O Amor Impossível escrita por ludiangelo


Capítulo 21
Eu recebo uma carta




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Alysson Sword

 

 

Eu estava de olhos fechados, e não vi quando Dérick se levantou e fincou a espada no ombro de Nico, eu me senti culpada, por quê, em nome dos deuses, eu tinha que me perder do mundo perto de Nico!? Meu amor por Nico, fora quase superado pela raiva que eu estava sentindo por Dérick, naquele momento, a coisa que eu mais queria fazer era pegar aquela espada e cortar a cabeça de Dérick fora, ou algo do gênero

 

- NICO- Gritei quando ele caíu no chão.

Dérick deu um passo para trás.

- Alysson... eu não...

- VÁ EMBORA DAQUI- gritei chorando.- Você... você é um monstro Dérick Splarks- eu pronunciei o nome dele com amargura e ódio, ele correu para as árvores, desaparecendo entre elas, eu continuei a chorar, minhas lágrimas caíam em cima de Nico, ele não se mechia, eu estava muito atordoada para ver se sua pulsação ainda estava correta, não havia nada que eu pudesse fazer, o ombro de Nico sangrava, eu estava tremendo, dessa vez, Mariana não estava lá para ajudar-me, Dérick tampouco, eu gritei e comecei a chorar mais e mais, gritando por ajuda, mas ninguém me ouvia.

Eu saquei minha espada e pensei no quê eu poderia fazer com ela, mas era impossível, minha única tentativa era costurar... me lembrei das tantas vezes que minha mãe tentara me ensinar a costurar, e eu nunca conseguira. Eu corri para dentro da cabana, procurando uma agulha e linha, o quê seria difícil de achar numa cabana de um garoto, mas não era um simples garoto, era Nico, eu vasculhei todas as suas roupas, procurando, abri o criado-mudo de Bianca... nada, abri o criado-mudo de Nico... nada, eu estava quase entrando em transe, abri o ármario de Nico e vi uma cena incrível, várias daquelas bolinhas de gude que nos tiraram do mundo inferior, um arco de bronze, um elmo de ferro, como a espada de Nico, e diversos outros objetos de guerra, eu achei, no canto do ármario, uma agulha e linha, corri para fora, e fui em direção a Nico.

Vamos lá Alysson Sword, você consegue, pensei, você TEM de conseguir, é Nico, é Nico, ajude-o Aly....

Minhas mãos estavam trêmulas, como da última vez que eu segurara uma agulha, tirei a camisa de Nico e tentei costurar uma vez, passando a agulha com a linha pela sua pele, mas o corte era muito profundo e não fechava, eu fiz força com a linha, e ela rompeu, eu tentei mais uma vez, passa, vira, passa puxa, passa, vira... até seu corte se fechar, eu desmaiei em cima dele, cansada.

 

Eu acordei na enfermaria, Nico deitado na cama ao lado da minha, eu olhei pra seu ombro, estava igual desde quando eu o custurara, eu não conseguia ver direito se ele estava ou não respirando, até que bem lentamente, ele abriu os olhos, olhando para o teto, eu sorri em vê-lo vivo, ele virou a cabeça devagar para mim.

- Aly...- murmurou ele.

- Que bom que você está bem- disse eu.

Ele sorriu, cansado, ele tinha um corte ao lado do lábio que dava pra ver melhor quando ele sorria, mas ele não apreceu se importar com nenhum tipo de dor.

- Desculpe... por arranjar... briga com Splarks- murmurou ele.

- Não diga nada- disse eu.- Não foi culpa sua.

Ele fechou os olhos e seu cabelo vuou com o vento que entrava pela janela. Eu me sentei na cama e fiquei observando-o.

- Pare de me olhar assim- disse Nico, ainda de olhos fechados.

- Como sabe que eu estou te olhando?

- É indiferente.

Ele também se sentou e com cuidado colocou a camiseta mancahada de sangue.

- Ei, Aly- disse ele.- Foi muito corajoso da sua parte, cuidar de mim.

