Black Discipline – Teoria do Caos escrita por Newerth En James


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Estrada para o inferno parte I


Notas iniciais do capítulo

1º Tentei encurtar ao máximo para ficar agradável gente, mas peço desculpas se eu exagerei em algum momento.

2º Postarei o próximo capitulo em breve, contudo fiquem ligados nas minhas pages e podem me procurar nas redes sociais. Também tenho outros projetos em andamento. =)

3º Procuro responder comentários sempre que possível, porém não garanto nenhuma resposta em prazo abaixo de 2 dias úteis.



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Mais um dia de aula se iniciava no interior das salas das universidades, uma das maiores de todo os estados unidos da américa e famosa pela incidência de alunos em grandes corporações do mercado. O seu campus um dos espaços de concentração, preservando o verde de sua grama e as árvores que já atingiam uma idade na história da existência de toda a estrutura acadêmica.

As salas modernizadas com um clima ambiente refrigerado pelos ar-condicionado, aquelas mesas de uma largura fazendo curvas até a escada e equipada com computadores de configuração intermediária rodando sistemas operacionais de livre licença para distribuição ou alteração de sua interface usuário, entre amigos, colegas de estudo, trabalho e até mesmo aos familiares.

Nada disso seria possível sem uma gestão eficaz, inspirando confiança nos investidores e conciliando as necessidades mais básicas da sociedade que é a educação. Nos dias atuais as ruas encontram-se mergulhadas na delinquência juvenil, entorpecidas e marginalizadas atingindo os mais altos pilares, transgredindo e transmitido de geração a geração. Mas por aqui, onde tudo é permitido e nada impossível, nossos jovens e adultos optaram por dar espaço a criatividade ao invés da individualidade, a fraternidade acima da simples amizade e o respeito além de todos os quesitos já mencionados ou conhecidos.

Uma semana especial se iniciara, hoje 14 de abril de 2025 na cidade da Califórnia ainda o paraíso turístico predileto dos viajantes de primeiro mundo, também referência em tecnologia de ponta com a fundação do CaliEcoCenter(CECCO). Nosso centro de pesquisas e desenvolvimentos em biogenética cifrada. Seu impacto no quadro da economia geral e global apresenta-se com bons ânimos aos acionistas, tanto que investiram nas reformas das vias públicas nos principais pontos de acesso e cruzamentos, além de inaugurar estradas inteligentes e outros particulares garantindo a segurança dos passageiros que venham nos visitar por curiosidade ou até mesmo estimulando interessados em integrar as equipes de funcionários.

Sua arquitetura é de uma visão bem simples por fora, pois é um conglomerado de capsulas interligando uma diagonal organizados e divididos pelo Hectare Campus. Sim, isso mesmo, as instalações não foram construídas em meio de desertos ou mesmo feito qualquer alteração na composição geográfica ambiental. Ao invés, os designers e engenheiros projetaram para se adaptar ao crescimento das raízes do plantio, todavia é feito um controle e direcionamento de insetos para não prejudicar a integridade dos circuitos eletrônicos.

Dentro de um daqueles ambientes, passando pela porta automática da frente e revelando um estilo de fundo saindo a fora dos costumes dos alunos. Apesar de usarem uma tecnologia popular a 6DY, que permite uma interação entre a projeção de imagem, transmitindo as sensações de movimento e alcançando até mesmo o ato de tocar em objetos e pessoas. Sua utilização tem sido restrita a pacientes de alas psiquiátricas que sofrem de traumas ou por razões ainda não explicadas, perderam sua coordenação motora ou a percepção realística de ser ter uma vida normal.

Em nossa era carros de fina espessura e de larguras moldáveis em relevos são uma febre desta geração, as cores usadas e os designers personalizados são ótimas formas de interação social e no trabalho. Os transportes públicos não ficam para trás com essa evolução, muitos já estão sofrendo as mudanças dessa tendência inovadora e a composição material de suas peças, trilhos e acabamento procuram ser mais resistentes. É possível viajar em curto período de tempo, sem esperar muito e podendo até mesmo comprar as passagens usando aplicativos web já com a rota aproximada.

