Segredos Amargos escrita por S Pisces


Capítulo 39
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Olha eu aqui.... huahsuhas
Obrigada por todos os comentários e favoritos! Obrigada a quem comentou pela primeira vez e bom, eu não fico pedindo comentários e coisas do gênero, mas ficaria bastante feliz se quem nunca comentou comentasse pelo menos uma vez antes do fim da fic. Quero saber o que vocês pensam a respeito, please! Fica ai o meu pedido!



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“Quanta tralha!” reclama Natasha, ao se deparar com um quarto/deposito abarrotado de caixas e outros objetos irrelevantes.
“Não se preocupe, se houver algo nesse lugar sobre a Harrison, definitivamente não estará ai.” Esclarece Maria.
“Ótimo, então vamos direto a fonte.” As duas continuam andando e se deparam com uma porta de madeira recém pintada. Diferente do resto do prédio, aquele apartamento parecia estar numa condição um pouco melhor.
Maria abre a porta com cuidado, afinal, como um agente da CIA, Brock podia ter algum sistema de alarme ou algo semelhante. Elas adentram o local pequeno, porem organizado e rapidamente começam sua busca. Gavetas são reviradas, assim como caixas e correspondências. Nada passa despercebido pelas duas, que fazem um trabalho rápido e eficiente.
Natasha vasculha o guarda roupa de Brock, checando até mesmo os bolsos das jaquetas e calças dele. Na parte de cima do mesmo ela se depara com algumas malas de tamanhos variados e uma caixa pequena – aproximadamente do tamanho de uma caixa de sapatos comum – que estava escondida atrás das malas.
“Vamos ver o que você está escondendo...” Natasha murmura para si mesma e começa a verificar o conteúdo da caixa. Nela há alguns documentos e cartas antigas, uma foto dele nos tempos da CIA e para surpresa de Natasha, uma foto de Maria. Era uma foto pequena, que parecia ter sido tirada há anos, embora Maria continuasse exatamente a mesma nos dias atuais. A morena parecia distraída, talvez nem tivesse tomado conhecimento de que a estavam fotografando.
“Encontrou alguma coisa?” a voz de Maria a pega de surpresa e ela acaba por derrubar a caixa. “Desculpe.”
“Tudo bem.” Natasha recolhe agilmente todos os papeis e os coloca novamente na caixa. “Hum... olha só isso.”
Ela estende a foto e Maria a pega, arregalando os olhos ao se reconhecer na foto.
“Você encontrou ai?”
“Humrum.” Concorda “Estava na caixa, junto com outras coisas pessoais.”
Maria fica muda e Natasha também não sabe o que dizer. Aquilo foi bastante inesperado, afinal, o relacionamento dos dois nunca foi um mar de rosas. A ruiva abre a boca, ainda sem saber o que dizer quando o celular toca.
“Hill falando.” Maria ouve atentamente o que é dito em poucos segundos e pela sua expressão Natasha já sabe o que está por vir. “Ele está vindo. E acompanhado.”
Natasha estaca. Aquele poderia ser o momento em que todos os seus problemas seriam resolvidos. Maria observa atentamente o rosto da amiga enquanto Natasha pesa todas as suas opções.
“Precisamos correr!” Maria avisa baixo.
“Okay!” Natasha põe a caixa no lugar, deixando tudo como se nunca tivesse sido tocado antes.
As duas fecham o apartamento e descem o primeiro lance de escadas. O som do carro parando na frente do prédio chega até as duas e elas sobem novamente.
“O quarto de tralhas!” Maria aponta para a porta e as duas adentram o mesmo e fecham a porta. No momento seguinte elas ouvem a voz de Brock.
“Bem vinda a minha casa.”
“Você chama isso de casa?” Natasha sente o sangue gelar ao ouvir a voz da mulher.
“Você que insistiu em vir até aqui.” Brock retruca. “Se quiser ir embora...” sugere.
“Não. Desculpe, não foi minha intenção ofender.” O leve tom de sarcasmo era perceptível, mas Brock finge não perceber e apenas dá um sorriso frio para a mulher.
Os dois entram no apartamento e Brock fecha a porta, abafando o som das vozes deles.
“Droga” Natasha murmura irritada.
“Calma, consigo acessar daqui as escutas.” Maria leva quase 2minutos mexendo no celular, obviamente as escutas deveriam ser ativadas no escritório, e=onde elas estariam não apenas ouvindo mais também gravando as conversas e coisas do gênero. “Consegui.”
“Você tem certeza?” pergunta a mulher. Ela tinha um leve sotaque que lembrou a Natasha o sotaque alemão.
“Claro que tenho.”
“Ótimo então.” Ela parece caminhar pela sala, talvez verificando a segurança do lugar – ou a limpeza – então ela para. “Precisamos pôr logo um fim nisso.”
