”Onde está Trish?” perguntou Katherine, quase histérica.

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Katherine Solomon nunca tivera o que poderia se chamar de parceiro fixo. Amava a ciência, um amor verdadeiro, algo que a maioria das pessoas que conhecera pareciam não compreender.

Trish Dunne compreendia.

Desde que conversaram na varanda da casa de sua assistente, Katherine soubera que ela era uma pessoa que compreenderia, pois também era apaixonada por seu trabalho. Desde então, ela pensara que talvez fosse a hora de encerrar seu celibato. Trish era adequada. Trish a entendia. Trish poderia ser quem ela procurara todo aquele tempo.

Parada no meio da escuridão, porém, temendo pela vida das duas, parte de Katherine já compreendia que aquilo estava acabado.

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“Estou fazendo um favor para uma amiga.”

“Deve ser uma amiga especial.”

“É, sim.”

Zoubianis deu uma risadinha e segurou a língua. Eu sabia.

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Trish Dunne nunca tivera namorados mais duradouros. Não era por ser gorducha e baixinha, mas porque era apaixonada demais por seu trabalho – principalmente elaboração de modelos de dados – para não se relacionar com alguém que aceitasse isso. Infelizmente, isso não era algo que as pessoas com quem saíra tinham em comum.

Katherine Solomon aceitava.

Desde que conhecera Katherine, Trish compreendera que ela seria alguém que entenderia. Amava a ciência tanto quanto ela, Trish, amava seus modelos de dados. Ela não se queixaria nem faria cobranças. Era paciente com ela, talvez porque fosse mais velha. Katherine poderia ser o tesouro que ela achara, finalmente, em seu caminho.

Mas, enquanto se afogava no etanol do tanque, sendo assassinada por aquele estranho Dr. Abaddon – que ela, em seu ciúme, chegara a pensar que fosse um pretendente de Katherine - Trish sabia que aquilo estava acabado.