P.O.V. Stephen

Lá estava eu. Sentada na carteira 'assistindo' mais uma aula chata do professor de matemática.
O mesmo explicava uma nova matéria do 4 bimestre.

Enquanto toda minha turma prestava atenção eu me concentrava em um desenho que eu estava fazendo do meu cão Nick.
Estou sentindo tantas saudades.
—Soltei um longo suspiro.

—Stephen, está prestando atenção?-

Porque logo eu? Tantos alunos estão distraídos com seus celulares na mão ou até mesmo dormindo e ele chama logo minha atenção.

—Sim. Estou- Falei com desanimo.
—Pois não parece. Ao invés de ficar desenhando: Arme a conta e faça o dever!- O professor exclamou em um tom ignorante.
Toda turma olhou para mim.

Ouvi todos rirem baixo. Exceto minha melhor amiga Luíza que me olhou com pena e sorriu de lado, retribui o sorriso.

Rolei os olhos e bufei irritada.
Coloquei uma mexa cacheada de meu cabelo atrás da orelha e guardei o desenho do meu bebe, e organizei meu material escolar na mesa.

Não vejo a hora de ir embora. Hoje eu é minha mãe vamos espalhar cartazes e panfletos de Nick por ai.
—Vai que talvez eu o encontre!
Quero tanto te-lo de volta em meus braços... Ainda não entendo o motivo da fuga.

***
Depois de 1 hora de aula de matemática.

O professor fez a chamada é nos dispensou.
Pensei em cantar Aleluia. Mais eu não queria perder mais 1 ponto.

Na aula passada ele tirou 1 ponto meu por um motivo idiota: Dei um tapa no meu colega de classe, porque o mesmo quebrou meu lápis.

Recolhi meu material e sai junto com Luíza.
—Então. Vamos ir na biblioteca hoje? Fiquei sabendo que chegou novos gibis!-

—Desculpe Lú. Eu adoraria ir, mas hoje não vai dar, eu é minha mãe vamos espalhar cartazes e panfletos de Nick por ai.- Falei.

Ela me encarou confusa.

—Oh! É mesmo, desculpa Steph, eu havia me esquecido completamente da fuga de Nick, ainda não o encontraram?-

—Não. Um canil havia o pego, mais novamente ele conseguiu fugir.-
Ela me olhou surpresa.

—Serio? Mais Como?- Ela indagou.
—Venha. Senta aqui que eu vou te contar tudo.- Guiei ela até o banco mais próximo, lá nos sentamos.

—Contei a historia detalhadamente a ela.-

Ela parecia não acreditar em nenhuma palavra que eu dizia.

—Ele fugiu com um grupo de cães em uma van?- Ela falou perplexa
—Sim. Os guardas do canil acham que eles receberam ajuda humana na fuga, pois acreditam que seria impossível um rottweiler dirigir uma van é eles ainda conseguirem libertar TODOS os animais do abrigo!- Exclamei.

—É alem disto, causaram um grande prejuízo ao canil é a uma mini-fazenda.

—Nossa! Bem... talvez realmente há um humano por trás desta fuga, não acredito que cães é gatos tenham feito isso. Creio que cães é gatos são animais muito inteligentes, mais seriam capazes de planejarem uma fuga?

—Não sei Lú... Mais ainda tenho esperanças de ter meu filhote aqui de volta comigo.- Sorri fraco.

Ela me abraçou. Retribui abraço.

—Eu sei que vai. Você ama Nick é ele te ama Steph. Também tenho esperanças que vocês vão se reencontrar!- Ela me confortou.

Agradeci minha amiga pelas palavras que ela acabara de dizer para mim.
Olhei para o relógio e já era hora de ir embora.

Mamãe deve estar me esperando.
Despedi-me de Luíza e fui embora.

Com passos apressados, cheguei rapidinho em casa.

Assim que cheguei em frente a porta de minha casa, lembrei-me de Nick.
Sempre que eu chegava da escola ele vinha correndo me receber, com latidos alegres e lambidas carinhosas.

Ele fazia uma festa todo santo dia quando eu chegava de algum lugar.
Respirei fundo e deixei algumas lagrimas caírem de meus olhos, queria tanto ter ele aqui agora.

Limpei minhas lagrimas e entrei em casa, joguei minha mochila no sofá e fui falar com minha mãe.

Notei que apenas ela estava em casa, Kaique deve estar na escola é minha irmã no trabalho.

—É ai? O canil ligou para dar noticias?-

O canil onde Nick 'iria' ficar hospedado, se responsabilizou pela fuga do meu cão é estão ajudando a procura-lo.
É Peter também está ajudando bastante.

Sempre ligando nos dando noticias.

No mesmo dia que Nick fugiu ele nos comunicou, como minha tia havia se curado da sua grave doença: Que era apenas uma gripe!

Retornamos para casa depois de alguns dias.
É até hoje estou indignada é revoltada com isto, cara viajamos para longe praticamente pra nada!

Minha tia falou que era uma grave doença mais ela só estava gripada é com febre e 2 dias depois ela melhorou.

