A Sombra do Colosso escrita por Komorek


Capítulo 14
Capítulo XIII - Os Sinais do Céu


Notas iniciais do capítulo

Como eu informei na página (se você ainda não curte, vou deixa-la nas Notas Finais) eu agora irei postar os Capítulos Bi Semanalmente. Enfim, espero que gostem ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/637189/chapter/14

Tenho certeza de que não foi Mono... foi uma voz um pouco velha e masculina. “Só mais um pouco”... o que isso quer dizer? Será que quem disse isso... está vindo para cá...?

Com a explosão da sexta estátua à direita, me despertei. A presença das tais “silhuetas” que me observavam nem mais me preocupavam. Agora eu só tenho mais 4 Colossos a enfrentar, e tenho que fazer isso rápido.

Teu próximo adversário é... nas vastas terras desérticas. A trilha gigante procede através do céu. Tu não estás só.

Dormin se calou, e vi que eram suas únicas palavras. Pelo que disse, era mais um Colosso voador, mas desta vez, em um deserto. Vi 12 pombos sobrevoando o templo. Realmente, a cada Colosso que derrotava, um novo pombo aparecia.

Ao subir em Agro, desci as escadas, porém, quando entrei em contato com o solo, senti como se ele estivesse mais forte. Logo, entrei novamente na sombra, e procurei entender o que aconteceu. Minha pele estava um tanto que pálida.

Eu já tinha notado essas diferenças antes, mas parece que ficava cada vez mais pálido a cada Colosso que matava. Meu cabelo escurecia, ficava cada vez mais negro. Minhas roupas também, ganhavam um tipo de sujeira que não saía. Tudo isso é pelas aquelas essências que sempre me possuem...? Afinal, o que são aquelas coisas?

Eu não podia parar só por cauda daquilo. Saí novamente ao Sol, e levantei a espada. O próximo Colosso estava em minha direção, ao Sul. Havia um deserto naquela direção, que via toda vez que passava por lá. Bati as rédeas de Agro, e avancei na direção da floresta. Apesar de minha aparência estar mudando, também sentia que ficava mais forte.

Ao entrar na floresta, uma sensação boa. As árvores tampavam o Sol, deixando grandes sombras pelo local. Segui o mesmo caminho que fiz no Sexto Colosso, onde havia aquela árvore na ponta do desfiladeiro. Foi só desta vez, que percebi que haviam algumas vinhas na borda, que me permitiam descer seguramente.

Após alguns segundos descendo, aterrissei na água. Pude ver meu reflexo, e me assustei. Além de minha pele estar pálida, haviam manchas negras em meu rosto, e meu cabelo estava cada vez mais negro, assim como percebi antes. Percebi que fazia tempo que não descansava, e decidi parar por alguns minutos.

Peguei algumas frutas da grande árvore, e dividi com Agro. A água não era de boa qualidade, mas foi o suficiente para saciar nossa sede. Após um tempo, decidi que já era hora de ir. Subi o pequeno morro, e ao virar à esquerda, me deparei com o deserto. Assim como todo deserto, a temperatura era muito alta, mas tinha que resistir.

Ao descer uma duna, encontrei o que pareciam ser ruínas de alguma construção. Em um ponto, o local ainda tinha um pequeno piso. Vi também, espécies de anéis espalhados por todo o deserto, que possivelmente pertenciam a construção, antes dela, por alguma razão, ser destruída. De repente, senti toda a areia tremer. Parei Agro, e olhei para o ponto de onde parecia vir todo o tremor.

De lá, emergiu das areias, uma gigante criatura serpentina, voando em direção ao céu. Demorou segundos para poder se exibir totalmente, passando fácil os 100 metros de largura, atingindo quase 200. A criatura não possuía asas, mas conseguia voar, provavelmente por espécies de sacos de ar quente, que possuía por toda a extensão de sua barriga. Haviam 4 pequenas barbatanas, que faziam com que planasse mudasse de direção ao voo.

Percebi que, estranhamente, a criatura tira 3 olhos, sendo que dois ficavam na parte esquerda de seu rosto. Tinha um bico estranho, e emitia um alto som agudo, que fazia meus ouvidos doerem. Ele voava há muitos metros do chão, sendo impossível atingi-lo. Peguei meu Arco, e comecei a disparar flechas em sua direção. Tinha esperanças de que, assim como o Colosso voador anterior, ele descesse para me atacar, dando chances para me segurar nele.

Quando uma das flechas atingiu um dos três grupos de sacos de ar, algo estranho aconteceu. Após ser acertado, a bolsa pareceu se furar, emanando uma grande quantidade de ar, dando a ele uma textura um tanto que negra. Ela se esvaziou, e o Colosso desceu um pouco seu nível do chão. A criatura não demonstrou nenhuma reação ao ataque.

Foi aí que uma ideia veio à minha mente. Se eu destruir todos os sacos de ar, que são o que lhe permite voar, ele irá cair no chão, dando me chances para golpeá-lo, onde quer que esteja seu Selo. Com isso, separei mais flechas, e as atirei em sua direção, estourando todas as sacolas de ar.

