Smile escrita por DKRF


Capítulo 1
One-Shot




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Eu era um subordinado dele, um escravo. Sua personalidade descontrolada e psicopata me deixava de joelhos frente á sua força. Eu queria apenas ser reconhecido, e para isso enfrentei meus companheiros. Faria qualquer coisa por ele, apenas pelo seu agradecimento. Um simples sorriso me bastava, mas senhores não sorriem para seus servos. Ele não sorriu, até então.

Após as batalhas desafiadoras que a nossa guilda enfrentou, ele foi redescobrindo quem realmente era. Cada vez mais me sentia arrependido de ter cedido às ordens de um maníaco. Apenas quando nosso grupo recuperou a sanidade, que percebemos o quão insanos éramos. Tudo foi perdoado pelos nossos companheiros, e tivemos a chance de descobrir que eles sempre estiveram de braços abertos.

Laxus se tornou mais sociável, e eu menos intolerante. Sorrisos, gargalhadas, amizades... coisas simples que clarearam nossa rotina. Estávamos cada vez mais sentido o coração daquela guilda pulsando dentro dos nossos peitos. Quando me dei conta de quem Laxus era, finalmente permiti-me apaixonar por aquele homem. A lealdade que tanto me aprisionava, agora tinha sentido. Todo aquele tempo eu estava o amando, mesmo sem provar das suas verdadeiras qualidades.

Quando ele quase sacrificou sua vida para salvar seus amigos, eu percebi que ele realmente se importava conosco. O coração escuro e odioso dele se tornara vermelho vivo. Ele deixou os nossos sentimentos entrarem por suas veias. Nós corríamos junto a ele. Sua dor era nossa dor, seu amor era nosso amor. Fazíamos, finalmente, parte da guilda Fairy Tail.

A sincronia entre nossos sentimentos o fez perceber que eu não era apenas leal. Apesar de continuar quieto, grosseiro, e um pouco orgulhoso, ele se permitiu amar. Jamais pensei que ele pudesse aceitar meu sentimento, e ainda retribuí-lo. Nunca um homem do seu tipo amaria um mero garoto como eu. Talvez ele tenha percebido que sem mim, ele não estaria onde estava.

Ainda que uma de nossas companheiras tenha demonstrado que também o ama, ele decidiu me escolher. Ele sabia que precisava de mim, ou não conseguiria caminhar sozinho. Ele precisava mais de mim do que dela. Sinto-me cruel ao sentir prazer em vê-la de coração partido. Bem, eu merecia muito mais o amor dele.

Demorou até que ele se descobrisse por completo, mas eu o ajudei com todas as incertezas as quais eu já havia passado. Ele continuou a ser o ignorante comigo, até que o orgulho teve que dar lugar à sua vontade de me beijar. Toda a guilda assistia quando ele agarrou meus braços e disse que me amava. Lembro-me de seus lábios tocarem os meus suavemente, do gosto agridoce de sua boca.

Ele tinha vergonha, mas tomou coragem para revelar na frente de todos. Ao menos não tivemos trabalho com fofocas e intrigas. Ou talvez ele tenha explodido na hora errada, e esqueceu que todos estavam ali. Acho que é o mais provável, mas ele também se surpreendeu com a recepção alheia. Todos adoraram e apoiaram nossa relação, nos fazendo sentirmos extremamente aliviados.

Eu nunca tive um namorado, então pedi para que ele tivesse paciência comigo. Não sabia como lidar com tal situação, mas descobri que ele também não. Sua forma tosca de lidar com coisas fofas me fazia rir. Ele era bem desajeitado quando se tratava de amor. Parece que o garanhão não havia tido uma única noite com ninguém.

Senti-me honrado ao pensar que seria seu primeiro. Lembro-me de cada momento daquele dia. Exato um mês após ter se declarado para mim, ele me convidara para jantar, e foi quando me deu uma pulseira mágica. Quando duas pulseiras se aproximam, elas ganham uma coloração de acordo com o sentimento atual do casal. Quando longes, as pulseiras se tornavam cinzas, e serviam apenas para indicar o compromisso com alguém.

Era engraçado ver nossas pulseiras se tornarem rosas, que indicavam amor. Laxus era másculo demais para sair com pulseiras rosa, mas ele a colocou junto comigo. Fomos para sua casa, após algumas taças de vinho. Seus olhos eram impactantes. Mais pareciam dois holofotes destacando minhas inseguranças. Porém, eu ainda sentia uma doçura, um carinho que me fazia alegre.

Aos beijos, fomos até o quarto dele. Eu sentia muita insegurança do meu corpo, e com aquele olhar afiado me observando, me sentia paralisado. Mas ele me tocava como se fosse de vidro, mesmo com todos os seus músculos. Pousou-me sobre a cama, retirando minha roupa. Eu temia que ele não gostasse do meu corpo, mas ele nem ao menos notou minhas imperfeições.

