I Need The Truth escrita por Anna Blueee
Prólogo – My Past Is Very Bad
*Alguns anos antes*
Point Of View Emily Banks
22:00 P.M, Sexta- feira
– Emily, querida!
Minha mãe chamava-me enquanto se arrumava em seu belíssimo quarto. Era uma suíte, paredes de alguns tons de azul claro, próximo a cor de meus olhos, o chão era composto de uma madeira escura e os móveis eram em tons mais claros, contrastando com o quarto.
Também havia duas portas brancas onde se encontrava um closet, no qual nem posso descrever o seu tamanho! Era um mundo enorme de roupas, sapatos e bolsas de um lado e camisas, calças, sapatos e ternos do outro.
A penteadeira, que ficava dentro do closet e onde minha mãe se encontrava, era composta por um tom branco com um leve azul, tinha um espelho gigante e várias gavetinhas onde obtinha um mundo de maquiagens, perfumes e jóias.
– Emily? – Ela me chamou novamente no instante em que coloquei meu rostinho na porta, observando-me pelo espelho da própria penteadeira enquanto finalizava o rímel.
Ela estava com um vestido nude, porém, com leves transparências deixando-a mais bela do que já era, uma maquiagem leve e um batom próximo ao vinho.
– Venha aqui, mocinha. – Ela bateu no espaço do banco que sobrou ao seu lado, convidando-me para sentar no mesmo, e assim eu fiz. Subi com certa dificuldade, mas quando consegui, percebi que teria de dar uma bela opinião.
Tive de tomar extremo cuidado ao subir, pois usava uma camisola longa e com mangas até os pulsos que era uma de minhas favoritas.
– Seu pai e eu iremos sair, temos uma festa da empresa do papai e precisamos ir. – Confirmei com a cabeça – Não vamos levar você e a Alice porquê…
– Porque é uma festa de adultos e é muito chata para crianças. – Disse imitando sua voz, fazendo-a rir, e logo eu também.
– Isso mesmo. – Ela apertou levemente meu nariz e depois voltou a se olhar no espelho, enquanto colocava o outro par do brinco. – As duas ficarão com a Margaret e devem obedecê-la. Se ela necessitar de ajuda, deves socorrê-la. – Afirmei novamente com a cabeça, indicando que estava atenta ao que ela dizia.
– Querida...? Estais... Aí Senhor, sou mesmo o cara mais sortudo deste mundo! – Disse papai, se gabando assim que me encontrou com a mamãe na penteadeira, fazendo ambas rirem até a barriga doer devido sua expressão de bobo. – Ah! É assim senhorita Emily? Vai rir da cara do papai? Está bem, deixa só o Monstro da Cosquinha fazer uma visitinha na barriguinha de uma garotinha travessa! – Fiquei com medo e acabei descendo e escondendo-me debaixo da saia do vestido da mamãe.
– Liam, deixe a Emily quieta... – Suspirei e ela sorriu de repente. – E agradeço pelo elogio, mas ainda não estou pronta, portanto saia agora mesmo e vá verificar se sua outra filha, Alice, já dormiu.
– Sim, querida Alessandra. Com todo prazer observarei se sua outra filha está dormindo. – Ele saiu fazendo uma reverência desengonçada, fazendo-me cair de bunda no chão de tanto rir.
No instante em que ele se retirou do quarto, mamãe abriu sua caixa de jóias, retirando da mesma três pequenos colares: um era composto por pérolas, o outro com a minha inicial e a de Alice e o terceiro um pequeno coração dourado.
– Qual deles devo usar? – Ela aproximou de mim o colar de pérolas e o que tinha as iniciais, permitindo que eu os analisasse. Apontei logo de cara para o que continha as iniciais, mas perguntei-me por que ela não me perguntou sobre o colar com o coração, porém, as palavras escaparam da minha boca em um passe de mágica.
– Mãe, e o colar de coração? Por que não o juntou com os outros dois para que eu escolhesse?
– Ele é seu, querida, a partir de agora. – Ela abriu o colar e o colocou em meu pescoço. – Sempre que tiveres medo ou saudades de mim e de seu pai, é só abrir o colar. – Minha mãe apertou um botão tão pequenino, que mal dava para vê-lo, se eu não soubesse da existência dele teria pensado que fora uma mágica.
