Beijo Escarlate escrita por Lailla


Capítulo 31
Perdão




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Yuuro me chamou de sanguessuga e mirou a flecha em minha direção... Ele não parecia ser o rapaz que eu conheci, ele não era assim. Eu não entendia o que fizera a ele, estava tudo bem até aquele momento. E parecia estar tudo bem no castelo, excluindo esse fato que ninguém sabia. Hiroki pediu formalmente a mão de Akane a Arata-sama. Ele ficou surpreso, mas nem tanto. Com certeza já devia saber que Hiroki gostava de sua filha. Ele consentiu e os dois se casariam em breve. Hana parecia bem melhor, voltara a sorrir. Mas eu não sabia exatamente por que. De repente ela e Daichi conversaram e ele disse que gostava dela, não sei... Ichiro continuava o mesmo, mas eu sabia que tinha algo diferente nele. Estava acontecendo algo, mas eu estava triste demais para tentar descobrir o que era. Eu me sentia tão vazia, tão infeliz. Me trancava no quarto e ficava horas lá, sem ver ninguém.

Numa dessas vezes, Hana e Momoko vieram até meu quarto. Elas bateram na porta e não esperaram eu falar, apenas entraram e me viram deitada.

– Haru... – Hana disse cabisbaixa, vindo em minha direção e sentando na cama assim como Momoko-chan – O que houve com você?

– Hum, nada. – Disse.

– Mentira.

Abaixei o olhar e sentei.

– É sério. – Disse suave.

– Hum. – Hana fez cara de tédio.

– Haru-chan, nós sabemos que você não está bem. – Momoko-chan disse com a voz suave – Tem certeza de que você não quer contar para nós o que está acontecendo?

– Não é nada. – Tentei sorrir, mas pareceu ainda mais triste.

– É um rapaz? – Hana perguntou.

A olhei e mesmo sem responder, ela soube.

– Quem é?! – Hana exclamou surpresa – Você gosta mesmo de alguém?

Abaixei o olhar.

– Hai. – Disse cabisbaixa.

– O que houve?

– Ele... Não gosta mais de mim. – Disse, abaixando o olhar e lutando contra as lágrimas que estavam prestes a se formar.

– Como não?! – Hana disse sem entender – Todos gostam de você!

– Haru-chan, ele deve estar confuso. – Momoko-chan disse, tocando minha mão gentilmente – Talvez tenha acontecido algo. Não deve ser isso.

A olhei e sorri levemente. Queria contar que Yuuro era humano e que ele me chamou de sanguessuga, mas se contasse elas arregalariam os olhos e me recriminariam por ter me apaixonado por um humano. Hana e Momoko ficaram comigo no quarto, conversando sobre outras coisas. Logo depois Akane chegou e sorriu, tentando me animar também. Ela estava ocupada com algumas coisas do casamento e se sentiu mal por não ter ido antes. Mas eu sabia que todas elas se importavam comigo e fiquei feliz por isso.

...

Ichiro e Momoko estavam no quarto dele tendo mais um de seus encontros secretos. Estavam sentados na cama e se beijavam. Quando o beijo ficou intenso, Ichiro pôs as mãos atrás do vestido de Momoko e parou o beijo, percebendo o que estava prestes a fazer.

– Hum? Nani? – Momoko perguntou suave.

– Nada... – Ichiro disse um pouco ofegante – Apenas preciso me controlar um pouco. – Ele deixou uma risada leve escapar.

Momoko corou levemente ao perceber do que se tratava. Ichiro mexeu em seu cabelo, acariciando-o e cheirando uma das mechas.

– Nee, Ichiro.

– Hum? – Ele a olhou e sorriu.

– Haru-chan não parece bem.

– Como assim?

– Hana-chan e eu fomos falar com ela. Ela estava no quarto e não saía dele há um tempo. – Ela dizia – Ela disse que o rapaz que ela gosta não gosta mais dela.

– Eh? Como assim? – Ele perguntou surpreso.

– Você... Sabia sobre o rapaz? – Ela perguntou sem entender.

– Hum, hai. Eu estava ajudando Haru a se encontrar com ele. Eles não podem ficar juntos, mas... Isso não vem ao caso. – Ele disse, pensando – Ela disse a razão dele não gostar mais dela?

– Não. Mas Haru-chan está bem triste. – Momoko abaixou o olhar – Nunca pensei que ela se apaixonaria. Ela parece gostar mesmo dele.

– Hai...

– O que está pensando? – Ela perguntou suave.

– Não sei ao certo... – Ele disse, pensando.

Momoko não compreendeu, mas sabia que Ichiro tinha conhecimento sobre Haru e o tal rapaz. Além de perceber com a expressão que Ichiro demonstrava que algo estava errado.

