Eu, meu inimigo e nosso bebê escrita por Lucy


Capítulo 27
Capítulo 26


Notas iniciais do capítulo

Ok, eu sei que eu mereço uma morte lenta e dolorosa. MAS ME DEIXEM EXPLICAR ANTES!
Sei que nunca demorei tanto, mas tive motivos: primeiro, eu estou estudando e quase não tenho tempo para escrever (sério, eu saio de casa às 8h e chego as 00h, só tenho dois intervalos: almoço e janta) e aí eu escrevia no caminho de ida e volta, mas meu computador tinha parado e eu não tinha como terminar aqui e postar. E aí, quando eu finalmente consegui resolver o problema que eu mesma tinha causado, tive uma crise forte de gastrite e fui parar no hospital. Foram 4 dias de puro sofrimento e vômito (nojo eterno) e aí fiquei super mal por quase uma semana, cheia de tontura e não conseguia comer nada e nem fazer nada que não fosse dormir. ENTÃO, A CULPA NÃO FOI TOTALMENTE MINHA, NÃO ME MATEM! Agora chega de falar porque acho que já atrasei um pouquinho demais, né? Desculpem de verdade, amorzinhos da Lucy ♥



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P.O.V Thalia Grace

Escuto a porta do quarto abrir e cubro o rosto com a coberta, esperando que quem estiver entrando perceba que não quero ser acordada e vá embora. Escuto Bianca rir e murmurar alguma coisa quase inaudível.

— Nem pense em tentar me enganar, Thalia – ela se senta na ponta da cama e descobre meu rosto, dando um sorriso animado. Retribuo com uma expressão chorosa. – Vamos lá, cunhadinha. Hoje é sexta e amanhã eu deixo você dormir o tempo que for.

Cubro o rosto com as mãos, pedindo para todas as divindades que me levem desse mundo cruel.

— Você sabe que não é verdade – eu respondo, com uma voz baixa e desanimada. – Todo final de semana acontece alguma coisa e você me acorda cedo.

Encaro ela que dá de ombros e se levanta.

— Não é minha culpa – ela me puxa, fazendo com que eu me sente. – Vamos, Grace. Tenho certeza que esses bebês estão desesperados por comida.

Eu me levanto e me arrasto até o guarda-roupa. Procuro alguma coisa que me deixe confortável e tento me segurar para não tentar atravessar o guarda-roupa e encontrar um lugar para dormir em paz, lá em Nárnia.

— Estou indo separar alguma coisa para você comer – Bianca avisa. – Nem pense em voltar para a cama!

Ela sai do quarto, fechando a porta. Sigo para o banheiro, para fazer toda a minha higiene matinal.

Quando chego à sala, Bianca sorri e aponta para a cadeira em frente à dela. Me sento e coloco o suco no copo, bebericando lentamente.

— Onde está Nico? – pergunto, olhando em volta.

Bianca sorri maliciosamente.

—Saudades do seu amorzinho? – reviro os olhos. – Ele saiu mais cedo com o Percy e Silena, nada demais.

Eu assinto e termino meu suco, me levantando.

— Vamos?

— Você não vai comer nada? – Bianca pergunta, incrédula. – É o fim dos tempos.

Eu dou risada com o comentário dela e coloco a mochila nas costas.

— Eu como alguma coisa na escola, estou com muito sono e não me dou bem comendo muito cedo – eu explico e ela assente, mas vejo que coloca algumas comidas na bolsa.

Arqueio a sobrancelha para ela, que dá de ombros.

— Só para garantir, vai que você não encontra comida por lá.

...

— Você parece péssima – Leo se senta ao meu lado, no banco do pequeno jardim que tem perto da entrada da escola. Dou risada.

— Quem fica bem às 7 horas da manhã?

— Amanhã é sábado, alegre-se! – ele diz com entusiasmo.

— E eu moro com a Bianca, ela acorda cedo sempre e inventa coisas malucas que me envolvem – faço uma careta, imaginando uma de suas “ideias para animar o final de semana”.

Leo coloca a mão em meu ombro e balança a cabeça, com uma expressão de quem sabe bem sobre o assunto.

— Eu moro com Silena – ele faz uma cara de quem tem traumas de infância. – Ela adora testar os produtos que ela inventa em mim. - Diz que eu tenho uma pele boa.

— E por que você quer que chegue logo o final de semana? – eu questiono.

