Bleeding Love Life Lies escrita por Amy Moore


Capítulo 18
Capítulo 18




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Capítulo 18
Impaciência

Harry descobriu que Draco se escondia na Sala Precisa quando misteriosamente desaparecia. Como sempre, Rony e Hermione deram-lhe pouco crédito e ele recorreu a mim. 
— O que você acha? — quis saber. 
— Não sei, Harry — eu disse, atirando outra pedrinha no lago. Estávamos sentados à borda do Lago Negro. 
Ele segurou minha mão, fazendo com que eu o olhasse. 
— O que está acontecendo com você ultimamente? — perguntou. — Você está quase sempre sozinha, e quando fica conosco... parece sempre triste. Estranha. 
— Percebeu, hein? — Eu ri. — Estou muito sendo pressionada nos últimos tempos. 
— Conte-me. 
Eu sorri docemente. 
— Ainda não posso contar, querido — eu disse. — Lembra dos livros que eu li sobre você? 
— Lembro, sim. 
— Eu consegui recuperar as memórias de um dos livros. O deste ano. — Desviei o olhar para o lago a minha frente. — Não sei como quebrei o feitiço, sabe... Mas o fato é que eu lembro e Dumbledore quer minha ajuda com uma coisa. Eu simplesmente não consigo resolver o problema e isso é frustrante! 
Ele assentiu. 
— Entendo. 
Ficamos em silêncio, até ele começar a rir do nada, como louco. 
— O que foi? 
— Dumbledore acha que existe algo entre nós... — Ele riu de novo. — Ele perguntou se eu gostava de você. 
— E você disse a verdade? Que você gosta da Gina? 
Ele arregalou os olhos. 
— Não me pergunte "como você sabe" pela milésima vez, Harry — alertei. 
Ele riu. 
— Não, apenas disse que éramos amigos e que você gostava do Fred. Daí ele perguntou se eu gosto da Hermione. 
Quando ele disse que eu gostava de Fred, várias perguntas surgiram em minha mente. Eu realmente gostava de Fred? Amava? 
Resposta? Cadê você? 
— Ah — murmurei. 
— Você gosta, né? 
Olhei em seus olhos verdes. 
— Não sei. Ele é um cara legal, incrível e me faz-me sentir perfeita, mas... 
— É o Rony, não é? 
— Quê? — Arregalei os olhos pra ele. — De onde tirou isso, Harry? 
— Ah. — Ele corou. — O modo como você olha pra ele e fala o nome dele... é diferente. E você... 
— Não, Harry — eu disse. — Eu não gosto dele. 
— Então...? 
— Eu ainda não sei, mas quando souber, eu... 
— Que feio, Potter. 
Aquela era uma voz bem familiar. 
— Malfoy — murmurou Harry. 
— O que o Weasley diria se visse você dando em cima da namorada dele? — Ele sorriu, debochando. — Acho que ele não iria gostar. Pensando bem, até faria sentido; o famoso Potter encontrando sua Primeira Dama. 
— Eu não... 
— Ignore-o, Harry. — Atirei mais uma pedrinha no lago. Eu podia sentir o olhar de Malfoy sobre mim. 
— Vá se ferrar, Malfoy — disse Harry. 
Ao ouvir estas palavras, ele tirou a varinha das vestes. Quando notei que um duelo começaria ali, lancei um feitiço escudo tão forte que ambos se desequilibraram e caíram ao chão. 
— Sem brigas — eu disse num tom afiado, pondo-me de pé. — Suma daqui, Malfoy. — Este nos lançou um último olhar de desprezo antes de sair com suas vestes ondulando atrás dele. 
— Filho de uma égua — murmurei, irritada. 
— Esse Malfoy — comentou Harry. — Eu o odeio. 
— Imagino o porquê. 

O fim de semana chegou e com ele veio o tédio. Nem a pobre Mel me suportava mais; passava seu tempo perseguindo Bichento, o gato de Hermione. Enquanto todos curtiam o sábado, eu vagava pelos corredores como um fantasma. 
— Srta. Muniz? — chamou Mcgonagall. 
— Sim, professora? 
— Que expressão é essa? Você está preocupando a todos. 
— Não há motivos — assegurei. — Só estou preocupada. Logo passa. 
Ela colocou a mão em meu ombro, como que para me confortar. 
— Assim espero. 
Ela seguiu pelo corredor e foi só então que notei, pela decoração, que estava no sétimo andar, no corredor da Sala Precisa. Aquele era um corredor que estava quase sempre vazio. Por que tudo para o que eu olhava, os lugares por onde passava, tudo era relacionado àquele arrogante insuportável do Malfoy? Por que minha vida tinha que girar em torno dele? Por que tudo que eu fazia era pensar nele ou em modos de garantir a segurança dele? Com raiva de mim, escorreguei pela parede fria até sentar no chão, onde escondi meu rosto em meus braços. 
— Mcgonagall está procurando por você. 
Eu não esperava ouvir aquela voz e nem nenhuma outra voz. Levantei a cabeça para olhá-lo, mas não disse nada. Abaixei a cabeça novamente, ignorando sua presença. 
— Você me ouviu? 
— Acabei de falar com a Mcgonagall — retruquei, pondo-me de pé. 
— Mas... 
— Não tem "mas" — cortei-o. 
Caminhei, decidida, na intenção de me afastar dele, mas não fui muito longe. Ele segurou minha mão. 
— Por que está me segurando? — perguntei. — Não vai querer se sujar com o meu sangue ruim. 
— Gabriela... 
— Olha, eu já me cansei de ouvir sua voz, okay? Fique longe. 
— Deixe-me explicar — pediu. Algo em sua voz quase me fez ceder. Quase. 
— Não. 
Depois, simplesmente saí e procurei um lugar onde pudesse me isolar do mundo. Não queria mais olhar para aquele rosto ou ouvir aquela voz. 


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