As aulas atualmente da nossa classe estão sendo ministradas em parte nos domínios da escola e mesclados com turismo aos pontos científicos da cidade. Nesse momento as turmas encontravam-se reunidas no interior das instalações com o intuito de se estudar sobre alguns dos experimentos realizados e extrair disso uma dissertação de sessenta e quatro páginas sobre o futuro da genética, com seus impactos sobre a natureza comparados aos últimos anos. Uma atividade extracurricular valendo uma média de 0,5 pontos por avaliação de escrita, composição de tópicos e comportamento ativo durante as apresentações.

Abaixo de seus pés haviam pequenos octógonos protegidos por uma plataforma cristalizada superior e de coloração transparente, ela era capaz de aguentar um pouco mais de uma tonelada de peso e no reflexo destes objetos projetava-se cenas curtas de florestas com suas matas sob o céu límpido. Pelos lados poderiam observar algumas espécies de animais, selvagens e outros nem tanto assim, antes e depois da aplicação de tri células mutagênicas, ou Células-T, como são chamadas pelos cientistas desta unidade.

— Bom pessoal, me chamo Lea e junto com sua professora Marin Bolton, serei sua guia por todo este lugar.

Lea era uma mulher esbelta, de origem norueguesa e seus cabelos escuros estavam desarrumados, motivo que a levou a prendê-los fazendo um pequeno rabo de cavalos. Vestida ela estava com um jaleco branco por cima de sua camisa cinza de mangas longas, onde na linha vertical superior ao canto esquerdo do seio tinha um desenho de uma coroa com as inicias R.B escritas dentro de um círculo. Talvez fosse uma homenagem a alguma cidade específica, ou a marca de um clube estudantil.

— Se olharem para a esquerda agora, iremos ver três espécies de animais modificados geneticamente pelas células-T e seus benefícios durante situações típicas do seu habitar.

Os alunos se entreolharam a princípio e passaram a acompanhar as telas na direção informada.

O Primeiro animal a receber as injeções de células foi um leão africano, sua pele tornou-se mais sensível e os pelos ondulavam ao redor do corpo. A juba aparentava ser mais macia e volumosa a ponto de esconder as suas orelhas finas e rosadas acima da cabeça. Sua cauda era a única parte que não sofreu alterações. Ele estava sobre um altar de pedras rochosas, numa noite de lua cheia e rugindo de uma maneira estranha que soava como um uivo.

Na próxima sequência ele corria pelo deserto junto a uma manada de búfalos, conseguia alcançar uma velocidade aproximada de todos juntos para surpresa dos presentes e ainda abocanhará o pescoço de um deles com tamanha força nas presas, chegando a arrancar até uma parte dos ossos da região.

— Esta espécie nós batizamos de Leão Lunar, atinge velocidades surpreendentes comparáveis aos dos Guepardos e acompanha sem dificuldades uma moto moderna de 200km² por hora.

Um dos alunos interessados ergueu a mão para o alto e a pesquisadora apontou em sua direção dando vez ao jovem.

— Doutora Lea, mas por que ele uiva antes da caçada? Até onde eu saiba, os leões são famosos por rugir quando querem assustar ou seu território está sendo ameaçado.

— Sim querido, uma ótima pergunta. Esse leão em especial utilizamos um composto de células-T de 3ª classe, onde eles desenvolvem atributos físicos e psicológicos aprimorados de outras famílias de animais.

— Mesmo assim, por que um lobo e não um outro animal carnívoro?

— São respostas para essas perguntas que nos mantém trabalhando diariamente nesse lugar. Com sorte, quem sabe, ainda lhe consigo um estágio por aqui. Olhe que as vagas são acirradas, sabia?

O rapaz afirmou positivamente com a cabeça e tornou a ficar em silêncio com seus pensamentos.

— Dawan, olhe aqui do lado depressa. – Chamou um deles quase em um sussurro para não ser ouvido e pontuado pela professora.

Moreno, apenas uns quinze centímetros e meio mais alto que os demais na classe, estudante dedicado de ciências histórias e por alguma razão estava fascinado com aquele exemplado. Esse cara era o Dawan, de cabelo branco enrolado em suas pontas parecendo macarronada em um prato e destacavam-se pelos olhos azuis claros perolados.

A jaqueta usada normalmente por ele em ocasiões como esta pareciam um pouco apertadas e realçavam a rígida musculatura que não havia em seus braços, além de cobrir o moletom escuro que usava por baixo. A peça terminava com uma bota e calça de materiais dedicados, seguindo um estilo harmônico para o conjunto.

