Carrossel - Aventura Jovem escrita por Blair Marsh


Capítulo 45
Capítulo 15 : 2º Temp. - Nós vamos dar um jeito.


Notas iniciais do capítulo

Titulo refere-se à Clementina e Jorge.
Capa à Marce e Mário. (Porém, ignorem o fundo).



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Nós vamos dar um jeito.

A festa seguia tranquila e divertida para todos. Quer dizer... Quase para todos. Paulo ainda estava cabisbaixo com que Alícia fizera mais cedo. “Como ela pôde beijar aquele desconhecido ?” – O garoto questionava. Também não conseguia tirar de sua mente, as palavras que a mesma disse. “Por que ela chorou por mim ?” .

Depois das apresentações dos primeiros colegiais, resolveram fazer um “baile”. Todos os casais da turma dançavam, exceto, Paulo e Alícia. Ou melhor, o Guerra:

– Vamos dançar ? – Caio pergunta.

– Dançar, tipo... Coladinhos ? – A garota faz cara de nojo.

– Claro, isso é um baile. – Ele responde como se fosse óbvio.

– Não sei, não. – Ela dá uma pausa, enquanto encara seus amigos que dançavam animadamente. – Não sou fã desse tipo de dança.

– Mas dançou agarrada com o Paulo no palco. – O menino joga a resposta “na lata”, pegando totalmente a Gusman de surpresa.

– Agarrada ? – Ela pergunta indignada. – Vamos ver o que é agarrada, agora. – A morena não perdeu tempo, puxou o garoto que sorria vitorioso pelo pulso. Começaram a dançar no meio da multidão, chamando atenção de Paulo, que ficou vermelho de raiva.

O Guerra não sabia o que fazer, com aquela situação em sua frente. Ou melhor: Sabia sim. Queria chamar Mariana para dançar. Mas onde estaria a mesma ?

Passou praticamente o resto da tarde procurando a loira. Sem sucesso, resolveu abandonar a festa, já que daqui uma hora mais o menos já acabaria.

(...)

2 Horas depois.

A comemoração de boas-vindas havia acabado de terminar. Todos os alunos caminhavam alegremente para dentro do colégio. Clementina, por sua vez, não estava que nem os amigos. A mesma estava suando frio, e super preocupada com certa coisa. “Conto ou não conto ?” – Ela se perguntava toda a hora.

– Amor, você está bem ? – Jorge pergunta.

– A-ah, claro. – Ela força um sorriso. – Por que não estaria ?

– Não sei. Você está quieta, parece preocupada. – A garota suspira.

– Jorge. – Ela o encara. – Precisamos conversar seriamente.

– Pode falar.

– Aqui no meio do corredor, não. Vamos para seu quarto.

– Tudo bem.

Os dois caminharam de mãos dadas até o dormitório 37. Por sorte, Davi e Daniel não estavam no local. Clementina nem sabia como começaria a contar tudo. A mesma estava com medo da reação do namorado.

– Agora diz.

– Então... Quando eu estava indo para a Califórnia... – O loiro lhe interrompe.

– Eu sofri de mais. – O mesmo ri, porém, a namorada fica séria. – Ah, não. Não vai me dizer que ficou com outro garoto. – Ele se desespera de preocupação na mesma da hora.

– O que ? Não! – Ela fita o chão. – Eu comecei a passar mal, fiz o teste e... – Nisso, Jorge estava com os olhos arregalados. O que fariam daqui para frente ?

– Está grávida ? – O adolescente pergunta, e a namorada desaba em lágrimas, enquanto concorda com a cabeça. – Calma, não precisa chorar.

– O que vamos fazer Jorge ? Ou melhor: O que eu vou fazer ? – Ela chora mais ainda. – Você pode muito bem me abandonar, mas, e eu ? Eu ficaria mãe dentro de uma escola!

– Te abandonar ? Nunca. Você não errou sozinha, eu também errei. – O menino enxuga as lágrimas de Clementina. – Agora, eu tenho que assumir.

– O que vão pensar de nós ?

– Que somos corajosos em assumir.

– Você é corajoso.

– O que quer dizer com isso ? – Ele pergunta, sem entender nada.

– Eu ainda não me dei muito bem, com essa ideia.

– Você não está pensando em... – Jorge pensa no pior, e começa a ficar preocupado. Sabia que erraram na primeira vez, mas não poderiam rejeitar.

– Não, mas eu ainda estou desconfortável com isso.

– Clementina, não pense em fazer nada que possa prejudicar.

– Pode deixar. – A menina responde, sem convencer o namorado.

(...)

Kokimoto havia acabado de deixar a namorada em seu quarto. Agora, ele voltaria para o seu, para poder tomar um delicioso banho gelado. Realmente, estava cansado. O dia foi cheio. Por pouco não errou na sua apresentação, quase deixou a menina cair. Depois, a mesma não o largou um minuto, e ficaram dançando sem parar.

