Humanos vs Robôs escrita por Andreza13


Capítulo 33
Capítulo 32


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora :/
Esse cap tem uma novidade, um pequeno pov do Emm. Nele Emmett explicará a Rose tudo o que aconteceu com ele.
Feliz Natal e Boa Leitura!



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Antes que eu chegasse até eles para minha total surpresa Bella correu e se jogou nos meus braços, ela me apertava e falava várias coisas ao mesmo tempo.

– Meu deus, você voltou. Você não sabe o quanto eu pedi para você voltar para nós. – Ela se afastou um pouco e tocando o meu rosto, percebendo o tapa-olho. Ela rapidamente o tocou e se afastou levando as mãos a boca. – Vo-você perdeu o olho?

– Não...

– Está cego? – Dessa vez Tony perguntou.

– Não, quer dizer... Acho que não... – Respondi coçando a cabeça. Olhei para Nessie que me encarava com os olhos cheios de lágrimas, comecei a ficar aflito. Mas diferente do que eu esperava ela correu e me abraçou chorando.

– Eu tive medo... – Fungou chorando e eu me abaixei para ficar da sua altura. – Pen-pensei que não voltaria, pensei que... Minha ultima lembrança sua fosse com raiva de você e eu me odiaria pelo resto da vida... – Ela parou de falar chorando ainda mais, eu alisava seus cabelos sentindo meus olhos se encherem de lágrimas também.

– Eu voltei, não precisa ter medo. Eu sempre voltarei, até mesmo quando vocês não quiserem.

– Nós sempre iremos querer que volte, é até um absurdo pensar isso. – Tony falou tocando meu ombro. Sorri o puxando para um abraço, mas sem soltar a Nessie. Senti braços me rodeando e senti também o cheiro do perfume da Bella. Somos uma família, um pouco torta, mas mesmo assim uma família. Sorri com o pensamento, nos afastamos assustados quando escutamos um grito, olhei na direção que vinha o som e vi Rose correndo até Emm que estava... Em pé sorrindo.

– O quê? Como? Onde? – Balbuciei confuso ainda observando ela se jogar contra ele que ria feliz a pegando no colo.

– Existe uma sala de criação na mansão, ela fica no subterrâneo. Eu e Marcus estávamos desenvolvendo justamente próteses para pessoas com deficiências e como era algo a parte dos robôs, Marcus criou na mansão... – Bella parou e olhou ao redor. – Onde está o Marcus? – Respirei fundo.

– Ele... – Hesitei nervoso. – Ele morreu... – Falei rápido, mas ela entendeu perfeitamente.

– O QUÊ? – Antes que eu falasse alguma coisa, Jasper tomou a frente.

– Eu como responsável pela operação e como estive presente no momento explicarei tudo. – Ele tinha uma expressão séria no rosto. – Acho melhor entrarmos. – Quando entramos Bella e Jasper foram em direção ao escritório. Olhei para o lado e vi Emm me chamar aparentemente nervoso. Caminhei até ele já imaginado o que seria.

– Não sei como falar para a Rose, ela queria me puxar para o quarto e...

– Tá, já entendi... – Revirei os olhos.

– Essa prótese me ajudou a não aparecer em uma cadeira de rodas.

– Se bem que, se você tivesse aparecido na cadeira não teria que falar nada, só dizer como aconteceu.

– Estou falando sério...

– O quê você quer que eu faça?

– Me ajude a contar. – Ele respondeu parecendo está torturado.

– Esse é um momento de vocês... – Falei tocando ombro. – Do que você tem medo? – Perguntei desconfiado e ele abaixou a cabeça.

– Ela pode não querer um aleijado inútil...

– Estou olhando pra você e não vejo nada de diferente. É o mesmo retardado, só que agora mais medroso. – Ele pareceu ficar um pouco constrangido. – Essa prótese foi de uma ajuda imensa. Não só no visual, mas também no sentido de locomoção.

– Sim, consigo andar tranquilamente...

– Irmão, não vejo onde você é inútil. Cuidou da Bella e das crianças enquanto estive fora.

– Eles cuidaram mais de mim que...

– Cala a boca. Nunca foi do seu feitio ser dramático, eu entendo se você estiver nervoso para contar, mas inseguro é um absurdo. Essa mulher te ama, não pelo fato de você ter dois braços e uma cabeça. Mas porque ela simplesmente te ama, o amor já é uma boa razão para que ela fique com você com perna ou sem perna. – Ele me encarou mais calmo, deu um sorriso de orelha a orelha e saiu. Suspirei olhando ele subir as escadas. – Se ela gosta de você retardado, sem a perna é besteira. – Ri observando ele parar no meio da escada e voltar até a mim.

– Que merda é essa na sua cara?

– É uma longa história, depois conto.

– Tudo bem, mas você está cego?

– Não. – Ele me encarou confuso. – Vai logo. - grunhi começando a ficar irritado e ele correu subindo a escada.

– Não consegui falar com você antes... – Olhei rapidamente para trás e vi Tanya me encarar sorrindo.

– Desculpe, sou um homem ocupado... – Sorri a abraçando, quando senti ela me apertar mais que o normal me afastei. – Err... Você está bem?

– Vivendo como posso... – Ela olhou para o tapa-olho e levantou uma sobrancelha. – Rose falou algo sobre o “ pirata Odin”... – Ela comentou rindo.