Apenas de calça, indaguei-o sobre meu corpo. Ele disse que não se importava e que eu era o que ele queria. Senti-me aliviado, agora apenas envergonhado ao vê-lo tirar seu casaco e sua camisa lentamente. Seus cabelos loiros reluziam sobre a luz tênue de um abajur. Seus olhos azuis me apreciavam. Ah, nunca vi ser mais belo.

Seus músculos se expuseram, enquanto ele se jogou sobre meu corpo, beijando meu pescoço. Sussurrou-me que nunca sentira tamanha vontade do corpo de alguém. Apesar de sua delicadeza, havia uma pegada com desejo. Sentia seu volume contra meu corpo, e cada vez mais me sentia excitado.

Agarrou meus pulsos, beijando aos poucos meu corpo magro. Abriu minha calça e tirou o resto de minhas roupas. Por uma primeira vez, apenas me masturbou enquanto explorava meu corpo. Nas vezes seguintes ele se atreveu um pouco mais, até a retribuir o que eu estava prestes a fazer. Subitamente, toquei sua calça até abrir seu zíper e arrancar sua roupa. Ele se deitou, me deixando ver a luxúria pulsando.

Então, aos poucos, explorei seu corpo com a boca. Reunindo coragem para então engolir seu membro. Sem aviso, ele empurrou minha cabeça contra seu corpo. Era um pouco doloroso, mas ele sentiu tanto prazer ao ponto de gemer alto. Mesmo sendo a primeira vez que eu fazia aquilo, ele gostava que eu brincasse com minha língua.

Sem mais medo, me entreguei ao prazer de sentir o pulso do seu corpo tão intimamente. Ele eventualmente manipulava meu corpo, forçando seus quadris apressadamente contra minha cabeça. Cada movimento brusco me deixava mais inebriado ainda. Era estranho, mas eu adorava sentir o gosto dele.

Seus gemidos gradualmente aumentaram, até que ele me interrompeu. Sentou na cama e me trouxe para perto, beijando-me. Eu queria cada vez mais dele, e ele de mim. Sentei-me em seu colo, e enquanto ele nos masturbava. Com a outra mão, ele passou a apertar-me forte. Até que começou a, delicadamente, me penetrar com os dedos. Não senti muita dor, me sentindo aliviado.

Quando ele sentiu meus gemidos se tornarem mais frequentes, interrompeu nossos beijos e perguntou se estava pronto. Eu apenas acenei, com o prazer ultrapassando meu medo. Ele me deitou e levantou minhas pernas. Deitou sobre mim e beijou-me fervorosamente. Eu já sentia seu membro quente a me tocar. Enlouquecia-me a sensação dele movendo seus quadris entre minhas pernas.

Ele ajeitou seu corpo, e com a mão conduziu-se para dentro de mim. Lentamente ele me invadiu, esperando que eu me sentisse mais confortável. Era doloroso, mas eu queria mais daquilo. Tinha pressa de senti-lo se mover dentro de mim, mas sabia que isso iria doer se eu não esperasse.

Encaixou completamente seu corpo ao meu, e começou a movimentar os quadris para fora. Novamente, entrou em meu corpo enquanto me beijava. Nunca senti sensação como aquela, o prazer da conexão mais primitiva. Ele acelerou seus movimentos tanto quanto meu coração acelerava. Cada vez mais, ele enlouquecia com a sensação do meu corpo, e eu com a sensação do corpo dele.

Impressionante o quão longe o prazer poderia chegar. Eu agarrei o seu pescoço e puxei-o para dentro de mim. Ele aumentou ainda mais o ritmo, me fazendo gemer alto. Seu corpo colidia velozmente contra o meu, ao ponto de fazer barulhos sintonizados com nossos gemidos. Eu precisava de mais, ainda mais! Ele agarrou-me com tanta força, mas mal senti, apenas sentia ele dentro de mim. Quase gritava, e ele com sua voz poderosa fazia sons selvagens.

Parecia que ia desmaiar de tanto prazer, era quase insuportável. Com toda sua força, ele me penetrou ao som de seu urro. Eu arranhei uma última vez suas costas, dessa vez a sangrar. Gozamos juntos, e provamos do mais puro e viciante prazer. Ele tirou seu corpo de dentro de mim, e deitou ao meu lado.

Ofegantes, nos encaramos até nos beijarmos apaixonadamente. Ele me mostrou então, a prova de que nossa relação havia se concretizado. Mostrou-me que ele havia mudado a si, e a mim. Que eu não era mais um subordinado dele. Nunca havia visto tão belo e puro sorriso. Eu não consegui conter minhas lágrimas de felicidade ao vê-lo dar um sorriso tão largo e feliz. Ele enxugou minhas lágrimas e encarou meu sorriso, olhou em meus olhos e declarou:

Eu te amo, Freed. Desde a primeira vez em que te vi sorrir.


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