“Quem manda aqui é você.”
“Pensei que você fosse o especialista.”
“Eu já disse que não gosto dessa brincadeira de gato e rato.” Ele se joga na poltrona. “Estamos em vantagem. Podemos aproveitar o momento de fragilidade dela.”
“Momento de fragilidade?”
“Sim, aliás, devo lhe parabenizar, o ataque a irmã dela foi quase um sucesso...” Ao ouvir Brock se vangloriar do ataque que Wanda sofreu, Natasha sente todos os músculos do seu corpo se retesando.
“Não.” Maria sussurra.
“... infelizmente, o incompetente que você mandou fazer o serviço não o executou como combinado, mas acho que o aviso foi bem dado.” Continua.
“Espera, de que ataque você está falando?!” a voz da mulher sobe algumas oitavas.
“Eu recebi um e-mail seu ontem à tarde, ordenando um ataque direto a família da Romanoff. A irmã dela, para ser mais especifico. Você ordenou que o Jared fosse até a casa dela ontem à noite e cortasse a garganta da garota.”
As palavras de Brock são seguidas por um silencio duradouro.
“Você mandou o e-mail, não mandou Harrison?” a voz de Brock soa preocupada.
“Sim. Mandei.” A mulher confirma. Contudo, nenhum dos três ouvintes parece acreditar muito nisso. “Então, o que deu errado no ataque?”
“A garota acordou e conseguiu se defender. Aparentemente a Romanoff andou ensinando alguma coisa para os irmãos, porque o Jared levou um belo de um soco.” Brock ri e Natasha não consegue segurar um sorrisinho, parece que Wanda prestou atenção as aulas dadas ao irmão.
“Me lembre de demitir esse incompetente.”
“Com todo o prazer.”
Natasha e Maria trocam um olhar. “Não” a morena diz novamente, dessa vez segurando o braço de Natasha. “Melhor esperarmos mais um pouco. Eles podem revelar algu- “
“Ou podemos dar um fim a essa história agora mesmo.” Natasha a interrompe. “A pessoa por trás de todos os meus problemas está a apenas alguns metros de mim e você quer que eu espere?”
“Vamos ao menos chamar a Pepper e o Barton.” Maria pede, já sacando o celular e mandando uma mensagem. Natasha fica ainda mais impaciente enquanto observa Maria chamando por reforços. Eram dois contra dois, provavelmente a melhor chance que elas tinham em dias, aliás, essa era a melhor chance que elas tinham desde que toda aquela loucura havia tido início.
O conhecimento disso e o fato dela nunca ter tido antes uma chance de dar uma boa olhada na cara da mulher que pretendia arruinar sua vida, só faziam sua vontade de ir até lá aumentar. Ela sabia que muita coisa poderia dar errado, mas mais errado seria não fazer nada. Brock e Harrison estavam há pouco se vangloriando do atentado que quase tirara a vida da sua irmã. Eles poderiam ter conseguido, ou poderiam vir a ser bem sucedidos numa próxima vez, talvez contra Pietro dessa vez... ou Steve.
“O melhor é- “
“Tem alguém aqui.” A voz de Brock soa baixa, quase um sibilo.
“Droga!” Maria murmura “Temos de dar o fora daqui AGORA!” elas ouvem os passos de ambos pelo apartamento. Provavelmente ambos estavam armados, assim como ela e Natasha, contudo, uma troca de tiros não seria uma boa ideia.
“Por aqui.” Natasha sussurra e as duas abrem caminho através das tranqueiras, porém sem derrubar nada. Natasha força uma pequena janela que parecia não ser aberta há anos. A fechadura range diante do esforço da ruiva. “Merda!”
Maria pega sua arma e se prepara para atirar ao menor movimento da porta. A voz de Brock e da Harrison não eram mais ouvidas, o que só podia indicar que eles estavam fora do apartamento – ou tinham descoberto a escuta. Natasha para de forçar a janela ao ouvir passos em frente a porta, ela saca a arma ao ver a maçaneta mexer. Ambas apontam as armas ao verem a porta ser lentamente aberta, então o som de uma forte batida é ouvido e a porta é novamente fechada.
As duas soltam o ar que nem haviam percebido que estavam prendendo e olham pela janela. Um carro havia se chocado contra o carro de Brock, parado na entrada do apartamento.
“Barton.” As duas dizem o nome do colega em uníssono.
+++
“Bela batida!” Pepper parabeniza Barton assim que ele entra no carro.
“Quem não vai pensar o mesmo é o dono do carro, quando ver onde ele foi parar.” Clint suspira, como que lamentando o acontecido.
“Foi por uma boa razão.”