- Eu não podia deixar você morrer- disse eu.

Ele sorriu e abriu os olhos, estavam vermelhos, como se ele tivesse chorado muito. Ele suspirou.

- Vamos?- Perguntou Nico.

- Aonde?- Perguntei.

- Você verá- disse ele se levantando e dando as mãos para que eu levantasse, e saímos da enfermaria, era um dia comum no acampamento, campistas treinavam arco-e-flecha, e treinando com suas espadas, Nico me guiou até a arena, onde nenhum campista estava batalhando, o quê eu achei estranho, apenas havia uma mesa no centro, com comes e bebes, e todos meus amigos estavam lá, Percy, Annabeth, Tyson, Juníper, Grover, Mariana, os amigos de Dérick, e alguns outros campistas.

- Feliz aniversário, Aly!- Gritaram todos juntos.

- Meu aniversário?

- 27 de julho- disse Nico.- Não é seu aniversário?

- Ah, é, tinha esquecido o tempo aqui.

Nico me abraçou.

- Feliz aniversário... irmãzinha.

 

Quando o sol estava se pondo, Nico e eu fomos para a cabana, não para dormir, mas depois ficava difícil de achar o caminho de volta, eu me sentei em minha cama, e ele na dele.

- Foi um dia cheio- disse ele.

- É...- disse eu.

- Ei, ainda é seu aniversário- disse ele sorrindo.

- É... e daí?

- Eu fui o único que não te dei presente.

- Hum... é.

Ele abriu o ámario cheio de objetos de guerra e tirou o arco de bronze.

- Como você já ficou com a metade dela- disse Nico.- Fique com o arco também, era de Bianca.

Ele me entregou o arco, era meio pesado, e depois as flechas, que também eram de bronze.

- Espero que goste.

- Eu... não sou boa de mira.

- Treine- disse ele.

- Ok...

Ele beijou meu rosto e foi para a cama dele, tirou a camisa, e colocou um curativo em cima da minha costura, ele se deitou sem ao menos colocar lençol e fechou os olhos, não sei se ele dormiu direto, mas eu me deitei e adormeci.

 

Acordei cedo, mas o sol já tinha nascido, olhei para a cama de Nico, estava feita, mas ele não estava lá, eu saí da cabana e corri para o acampamento.

- Percy!- Gritei, procurando-o, eu corri até o chalé de Poseidon e entrei sem sequer bater na porta, fui até a cama de Percy o chaqualhei.- Percy! Percy, ACORDA!

- UAAAAAAAAAAH!- Berrou ele.

- Fica quieto- disse eu.- Ei, Nico sumiu, sobe algo?

- Hum? Sumiu?- Murmurou ele.- Ah! Nico, ele sempre some, algum dia ele volta.

Meu coração ficou pesado.

- Algum dia?- Perguntei.

- É- disse ele se virando para voltar a dormir.

Eu saí do chalé pensativa, subi até metade da colina e me sentei, o vento batia fortemente no meu rosto, um papel voôu até meu rosto, e eu o peguei, estava dobrado, escrito Para Alysson Sword. Eu abri o papel e li:

Alysson,

              espero que você fique bem, eu tive de ir, meu lugar não é no acampamento, o seu talvez seja, você tem de cuidar de Mariana, ou vice-versa, treine bastante, fique forte, eu vou voltar, eu te prometo.

             Todo homem que é capaz de amar, corre o risco de odiar, lembre-se disso Aly, eu te amo,

                                                       Nico di Angelo.

Estava escrito tudo em grego, por isso devo ter entendido perfeitamente, eu sorri para a carta de Nico, e eu sabia, que para sempre, esperaria sua volta, mesmo que demorasse o tanto que eu imaginava.

 

 

 

"Todo homem que é capaz de amar, corre o risco de odiar".


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Notas finais do capítulo

Gostaram? =DD Espero que sim, bem, a história acaba por aqui, quem quiser mais, avisa, talvez eu faça mais uma fic, como continuação dessa, vlw galeraa =DDDD



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