O que esperava não aconteceu. O Colosso desceu, mas não chegou a tocar o chão. Parece que algumas das bolsas não estouraram totalmente. Mas a criatura desceu suas quatro barbatanas, duas em cada lado de seu corpo, e as fez tocar o chão, um tanto que as afundando. Ele continuava a voar para frente, criando uma grande nuvem de poeira com as nadadeiras, o que dificultava a minha visão.

Eu teria que escalar o Colosso por elas. Por isso, acelerei Agro, e cheguei o mais perto possível das barbatanas, até que tomei coragem, e pulei em sua direção. Consegui me agarrar nelas, e tentei escala-las, até chegar à suas costas. No meio da escalada, a criatura subiu-as, levantando voo. Não sei como as sacolas de ar conseguiram se regenerar, mas eu só tinha que chegar em suas costas.

Após terminar de escalar, consegui ver seu Selo Vital. Ele estava bem atrás de uma parte solta de sua pele, que não dei muita importância. Duas cravadas foram o suficiente para fazê-lo desaparecer. Como a criatura não morreu, vi que ainda haviam outros deles ao longo de seu corpo. Enquanto andava pelo Colosso, percebi que este começou a virar seu corpo de um lado para o outro. Me segurei firme, até que ele fez um giro completo no ar, o qual me faria cair se não tivesse segurado.

Enquanto seguia para o próximo Selo, comecei a acreditar que aquele Colosso não me machucara, e nem demonstrava desejo de me ferir. Esse último “ataque”, foi feito apenas para se proteger. Mas eu não podia parar a minha missão. Cheguei até o próximo Selo, e cravei minha espada mais duas vezes. O Selo desapareceu, mas a criatura não morreu. Levantei minha espada, e vi que o último selo estava mais atrás.

No meio da caminhada, o Colosso novamente se virou, tentando me fazer cair. Após sessar, corri até o último Selo, mas algo bem estranho aconteceu. A pele estava tampando-o. Tentei golpear a cobertura, mas foi em vão. De repente, escutei um forte estrondo, e me toquei de que a criatura estava se colocando dentro da areia.

– Mas o que é isso?!

Conforme o Colosso se colocava dentro da areia, eu ia ficando cada vez mais perto do perigo. Até que chegou um ponto que tive que pular, para o chão, caindo rolando pelo chão. Ralei meus braços e pernas, mas não me feri gravemente como teria acontecido se ficasse em cima dele. Me levantei com dificuldade, me apoiando em Agro.

– Ele fugiu...?

Senti uma grande dor nas feridas. Além de estar com a pele ferida, o calor que estava sentindo mais forte do que o normal deixava a dor pior. Levantei a espada, e vi que ela indicava onde estava o Colosso, mesmo quando ele estava debaixo da areia.

Eu não tenho muito tempo...! – peguei meu arco, e corri em direção dos feixes de luz. Segundos depois, pude sentir um tremor na areia, e estava certo do que era. O Colosso emergiu novamente da areia, com os sacos de ar intactos – Tenho que ser rápido!

A criatura saia da areia girando, mas isso não foi o que me impediu de estourar um grupo de sacos de ar enquanto ele ainda não se exibia totalmente. Após tirar seu corpo inteiro da areia, rapidamente estourei os outros dois grupos, fazendo-o já diminuir seu nível da areia.

Aumentei a velocidade de Agro, e fiquei de pé em cima dela. No momento em que o Colosso tocou suas barbatanas no chão, eu dei um salto que me fez agarrar já na metade delas. Comecei a escala-las, e cheguei às suas costas antes mesmo que ele as subisse.

Correndo em direção do último Selo, também dava pulos para aumentar minha velocidade. Após alguns segundos, cheguei até o Selo Vital, e cravei a espada uma vez. Ao ergue-la novamente, comecei a pensar nas atitudes do Colosso, sobre ele não me atacar em momento algum, tentando apenas se proteger. O sentimento de remorso que senti nos primeiros Colossos estava voltando, impedindo-me de atacar.

– Me desculpe... – disse, sentindo uma pequena lágrima em meu olho esquerdo.

Ao atacar, vi o Selo desaparecendo aos poucos, e tive uma sensação de queda, seguido de um alto gemido de dor bem agudo, pertencente ao Colosso. Segundos depois, senti um enorme impacto, fazendo-me cair, rolando na areia. Vi as essências negras saindo de cada ponto de onde haviam Selos, e seu corpo escurecendo. Elas lentamente subiram, se uniram, e então, me possuíram.

Você não pode... – disse sua voz.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Se você gostou, deixa seu comentário :v
Se gostou mais ainda, já vai pondo seu Favorito :v /
E se não quiser perder nenhum capítulo, Acompanha aí :v /

Link da página: https://www.facebook.com/sotcps2/?fref=ts



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Sombra do Colosso" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.