...

Eu estava no meu quarto, lendo um livro. Precisava realmente me distrair e tentava ao máximo. Porém, não importasse o que eu fizesse, eu sempre me lembrava do rosto de Yuuro e de seus olhos cheios de lágrimas quando apontava sua flecha em minha direção. Aquilo foi realmente estranho. Ele expressava estar com raiva, mas seus olhos mostravam outro sentimento. Eu não compreendia e me sentia triste em pensar que ele me chamou realmente de sanguessuga. Afinal, ele me pedia para eu beber seu sangue. O que eu fiz então?

Ichiro bateu na porta e entrou em seguida.

– Ichiro? – O fitei e sentei – Nani? Não bate mais na porta?

– Que bom que você não perdeu essa sua “educação”. – Ele disse, vindo em minha direção e sentando na beira da cama.

Sorri levemente, ele me analisava.

– Nani? – Perguntei.

– O que houve entre você e o humano? – Ele foi direto.

– “Yuuro”.

– Hai. – Ele revirou os olhos – O que houve?

Eu o olhei por uns segundos e abaixei o olhar. Por fim contei o que houve a ele. Ichiro me olhava sem expressão, parecia pensar e analisar todas as palavras que eu dissera.

– Ele disse aquilo mesmo?

– Hai. – Disse cabisbaixa.

– Bakayarou. – Ele disse com raiva.

– Mas não acha que foi estranho?

– Hai. Mas... Isso não me impede de ter raiva dele por ter te magoado. – Ele me fitou com o cenho franzido.

Acalmei o olhar e engatinhei pela cama até me aproximar dele. O abracei, meus olhos marejaram. Ele retribuiu o abraço, vendo como eu estava.

...

Na vila humana, Yuuro estava deitado em sua cama enquanto olhava para o teto. Sua mãe passou pelo corredor e o viu, voltando em seguida. Viu a expressão do filho, ele estava desanimado, triste... Ela entrou e foi até ele.

– O que houve?

Ele a olhou.

– Hum, nada. – Sorriu levemente.

– Ora. – Ela sentou na beira da cama – Fale de uma vez. Há alguns dias você sorria sem parar.

Ele suspirou e olhou para o teto.

– Eu não consigo esquecê-la.

– Quem? – Ela disse em dúvida – A menina que você ia ver na floresta?

Ele a olhou surpreso, ela sorria.

– Como...?

– Não somos tolos. – Ela disse, deixando uma risada escapar – Raramente você voltava com algum animal, mas sempre voltava sorrindo.

Ele sorriu levemente.

– Gomen.

– Hum. – Ela balançou a cabeça – O que houve?

– Eu... Ia pedi-la em casamento. – Ele disse, acalmando o olhar.

– Ela não aceitou? – Ela perguntou, pondo a mão na altura do peito.

– Não... Eu nem perguntei.

– Mas por quê?

– Porque... Ela tem que se casar com outra pessoa. Um parente dela, mais ou menos, me disse para parar de vê-la porque ela tem que se casar com outro.

– Ah, filho... Não fique assim.

– Ela não sabe que ele me disse isso... E eu a tratei mal, sabia que ela não iria querer parar de me ver. Eu só quero protegê-la.

– De que?

– Hum. – Ele balançou a cabeça – Ela apenas... Tem que casar com outro.

– Pelo que você disse, ela gosta de você. – Ela dizia – Então enfrente o que vier e case com ela, Yuuro.

Ele a olhou.

– Ela deve ser especial pra você não conseguir esquecê-la.

– Hai.

– Então. – Ela fez carinho na cabeça dele.

Sua mãe sorriu mais uma vez e levantou, saindo do quarto em seguida. Yuuro permaneceu deitado, pensando. Da janela de seu quarto, ele via o sol abaixar e se pôr em poucos momentos. Engoliu a seco, o que estava pensando era perigoso e ele correria perigo. Yuuro levantou e pegou seu arco e sua aljava com flechas, saindo de casa e indo em direção à floresta. Ele correu entre as árvores e vários minutos depois chegou a uma parede rochosa com uma altura gigantesca. Era a montanha onde os vampiros moravam. Ele procurou pela entrada e engoliu a seco quando a encontrou, entrando em seguida. Correu pelo túnel e chegou ao hall das entradas, porém ele não sabia qual era a que iria para o castelo. Horas foram perdidas por Yuuro procurar pelos vários túneis, mas ao chegar ao correto ele parou ao sentir que ele terminara. Passou as mãos pelo o que parecia ser uma parede e destravou algo sem querer, se assustando e recuando um pouco. Ele engoliu a seco e abriu aos poucos aquela passagem.

