Emma despertou, sentiu o corpo quente embaixo do seu e as mãos que lhe rodeavam, como se Regina estive-se lhe protegendo de tudo e todos. Gostou de a morena ter ficado, apesar de ser perigoso, esse gesto a fazia se sentir segura. Roçou seus lábios no pescoço de Regina, que se arrepiou com o carinho.

— Acho que alguém acordou melhor...

— Apenas apreciando os riscos que você correu ontem!

Regina sorriu, abriu os olhos e observou as esmeraldas verdes que tanto lhe fascinava.

— Esta sentindo-se bem?

— Sim, desculpe pelo drama de ontem.

— Ei, não foi drama, foi apenas a verdade. E saiba que eu realmente ouvi tudo e pretendo ajeitar as coisas para nós. Vamos começar com a nossa viagem, devemos ir amanhã de manhã mesmo.

— Já falou para sua mãe?

— Ela sabe do evento, só não avisei que iremos.

— Vou arrumar minhas coisas.

— Não precisa exagerar, é apenas dois dias. E para o que pretendo fazer com você, nem vai precisar de roupas. – Comentou maliciosa, mordiscando a bochecha da loira.

Emma gargalhou, adorava o descaramento de Regina, como ela falava tudo o que pensava sem vergonha nenhuma.

— Se você diz...

— Sim, eu digo. E digo mais também, você vai amar cada segundo desta viagem!

— Eu não tenho dúvidas disso. – Sorriu doce e deu um selinho na morena. – Mas agora preciso levantar.

— Não estou te impedindo. – Sorriu arrogante. – Pode ir, juro que vou deixar.

Emma mordeu o lábio inferior, levantou e foi até o banheiro, não foi surpresa nenhuma, Regina a seguir até o chuveiro.

— Prometi não te segurar, não falei nada em te perseguir até aqui!

— Imaginei. – Falou sorrindo. – E não estou reclamando.

— Deixa eu te ajudar. – Falou puxando a blusa de Emma, por cima de sua cabeça. – Não está preparada para tomar um banho ainda, precisa se livrar desta roupa toda.

— Preciso?

— Sim, e eu vou me certificar de fazer isso! – Abaixou a calça de moletom que a loira usava, tirou o sutiã e depois a calcinha, com toda a calma do mundo. – Agora sim, está pronta para tomar um banho inesquecível!

— Mas é muito convencida mesmo! – Falou sorrindo e negando com a cabeça. – Presumo que vai se juntar a mim?

— Claro que vou – Falou se livrando das próprias roupas. – Essa é a parte do inesquecível.

Regina puxou Emma para baixo do chuveiro, ligando ele, enquanto a água caia por ambos os corpos, as duas se beijavam, trocando caricias. Emma um pouco envergonhada, deixava sua mão ir descendo até a intimidade da morena, que ao sentir os dedos lhe explorando ficou ainda mais excitada.

— Continua. – Murmurou entre beijos molhados. – Está no caminho certo.

— Eu queria... mas eu nunca fiz isso antes. – Emma falou com receio. – Me ensina?

Regina quase teve um orgasmo ao ouvir Emma lhe pedir isso. Pegou na mão de sua amada, e colocando dois dedos em sua boca, continuou.

— Você irá usar eles, é só seguir seus instintos, fique tranquila.

Emma concordou com a cabeça, levou os dois dedos que Regina tinha lambido até a intimidade dela, primeiro massageou o clitóris um pouco, e foi descendo, até chegar na abertura de sua amada. Ainda um pouco hesitante, Emma penetrou seus dedos na morena, que gemeu em resposta. Começou um vai e vem, que fazia os gemidos de Regina aumentar.

— Oh, isso... – Regina só sabia gemer, estava perdida em sensações. – Emma...

A loira, incentivada pelas expressões de prazer de Regina, aumentou o ritmo, enlouquecendo de vez a morena.

— Vem, meu amor! Goza para mim...

E isso foi o que Regina precisava, ela chegou no seu clímax, gemendo alto, sendo calada por um beijo de Emma.

— Minhas pernas estão bambas, parece que a parte do inesquecível ficou para mim.

— Acho que para nós duas, adorei a sensação de estar dentro de você. – Emma falou sorrindo.

Regina concordou com a cabeça, abraçou Emma, deixando um beijo em seu pescoço.

— Temos que nos apressar. Já fiquei tempo demais no seu quarto!

— Sim, eu sei. Vamos terminar o banho de verdade agora.

As duas terminaram de tomar o banho, se vestiram e voltaram para o quarto.

— Bom, vou passar no meu quarto e já desço. Me espera para irmos para o jornal?