Dentro do coração, havia duas fotos: No lado esquerdo, uma foto dos meus pais e no lado direito uma foto minha com Alice. Tiramos essa foto um pouco antes de Alice ter completado um mês e me recordo que meu pai fizera inúmeras gracinhas. O resultado: um belo sorriso no meu rostinho
– Cuide bem dele, ouviu? – Disse minha mãe. – E não importa o que passar, aconteça o que acontecer, saiba, mamãe lhe ama muito! – Deu-me um beijo na testa com os olhos marejados e secou as lágrimas antes mesmo que caíssem.
– Vou cuidar dele direitinho e também te amo mamãe! – Sorri, dei-lhe um beijo na bochecha e a abracei.
Ela colocou o colar escolhido, um dos seus perfumes, que por acaso era o meu favorito, levantou-se e carregou-me no colo até a garagem, indo ao encontro de papai que estava conversando com a Margaret.
– Qualquer coisa, os papéis estão no lugar de sempre e se caso tenha um sinal de alerta, leve-as diretamente para casa de minha mãe. – Isso foi a última coisa que o escutei dizer antes de mamãe e eu chegarmos.
– Estais linda querida, porém, se não sairmos agora mesmo chegaremos atrasados! – Papai disse, virando-se em nossa direção.
Papai retirou-me do colo de mamãe para colocar-me no seu e logo em seguida deu-me um beijo na testa.
– Eu te amo muito Emily Banks, amo você e sua irmã, viu? Agora temos de ir, portanto, comporte-se e obedeça a Senhora Margaret. – Dizendo isso, colocou-me no chão ao lado de Margaret; uma senhora que devia ter seus 45/50 anos e era a melhor babá do mundo, esperando que eu concordasse em resposta a sua ordem.
Concordei e ele se pôs ao lado de mamãe. Eles estavam extremamente bonitos.
– Tchau, pequena travessa. – Disse ele.
– Tchau papai bobo, tchau mamãe linda, amo vocês! – Estávamos na porta da garagem, eu no colo de Margaret, enquanto víamos eles partirem para mais uma de suas belas festas de gala, e aquela seria uma longa noite!
Point Of View Senhor Banks
Estávamos chegando ao local da festa, quanto notei o nervosismo de minha belíssima esposa.
– O que houve, querida?
– Liam, vamos voltar para casa, por favor. Desde o momento em que deixamos as meninas em casa venho sentindo uma sensação angustiante no meu peito, como se algo de ruim fosse nos acontecer... – Disse ela, olhando-me seriamente apreensiva
– Não vai nos acontecer nada, amor. – Coloquei a mão em sua perna e a alisei para ver se ela ficaria mais tranquila.
– Querido, por favor, vamos voltar! Olha só como está esta estrada, deve levar a nada. – Estávamos na estrada há pouco tempo e admito que ela estava vazia, não escutávamos nenhuma evidência de festa ali pelos arredores.
– Querida, permita-me fazer uma ligação. - Parei o carro e peguei meu celular, iniciando uma chamada com o nosso chefe, o Senhor Richard.
*Ligação On*
– Richard Serviços, estamos ao seu dispor, com quem eu falo?
– Liam Banks.
– Oh, Banks! Desculpe-me! Bem, o que houve?
– Chefe, só gostaria de saber, se por acaso a empresa terá uma festa agora no período da noite... - Olhei para a minha mulher que ainda encontrava-se desconfiada e um tanto incomodada com tudo isso.
– Banks, hoje é dia de folga, não há nenhuma festa ou premiação para esta noite. Posso saber o porquê da pergunta?
– Nada demais senhor. Acredito que me pregaram um trote, alegando ter uma festa hoje, voltarei para casa agora mesmo com a Sra. Banks
– Tome cuidado Banks, a esta hora da noite já está perigoso! – Minha amada estava puxando meu braço, e no instante que me virei para ela, havia 3 ou mais homens cercando o carro.
– Chefe, estamos com problemas, vamos ser capturados. Avise a Agente M para levar os diamantes ao local secreto! Desligarei agora mesmo, senhor!