Ele abre um sorriso enorme, fazendo que seus olhos fiquem quase fechados. Depois passa a mão pelos cabelos enrolados e suspira.

— Eu e Reyna vamos sair amanhã – eu dou um sorriso. – Está tudo ótimo entre nós e eu não me sinto mais sem palavras perto dela, até conversamos bastante.

— Isso é ótimo! Estou feliz por você – ele coloca o braço em volta de mim.

— Devo tudo isso a você, Thalinha — ele fala o apelido com provocação.

— Que tal não me chamar assim, então? – Ele ri. – Mas eu realmente não fiz nada demais, sério. Só ajudei um amigo.

Ele pisca para mim.

— Acho melhor irmos, Rainha do suco – ele se levanta e me leva junto. – Estamos atrasados e aquela professora de geometria parece odiar todo mundo.

Seguimos para a sala. No corredor, ele me conta como foi seu último encontro com Reyna, fazendo atuações e imitações de vozes péssimas, o que me faz rir.

— Thalia! – escuto Paige me chamar, com seu sotaque inconfundível. – Espere!

Viro e encontro a loira vindo em nossa direção com passos rápidos. Ela está sorridente, como sempre.

— Tente ser simpática pra variar – Leo sussurra para mim.

— Algum problema? – eu pergunto, tentando não parecer tão indelicada.

Leo coloca a mão sobre a testa, provavelmente querendo mostrar que minha tentativa não deu muito certo.

— Não! – ela responde animadamente, sem parecer notar minha impaciência. – É que temos aula juntos agora, pensei que poderia ir com vocês até a sala... Oi Leo!

Leo dá um aceno e um sorriso para ela.

— Vamos, então. Estamos atrasados – eu digo e ela concorda.

Voltamos a andar apressadamente, agora sem tantas risadas. Paige fala como se não houvesse amanhã e Leo responde de modo simpático. Ela parece estar se acostumando novamente com a mudança de país, já que não troca tanto as letras como costumava fazer a algumas semanas.

— Nico estava procurando por você, Thalia – ela avisa, sorrindo como sempre. – Como estão os bebês?

— Estão bem... – eu respondo e paro em frente à porta, que já está fechada. – Chegamos.

— E parece que todos já chegaram também – Leo diz, espiando pela pequena janelinha da porta.

— Nem todos – Paige responde, apontando para o lado oposto do corredor.

Meus olhos encontram Jade, correndo de modo desesperado em nossa direção. Seu cabelo está preso e seu rosto está vermelho.

— Meu Deus – Ela está ofegante quando chega até nós, se apoiando em Leo. – A professora não deixou vocês entrarem?

— Nem tentamos ainda, Jadelyn – Paige responde, sem esboçar nenhum de seus sorrisos.

Jade olha para a alemã sem nenhuma expressão, depois olha para a porta e balança a cabeça.

— Ok, melhor assim. Vocês provavelmente teriam estragado tudo – ela passa a mão pelo cabelo e se coloca ao meu lado, dando batidas fracas na porta.

A porta se abre segundos depois e uma mulher morena nos encara com a expressão séria. Ela arruma o óculos e cruza os braços.

— Vocês não acham que é um pouco tarde para tentarem entrar na minha aula? Francamente, estão atrapalhando um momento crucial da aula! – ela respira fundo e olha para nós quatro. – Estava tendo uma festa e eu não fui convidada?

— Quem convidaria uma professora chata para uma festa? – escuto Leo sussurrar e Paige dar uma cotovelada nele. A professora parece não reparar isso.

Penso em abrir a boca para responder a professora, mas Jade faz isso primeiro.

— Temos como explicar, Sra. Lozasso – a professora continua séria. – Você sabe que eu nunca me atraso, mas também sabe como são adolescentes irresponsáveis, como nossa querida Thalia, que está grávida.

Reviro os olhos e a professora assente com um balanço mínimo de cabeça.

— Encontrei eles no corredor e ela estava passando mal. Paige e Leo são dois alienados e estavam desesperados porque não sabiam o que fazer. – ela explica tudo com uma expressão séria e calma. - Eu não podia abandonar Thalia morrendo lá, então a levamos para tomar um ar e beber uma água.

— Prometo que tento não fazer isso se repetir – eu digo, confirmando a história.

