Bleeding Love Life Lies escrita por Amy Moore


Capítulo 8
Capítulo 8




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Capítulo 8
Oscilações de Humor

— Wow! Vai com calma, garota! 
Eu olhei com expressão assustada para o garoto alto e de cabelos ruivos. Pisquei contra as lágrimas e elas transbordaram, deixando-me reconhecer o garoto a minha frente. Olhei para o lado e vi o menino quase idêntico a ele.
— Fred e George Weasley? — perguntei. 
— Como você sabe quem somos? — indagou o gêmeo que ainda me segurava. 
Olhei para ambos. Sendo meticulosa em minha observação, acabei percebendo uma mínima diferença. Muito sutil e pequena, na verdade. O nariz de um era bem reto, quando o do outro era levemente torto. Este último se manifestou. 
— Somos muito populares aqui em Hogwarts — disse ao irmão, como se isso explicasse tudo. Tive que segurar o riso. 
— Sou George — disse o que estava me segurando. 
— Não, eu sou o George — protestou o outro. 
— Cale a boca, Fred! 
Enfim, o que me segurara era Fred, e o outro, com o nariz levemente torto, era George. Eu podia distingui-los. 
— Mas você ainda não disse como sabe quem nós somos — disse Fred. 
— Longa história — eu disse, simplesmente. Não estava com ânimo para nada naquele momento; isto é, se você me oferecesse uma metralhadora, eu não me importaria em pegá-la e acabar com a raça de Malfoy. Sei que você provavelmente pensou: “tá, mas não é só lançar um Avada Kedavra nele?” É, mas uma Maldição da Morte é boa demais. Sem dor, sem agonia... sem sangue... Entende? 
Desviei o olhar para o chão antes de voltar a olhar para os gêmeos. Eram tão lindos... muito mais que nos filmes, posso dizer. 
Mas quem não era mais bonito que nos filmes por aqui? Até o Hagrid, pelo amor... 
— Okay... Se não quer dizer como nos conhece, pode nos dizer quem é e qual é o seu problema — sugeriu Fred. — Você está triste. 
— Sou Gabriela Muniz — eu disse. — E só estou chateada. 
— Hmm. — Ele parecia especulativo. 
Com um aceno da varinha, conjurou no ar uma rosa vermelha. Quando ele a estendeu para mim, pude sentir o perfume, tão doce... Eu a peguei, sorrindo. Não me admirava com o que ele fazia; os gêmeos eram assim, brincalhões e gentis. 
Rosas eram as minhas flores favoritas — em especial as vermelhas. Mas é claro que eu jamais diria isso a ele. É claro.
George se despediu e saiu, murmurando algo como “mamãe”, “Rony” e “sabia que Fred não ia perder tempo”. Eu sorri e me despedi dele com um beijo no rosto. 
— Conte-me o que aconteceu — pediu Fred. 
Olhando em seus olhos escuros, porém profundos, eu não tive como ocultar a verdade. Eu contei-lhe tudo detalhadamente. 
Fred ficou realmente surpreso com tudo, mas principalmente com o fato de eu fazer magia sem varinha. Havia algumas pessoas andando pelos corredores, e todos nos olhavam com curiosidade. Claro, eu era a Aberração e os gêmeos eram os rebeldes que fugiram da escola. Enfim, ignorei a todos. Estava sendo muito legal ter Fred ali comigo. No fim, acabei contando como sabia quem ele era. Acho que ele ficou meio que em choque com a revelação. 
— Olha, Fred — eu disse, depois de um tempo. — Está sendo muito bom conversar com você, mas eu tenho que ir ao escritório de Dumbledore. 
— Por quê? 
Eu contei o que aconteceu com Malfoy. 
— Caramba... desse jeito, você vai tirar a fama do Harry — comentou Fred, sorrindo. — Você vai se tornar a nova celebridade. 
— Eu discordo, Fred. Harry sempre será Harry, e ele é famoso. Apesar de não pedir por isso e preferir mil vezes não ter a fama que tem. Porque sabemos que se ele fosse só um garoto comum, isso significaria que os pais dele estariam vivos. 
Ele riu. Era uma risada meio triste; ninguém queria estar no lugar de Harry. Sem família e com um bruxo meio esquizofrênico obcecado dele. Isso não é legal. 
— Você tem mesmo que ir? — quis saber. 
— Tenho, sim. 
— Bem, então quando você for a Hogsmeade, me avise... aí eu vou lá te ver. 
— Okay. Venha me ver aqui de vez em quando também. — Eu sorri para ele. 
— Tudo bem. Tchau. 
— Tchau. 
Com um beijo no rosto, eu o deixei para trás, correndo em direção a sala de Dumbledore. 

— Com licença, professor. 
Eu adentrei o escritório de Dumbledore, ainda corada. Certamente, o rosto traía o que eu sentia. Legal. Muito legal. 
— Vejo que as coisas com o Sr. Malfoy saíram-se muito bem — supôs Dumbledore. A lembrança de Malfoy logo tornou meu humor totalmente sombrio. Causou-me até náusea. 
— Não, senhor. Malfoy continua o mesmo palhaço irritante, idiota e arrogante de sempre. — Minha expressão era grave. Bem, até eu perceber minhas palavras. — Desculpe a linguagem. 
— Não se preocupe. Está tudo bem. — Seus olhos pararam na rosa que eu girava entre meus dedos. — Bela flor. 
Eu sorri. 
— Presente de Fred Weasley. 
— Ah. — Esta pequena palavra parecia querer expressar o entendimento dele sobre minha explicação. E eu percebi que ele entendera muito mais do que eu explicara. 
Após instantes de silêncio, ele sorriu para mim. 
— Sente-se, por favor. 
Acomodei-me na cadeira defronte a dele. 
— Bem... — começou. — Percebi que a Srta. Parkinson tem certos problemas com você. 
Certos?! Pensei. Assenti para Dumbledore. 
— Bem, ela será punida... como é o certo a ser feito. Contudo, acho injusto punir você e não o farei. 
Ah, Dumbledore, é por isso que eu te adoro
— Obrigada, professor. 
— Só quero uma coisa de você. 
Eu o encarei, esperando pelo resto. 
— Quero que faça companhia ao senhor Malfoy. 
Eu o encarei, chocada, me segurando para não ter um treco ali, na frente dele.


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