Alexa sentiu o ar quente em seu pescoço, seguido por uma série de calafrios.

-Sentiu minha falta, querida? –A voz firme e brincalhona se manifestou, fazendo as pernas da garota amolecerem.

Ela cuspiu no chão em um gesto de desprezo, ao que a figura encapuzada lhe agarrou o pescoço, erguendo seu queixo para cima.

-Não, não, não... –Cantarolou no mesmo tom doentio de antes. –Não vamos nos esquecer da irmãzinha... oh, pobre Rosie! –A voz se elevou, fingindo dor.

-Vá para o inferno! –Alexa murmurou, ignorando a dor pungente que vinha de seu pescoço.

-Prefiro fazer da sua vida um inferno. –O timbre agora era feliz.

A mão apertou mais a garganta de Alexa e, por alguns segundos, ela pôde sentir que iria morrer. Que, em algum tempo, estaria livre de tudo e que o descanso eterno lhe acolheria com seus pais. Mas a figura estava certa... ela ainda tinha Rosie, e a possibilidade de deixar a garota viva no mesmo mundo onde aquele monstro estava lhe fazia entrar em pânico.

-Eu digo ao Turner que você mandou lembranças...

-Não, por favor! –Ela ofegou, levando as mãos até a garganta para tirar o aperto que a pessoa lhe fazia.

Um lenço molhado lhe tampou o rosto em seguida. Alexa soltou um grito abafado ao constatar do que se tratava, sentindo os cantos da visão escurecerem em seguida e o corpo amolecer.

Caiu nos braços de Cobra, que lhe acariciou a face cuidadosamente enquanto soltava uma risada histérica. Enfim a garota... enfim tinha Alexa...