Sra. Lozasso nós observa com seus olhos escuros e assustadores, depois solta um suspiro e balança a cabeça.

— Saibam que isso não vai acontecer de novo, crianças – ela diz, abrindo caminho para nós. – Só vou permitir porque Jadelyn é uma aluna excelente e é normal situações como essa nas condições da Srta. Grace. Sentem-se e não atrapalhem mais minha aula.

Ando rapidamente até a mesa onde está Nico, que me observa com a sobrancelha arqueada. Me sento ao seu lado e respiro fundo.

— E mais uma vez os bebês salvam o dia – eu sussurro e Nico ri.

Leo, Jade e Paige se sentam nos lugares disponíveis em nossa mesa. Eu olho confusa para as duas loiras.

— Não me digam que já somos super amigas só por causa essa pequena história para entrar em uma aula – Jade revira os olhos.

— Não tem outros lugares vazios, Grace – ela responde, irritada. – Não me atrapalhe ainda mais que já fez.

— O que? – eu olho para ela incrédula. – Se não fosse por mim, você por mim você nem teria entrado nessa sala!

Ela abre o caderno e olha para a professora, que explica algo sobre triângulos.

— Se não fosse pelo seu ex-namorado – ela volta a olhar para mim -, eu nem teria me atrasado.

— Eu não tenho culpa disso!

— Ele é a pessoa mais irritante e persistente que eu já conheci – ela diz, inclinando a cabeça para nós.

— Concordo totalmente – Nico diz, revirando os olhos.

Encosto a cabeça no ombro dele. Jade se vira, voltando a prestar atenção na aula. A professora continua suas explicações sobre os triângulos desenhados na lousa, mas não consigo me concentrar para escutar alguma coisa.

— Vocês já pararam pra pensar que nessa mesa eu sou o único que nunca beijou o Nico? – Leo diz, com a voz baixa e um sorriso malicioso.

— E não adianta pedir – Nico fala, me dando um susto. – Isso não vai mudar.

Le faz uma cara de nojo para Nico, que ri. Paige tem uma expressão de surpresa, como se a observação de Leo fosse uma novidade para ela.

— Eu também sou o único que Thalia nunca odiou – Leo diz, bagunçando meu cabelo.

— Ainda – eu respondo irritada, passando a mão pelos fios e colocando-os de volta do lugar. – Babaca.

— Meu Deus, calem a boca – Jade exclama em um sussurro.

Todos voltamos a ficar em silêncio. A Sra. Lozasso termina a explicação e começa a falar sobre um trabalho em grupo que teremos que fazer.

— Cada grupo terá uma forma geométrica e alguns tópicos para cumprir – ela pega folhas e começa a entregar para os alunos, uma folha por mesa. Ah, não. – Parte escrita, desenhos, pequenas representações e claro, contas... Enfim, está tudo aí. A entrega será semana que vem e haverá uma apresentação oral no dia. Boa sorte a todos.

Ela entrega a última folha em sua mão para nós.

— Se saíram muito bem trabalhando juntos hoje, não é? – ela dá um sorriso desafiador. – Vamos ver como se sairão trabalhando juntos novamente, agora com triângulos.

Ela dá aquele último olhar assustador antes de se virar e voltar para frente, liberando a sala dos cinco minutos restantes da aula.

— Credo, a velha é vingativa – Leo comenta, jogando o caderno dentro da mochila. – Vai ser um desafio e tanto.

Ele olha para mim e depois para Jade e Paige, fazendo uma careta como se tivesse acabado de ter um pensamento horrível.

— Eu posso fazer tudo – Jade diz, se levantando. – Nem é nada demais, já tivemos essa mesma matéria milhares de vezes.

— Isso seria ótimo... – Leo começa, mas é cortado por Paige.

— De jeito nenhum! – ela exclama. – Você pode muito bem estar fazendo isso para estregar tudo e tirar nota de nós.

Jade revira os olhos e Leo ri.

— Como se ela fosse fazer isso... Ela jamais faria isso com Nico ou com a própria nota – ele olha para ela e arqueia a sobrancelha. – Né? Porque eu também preciso de nota e não seria legal, loira...

— É claro que eu não faria isso! – ela dirige seu olha a Nico. – Minha nota não mudaria muito com um zero e eu não me importaria nem um pouquinho em ver as duas afundadas em geometria. Mas não prejudicaria Nico de jeito nenhum... Nem Leo. – Leo sorri e ela dá de ombros. - Drew ficaria irritada.

