Se odiamos tanto, que se amamos muito.

– Jaime On -

– Margarida, você gostaria de... - Ela me interrompe

– Namorar com você ? Claro! Finalmente essa pergunta. - Rimos

Puxo ela pela cintura, e ela coloca uma de suas mãos na minha nuca, outra em minha bochecha. Em seguida, dou um beijo intenso na mesma, deixando tanto ela, quando á mim seu fôlego.

– Caramba, você beija muito bem. - Ela diz recuperando o fôlego, mas na mesma hora voltamos à nos beijar.

E Ficamos assim, se beijando á um bom tempo. Também né, faz um tempão que estou apaixonado por ela, e ela por mim. Estava já na hora de assumirmos um pro outro.

– Você vai querer falar pra turma ? - Fala se sentando em um tronco que tinha ao lado.

– Se você preferir, sim. - Digo balançando a cabeça na certeza.

– Então vamos contar, na hora do almoço.

– Falando em hora do almoço, já está na hora de irmos pro refeitório. - Falo ao olhar o horário no meu celular.

Subimos até o refeitório, o pessoal começava a fazer fila pra pegar as comidas.

Após todos pegarem à refeição, nos sentamos em volta da mesa.

– Gente, já que estão todos aqui... - Margarida me interrompe.

Caramba, Margarida adora interromper as pessoas mesmo em, quantas vezes já fez isso comigo.

– ... Precisamos falar uma coisa! - Ela fala toda sorridente. Um sorriso que ia de orelha à orelha.

– Hmm... Pelo jeito do sorriso dos dois, já sei até o que é. - Maria Joaquina colocando uma colher de comida em sua boca.

– É Majô... Estamos namorando. - Digo.

– Dês de quando ? - Daniel feliz por nós

– Acho que uns 20 minutos atrás, né... - Ela diz me olhando pra confirmar.

– Parabéns, já estava na hora!... Jaime ela gosta de você faz muito tempo! - Valéria

– E Eu dela também, mas nunca compartilhei. Fui abrir a boca só pro Daniel semana passada. - Explico

– Só pro Daniel né, nós não existimos! - Cirilo

– Vish, tão parecendo menininhas. Não pode falar nada pra um, que acha que abandonei o outro. Relaxem... - Digo voltando à comer.

– Jaime Of -

– Mário On -

O Almoço acabou, e muitos de nós já saíra da mesa. A Marcelina não estava de fora, então eu segui ela, sem que ninguém percebesse.

– Não se falamos mais dês de quando saímos aquele dia á tarde na sorveteira. - Digo chegando por trás sem que me visse.

– Você também não me procurou. - Diz entrando no quarto, e eu entro também.

– Desculpa, é que como viemos pra cá, seu irmão fica muito colado no meu pé, ai não dá pra conversar com você... Você sabe né, ele é seu irmão... E, é ciumento...

– Verdade, tenho dó da Alícia. - Fala enquanto arruma suas roupas.

– Dó ? Da Alícia ? Por quê ? - Pergunto sem entender.

– Eles não confessam sabe... Mas dá pra ver Mário, dá pra ver... Quando eles estão perto um do outro os olhos deles brilham... Não é como se fosse com outra pessoa por perto.

– Verdade, eu meio que desconfio dos sentimentos do seu irmão.. - Rimos.

– Mário Of -

– Alícia On -

Depois que eu almocei, eu fui em um balanço feito de pneu que ficava pendurado em uma árvore perto do lago do acampamento. Claro, não é muito pertinho da base.

De repente uma voz chega no local.

– Lilicia, o que faz aqui, sozinha e sem suas amigas ? - Paulo chegando por trás.

– Eu gosto de ficar um pouco sozinha, já disse isso uma vez; E outra o que ta fazendo aqui ? - Pergunto sem olhar pro mesmo.

– Eu te segui. - Ele fala na maior cara de pau.

– VOCÊ O QUE ? - Olho nervosa pra ele.

– Ué, mas não pense que estou interessado em você; Só não tinha nada pra fazer.

– Claro que não vou pensar nisso, até porque também te odeio.

Que mentira mais feia Alícia, falando que odeia ele sendo que está se apaixonando. Cérebro cala a boca. Ele é o Paulo Guerra! PAULO GUERRA!

– Você é bv né ? - Ele fala provocando

– O Que ? Claro que não.

– Duvido.

– Pois duvide. - Falo encarando o lago

– Não vou ficar duvidando. Sendo bv ou não, isso não importa.

– Por que tá falando isso do nada ?

Nisso ele já estava na minha frente.

Ele segurou meu rosto, e me roubou um beijo.

Mas o pior disso tudo, é que eu o retribui. EU RETRIBUI.

Ai Alícia, estou com raiva de você mesma. Argh!

– VOCÊ É IDIOTA ? - Grito descendo do balanço.

– Ah, mas bem que você gostou né. Até retribuiu. - Ele fala com sorriso irônico no rosto.

– EU TE ODEIO! EU TE ODEIO PAULO GUERRA! - Saio furiosa.

Eu chego ao dormitório, e começo a chorar de raiva. Passado uns 10 minutos, minha melhor amiga chega, Marcelina.

– Você está chorando ? Para tudo é que pegadinha. Cadê a câmera ? - Ela fala olhando pros lados

– Não é... - Digo limpando as lágrimas

– Você tá triste por que ?

– Não estou triste... Estou chorando de raiva isso sim. - Falo enquanto ela se senta ao meu lado.

– E por quê ?

– Seu irmão aquele idiota! - Digo ao fechar minhas mãos em forma de soco.

– O Que ele fez ?

– Ele me deu um beijo. - Falo e ela fica de boca aberta.

– COMO ? Sabia que ele estava gostando de você. - Ela fala afirmando. - E Você gostou ?

– O Pior, é que eu tento odiar... EU TENTO! Mas não dá Marcelina; Bem que eu queria odiar seu irmão. Mas ele mexe comigo. E Eu nem sei como estou te falando isso, sendo que nunca abri a boca pra essas coisas.

– Namora ele

– O Que ? Quer piorar meu pensamento é ?

– Desculpa, é que eu queria que meu irmão namorasse alguém legal, e você é minha melhor amiga... Mas sem zoeira, vocês se odeiam tanto que chegam à se amar muito também!

– Mas odeio gostar dele. - Digo colocando o travesseiro em meu rosto.