Em Busca da Morte escrita por Richard
Notas iniciais do capítulo
Neste capítulo o rei do mundo dos mortos, Adolas coloca em prática o seu plano para encontrar a morte. Espero que gostem! Ótima leitura a todos!
O rei do mundo dos mortos, Adolas aparecia na varanda de seu enorme castelo, olhando para a multidão de mortos que abaixo dele havia. E com um grito de extrema potência ele exclamou:
— Acalmem-se! Mortos decrépitos e inúteis! A morte será encontrada o mais rápido possível.
E alguns dos mortos gritavam: "E como é que você pretende fazer isso?" e o rei respondeu:
— Vocês mortos irão me ajudar! Eu selecionarei quatro mortos dos milhares que aqui vivem, se estes quatro encontrarem a morte que agora vaga no mundo dos vivos, eu lhes darei a oportunidade da ressureição. Em outras palavras aqueles que encontrarem a morte, irão reviver.
Um alvoroço maior ainda foi feito, os trilhões de mortos agora disputariam uma das quatro vagas disponíveis para a missão de resgate da morte. Entretanto o rei Adolas ainda continuava a falar:
— Vocês passarão por um processo seletivo, os quatro melhores mortos selecionados primeiro, serão escolhidos para a missão. Que comece agora o processo de seleção!
As portas do enorme palácio se abriram, evidentemente os mortos correram para adentrar o castelo, muitos atacavam uns aos outros para garantir um espaço entre os quatro selecionados. O palácio do imperador Adolas tinha uma enorme escadaria no centro do local, que leva a apenas um lugar: O topo do palácio e a sala onde se encontra o rei, onde aconteceria a audiência com os mortos, que conseguiriam chegar lá. Entretanto algo impedia a passagem mutua dos mortos, mais precisamente alguém. Um demônio de aparência parecida com a de um ogro de cor vermelha guardava a escadaria e impedia a passagem de muitos mortos de uma só vez.
Um demônio é um morto como qualquer outro, a sua aparência é diferente pois graças aos seus inúmeros pecados ele se transformou em algo equivalente a eles. Os demônios são usados pelo rei como guardas, por toda a eternidade e sem descanso para sofrerem pelos pecados que cometeram. Fora que a força desses demônios é enorme sendo perfeitos para tal serviço. O demônio então disse para os mortos que invadiam o palácio real:
— Apenas um por vez pode subir essa escada! Façam um fila civilizada!
Os mortos com medo do demônio fizeram uma fila imediatamente.
— Mortos inúteis. Você ai, o primeiro da fila! Pode subir!
Então o morto subiu a escadaria e foi falar com o rei, ao chegar no salão real do trono, o rei começou a questionar o morto:
— Qual é o seu nome, filho?
— Adrian, senhor rei.
— Muito bem Adrian, agora me diga o que você fazia no mundo dos vivos? Qual era a sua profissão?
— Bom eu era corretor.
— Inútil. Como um corretor vai me ajudar a encontrar a morte?
— Hã...
— Cai fora daqui!
O morto então saiu correndo, liberando outro para entrar:
— O que você faz?
Questionou o rei, e o morto responde:
— Eu sou faxineiro.
— Inútil! Some da minha frente!
E isso se repetiu inúmeras vezes, diversos mortos entravam falavam com o rei, mas não tinham a perícia necessária para a missão de buscar a morte. Depois de pelo menos cinquenta mortos falarem com o rei, este já se encontrava aborrecido e antes de chamar o próximo morto, o rei pergunta para seu serviçal esqueleto, Artie.
— Artie, quantos mortos faltam?
— Cerca de trilhões senhor.
— Ah, essa não. Será que não vai aparecer um morto útil na minha frente?
Então um morto adentrava o salão real, e o rei pergunta:
— Quem é você? Fale seu nome e a sua profissão no mundo dos vivos.
— Meu nome é Duncan, e eu era professor de geografia e também fazia faculdade de turismo.
— Turismo? Mas você viajava muito?
— Sim. O tempo todo. Já viajei muito pelo mundo dos vivos, conheço bastante.
— Interessante. Você é um dos escolhidos, pode ficar aqui.
— Sério? Tá brincando?
— Sua perícia vai ser de enorme importância Duncan.
— Nossa, obrigado!
— Mas lembre-se, você só será revivido se achar a morte.
— Claro, obrigado senhor!
Um dos quatro mortos foi escolhido, qual sera o próximo? Faltam apenas três.
Por outro lado a morte se divertia no mundo dos vivos, um enorme caos assolava a terra, e lá estava ela, uma mulher de cabelos e olhos prateados, com uma cor pálida, usando um biquini preto, e óculos de sol, deitada em uma cadeira de praia, tomando um coquetel de morango em uma das milhares de praias do mundo dos vivos.
— Ai, ai, isso é que é vida.
Uma mulher loira bronzeada com biquini rosa, andava com sua amiga ruiva e também bronzeada com biquini branco, na frente da morte, e debochando dela com sua amiga disse:
— Nossa, olha só pra aquela mulher como ela é palida, ela poderia ficar mil anos no sol, que ainda não pegaria uma cor igual a nossa.
— Sim tem razão, como ela é feia.
A morte apenas olhou de longe e com um sorriso, levantou da cadeira e saiu andando em direção oposta a das mulheres, ao longe as duas mulheres caem na areia da praia, e a morte diz:
— Aproveite seu bronzeado no mundo dos mortos. Ah, eu me esqueci, lá não tem sol. E agora? Pra onde eu vou?
Enquanto isso, o processo de seleção continuava no mundo dos mortos...
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