– Paulo ? Por que está aí, jogado na cama ? – O ruivo pergunta, enquanto fecha a porta.

– Tô cansado.

– Hum, sei. – O garoto finge que acredita. – É por causa da Alícia, né ? Dês de que ela começou a dançar com aquele garoto, não te vi mais pela festa.

– Af, não precisa mencionar esse garoto na nossa conversa.

– Foi mal, aí. – Ele ergue as mãos para cima, como rendição. – Vou tomar meu banho. – Não esperou resposta do amigo, e entrou no banheiro.

– Olha só, o que você está fazendo comigo, Alícia. – Paulo conversa sozinho.

(...)

Na manhã seguinte, todos os alunos do 1º A, se localizavam no refeitório, exceto Carmen e Daniel. O papo sobre namoro tomou conta dali, fazendo apenas duas pessoas se entediarem: Paulo e Alícia. Seus amigos não deram bola, e continuaram no assunto. O papo seguia muito inocente, até que Valéria resolve perguntar: “Quem aqui já teve a primeira vez ?”. Muitos negaram, porém, Davi sem querer abriu a boca, e contou sobre Carmen e Daniel, que já tiveram feito. Todos ficaram de boca aberta, não conseguiam acreditar que o casal mais certinho da turma já perderam a virgindade, e mais: dentro da escola. Achavam que Davi realmente estivesse inventando a história, até o outro companheiro de quarto se pronunciar, e concordar com o amigo.

– Bom dia, turma. – Carmen entra no loca, sorridente.

– Hm, safadinha. – Todos, exceto Davi e Jorge, que já sabiam do acontecimento faz dias.

– Ãn ? Do que estão falando ? – A garota fica sem entender.

– Ah, vai querer negar que perdeu a virgindade com o Dani, dentro da escola ? – Jaime tira sarro, fazendo a menina ficar vermelha de vergonha.

– Bom dia pessoal. – Daniel, acena para todos. – Bom dia, florzinha. – Ele encaixa o braço pela cintura da menina.

– Bom dia ? Péssimo dia, traidor! – A “certinha” da turma se enfurece, e começa a dar tapas no braço do namorado, que nem sentia dor.

– Traidor, por quê ? – Ele pergunta sem entender realmente, nada.

– Vish, acho que fizemos mal de abrir a boca. – Jorge sussurra para Davi, que apenas concorda.

– Era para ser um segredo, e o que você fez ? Contou para todos! – Carmen sai do lugar pisando fundo, cheia de raiva. Daniel vai atrás.

– Do que está falando ? – Ele a puxa pelo braço.

– Da nossa intimidade! – Ela se solta do mesmo. – Caramba, eu pedi para não contar.

– Mas eu só contei para o Jorge e o Davi.

– Mas nem para eles você não podia contar. Poxa, eu não falei para ninguém.

– Me perdoa.

– Não, isso não tem perdão, Daniel.

– Vai terminar comigo ?

– Vou, sim. – Uma lágrima percorre pelo rosto da menina. – Fiz mal de ter confiado em você.

A Carrilho abandona o Zapata no corredor, sozinho. Saiu chorando, claro. “Como ele pôde fazer isso comigo ?” – Essa era a pergunta, que não sairá da cabeça da adolescente.

(...)

Era Quarta-Feira, e para alegria dos estudantes, hoje as aulas acabavam 12:00. A manhã seguiu calma. Por incrível que pareça, todos os alunos prestaram atenção na aula. Mas agora, é hora de se divertir.

– Estou cansada. – Majô reclama.

– Cansada, de quê ? – O namorado pergunta.

– Não tem nada para fazer, nessa tarde.

– Piscina ? – Margarida sugere.

– De novo ?

– Riacho ? – Agora, Adriano quem sugere.

– Riacho ? – Laura pergunta.

– É, fiquei sabendo que tem um riacho aqui perto da escola.

– Ah, PERTO da escola. Não NA escola. – Jaime dá ênfase nas duas palavras.

– Mas podemos fugir. – Margarida sorri maliciosamente.

– Está maluca ? – O Rivera questiona.

– Eu sempre fui.

– É perigoso demais. – Laura.

– A vida é feita de riscos, também. – A Medsen responde. – E outra, isso daria só uma interferência, e se alguém descobrisse.

– Mas ninguém vai. Nossos amigos não abririam a boca para essas coisas, e a Diretora mal lembra de quem somos nós. – Marg.

– Então, está combinado, hoje às 13:30, nos encontramos na entrada da escola. – Adriano declara.

– Certeza ? – Cirilo indaga com medo.

– Absoluta. – Sua namorada responde.

(...)