Enfim. Mas como nunca achavam Nick. Eu é minha mãe decidimos tomar nossas próprias providencias.

—Espalhando cartazes é panfletos por ai.-

—Infelizmente. Não.- Minha mãe falou.

—Querida tome banho é se arrume. Para irmos espalhar os panfletos.- Minha mãe falou calmamente dando um beijo na minha testa.

—Ok.- Obedeci é fui fazer oque ela pediu.
***
Quando terminei o banho. Fui me secar é colocar uma roupa.

—Coloquei uma blusa regata rosa, é um short jeans.
Calcei os chinelos, é fiz um rabo de cavalo no meu cabelo.
Ao olhar minha aparência no espelho, vi uma foto minha e de Nick colada no espelho.
Passei a mão delicadamente na imagem e deixei mais lagrimas escorrerem de meus olhos.

No dia que recebi a noticia que ele havia fugido, desabei em lagrimas..
—Eu vou te encontrar filhote, onde quer que esteja. Eu sei que voce sabe que eu te amo!-
Eu falava em pensamento.

Limpei minhas lagrimas ao ouvir minha mãe me chamar.
E sai do quarto ao encontro dela.

—Vamos?!- Exclamei.
—Vamos!- A mesma confirmou.

***
Já havíamos saído de casa, estávamos em um bairro bem distanciado do nosso.

Bem não sabíamos por onde começar então fomos para lá mesmo.

Colamos cartazes nos postes, paredes, comércios, lojinhas e distribuímos panfletos para qualquer pessoa que passava na rua.

—Os cartazes é panfletos possuíam informações importantes é necessárias como: nome, idade, aparência é sexo de Nick.

Nome do tutor que no caso é o meu.
Endereço é telefone residencial, numero do meu celular.

—É perguntamos as pessoas se eles haviam visto Nick em algum lugar, quando é onde.
Mais ouvíamos a mesma resposta de sempre: Desculpe. Mais não vi.

Ouvir esta resposta o tempo todo me desanimava e me deixava mais triste ainda.
Olhei no celular é já era 15:00. A hora passou bem rápido pois quando saímos de casa era 12:00.

—Stephen. Querida vamos ter que ir pra casa, amanhã é sábado, vamos acordar bem cedo é continuar com isto. Já espalhamos é distribuímos uma boa quantidade de panfletos por ai.- Minha mãe disse.

—Está bem mãe. Amanhã continuamos.- Murmurei. Minha mãe me confortou e seguimos para nossa casa.

¨¨¨
Passamos pela pracinha, vi vários cães brincando com seus donos.
Imaginei o quanto Nick estaria feliz aqui. Comigo.
Brincando, correndo.

Ainda mais brincando com outros cães.

Ele iria adorar. Não paro de pensar nele imaginando se ele está bem ou não, onde ele está agora, se ele está feliz sem mim pelas ruas, se ele passa fome.

Ou até mesmo se alguém o adotou...

—A unica coisa que me deixa levemente aliviada é saber que ele vive com um grupo de cães. pois assim ele tem mais chances de sobreviver nas ruas.

—Stephen!- Minha mãe me chamou, tirando-me de meus pensamentos sobre Nick.

Caminhei apressadamente até minha mãe.
É continuamos a caminhada para nossa casa.

Mas até que ouço um choro de filhote.

—Acho que estou começando a ficar louca. Estou até ouvindo o choro de Nick.
Ouvi novamente o mesmo ganido.

É parei em frente a uma garagem abandonada, próxima a pracinha.

Era de lá de dentro que vinha o choro.

—Mãe também está ouvindo este choro?-
—Sim estou, mais de onde está vindo?-

Segui o choro do filhote.
É encontrei o mesmo dentro da velha garagem abandonada.
Ele estava sujo, mais era um filhote bem bonitinho, é fofo.

—Olha mãe um filhote!- Exclamei. A mesma veio até mim, é sorriu bobamente ao ver o filhote.

—Ele não é fofo?- Indaguei fitando o filhote que abanou a cauda pra mim.

—Sim. É- Minha mãe concordou.

Olhei a volta.

—Será que ele tem dono?.- Minha mãe perguntou.

—Dei um forte tapa na minha testa mentalmente pela pergunta idiota da minha mãe.

—Mãe claro que ele não tem dono. Qual tutor seria irresponsável de 'esquecer' um filhote em uma garagem abandonada.-Exclamei irônica.
—É além disto olhe como ele está magro é sujo!-

Conclui que ele estava abandonado ao reparar na cena do local: havia uma caixa de papelão virada ao lado do filhote, é dentro dele havia restos de comida humana, é está garagem onde o deixaram está caindo aos pedaços, não tinha nem portão para a entrada.

Agachei e comecei a acariciar o filhote. Minha mãe revirou os olhos.
É me encarou com um sorriso de lado.

Uma ideia maluca surgiu na minha cabeça, pensei em talvez... poder leva-lo pra casa?.

—Posso leva-lo pra casa?- Exclamei. Olhei esperançosa que minha mãe dissesse: Sim.