– Liam! Cuidado…
*Ligação Off*
– Saiam do carro! – Anunciou um rapaz de roupas escuras e com um sobretudo da mesma cor.
– Vamos querida, as crianças ficarão seguras. Precisamos mantê-las a salvo e nos manter fortes! – Ela confirmou com a cabeça e saímos.
No instante em que saímos, vi que um deles injetou algo no pescoço de Alessandra e ela desmaiou. Segundos depois, senti algo com muita força batendo na minha cabeça e um deles falando
– Agora, vocês não terão escapatória! – Então fiquei inconsciente
(...)
Acordei em um lugar escuro, com uma única lâmpada no meio da sala. Eu sentia uma enorme dor de cabeça e provavelmente havia uma ferida, a qual devia estar sangrando. No instante em que me sentei, rapazes entraram no quarto, levantaram-me e prenderam-me na cadeira. Neste momento iria começar a tortura, porém, eu seria forte, pelas minhas princesas, não iria entregar o jogo a esta altura e em algum momento eu iria escapar daqui e salvar minha família.
Enquanto pensava, deram-me o primeiro choque. Soltei um grito de dor, enquanto podia ouvir minha mulher chorando e gritando por mim...
Point Of View Emily Banks
Haviam se passado algumas horas desde que papai e mamãe saíram, tanto é, que decidi esperar eles chegarem e dormir no sofá.
Encontrava-me na sala, que por sinal era gigante! Paredes em tom de creme, móveis em um tom mais escuro, um piano próximo a porta de uma varanda que dava diretamente para o jardim e a piscina gigante.
Estava morta de sono e provavelmente iria entrar no meu 3º cochilo, até que o telefone tocou e Margaret saiu correndo para atender.
– Alô?
–...
– Sim, uma delas está acordada e a outra dormindo. – Ela me olhava bastante apreensiva – Meu Deus! Tem certeza!? Okay, oh Deus! – Ela disse com um olhar de pena, o qual não compreendi, mas pressenti que algo de ruim estava prestes a acontecer ou já havia acontecido sem meu consentimento.
– Emily, querida, vamos ter de ir para a casa de sua avó, portanto, arrume a bolsa como sua mãe arruma quando vocês vão viajar, okay? Se tiver dúvida se deve levar, me chame! Irei buscar sua irmã e daqui a pouco vamos! – Ela disse nervosa, começando a organizar as minhas coisas e as de Alice, como se do nada, alguém fosse aparecer e fazer algo de mal conosco.
Eu só a obedeci e peguei minha mochila, colocando algumas bonecas para mim e Alice, alguns dos remédios que mamãe dizia serem bons para levar caso viajássemos, algumas de minhas roupas, acessórios e tudo que dava.
Peguei uma bolsa para Alice e coloquei suas coisinhas lá dentro, enquanto Margaret adicionava coisas as quais não sabia se colocava.
Depois de termos arrumado as bolsas principais, Margaret pegou dois papéis e mais algumas roupas minhas e outras coisas que não dava para ver.
(...)
Um tempo depois, eu já estava na escada morrendo de sono novamente. Após toda a correria, Alice estava no colo da Margaret e até aquele instante não acordara, o que era incrível... Uma das últimas coisas que lembro são bem vagas: entrei em uma van preta; Margaret disse que iríamos para a casa do vovô e vovó e que eu deveria cuidar de Alice a todo custo enquanto ela chorava, porém, não tive tempo para perguntar o motivo das lágrimas, pois o sono havia me dominado.
02:00 a.m, Sexta-feira
Tenho alguns flashs de memória, mas não sei se são sonhos ou realidade. Lembro-me de uma área cheia de computadores, pessoas de terno, e meus avós logo ali ao lado de um homem forte e também de terno, até que um outro homem me deu um copo de leite e novamente dormi…
10 a.m, Sábado
– Bom dia querida! – Disse vovó, acordando-me com um belo cheirinho de café da manhã no ar. Levantei-me sem recordar de muitas coisas sobre a noite anterior, nem mesmo sabia responder a pergunta “Como vim parar aqui?”
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