Mário estava deixando seus livros e cadernos em seu armário, quando ouve barulho de algo caindo. Ele olha para os lados, e não vê nada. Novamente, escuta um “Af, que droga!”. Essa voz era bem conhecida para ele, era de Marcelina. Seu armário fica ao corredor ao lado, assim que se vira. Mário trancou o seu, e correu para onde a menina estava. Por sorte, não passava de um susto: Os materiais da menina haviam caído no chão.

– Pensei que era algo mais grave. – Ele diz, enquanto ajuda a pegar o material.

– Ah, nem é. – A Guerra ri. – Estava distraída no celular, e acabei trombando com o armário.

– Nossa, que viciada. – O garoto zomba. - Pronto, aqui seus materiais. – Ele fala ao colocá-los dentro do armário.

– Obrigada, mesmo. – Ela sorri de lado.

– Ah, Marcelina... Posso lhe perguntar uma coisa ?

– Claro.

– Sobre ontem...

– Foi muito divertido.

– Foi, sim. Mas você não me respondeu.

– Sobre ? – Ela se faz de desentendida.

– Se volta a namorar comigo, claro.

– Ah, é. Havia me esquecido. – A mesma mente. – Bom...

– Eu ainda te amo, e sei que você também me ama. – O garoto diz, e sua amada abre um sorriso de orelha à orelha.

– Eu volto.

– Mesmo ? – Ele não acredita no que ouviu, e resolve perguntar de novo.

– Sim, eu volto.

O Ayala não perdeu mais nenhum segundo, e agarrou a amada ali, no meio do corredor mesmo. Pareciam até aqueles casais que namoram à distancia, e quando se encontram pela primeira vez, a alegria toma conta. Mário tivera que agachar um pouco, ninguém manda ser maior que Marcelina. Os dois se beijavam que nem uns loucos. Mas a maldita falta de ar tomou conta.

– Senti tanta sua falta. – Mário se pronuncia primeiro.

– Mas você me vê todos os dias.

– Mas eu não podia me interferir na sua conversa com outro garoto, e dizer: “Sai fora, que ela é minha”. – O menino fala, fazendo a namorada desabar em risadas. O mesmo interrompeu a deliciosa gargalhada da menina, com um beijo, que era selvagem, por sinal.

(...)

E lá estavam os três casais, às 13:30 em ponto, em frente o colégio. Os únicos que não estavam confortáveis com a ideia, era Laura e Cirilo, que estavam morrendo de medo de alguém descobrir.

– Vamos ? – Majô pergunta.

– Não estou confiante com isso. – Seu namorado diz.

– Para de pensar negativo. Vai dar tudo certo. – Jaime.

– E outra, chegamos lá em 10 minutos. – Adriano explica.

Mesmo com os dois colegas “cagando” de medo, resolveram seguir o caminho. Precisavam fazer algo de diferente, sempre eram as mesmas coisas: Ficar no quarto, piscina, skate e campo. Vamos mudar a fita, um pouco.

Adriano tinha razão, em 10 minutos os casais já estavam no tal riacho. Cirilo e Laura ficaram aliviados por nada ter acontecido. Margarida não perdeu tempo, tirou o vestido, ficando somente de biquíni. Foi a primeira que se jogou na água. Logo em seguida, seu namorado e Adriano também pularam no riacho. Estava tudo muito calmo, era um lugar silencioso. Bom, silencioso até Maria Joaquina se desesperar por algo:

– AAAH! UMA COBRA, UMA COBRA! – A patricinha gritava de desespero, apontando para a tal cobra. – TIREM ELA DALI, TIREM, TIREM! – Por medo, ela foi dando passos para trás, e quando foi ver, havia acabado de cair no riacho. Todos riram da mesma.

– É uma pobre cobra-cega. – Cirilo ri da garota.

(...)

– Alicia, podemos conversar ? – Caio pergunta, assim que a moleca abre a porta do quarto.

– Claro, entra aí. – Ela dá passagem para o garoto. – O que foi ?

– Ah, só queria ficar mais tempo com você . – Ele sorri.

– Fico feliz por isso.

– Posso fazer uma coisa ?

– Pode.

Alícia foi rápida na resposta. Nem pensou, e respondeu. Caio ficou muito feliz com a simples palavra da garota, e a pegou de jeito. O que Alícia não reparou, é que o mesmo colocou uma câmera na mesa de estudos, que gravava tudo. Os dois aprofundavam os beijos, e não perderam tempo, começaram a tirar as roupas, ficando apenas de trajes íntimos. Porém, Alícia não queria ter sua primeira vez com um “desconhecido”.

– Ah, Caio. Paramos por aqui. – Ela fala saindo de perto do mesmo.

– Por quê ?

– Não estou preparada.

– Ah, tudo bem. – Ele diz colocando de volta sua camisa, que estava perto da tal câmera. Pegou o aparelho, e enfiou no bolso. Logo saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

Eu iria colocar alguma coisa relacionado ao Paulo na última parte, porém resolvi deixar para o próximo kkk.
Bom, de Domingo não dá mais para postar, então até Segunda.



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