—Sim sou esse tipo de pessoa que não pode ver um animalzinho abandonado é eu já quero levar pra casa!

Mais sua resposta foi.
—Não.- Ela falou sem rodeios.

A encarei surpresa pela resposta.

Me levantei com o filhote no colo.

—Mãe não podemos deixa-lo aqui sozinho! Olhe o estado dele, olhe só como o abandonaram!-

—Stephen, ele deve ter um dono.-

—Mãe é Claro que ele não tem! Ele estava dentro de uma caixa, nesta garagem velha é abandonada, olhe a cor da água dele! Está verde.
É dentro da caixa deixaram restos pra ele comer!!- Falei quase gritando.

Ela lançou um olhar de repreensão por eu estar quase gritando.
Bufei irritada.

—Minha filha. Olhe não podemos leva-lo pra casa pois já temos Darwin, Stela, o peixe é Nick.-

Quando ela falou Nick. Me calei é abaixei a cabeça.

—Oh! Me desculpe. Querida olhe.- Ela soltou um forte suspiro.
—Já temos animais de mais no nosso apartamento, não cabe mais um cãozinho lá. É você sabe que não temos condições para ter está quantidade toda de animais lá em casa.- Ela falou calmamente.

Droga. Minha mãe tem razão.
Ok. Eu sei que já tenho muitos animais em nosso apartamento, e não vou poder ter 2 cães lá. É além disso, Nick nem está lá em casa

—Infelizmente

Mais de alguma forma, senti que eu deveria insistir para ficar com ele, ver ele abandonado desta forma mexeu comigo.

—Mais....- Eu pensei no que dizer
—Eu não pretendo ficar com ele mãe, será que...eu posso ficar com ele até eu conseguir um dono pra ele?- Falei esperançosa, por fora me mantive segura é firme.

Fiz a expressão é o olhar mais fofo para tentar convence-la.

Mais por dentro eu estava: Deixa! Deixa! Deiiixa!
Minha mãe me encarou por alguns minutos, e depois fitou o filhote, que tentava lambe-la a todo custo.

—Hm- Está bem.Eu deixo você ficar com ele. Mais não se esqueça: Será um lar temporário até você encontrar um novo dono pra ele.

É também já temos Nick, mesmo ele estando por ai ele ainda é o nosso cão e irá voltar, é você sabe que não podemos criar 2 cães no apartamento.- Ela declarou.

Abri um enorme sorriso, coloquei o filhote no chão é a abracei.

—Obrigada! Obrigada! Obrigada. Você é a melhor mãe do mundo.

—É não se preocupe mãe só vou ajuda-lo a arranjar um dono, não vou desistir de Nick.- Exclamei soltando-a é completei ainda sorrindo. Fiquei muito feliz!

—Na verdade, eu queria ficar com o filhote para mim, mais como minha mãe já disse: Não temos condições para ter está quantidade toda de animais lá em casa. É ela já foi bondosa de mais deixando-o ficar lá em casa até eu arranjar um dono para ele.

Ela abriu um belo sorriso ao ouvir aquilo, e me deu um beijo na testa.

—É muito bom ouvir isto querida. Agora pegue o filhote é vamos para casa. Daqui a pouco Peter irá nos ligar para dar noticias da busca.-

Assenti com a cabeça, e peguei o mesmo que lambeu meu rosto, sorri e dei um abraço no filhote.
Eu é minha mãe continuamos a caminhar até a nossa casa.

Já estávamos quase chegando. No caminho eu é minha mãe fomos conversando um pouco.

—Então. Já que ele vai ficar lá em casa, não podemos apenas ficar chamando ele de filhote ou de cachorrinho. Escolha um nome para ele!- Disse minha mãe o acariciando.

—Hum.- Pensei por alguns segundos, até que surgiu um nome em minha mente que pareceu combinar perfeitamente com ele.

—Ele irá se chamar. Duck.- Sorri.
O mesmo abanou fortemente a sua cauda e deu alguns latidos.
—É um bom nome.- Minha mãe elogiou
—Parece combinar perfeitamente com ele, é o mesmo parece ter gostado!- Ela completou o pegando no colo.

—É. Amanhã irá fazer sol. Vou dar um banho nele, além de estar sujo ta com um cheirinho desagradável também.- Falei divertida é minha mãe soltou uma leve gargalhada.
Depois de andarmos mais um pouco chegamos em casa.

***
Achei melhor dar logo um banho em Duck.

—pois o cheiro que ele exalava era muito ruim.
Depois do banho bem demorado que dei no mesmo. O sequei é passei talco anti-pulga por todo seu corpo.

O forneci água limpa é ração bem fresquinha.
Depois de Duck comer bastante até ficar satisfeito fiquei na sala brincando com ele enquanto minha mãe arrumava a casa.
Ele pelo visto já fez amizade com Darwin, que pulava de um poleiro para o outro brincando com o mesmo, enquanto Duck assistia a brincadeira da ave bobamente.

—Até que o telefone toca. Levantei e corri para atender.

—Quem é?- Minha mãe perguntou vindo até mim.
Virei o telefone para ver quem era é: Era Peter!