Paige cruza os braços e olha sério para ela.

— Eu não vou deixar o trabalho nas mãos dela. Ela nem gosta de mim!

Solto um suspiro irritado e me levanto, apoiando o corpo em Nico.

— Não querendo concordar com a gringa e nem desconfiando dos seus fantásticos sentimentos pelo Nico, mas prefiro participar do trabalho também – eu digo, fazendo Paige dar um sorriso para mim e um olhar superior para Jade.

— Eu não vou deixar as três sozinhas fazendo um trabalho porque... Ah, porque provavelmente teria sangue e não queremos isso – Nico diz, me fazendo rir.

— Eu prefiro permanecer longe, se for possível – Leo diz, piscando para nós.

— Tanto faz – Jade diz com impaciência. – Só digam adiantadamente quando vamos fazer porque não sou uma desocupada como vocês. Tchau, tchau.

Ela se vira e sai da sala rapidamente.

— Garota insuportável – eu murmuro. Olho em volta e vejo que somos os únicos que ainda estão na sala. – O papo está maravilhoso, mas temos aula, né? – apoio o queixo no ombro de Nico se vira, quase colando nossos rostos. – Vamos?

Ele assente e me despeço de Leo com um abraço e dou um aceno impaciente para Paige, que continua com essa simpatia exagerada e irritante para mim.

No corredor, as pessoas gritam e correm como se o mundo estivesse acabando. Será que ninguém sabe conversar civilizadamente, sem gritaria e coisas do tipo?

— Como você aguentou namorar aquela garota? Ela é super animada e amigável... Eca! – Nico ri, me puxando para perto.

— Ela só tenta ser legal com você, Thalia. A culpa não é dela que você é rabugenta e irritada – reviro os olhos e ele sorri. – Aliás, ela tem um jeito bem parecido com o da Bianca.

— Você está insinuando que eu passe a me irritar com sua irmã, Nico? – eu arqueio a sobrancelha, dando um sorriso.

— Você me entendeu – encosto na porta do armário e ele me dá um selinho, que logo se transforma em um beijo.

É a primeira vez que fazemos isso no meio do corredor da escola onde todos podem ver e eu praticamente sinto os olhares e escuto os murmúrios sobre nós. Isso não dura muito tempo, já que Annabeth, Percy e Zoë chegam, atrapalhando tudo como de costume.

— É tudo muito lindo e tal – Zoë diz, afastando nós dois. – Mas eu já estou cansada de ficar de vela.

— E estava todo mundo falando de vocês – Percy diz, sorrindo.

— Não me importo – dou de ombros e dou um passo, ficando ao lado de Zoë. – Vamos, garota carente.

...

Abraço a mochila e olho com desconfiança para as duas garotas, que me olham com impaciência.

— Vocês prometem que vão me levar pra fazer alguma coisa legal? – eu pergunto e Annabeth assente, sorrindo. – Porque eu costumo almoçar e assistir alguma coisa com Nico toda tarde e não quero mudar isso pra fazer alguma coisa que me deixe entediada, cansada ou irritada.

— Nós só vamos almoçar e ir ao parque, Thalia! Credo – a loira diz e tira a mochila de minhas mãos, jogando no canto do chão do carro.

— Uh, nossa queria hater de rotinas querendo ir pra casa e fazer o mesmo de sempre – Zoë provoca, enrolando no dedo uma mecha do meu cabelo. – O que o amor não faz com as pessoas, não é?

Dou um tapa na mão dela e mostro a língua.

— Cale a boca, Zoë. Você não sabe o que está falando – eu digo e ela ri.

— Você que é ceguinha – ela ri e me abraça de lado. – Vem, vamos logo porque eu estou com fome.

— Tem certeza que vocês não querem ir pra casa? – eu pergunto, dando um sorriso para convencer as duas. – Tenho certeza que está passando um filme ótimo e que Bianca faria um brigadeiro maravilhoso...

— Não, Thalia! – Annabeth me arrasta para o carro. – Vamos ao parque hoje. Você precisa de ar puro, natureza.

— Annie tem razão – Zoë concorda, sentando-se no banco da frente e virando para mim, que fui praticamente jogada no banco de trás. – Você está até mais branca do que o normal. Aposto que está faltando vitamina D nesse corpinho.