“Eu sei.” Eles observam a distância Brock chutando furiosamente o carro que Clint havia roubado.
O carro de Brock era apenas um amontoado de ferro retorcido entre a parede de concreto do prédio decrepito – mas que se mostrou bastante solido – e o carro roubado. Eles tiveram apenas alguns minutos para criar uma distração boa o bastante para afastar Brock e Harrison do apartamento, dando tempo assim de Natasha e Maria saírem do mesmo.
“Acho que vou tirar umas fotos da nossa querida amiguinha aqui.” Clint pega uma câmara semi profissional que estava no carro e tira várias fotos de Harrison, que observava a cena a certa distância e com uma cara de completo tédio.
“Melhor irmos.” Pepper adverte já arrastando o carro.
“Okay.” Clint concorda e rapidamente eles estão no centro da cidade. Pepper dirigia como um piloto de corrida, o que assustou um pouco Clint.
“Eu não gosto tanto de correr, mas achei melhor sairmos logo dali antes que mais capangas da Harrison chegassem e notassem nossa presença.”
“Espero que a ruivinha entenda que infelizmente estávamos em desvantagem ali. Aposto que ela está soltando os cachorros em cima da Maria.” Clint comenta com o semblante preocupado.
“Não se preocupe, a Maria só parece ser indefesa. Ela é quem melhor sabe lidar com o gênio da Nat.” Pepper o acalma.
Clint dá um meio sorriso e relaxa. As ruas do centro passam voando por eles, ou melhor, eles passam voando pelas ruas do centro, chegando logo depois de Natasha e Maria no escritório.
“Nós podíamos ter acabado com eles, mas você preferiu pedir ao Clint que nos ajudasse a escapar!” Natasha acusa Maria a plenos pulmões. “É a minha vida que está em jogo, droga! A minha família! A minha felicidade!”
Natasha andava de um lado para o outro enquanto Maria apenas permanecia sentada, seu semblante impassível, como se nada dito por Natasha fosse capaz de a atingir.
“Eu não disse?” Pepper sussurra para Clint assim que entram no escritório. Ele se senta ao lado de Hill, que continua inabalável. Pepper vai até a cafeteira e passados alguns minutos nos quais Natasha continuou desfiando uma serie de suposições do que poderia ter acontecido se elas tivessem enfrentado a Harrison, a loira traz quatro copos grandes de café e se senta.
Natasha finalmente para, bebe um gole e também se senta.
“Então, acabou?” Maria pergunta, calmamente, quebrando o silencio.
“Desculpem-me.” Natasha pede, constrangida.
“Tudo bem.” Maria e Pepper respondem.
“Eu só quero acabar logo com isso.” Admite baixo.
“Nós sabemos e acredite, nós também queremos. Mas tem que ser bem feito, pensado, nada na louca como se fossemos inexperientes. O Fury nos mata se acabarmos por estragar tudo. Ele tem tido muito trabalho em esconder coisas dos superiores para agirmos precipitadamente. Você sabe que precisamos de provas contra a Harrison e todos que estão trabalhando com ela.” Pepper explica o que Natasha já sabe.
“De qualquer forma, já temos a gravação de hoje. E eles ainda não descobriram a escuta. Estamos um pouco mais perto de pôr um fim nisso tudo.” Maria reforça.
“E” Clint estala os dedos e entrega a câmera para Natasha. “Já sabemos quem a Harrison é.”
Natasha encara o rosto da mulher na câmera com tanto ódio que os três presentes ficam esperando a câmera explodir sob o olhar feroz da ruiva.
“Também quero ver.” Maria se espreme no sofá entre Natasha e Pepper para ver a tão famosa Harrison.
Embora estivesse escondida, os traços da mulher eram perfeitamente claros na imagem e muito difíceis de serem esquecidos. Os longos cabelos castanhos avermelhados, realçavam a pele branca. Ela fazia o estilo alta, esbelta e atlética.
“Alguma lembrança?” Clint pergunta, esperançoso.
“Nunca vi.” Natasha suspira, assim como as amigas.
Como alguém que Natasha nunca virá na vida, podia nutrir tanto ódio por ela ao ponto de atentar contra a vida de Wanda?”
“Bom, progredimos hoje muito mais do que temos progredidos em dias.” Pepper afirma, contente.
“Sim, sem dúvidas.” Concorda Clint.
“E vamos progredir muito mais. Maria?” Natasha tem uma expressão decidida no rosto quando encara a morena, que retribuiu o olhar. “Pode comprar as passagens, vamos para Cancun.”


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Notas finais do capítulo

Antes que queiram me matar: No próximo (que sai ainda essa semana) tem momento Romanogers ^^
A tão esperada viagem tá perto de sair... o que esperar hein? huahsuahs
Beijos e até logo pessoinhas!