The sounds of silence escrita por Grace Black


Capítulo 1
The sounds of silence


Notas iniciais do capítulo

Esta Drabble foi feita para a gincana do forum paperback-writers com um tema e sorteio de personagens: Tema: Silêncio 2&4 – Sirius e Ginny Harry Potter , Sonf Fic , UA, drabble, (Esqueça tudo do sexto livro em diante)



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The sounds of silence


"Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence."



Ninguém sabia como. Ninguém entendia como. Mas Sirius Black estava de volta do além véu. Dois anos e meio depois, era impossível que tivesse sobrevivido, mas a magia tem seus próprios meios e desígnios. Ninguém nunca entendeu o véu da morte mesmo com todos os séculos de estudo, mas dizia-se que a vontade de permanecer vivo, a vontade de não se entregar acabava envolvendo a pessoa que o atravessava e protegia seu corpo e alma, mesmo que sua mente pudesse se perder. Mas o que a mente de Sirius tinha para perder depois de tantos anos em Azkaban?
Mas sua vontade era forte, e ele sabia que não podia morrer, não agora que teria novamente uma família, uma causa para lutar. Meses depois se recuperando, comendo, andando, se acostumando novamente com tudo ao redor, Sirius tinha uma batalha constante com a escuridão que nublava sua mente, as idas e vindas de presente e passado que às vezes se misturavam na confusão de realidade e sonhos, e no som do silencio que ecoava por sua mente mais forte que o pior dos ruídos. Molly o acusou antes de achar que Harry era James. Às vezes ele tinha certeza que o afilhado o era, outras vezes não. Tudo era confuso, e ele ouvia os sussurros de todos ao redor, se perguntando quando, ou se, ele voltaria a ser ele mesmo. Ou se a loucura já o havia consumido. Sirius queria rir. Rir dessas pessoas que achavam que entendiam algo sobre a loucura, um lugar que ele era expert em flertar, quase um traço de família, um traço do seu sangue.
Mas existia alguém que talvez o entendesse, e que podia ouvir tão bem quanto ele aquela escuridão silenciosa que tomava conta de sua mente. Ela não insistia como os outros para que ele pudesse interagir, participar, demonstrar que estava vivo. Mas ela estava sempre lá. Observando. Grandes olhos castanhos, profundos, com um rosto de pele marfim salpicada com algumas sardas, fazendo um conjunto tão hipnótico com o vermelho longo e macio. Tão colorido, tão vivo, tão diferente do eterno cinza que o rodeou por tanto tempo naquele maldito véu. Ginny entendia o som do silêncio.


***


Ginny sabia, ou ao menos suspeitava, que mesmo que todos achassem estar fazendo o certo tentando trazer a mente de Sirius sempre para o presente, às vezes era melhor dar tempo para que ele próprio se acostumasse. Ela passou por aquilo. Longos e torturantes momentos de escuridão com um silêncio estrondoso a ecoar pela mente, sem saber o que deveria estar lá, sem saber o que perdeu, sem saber como se adaptar. Às vezes ela podia sentir o quanto Sirius estava se perdendo, mesmo que não o conhecesse tão a fundo, ela gostou de conviver com ele no curto período de férias em que a família morou na sede da Ordem da Fênix. Ele engraçado, forte, determinado, teimoso. Ele era único. E ele estava se perdendo.
Estavam todos de volta ao Largo Grimald na ânsia de ajudar na recuperação de Sirius. Depois de dias sem poder dormir, pensando na pressão que indiretamente Sirius sofria dos outros, Ginny levantou de sua cama e silenciosamente saiu do quarto, sem acordar Hermione. Pelas suas contas seria depois das três da madrugada, e ela sabia que Sirius provavelmente também não estaria dormindo. Se ele não estivesse vagando pela casa, estaria no sótão, encolhido, olhando pela janela com o olhar fixo em um ponto distante do passado. Calmamente, enrolada em uma manta quente que lhe cobrira a cama, Ginny caminhou até o sótão e observou pela escuridão, a meia luz que vinha da janela e iluminava o corpo do homem de espírito quebrado. Caminhando até ele, Ginny se sentou a sua frente e esperou, por meia hora ou duas horas, ela não sabia, mas ficou ali e esperou até que o olhar vago dele se dirigisse até ela, e ela pudesse ver um pequeno sorriso em seus lábios, uma sombra do que ele fora com a voz rouca murmurar.
“Eu sei que você pode ouvi-lo também. O som do silencio que eu ouço. E você é toda cor e luz, então talvez, apenas talvez, você possa trazer meu espírito de volta, da escuridão que ele se agarrou.”



***


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Notas finais do capítulo

Musica: The sounds of silence - Simon & Garfunkel

Espero que tenham gostado, previ um futuro relacionamento ali hauhahau =***



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