15 minutos depois... e há algumas quadras de distância.

- onde estamos? – perguntei.
- na casa do meu melhor amigo. – ele disse tocando de novo a campainha.

Quando a porta abriu, eu pude confirmar minhas suspeitas. Era ele, Frank.

- e aí cara, o que aconteceu? – Frank perguntou deixando a gente entrar. – não entendi nada no telefone.
- é uma longa e incrível história. E precisamos de sua ajuda. – Gerard disse entrando também.
- não reparem na bagunça, meninas. A empregada não veio hoje. – ele deu um sorrisinho e trocou olhares com Joan.
- sua mãe tá em casa, Frank? – Gerard perguntou.
- tá sim, e minhas tias também. Vamos pro meu quarto. Lá teremos mais privacidade.

Ele subiu as escadas na frente e nós o seguimos. Joan cobria as costas com um casaco meu pra que ninguém visse suas asas de fada.

O quarto de Frank era escuro, nas paredes havia fotos de tatuagens e no chão algumas guitarras espalhadas. Esse devia ser o vício dele, sem dúvida.

- bem vindos à selva. – ele disse coçando a cabeça sem graça.
- Frank, essa é Joan, uma grande amiga da Maya. – Gerard apresentou Joan e Frank deu um beijo no rosto dela.
- muito prazer. – ele disse ficando vermelho. Joan apenas ria sem graça.
- hum, hum... – Gerard fingiu uma tosse e acabou com o clima. – nós viemos aqui porque precisamos de um lugar seguro pra ficamos.
- lugar seguro? Mas aconteceu alguma coisa??
- é que... é difícil de explicar, Frank... – Gerard não sabia o que dizer, pois nem ele sabia o que contar.
- tem uma pessoa me perseguindo, Frank. E essa pessoa pode ir atrás da Joan e do Gerard também. – falei séria.
- caramba, então tu é algum tipo de foragida??
- não..
- então, quem está atrás de você que possa fazer tanto mal assim?

Eu, Gerard e Joan nos encarávamos sem saber como explicar. Se Frank não soubesse de tudo, talvez seria mais difícil ele nos ajudar. Foi pensando nisso que Joan tomou uma iniciativa.

- eu sou uma... – ela disse ficando de pé.
- tudo bem, eu ajudo vocês. – antes dela completar a frase, Frank falou primeiro.

Joan abraçou Frank com força e o encheu de beijos pelo rosto. Eu olhei pra Gerard e vi que ele se segurava pra não rir da cena. Aquela fadinha nunca foi tão ingênua como eu pensava...

- vocês três podem ficar aqui em casa. O Gerard fica no meu quarto e vocês duas dormem no quarto de hóspedes, tudo bem assim?
- perfeito. – Gerard disse.
- obrigada Frank. Você é um ótimo amigo e não faz idéia do quanto está nos ajudando. – eu o abracei. – fique tranqüilo que os seus sonhos se tornarão realidade. – eu sussurrei no ouvido dele que sorriu.
- toda a sorte do mundo seguirá você, pequeno. – Joan disse o abraçando também. – pode deixar que eu cuido disso pra você. – ela deu uma piscada e ele corou.

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