O medo.

O pessoal estranhavam o sumiço das colegas. "Como podem ter sumido de uma hora pra outra ?". – Todos se perguntavam. Se dividiram pela escola inteira, para procurá-las, mesmo que já tivessem feito isso.

– Clementina ? - Margarida pergunta atrás da garota.

– É, acho que esse é meu nome ainda. - Ela ironiza.

– Pensei que tivesse sido sequestrada.

– Por que ?

– A Carmen e a Majô também sumiram.

– Elas devem estar em algum lugar.

– Faz horas que sumiram.

– Vou ajudar a procurar.

– Toda ajuda é bem-vinda.

– Vamos ?

– Vamos.

(...)

Paulo procurava as amigas pelo corredor das salas de aulas, Alícia pelo corredor da frente. Andavam tão distraídos procurando as meninas, que sem querer, trombaram.

– Aí, idiota. - A menina reclamava.

– Calma.

– Calma nada, precisamos encontrá-las.

– Nem parece a mesma Alícia que ficou comigo mais cedo.

– Fiquei com você, é ?

– Ficou.

– Não.

– Sim.

– Foi só um beijo.

– Um beijo fala mais que mil palavras. - Ele canta no ritmo.

– Não pega bem você tentando ser o Luan Santana, ok ?

– Por que você não é que nem as outras meninas, que gostam de romantismo ?

– Porque eu sou a Alícia. Não me conhece ? Prazer.

– Conheço. É a garota mais linda que já vi. - Ele sorri, e Alícia revira os olhos.

– Paulo, você não é romântico. Para!

– Então posso fazer outra coisa ? - O Guerra sorri maliciosamente, enquanto se aproxima da morena.

– Não.

– Qual é, Alícia ?

– Nada, Paulo. Só precisamos achar as meninas. - Ela responde, e saí andando.

(...)

Logo mais cedo, Maria Joaquina andava pelos corredores da escola com Carmen, com destino ao refeitório. As duas conversavam e riam para descontrariar. Mas, alguém no meio do caminho, taparam suas bocas e olhos, para que não pudesse pedir ajuda, e nem ver para onde seriam levadas. Mas de uma coisa elas já tinham quase certeza: Elas estão sendo sequestradas.

– Quem são vocês ? - Majô pergunta tentando esconder o medo, enquanto a pessoa lhe joga contra o chão.

xx1: E te interessa ?

– Claro que interessa.

xx2: Não interessa mais. - A segunda pessoa, pega um pano, e coloca em sua boca.

– Não faça isso conosco. - Carmen pede.

xx1: Por que deveria ?

– O que fizemos pra vocês ? - Ela responde com outra pergunta.

xx2: Já está falando de mais. - Novamente, a mesma pessoa coloca o pano na boca, só que dessa vez, em Carmen.

"E agora, o que vamos fazer ?" – Carmen pensava com medo.

"Seja lá quem for, esses dois vão pagar caro." – Majô pensava com fúria.

(...)

Após procurarem por todos os cantos, a turma do 1ºA se encontraram no mesmo local de antes. E a notícia era a mesma: Nada, nada e nada. Exceto Margarida, que logo chegou com Clementina.

– Clementina ? - Jorge pergunta com seus olhos brilhando.

– De novo a mesma pergunta ? Acho que não mudei ainda de nome não, gente. - Ela diz, e todos riem.

– Pensei que... - Foi interrompido pela mesma.

– Eu sei, eu sei. Sequestrada. Mas não fui.

– E a Carmen ? - Daniel pergunta.

– E a Majô ? - Cirilo

– Eu não encontrei nada. - Os outros repetem.

– Onde será que estão ? - Laura.

– Vou tentar ligar. - Daniel diz, e logo faz várias ligações. - Parece que está sem sinal.

– Sem sinal ? - Bibi pergunta.

– Mas aqui, o sinal pega muito bem. - Alícia.