— Sempre. – Emma sorriu e lhe deu um selinho. – Já vou descer!

Quando abriu a porta, Regina saiu primeiro, levando um enorme susto ao ver Cora a sua frente. Emma parou na porta, encarando sua sogra.

— Regina? O que faz tão cedo no quarto de Emma?

— Estava lhe informando da viagem que teremos que fazer! Lembra que te falei sobre Boston?

— Sim, eu não sabia que havia decidido ir, tampouco levando Emma consigo.

— Eu me ofereci. – Emma se adiantou. – Acho esse tipo de evento muito promissor.

Cora olhou para a loira, depois para a sua filha.

— E eu achei uma ótima ideia, Emma é uma excelente jornalista, iremos representar muito bem o The Mirror. – Regina completou.

— Não tenho dúvidas quanto a isso! – Cora falou sarcasticamente, causando um desconforto. – Já comunicaram ao Killian?

— Não tive oportunidade ainda. – Emma comentou calmamente. – Vou falar com ele no café da manhã.

— Certo. – Cora respondeu pensativa. – Regina antes de ir nessa viagem repentina, precisamos conversar!

— Quando quiser, Mamãe!

Cora concordou com a cabeça, e desceu as escadas. Emma e Regina se olharam preocupadas.

— Eu vou ir descendo, te espero lá embaixo, certo?

— Sim, meu anjo. Eu não vou demorar!

Emma desceu e Regina foi para o seu quarto. A morena pensava que sua mãe com certeza iria lhe perguntar algo, sobre a natureza de seu relacionamento com Emma. E sabia perfeitamente, que sua mãe sempre sabia quando ela estava mentindo, o que a deixava mais apreensiva, teria que achar um jeito de contornar a situação.

Emma estava tomando seu chocolate quente, acompanhada de Cora, quando Killian se juntou a elas. Ele beijou o rosto de sua mãe e fez o mesmo com a namorada.

— Killian, eu estava precisando lhe falar uma coisa.

— Sim?

— Irei junto com a Regina para Boston amanhã!

Killian fechou a cara, e perguntou em um tom de voz calmo.

— Posso saber o motivo?

— A convenção de jornalistas, o The Mirror foi convidado.

— E porque não fui chamado para ir junto?

Regina que estava chegando no momento, respondeu.

— Iremos apenas nós duas, preciso que fique tomando conta de tudo. Como eu sempre fiz quando você viajava em nome do jornal!

Killian olhou para a irmã com raiva, seu rosto já estava vermelho, nitidamente ele se controlava para não explodir.

— Boa viagem! – Dito isso, levantou e saiu porta a fora.

Cora que observava a cena em silêncio, balançou a cabeça negativamente. Tudo que não precisava, era seus filhos brigando por causa de uma mulher.

— Mamãe, já vamos para o jornal. Podemos conversar na minha volta?

— Sim. E tente falar com seu irmão, não deixe ele chateado com você.

Regina concordou e junto de Emma, foram para o jornal. No meio da tarde, cansada de tanto solucionar problemas administrativos, ligou para Emma em seu ramal.

— Meu anjo, você poderia vir até minha sala.

— Claro, já estou indo.

Quando Emma entrou na sala, percebeu que as persianas já estavam fechadas, e trancou a porta atrás de si.

— Eu estava aqui pensando, que nesta manhã eu fui injusta com você. – Regina falou se aproximando. – Acho que preciso te compensar!

— Ah, você acha? – Emma perguntou com um sorriso enorme. – E porque pensa isso? Eu me diverti muito nessa manhã, não lembro de injustiça nenhuma.

— Por um motivo bem simples. – Regina foi conduzindo Emma até sua mesa, deu um impulso colocando ela sentada no móvel. – Eu quero!

Regina atacou os lábios rosados, com uma ferocidade sem igual, deixando Emma sem fôlego. Emma apertou suas pernas na cintura da morena, enquanto Regina descia beijos pelo seu pescoço. Emma levantou os braços, sinalizando para a morena lhe tirar a blusa, coisa que ela fez rapidamente. Regina voltou sua atenção para o par de seios a sua frente, adorava se deliciar neles. Enquanto distribuía pequenos beijos por eles, sua mão ia descendo no abdômen da loira. Quando estava prestes a penetrar Emma, a porta do escritório foi aberta, fazendo as duas levarem um susto enorme, afinal tinham fechado a porta com chave. Mas Cora Mills tinha a chave, e fez uso dela, para a desgraça das duas amantes pegas no maior flagra.

— Bom, isso é muito autoexplicativo! Podemos poupar as mentiras, não?