Yuuro se deparou com um corredor luxuoso e desceu do túnel, olhando para trás e vendo que a passagem era um quadro com uma pintura de flores. Ele olhou para os lados, não sabia para onde ir. Escolheu qualquer direção e se pôs a andar, nervoso por estar no reino dos vampiros. Ele ofegava pelo nervosismo e às vezes se esgueirava pelos corredores quando pensava que alguém estava vindo. “Por favor, por favor... Que seja você, Haru.”, ele pensou. Ele engoliu a seco e virou o corredor, se deparando com um rapaz de cabelos pretos e olhos azuis, Ichiro. Ele arregalou os olhos por ver Yuuro ali e por sentir aquele cheiro.

– Uhm... – Yuuro gaguejou, arregalando os olhos.

– Nani... – Ichiro franzia a testa em dúvida.

Ichiro o pegou pelo pescoço de repente e o pôs contra a parede.

– Quem é você? O que faz aqui? – Ele perguntava, deixando seus olhos vermelhos.

– Eu... – Ele sufocava – “Yuuro”...

Ichiro arregalou os olhos, já ouvira esse nome. Ele se lembrou e ouviu alguém se aproximar. Puxou Yuuro pela roupa e o tirou dali. Depois de alguns corredores os dois chegaram ao quarto de Ichiro e ele trancou a porta, largando Yuuro, que se afastou receoso.

– O que faz aqui? – Ichiro perguntou.

– Eu... – Yuuro gaguejava – Estou procurando Haru. Você me conhece?

Ichiro bufou, passando a mão no cabelo e pensando.

– Haru é minha irmã, bakayarou. – Ele disse – O que está pensando? Seu cheiro vai acordar a todos!

Yuuro engoliu a seco, não pensara nisso.

– Eu só queria falar com ela.

Ichiro franziu o cenho e se aproximou dele rápido, pondo-o bruscamente contra a parede e segurando em sua roupa com raiva, suspendendo-o no ar.

– Você a magoou! – Ichiro exclamou – Você a chamou se sanguessuga!

– Eu não quis...! – Ele tentava dizer – Queria protegê-la!

– De quem?!

– Do...! Do homem de cabelo e olhos rosa!

Ichiro arregalou os olhos.

– Nani? – Disse, largando Yuuro – O que ele disse?

Yuuro o olhava sem entender.

– O que ele disse?! – Ichiro exclamou.

– Que... Se eu não parasse de vê-la, ele a machucaria e me mataria para pôr a culpa em mim. Eu só quis protegê-la! – Ele dizia – Não queria ter chamado ela daquilo, eu... Só queria que ela ficasse segura.

Ichiro o observava e franziu o cenho.

– Fique aqui.

Yuuro não entendeu e apenas o viu sair do quarto e trancar a porta. Ichiro andou apressado pelo corredor e bateu na porta do meu quarto. Eu estava deitada e pensava se iria dormir ou não. Abri a porta e ele me puxou pela mão, começando a andar.

– Etto...! Nani? – Exclamei sem entender.

– Apenas venha comigo, tem alguém que quer te ver. – Ele disse.

Eu não compreendi, mas fui com ele. Quando chegamos ao seu quarto, ele destrancou a porta e a abriu.

– Você nunca tranca a porta. – Comentei em dúvida.

– Hum.

Entramos e ele fechou a porta, olhando pelo quarto em seguida. Eu não compreendia, mas vi Yuuro sair do lado do guarda-roupa e me fitar, surpreso.

– Uhm... – Eu disse sem reação.

Nós nos olhávamos e eu não entendia a razão de ele estar no quarto do meu irmão. De ele estar dentro da montanha! Fitei Ichiro.

– Você...?

– Não. – Ele disse – Ele veio até aqui te ver.

Olhei para Yuuro.

– Como...?

– Eu... Uma vez eu te segui pra ver se você chegaria bem, mas... Vi onde você entrou.

Arregalei os olhos, que descuidada eu fui. Lembrei do que ele disse a mim e acalmei o olhar, desviando-o dele.

– O que você quer? – Perguntei.

– Te ver.

O olhei de novo, ele parecia estar sendo sincero. Ichiro abaixou o olhar e foi em direção à porta.

– Vou deixá-los a sós, mas não demorem. – Ele disse.

Assenti com a cabeça. Ichiro saiu e fechou a porta. Fitei Yuuro de novo, ele me olhava e parecia estar arrependido.

– Você me chamou de sanguessuga. – Disse com o cenho franzido.

– Gomen... – Ele se aproximou, pegando minhas mãos – Gomen nasai.

Recuei, fazendo-o largar minhas mãos.

– Você quis me machucar, atirou uma flecha em mim.

– Atirei no chão, eu não queria te machucar. – Ele disse – Aquele cara chegou antes de você e me disse para parar de vê-la se não ele te machucaria.