– Não daria tempo delas saírem da escola, e estarem tão longe assim.

– Concordo com você, Bibi. Tem alguma coisa muito estranha nisso. - Davi.

– Precisamos descobrir. - Cirilo.

– Como ? Nem sabemos o que pode ter acontecido. - Marcelina.

– Eu voto em sequestro. - Jaime.

– Eu também. - Os outros.

– Beleza, amanhã continuamos a procurar ? - Daniel.

– Sim. - Todos.

– Amor, acho melhor não dormir sozinha hoje. - Koki.

– Por quê ?

– Bibi, suas colegas sumiram. Você, pode ser o próximo alvo. - Clementina.

– Mas onde vou dormir ? Nem tem cama o suficiente.

– Pode levar seu colchão para nosso quarto. - Laura.

– Beleza, alguém vai comigo ? Tô com medo de andar sozinha por aí.

– Que bom que falou isso, Bibi. - Daniel. - Pessoal, temos que andar sempre em dois ou mais, para evitar o risco.

– Pode deixar. - Todos.

A turma respondeu, e ainda com receio, caminharam até seus devidos dormitórios, afinal, não podiam deixar de fazer suas rotinas, para procurarem as amigas, por mais que quisessem.

(...)

– Onde pensa que vai ? - Mário sussurra no ouvido de sua namorada, assim que a abraça por trás.

– Dormir ?

– Não agora. - Ele vira a mesma para sua frente, e colam seus rostos. - Vamos aproveitar um pouquinho. - Mário sorri maliciosamente.

– Mário, eu já disse o que penso sobre isso. - Ela se afasta.

– Af, desculpa. Eu não tô conseguindo me controlar.

– Percebi.

– Mas a culpa é sua.

– Minha ?

– Lógico, ninguém manda você ficar mais linda a cada dia.

– Todos iguais.

– Ah, é ?

– É, são todos uns tarados.

– Não sou, não.

– É, sim.

– Ah, mas não foi por querer.

– Tá, mas vou dormir. Estou morrendo de sono, tchau. - Ela se vira.

Assim que Marcelina se virou, Mário a puxou pelo braço rapidamente, e selou um beijão na namorada. Após o beijo, não disseram mais nada, apenas sorriram um para o outro, e se viraram.

(...)

Bibi, Laura, Margarida e Clementina estavam indo até o dormitório 25 para pegarem as coisas da ruiva, e o medo tomavam conta das amigas. "Eu posso ser a próxima." – Cada uma questionava em seus pensamentos.

– Estou morrendo de medo com tudo isso. - Margarida.

– Não é só você. - Clementina.

– Ainda bem que posso dormir com vocês. Só de saber em que pudesse ficar aqui, sozinha. - Bibi se arrepia inteira.

– Mas e a Carmen e a Majô ? Como será que estão ? - Laura.

– Verdade, tomara que estejam bem.

– Bom, vamos ? - Margarida ajudava a pegar o colchão, enquanto as outras pegavam cobertores e travesseiro.

– Vamos. - As três respondem.

Se dirigiram até o quarto ao lado, 24, e colocaram o colchão de Bibi no chão. Se trocaram, escovaram os dentes, e deitaram para dormir. Clementina e Margarida conversavam com os namorados por mensagem, Laura já dormia, Bibi estava com a cabeça enfiada no travesseiro.

– Boa noite. - Margarida diz, largando seu celular de lado.

– Boa noite. - Clementina faz o mesmo.

Logo, as duas dormiram, deixando somente a Ruiva acordada. Ela sentia um enorme medo: "E se elas foram mesmo sequestradas ? E se eu for também ?" . Seus pensamentos foram interrompidos quando uma mão tapa sua boca. A garota tentava gritar, mas sem nenhum sucesso. Não demorou muito, e essa mesma pessoa a puxou para fora do quarto, e a levou para o mesmo lugar onde Maria Joaquina e Carmen, estavam.