. Pelo que vejo sua amiga está mal informada, não é mesmo? E já ia me esquecendo. Any, a fiel amiga de Mia. O que será que vai acontecer com elas, não é mesmo? Seria mais fácil você voltar e nós mandarmos alguém atrás delas para avisar que você voltou.

–Se eu voltar eu não vou conseguir encontrar o que eu preciso.

–Mas se você voltar eu poderei mandar alguém com você.

–Me desculpe, Sidney, mas não voltarei.

–Ora, não seja estúpido. A vida de duas pessoas está em risco e meu status também. Ah, mas o que são duas pessoas perto de todas as outras que você matou, não é?

–Leon, me conte o que está acontecendo aqui! -Exclamou Viollet furiosa-

Sidney percebeu o nervosismo no rosto da garota e adorou. Talvez fosse o momento certo para contar tudo.

–Não se incomode, eu conto, querido amigo. -Sidney riu maldosamente- Esse rapaz deitado no chão com a cabeça apoiada no seu colo, resolveu faz um experimento há alguns anos, disse para laboratório onde trabalhávamos que era um teste de uma vacina nova. Para isso ele fez um teste em uma pessoa que se voluntariou.

–Se a pessoa foi por vontade própria não entendo porque a culpa seja dele.

–Ele viu que havia dado errado, mas mesmo assim continuou com os testes. Nunca reparou um certo remorso nele? Uma certa culpa? Pobre Emma, não é mesmo, Leon?

–Agora já chega, Sidney. Eu não vou voltar com você, eu vou continuar e vou encontrar o que eu preciso. As meninas ficarão bem, eu tenho certeza.

–Se eu fosse você não teria tanta certeza. Você acha que eu deixaria o carro delas intacto? Seria uma pena se ele quebrasse. Imagina duas pobre moças sozinhas em uma floresta? Oh, você sabe, o caminho até uma cidade é bem distante do hospital.

–Como você pode? Você era como um irmão para mim.

–Eu obtive esse direito quando você levou a garota que eu amo para a cama. Não acha um belo motivo? Caso você mude de ideia, acho que conhece o caminho para o hospital.

–Você sabe que eu não vou.

–Que pena. Até mais. Foi bom conhecer você amiga do Leon, você parece ser legal.

A saída de Sidney do estacionamento parecia ter durado várias horas. A cabeça de Leon latejava tão forte que lágrimas escorriam automaticamente. Viollet estava sentada em choque, sua expressão e seu corpo paralisados. Foram necessários longos minutos até que alguém dissesse alguma coisa. Mas às vezes é melhor ficar em silêncio do que tentar se explicar.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ter lido até aqui. ♥



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