– M-matar a minha irmã?! Não! Tem que ter outro jeito! - Sting se manifestou irritado, a velha acenou negativamente com a cabeça.

– Infelizmente não há. - Séria, a anciã olhou para o homem que suspirou e a fitou.

– O que acontecerá com a Levy é ruim demais para deixar de lado. Perdão Sting, mas... Terá um mês para passar com a sua irmã.

– Você vai MATA-LA?! COMO VOCÊ PODE FAZER ISSO GAJEEL? VOCÊ ME PRENDEU POR CEM ANOS POR QUE EU A MATEI POR ACIDENTE! AGORA VAI MATA-LA INTENCIONALMENTE?

– EU NÃO ME IMPORTO! NÃO VOU DEIXAR A LEVY MORRER! ENTRE LEVY E LYRA, SUA IRMÃ NUNCA TEVE CHANCE. - Do outro lado da porta Lyra ouvia gritos, sabia que aquilo era por sua culpa, almejando a paz e ter seu amado de volta mais do que tudo ela foi para a floresta em busca da bela mulher cuidou dela, ao chegar lá foi recebida com entusiasmo e então ela contou o que havia ouvido.

– Eu entendo... A garota de cabelos azuis, Levy... Ela enfeitiçou Gajeel... - Sem remorso Jenny mentia para a loura ingênua. - Ele acha que a ama... Ele acha que você é só uma garota comum...

– E como eu faço para esse feitiço sumir? - Lyra ajeitou o cabelo bem apreensiva.

– Eu posso te ajudar... - Jenny sorriu, acariciando o cabelo da outra e tirando um fio, ela gemeu um "ai" e Jenny colocou aquilo num frasco junto com algumas outras coisas e misturou, formando um líquido semelhante a um vinho.

– Você deve dar isso para Gajeel, quando ele beber vai se lembrar de você e o feitiço que ela lançou será desfeito... Pode demorar algumas horas, mas é infalível.

– Muito obrigada! - A menor a abraçou.

– Ah-a-ah, tudo tem seu preço... - Jenny acenou com a cabeça.

– Mas eu não tenho dinheiro... - A pequena olhou na bolsa e estava sem dinheiro nenhum.

– Não quero dinheiro... Quero um pequeno favor...

– Pode falar! - Ela sorriu atenta ao que ela ia dizer.

– Sou uma grande admiradora do rei... Então eu quero que dê a ele esse baú... - Jenny mostrou um baú para ela que sorriu.

– Só isso? Sem problemas! - Elas conversaram por mais alguns minutos e após isso Lyra saiu de lá rumo ao Castelo, quando viu Gajeel e os outros reunidos num almoço ela achou que era a chance, colocou o conteúdo na taça do rei sem ninguém reparar, ele bebeu e comeu bastante, com a premissa de não estar se sentindo bem Gajeel foi tirar uma soneca e Levy saiu para a casa de Lucy onde passaria a noite.

– Gajeel? - A Loura tocou o rosto dele enquanto ele dormia, assim que abriu os olhos e a viu ele a beijou, sorrindo.

– Bom dia meu amor, Eu dormi demais?

– Você voltou... - Ela sorriu e o abraçou. - Eu fico tão feliz.

– Voltei? Da onde? - Ela acenou com a cabeça negativamente.

– Não importa! O importante é que estamos juntos e... Ah! Minha amiga quer que eu te dê isso! - Ela entregou o baú a ele e o mesmo sorriu.

– Um baú dos cem anos? Interessante. Agradeça a ela por mim...

– Pode deixar! Ei! Vou dormir um pouco mais, eu caminhei muito hoje!

– Okay, se é o seu desejo. - Com uma cegueira emocional causada pela poção de Jenny o Rei simplesmente não se lembrava da separação brusca que havia sofrido, nem dos novos sentimentos que havia descoberto com sua amada azulada.

Eram quase quatro da tarde quando eles acordaram, Gajeel se colocou sobre a jovem e beijou seu rosto, descendo para o pescoço causando cócegas na menina que riu e o empurrou fazendo com que ele se risse também, os dois levantaram-se, tomaram um banho e a cada toque que a garota dava na marca, Levy sofria dores insanas no Castelo de Lucy, não aguentando mais a loira resolveu verificar o que estava acontecendo, colocou Levy numa carruagem bem confortável e as duas foram, Natsu resolveu conduzir pois Lucy ficaria dentro cuidando da amiga.