Arregalei os olhos.

– Aquele...? Quem? – Perguntei nervosa.

Ele olhou para o nada e apertou os olhos, tentando se lembrar.

– Sa...

– “Saburo-sama”?

– Hai.

Meus olhos marejaram. Aquele desgraçado! Olhei para Yuuro e o abracei. Ele ficou surpreso e acalmou o olhar, me abraçando forte.

– Gomen... Eu só queria te proteger.

– Hum. – Disse, querendo chorar – Eu senti sua falta...

– Também.

Ficamos abraçados por um tempo até Yuuro cessar e tirar algo de seu bolso. Ele abriu a mão para eu ver e arregalei os olhos, era um anel.

– Eu ia te dar isso naquela noite. – Ele disse.

– N-Nani... – O olhei sem acreditar – Yuuro...

– Eu não quero que você fique com outro, Haru. Você quer casar comigo?

Meus olhos marejaram.

– H-Hai... – Disse emocionada e o abracei.

Eu não sabia nem como faríamos isso funcionar, mas eu queria ficar com Yuuro. Cessamos o abraço e ele pôs o anel no meu dedo. Era tão bonito. Eu sorri para ele, que sorria pra mim. De repente vimos Ichiro abrir a porta.

– Haru, leve-o daqui. Os outros estão começando a sentir o cheiro dele.

– Hai. – Disse nervosa.

Peguei na mão de Yuuro e o tirei do quarto. Ichiro disse que distrairia quem fosse para aquela direção e me mandou entrar na primeira passagem que eu visse. Assenti e corri com Yuuro. Quando achei um quadro, o destravei e entrei no túnel com ele. Fomos para a saída que dava no rio, mas eu parei antes de sairmos.

– Nani? – Yuuro perguntou sem entender.

O sol estava nascendo e a entrada estava um pouco iluminada.

– Não posso...

Eu via a luz do sol e Yuuro olhou para onde eu olhava, entendendo e acalmando o olhar. Ele veio até mim e pegou gentilmente em minha bochecha.

– Eu amo você.

O olhava estática, meus olhos marejaram. Eu sorri emocionada.

– Gomen... Por não ser humana.

– Hum. – Ele balançou a cabeça, sorrindo – Você é perfeita.

Ele me abraçou. Nos despedimos com um beijo demorado e Yuuro saiu do túnel, indo embora correndo. Eu olhava para a luz e meu olhar ficava triste aos poucos. Me aproximei e estiquei um pouco o braço, deixando a luz tocar minha mão. Comecei a senti-la queimar e uma dor horrível, o que me fez recuar a mão. Abaixei a cabeça, me encolhendo. Me perguntava se Yuuro e eu poderíamos mesmo ficar juntos.

...

Ichiro andava pelo corredor, acabara de se encontrar com Momoko-chan e estava feliz por isso. Pelo menos até fitar Saburo-sama vir na direção oposta. Ele franziu o cenho e parou na frente dele.

– Ah, Ichiro-san. – Ele fez uma revência e se endireitou, sorrindo.

– Não me venha com esse sorriso falso. – Ichiro disse rispidamente.

– Não compreendi.

– Então você machucaria Haru se ela não parasse de ver o humano?

Saburo-sama o olhava sem expressão, mas em segundos deu um sorriso malicioso em direção a Ichiro, o que o fez ficar com raiva e franzir o cenho.

– O futuro rei é bem esperto pelo o que estou vendo. – Saburo-sama disse – Porém nem tanto.

– O que quer dizer? – Ichiro perguntou irritado.

– Bem, acho que minha filha e seu marido não vão apreciar saber que minha neta está se encontrando com o futuro rei, que devo acentuar estar noivo.

Ichiro o olhou surpreso e franziu o cenho.

– Pelo que estou vendo o senhor é ardiloso.

Saburo-sama sorriu.

– É melhor entender, Ichiro-san, que se sua irmã e você não pararem de ver seus “amores proibidos”, eu contarei ao rei o que está se passando.

Ichiro ficou com raiva e o pegou pela gola da roupa.

– É melhor você entender que se o senhor não cuidar da própria vida, eu vou matá-lo. – Ichiro o ameaçou.

Saburo-sama sorriu maliciosamente.

– Tente então, Ichiro-san.

Ichiro rangeu os dentes e o largou. Saburo-sama foi embora e Ichiro permaneceu pensando. Ficou realmente com raiva.


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Notas finais do capítulo

A parada tá começando a ficar estreita 'kkkkkkkk

o anel da Haru: http://www.dhresource.com/albu_549115741_00-1.600x600/rodada-anel-de-galo-de-metal-a-o-inoxid-vel.jpg



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