Estava perdido em seu mundo até ser despertado por uma bolinha de papel, molhada no que supunha ser saliva e de origem humana, nada poderia deixa-lo mais agitado e rebuscar um olhar mergulhado em um mar de fúria por entre as lentes arredondas de seu óculo.

A sua frente estava Daniel, dono de um perfil único e alvo constante de paparazzi, parado ele estava esbanjando seu terno embromado e de gravata borboleta ambos saídos de uma vitrine de Londres desta vida. Seus olhos da cor do mel com um sorriso desenhado, digno de um comercial de carros, atraia a atenção das meninas e os olhares de repúdio dos que as acompanhavam.

— Ah, o que foi Daniel? Chamou? – Perguntou Dawan, ainda confuso com a situação.

— Sim! Em que terra você estava dessa vez? Valhalla? – Indagou Daniel, levianamente irritado franzindo o cenho.

— Mil desculpas Dan, eu juro que não acontecerá outra vez.

— Não é? Tudo bem. Agora, ouça-me com atenção irmão – Começava o Dan, apoiando sua mão sobre o ombro de seu colega. – Você precisa sair um pouco desse seu mundinho das sombras. Nada contra. No entanto, acredito que deveria repensar melhor esse seu jeito ou será difícil arrumar uma garota para o baile de máscaras.

— Baile de máscaras? Droga, o baile de máscaras. – Resmungou o moreno.

— Não acredito que esqueceu da festa mais importante das nossas vidas, cara. – Comentou seu amigo em um tom de reprovação.

— Sabe são tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo nas últimas semanas que nem me lembrava mais disso.

— Dawan...

Ele tentou dizer mais algumas palavras, porém desistiu percebendo que seria inútil e na pior das situações perderia a boa amizade que construíra desde a infância.

— Bom o azar é o seu meu caro, porque eu já tenho com quem sair. – Afirmou o sortudo, gesticulando para uma esbelta loira de cabelos compridos até o ombro e de um olhar esmeralda sedutor, além de suas curvas avantajadas cobiçadas pelas demais e isso sem falar na fartura de teus bustos. A mulher se dando conta retribuiu num aceno e jogando sua cintura destreza com jeitinho para os lados.

O suspiro de excitação e o desejo de empossa-la em seus braços, alcançava proporções inéditas em sua cabeça.

— O Quê? Está brincando não é? – Interpelou o surpreso, boquiaberto e com seu queixo indo de encontro ao chão. — Não me diga que está namorando, a madame coração gelado? – Finalizou ele em deboche a cena.

— Muito engraçado, mas a Nancy não é desse jeito que você está pensando e aliás este é um apelido da terceira série.

— Seja como for acho que não tenho tempo para isso. – Afirmou ele em total desânimo com a situação.

Daniel ficou pensativo com aquilo, cruzou os braços e fechou os olhos por um minuto. Imaginou uma solução para aquele problema, respirou o tão fundo quanto conseguia e ao acordar de seu ligeiro transe, metros do aglomerado de estudantes havia uma mulher formosa de cabelos compridos, seu vestido era tecido em um ceda especial e o modelo feito sob medida na cor escura, cujo os detalhes na base da cintura a linha de seus fartos seios lembravam um estilo de Lolita. Os cílios tingidos a lápis e os olhos com um nível adequado de maquiagem, também espalhado discretamente nas maçãs de seu rosto.

A jovem caminhou em direção a sua professora durante um instante e mantendo um olhar alternado para com a doutora, então seguiu para a sala seguinte conforme indicações fornecidas pelas duas e elas tornaram sua atenção ao pessoal, como se nunca falassem qualquer coisa com a dama vestes escuras.

— Sabe eu acabo de ter uma ideia espetacular e não me venha querendo recusá-la. – Advertiu o riquinho.

— Ah! Já sei onde isso vai acabar, mas tudo bem pode mandar bala. – Pediu Dawan.

— Já que eu estou em um caso com a senhorita Drew, sabendo de seu apelido pouco sensato. Então nada melhor para igualarmos os pares, senão, acertar as bodas oficialmente com a rainha das bruxas e filha do bode sinistro.

O moreno deu um leve suspiro antes de continuar a fala, aproveitou o momento para fazer uma pausa no diálogo e refletir sobre as suas próximas palavras.


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Notas finais do capítulo

Boa semana para quem ler. =)



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