– Vai ficar tudo bem Levy... Já vamos descobrir o que é... - Ela acariciou a amiga num terno afago de uma quase irmã preocupada.

– Natsu? Falta muito? - Lucy gritou pro rapaz que estava fora conduzindo a carruagem feita especialmente para que ele não se sentisse mal lá dentro. - Ela está queimando de febre!

– Não! Mais uns dez minutos e chegamos ao Castelo do Gajeel! - O rosado avisou, Lucy estava apreensiva.

– Vai ficar tudo bem Levy... Vamos ver o que está acontecendo e resolver... - Ela cobriu a menina com um cobertor que tinha trazido.

– Tá... - Num sussurro a menina se manifestou, estava perdendo a consciência aos poucos, dez minutos exatos se passaram para eles chegarem na moradia da jovem, Natsu a pegou no colo e eles entraram indo direto para o quarto do casal, a loura ficou para cuidar da amiga enquanto Natsu foi procurar o Rei.

– Gajeel! Gajeel idiota aparece! - E o homem surgiu de mãos dadas com a menina do passado, o rosado não prestou atenção nisso então puxou o amigo pro quarto onde Levy dormia.

– O que essa garota faz na minha cama? - Ele encarou a menor que não estava nada bem. - O que vocês fazem aqui? O que diabos está acontecendo?

– Cara, o que você fumou? É A LEVY! - Gajeel olhou pra ela e deu os ombros.

– E daí? - Ele puxou Lyra pra si, assim que a cabeça dela encostou na marca Levy gritou, ele parecia não se importar nem um pouco com o que acontecia com a jovem. - Tirem essa coisinha da minha cama. - De repente Gajeel foi atingido por um soco desferido por Natsu que ardia em raiva. - POR QUE FEZ ISSO SEU RETARDADO?

– COMO PODE FALAR ASSIM DA SUA MULHER GAJEEL?! - Lucy olhava os dois brigarem com receio, Lyra olhava sem reação.

– O TEU FOGO QUEIMOU TEU CÉREBRO? EU SOU NOIVO DE LYRA! EU NEM CONHEÇO ESSA PIRRALHA. - Gajeel pegou Levy pela gola do vestido e a tirou da cama e sem nenhum remorso a jogou no chão, fora do quarto. - Tire ela daqui antes que eu mesma faça.

– Ga... Jeel... - A menor se manifestou, ele olhou pra ela com raiva e rancor, ela não entendia o motivo dele estar agindo assim. - Gajeel para... Por que... Tá fazendo isso comigo?

– Não fale como se você fosse importante. - Ele riu sádico, Lyra pegou a mão dele e o encarou.

– Para Gajeel... Já chega... Mande ela embora e pronto... Não precisa machucar... - Juntando todas as suas forças Levy se levantou e apontou para Lyra.

– O que você fez com o Gajeel? - Levy a olhava com raiva e indignação.

– O que eu fiz? O que você fez! Eu sei que lançou um feitiço sobre ele, mas eu o quebrei! - Convencida de que havia feito algo certo a loura apontou para a azulada e bufou. - Não pode mais fazer nada com ele sua bruxa! - Assim que disse isso a mesma sofreu com um tapa desferido pela azulada, assim que Gajeel viu a cena lançou Levy longe.

– Não ouse fazer isso novo ou eu te mato! - O homem ameaçou, Levy encarou ele abaixou a gola do vestido, mostrando a marca.

– Me mata! Me mata que você vai junto! - Ele olhou pra ela e para a marca e se espantou, olhando aquilo o homem colocou as mãos na cabeça, atormentado.

– Por que ela tem essa marca? Por que EU tenho essa marca? O que está acontecendo?! - Levy se aproximou e tocou a marca dele, nada aconteceu mesmo fraca ela chamou um guarda que sabia que a cobiçava e colocou a mão dele sobre a marca, o que fez Gajeel sentir a maldita dor, ela não tirou a mão do homem de lá por um longo minuto, assim que esse tempo passou ela o dispensou e olhou pro marido que ainda se contorcia, se aproximando lentamente ela tocou o rosto dele, estava atormentado o suficiente para cometer uma loucura. Ele alcançou o "Presente” de Jenny e o abriu, Levy olhou a escuridão que emanava da caixa e deu um passo para trás, era tarde demais. Aquilo a consumiu... Puxou-a pra dentro fazendo que fosse selada, assim que a caixa foi fechada ele caiu desacordado.