Eu e Annabeth rimos.

— Deixe de ser exagerada, Zoë! – me apoio no banco e dou um sorriso. – Fiquem sabendo que vocês vão me pagar um sorvete por esse sequestro, ok?

— Pago até dois – Annabeth diz, piscando para mim e dando partida no carro. -, se você prometer não reclamar durante o resto do dia.

P.O.V Nico di Angelo

Bianca estende a lista de nomes, há quase quinze páginas ou mais. Milhares de nomes. Eu demoraria dias só para ler tudo aquilo.

— Você só pode estar brincando, Bia – eu digo, pegado os papéis de sua mão. – Você não acha que isso vai piorar tudo?

— Claro que não, Nico – ela prende  cabelo e se joga no chão, esticando a perna e começando a se alongar. – Eu tenho uma lista pra Thalia também. Vocês escolhem os preferidos e depois comparam.

— Acho que tem todos os nomes do mundo aqui – eu digo, passando as páginas e fazendo uma careta.

— Não, maninho – ela encosta a mão na ponta do pé e vira a cabeça para mim. Se fosse eu ali, já estaria morto. – Eu tirei alguns nomes. Sabe, alguns que eu simplesmente não suportaria em meus sobrinhos. Tipo Robert, tem alguma coisa nesse nome que me irrita.

— Aquele seu ex, talvez? – eu provoco e ela mostra a língua, voltando a se concentrar no alongamento.

Escuto a porta abrir e risos conhecidos. Zoë, Annabeth e Thalia entram na sala e andam até nós. Bianca – que está com a cabeça quase colada no chão e as pernas esticadas – sorri para elas. Elas acenam para mim.

— Estou cansadaaa - Thalia se joga ao meu lado, me abraçando e dando um beijo demorado na minha bochecha. - Elas me fizeram andar muito!

Zoë faz uma cara de choque para Thalia.

— Nada disso! - ela exclama. - Thalia, nós andamos pouquíssimo! Você que é preguiçosa.

Annabeth ri, se jogando na poltrona.

— Talvez seja a abstinência de Nico - a loira aponta para Thalia, que está agarrada em mim com o rosto escondido em meu pescoço. - Desde quando ela é tão melosa assim?

Em um movimento rápido,  Thalia se afasta de mim e joga uma almofada em Annabeth. A garota dá um grito quando o objeto acerta seu braço.

— Isso é amo... - Bianca começa e Thalia mira outra almofada nela, com uma expressão irritada. - Hormônios! São só os hormônios da gravidez.

Thalia mostra a língua, mas volta a se encostar em mim e pressionar a barriga com a ponta dos dedos.

— Parem de incomodar ela! - eu reclamo, passando o braço em volta de Thalia. - Sou eu que preciso aguentar o estresse dela depois.

— Seu idiota! - Thalia exclama, tentando se afastar de mim e dando tapas em meu braço. - Eu tenho tentado ao máximo ser a melhor pessoa do mundo com você!

Ela tenta se afastar enquanto eu tento manter seus braços parados.

— Era brincareira, Thalia! Eu amo até quando você está irritada e jogando tudo longe – ela para de tentar soltar seus braços e pisca seus olhos azuis. - Não tem nada que eu não goste em você.                        

Ela me encara sem expressão e não diz nada, mas as três garotas em nossa volta dão suspiros apaixonados e dizem coisas como "tão fofo” e “que lindos”.

Thalia dá um sorriso envergonhado e entrelaça nossos dedos, virando-se novamente para encarar suas amigas.

— Vamos assistir alguma coisa?

— Claro – Annabeth concorda e dá um sorriso. – Mas precisa ter brigadeiro.

Zoë se senta no chão e balança a cabeça.

— Ótimo para mim também, mas antes... – ela franze a testa e aponta para Bianca. – Alguém pode me dizer por que Bianca está nessa posição com essa calça colorida no meio da sala de vocês?

— Eu aprendi a não questionar – Thalia diz, levantando e me puxando junto em direção à cozinha. – Eu faria o mesmo se fosse você.


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Notas finais do capítulo

Desculpem qualquer erro, não tive muito tempo para corrigir (apesar de estar anos já sem postar), então tô correndo porque deveria estar escrevendo uma redação, mas não estou. Desculpem mais uma vez por toda a demora e um beijo no coração paciente de vocês :*



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