– Maldita... – Resmunguei e Tanya riu ainda mais.

Escutei uma porta ser aberta e logo em seguida fechada, olhei em direção ao escritório e vi Jasper sair com uma expressão de lamento.

– E então? – Perguntei me aproximando.

– Ela está bastante abalada, me pediu pra sair. – Assenti indo em direção ao escritório.

Assim que toquei a maçaneta escutei a voz de Tanya. – Tem certeza que é o certo a ser feito agora?
– O certo é está ao lado dela. – Respondi abrindo a porta e entrando.

*Pov Emmett

– Rose, eu... – Interrompi o beijo para começar a conversa. – Preciso falar algo...

– Tem que ser agora? – Perguntou contrariada.

– Prefiro que sim... – Respirei fundo criando coragem, resolvi contar tudo do inicio. – No momento em que os robôs da empresa se rebelaram e começaram a atacar os humanos, eu estava indo até o deposito pegar algumas peças em falta. Pra minha sorte o Edward é desligado o bastante para não perceber a falta das coisas. Escutei gritos vindo de todas as salas, barulhos e até explosões. Não fazia ideia do que estava acontecendo, mas pela intensidade das coisas lá fora, sabia que boa coisa não era. Na duvida fiquei dentro do deposito encostado perto da porta, um dos robôs que ficavam no deposito aproximou-se de mim rapidamente. Não movi um musculo, não passava pela minha cabeça o que ele faria. – Encarei Rose que me olhava compenetrada. – Ele se jogou em cima de mim e agarrou meu pescoço, agindo por instinto segurei sua cabeça e a virei, até a cabeça se deslocar do corpo. Ainda fiquei um tempo tentando entender o que tinha acabado de acontecer.

Respirei fundo e continuei. – Não demorou muito pra que eu sentisse um tremor e logo após um barulho ensurdecedor. Logo imaginei que parte do prédio tinha caído e fui juntando as coisas, mas ainda não conseguia acreditar. De qualquer forma resolvi ficar longe dos robôs, empurrei alguns armários bloqueando as portas que davam acesso a outras áreas do deposito. Um tempo depois escutei um helicóptero sobrevoar os prováveis restos da empresa, retirei o armário da porta principal. – Lembrei do cenário horrível que vi. – Tinha escombros, corpos e restos de robôs por toda parte. O corredor estava parcialmente destruído e com vários focos de incêndio. Segui o barulho do helicóptero, encontrei a parte do pátio toda destruída. Corri acenando para ele que desceu ficando a centímetros do chão.

– Era o grupo do Jasper?

– Sim. Ele, Tyler e Jessica desceram. Enquanto estava andando até eles um grupo de robôs apareceram atrás de mim, só percebi quando eles começaram a atirar. Corri o mais rápido que pude até eles, percebi Alice deitada no helicóptero com sua arma de longo alcance. Benjamin que era o piloto foi saindo, alguns robôs se penduraram no helicóptero, mas foram rapidamente destruídos.

– Pensei que você estava morto, vi pela televisão o prédio ser destruído. – Ela agarrou minha mão.

– Foi por pouco. – Puxei o ar com força, agora entraria na parte do acidente. – Fiquei com eles durante um tempo e recebi um treinamento básico. Eles me ajudariam á encontra-la e a encontrar Edward. Jasper falou que tinha recebido uma missão para vim até a mansão Volture, imaginei que se Edward estivesse vivo ele viria pra cá. Então pedi pra vim junto, quando chegamos tivemos problemas com robôs logo na entrada... – Comecei a ficar mais nervoso, acho que estava até tremendo. – Um robô se jogou sobre mim, jogando minha arma pra longe... – Desabotoei a calça. – Tentei lutar com ele... – Comecei a descer a calça e parei na parte onde começava a prótese. – Não vi quando os outros se aproximaram e... - Rose me encarava confusa. – Não sei exatamente como aconteceu, só lembro da dor imensa que senti e de me assustar com o meu próprio grito. Olhei para minha perna que estava completamente ensanguentada, senti que iria desmaiar a qualquer momento. – Engoli seco lembrando da dor. – Mesmo tonto, senti que estava sendo carregado, escutei a voz de Edward e apaguei. – Olhei para Rose que me encarava assustada. – Quando acordei, ele estava ao meu lado e me contou o que tinha acontecido... – Abaixei a calça e falei rapidamente. – Eu perdi a perna, ela teve que ser amputada... – Abaixei a cabeça com medo de sua reação. Passaram-se alguns minutos angustiantes e senti a ponta de seus dedos tocarem o começo da parte amputada. Olhei para suas mãos que agora tocavam a prótese.

– Sinto muito, amor. Sofro só de te imaginar sofrendo. Pensei que você estava morto, torcia esperando morrer também. Quando o Edward disse que você estava vivo, mal conseguia acreditar, passei todo esse tempo morrendo de ansiedade.

– E sobre minha perna amputada? – Perguntei ainda temeroso.

– O quê? Não posso te dar uma perna nova! – Ri tocando seu rosto.

– Senti sua falta.

– Eu também. – Nos beijamos. – Pelo menos você não perdeu nosso amiguinho, tome mais cuidado.


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Notas finais do capítulo

Criar o pov do Emm foi a forma mais fácil que encontrei de mostrar a conversa deles. Não faria muito sentido colocar o Edward no meio da conversa pessoal deles.
Prometo que antes do ano novo tem um cap novo.



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