100 dias escrita por Camila Lião
Notas iniciais do capítulo
Bem vindo, espero que goste. Fique sempre atento, pois às vezes eu mudo algumas coisinhas para o aperfeiçoamento do livro :3
Reformulação do capítulo: 10/05/2018
Entrou no quarto do hospital uma mulher alta, morena, magra, de belos olhos castanhos, seu cabelo preto ia até o meio de suas costas e suas curvas ganhavam um certo valor naquele jaleco que parecia ser uns dois números menores do que ela deveria usar. Não estava sendo uma época fácil, o número de pacientes havia aumentado consideravelmente.
—Enfermeira, precisamos de você urgentemente. Chegou mais um -disse Mia Cloe quase sem ar, parecia ter corrido uma maratona-
"Mais um" foi o termo utilizado por ela para descrever outra vítima das várias que estavam sofrendo mutações e virando algo inumano.
—Certo -Respondeu calmamente Any, a enfermeira chefe- aplique o remédio de sempre até que eu vá.
Any tinha o mesmo tamanho que Mia, eram bem parecidas de corpo, porém ela era ruiva, com um pouco de sardas no rosto e pele clara.
—Não demore, por favor. -Disse Mia se virando e saindo às pressas-
Any estava ao lado do seu paciente que havia acabado de acordar de um longo período em coma.
—Bom dia, como se sente? -disse Any tranquilamente e sorrindo- Espero que bem. Ao contrário de nós. -Ela muda sua feição e encara a janela- O senhor sofreu um grave acidente e passou dois anos em coma -ela retoma o olhar para o paciente- é possível que não consiga falar, andar, escrever e até mesmo comer por um bom tempo, mas, mesmo assim, irei lhe informar o que está acontecendo, porque não poderemos te manter na clínica, o número de pacientes aumenta a cada dia, e os quartos estão acabando. -Ela pega uma cadeira, coloca ao lado da cama e senta- Há um ano e meio, um meteoro caiu na Terra. Desde então, todas as noites aparecem criaturas verdes, extremamente altas, feridas como se tivessem lutado dias e noites, destruindo tudo e matando o que veem. Apenas 5% do planeta está habitável, o resto foi destruído. Animais viraram raridade, o alimento tem que ser cultivado as escondidas para que nada destrua. Sabe, Doutor, -ela sorriu- nós estávamos com esperança de que o senhor acordasse e nos salvasse. Que pudesse continuar o que parou. Mas, isso seria impossível, os 5% que restaram, só tem mais 100 dias até que esteja destruído também, seria impossível o senhor se recuperar, reconstruir seu laboratório, criar uma cura nesse curto tempo. O que resta fazer é contar os dias e nos prepararmos para morrer. -Ela levanta, coloca a cadeira no lugar, checa o soro e se retira do quarto fechando a porta delicadamente para evitar barulho-
A partir de agora você estará na pele deste cientista, dia após dia, se recuperando, tentando refazer seu laboratório, e encontrando uma cura para tudo isso. Mas, apenas 100 dias? Será o suficiente? Onde ele irá encontrar todas as composições necessárias para criar a cura se está em um lugar totalmente isolado? E se puder sair de lá, como sobreviver? Será que ainda existem as substâncias que ele precisa? Seria suicídio sair dali, porém é necessário. Talvez ele devesse deixar isso para lá... Não salvar essas pessoas? Tentar salvar somente a si? Para que? Viver isolado? Quantos pensamentos perturbam a mente deste homem.
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Obrigada por ler até aqui. ♥