Regina paralisou, olhava para os olhos de Emma que estavam marejados, pensou em tentar desviar do assunto, mas isso magoaria a loira. Elas tinham tido um momento lindo e maravilhoso, não poderia estragar tudo agora. Lembrou que havia prometido a si mesma, que passaria segurança para Emma.

— Eu não te mereço. Definitivamente, não mereço. – Viu o medo nos olhos da loira, e continuou rápido. – Mas eu também escolho você! Eu seria louca, se fizesse o contrário! Você sabe, que isso tudo é muito novo e confuso para mim, não sabe? – Viu Emma concordar com a cabeça. – Mas tenho uma única certeza, você me pertence Emma Swan, e eu vou lutar por nós!

Emma sorriu, deixando uma lágrima escapar de seus olhos, Regina prontamente a limpou com seu polegar.

— Oh, minha linda!

— Regina?

— Sim?

— Eu tenho que ir para o meu quarto, já foi muito arriscado ficarmos juntas aqui.

— Eu sei, mas não queria te deixar ir!

— Muito menos eu queria ir!

— Fica!

— Enlouqueceu, foi?

— Fica, por favor, fica!

— Regina, podem ir bater no meu quarto, eu passei a chave por fora, mas mesmo assim é muito arriscado!

— Eu nunca dormi junto com ninguém antes, sempre fui embora. Também nunca trouxe ninguém para o meu quarto, pois ele é o meu santuário, sabe?

— E você quer que eu fique...

— Quero! Não quero que você saia dos meus braços hoje, não depois de tudo que vivenciamos aqui! Prometo te acordar extremamente cedo, para você voltar para o seu quarto! Se alguém bater e te questionar, é só falar que estava dormindo e não ouviu.

— Parece o plano perfeito!

— Sim, meus planos sempre são perfeitos. Mas porque eu tenho a sensação que você não vai aceitar?

— Eu tenho medo!

— Não tenha, eu estou aqui contigo! Não importa o que aconteça, eu não vou a lugar nenhum. Por favor Emma, amanhã eu sou obrigada a lhe ver nos braços do meu irmão. Me deixe te ter inteira, durante essa noite pelo menos.

— Como posso negar um pedido desses?

— Essa é a intenção, que não negue!

— Apesar de achar uma loucura, sim, eu vou ficar.

Regina abriu um lindo sorriso, capaz de iluminar a cidade inteira.

— Vem ser louca comigo...

Regina voltou a lhe beijar, um beijo que começou calmo e foi ganhando intensidade. As mãos já exploravam o corpo uma da outra. Emma colocou a mão por dentro da calcinha que a morena ainda vestia, e notou o quão molhada ela estava. Regina gemeu quando sentiu os dedos de Emma lhe masturbando. A loira continuou, fazendo Regina buscar mais contato, acelerou seus movimentos, causando um mar de sensações na morena, que não demorou muito e gozou, caindo por cima do corpo de Emma.

— Não posso acreditar que é a primeira vez que toca uma mulher, o que me fez sentir não é normal!

Emma deu uma gostosa risada, e começou a desenhar círculos preguiçosos nas costas de Regina. Que depois de recuperada, inverteu as posições, deixando o corpo da loira em cima do seu, fez Emma sentar em seu ventre.

— Quero ver você cavalgar, Swan – Falou com um sorriso malicioso e a voz rouca de desejo, que fez Emma se arrepiar. – Você pode fazer isso por mim?

— Qualquer coisa, baby!

Regina ajeitou melhor Emma em suas coxas, com uma mão lhe segurou a cintura firmemente, e com a outra a penetrou com dois dedos. Emma soltou um gritinho com a invasão, mas logo começou a rebolar nos dedos da morena, que ficava extasiada com a imagem dela cavalgando em cima de si. Regina sentiu as paredes internas de Emma se contraindo em seus dedos, e sabia que a loira não ia aguentar muito. Com mais algumas investidas, Regina se sentou, com Emma ainda rebolando em sua mão, lhe beijou com selvageria, fazendo a loira gozar escandalosamente, ainda bem que o beijo abafou os gritos e gemidos da loira.

— Agora você me matou de vez. – Emma resmungou sonolenta, estava exausta.

Regina se deitou, trazendo Emma para cima de seu peito, que se agarrou nela como se fosse um ursinho de pelúcia, escondendo seu rosto no vão do pescoço da morena.

— Dorme, meu anjo! – Começou um carinho nas costas da loira, que não demorou muito, caiu em um sono profundo.

Enquanto Emma dormia, Regina pensava que estava muito ferrada. Apesar de não conseguir se expressar, também estava apaixonada pela loira. E não sabia como agir. Tinha medo da reação de sua mãe, ela não iria aceitar elas duas juntas, já havia lhe alertado que Emma era de Killian. Essa seria a pior parte, nunca havia brigado com sua mãe, nem lhe decepcionado antes. E agora, estava perto de iniciar uma guerra com a família. Se ao menos pudesse poupar Emma disso tudo, ficaria mais tranquila. Não queria fazer sua amada sofrer, de forma alguma.

Algumas horas depois, Regina despertou, olhou no relógio e viu que eram 5 horas da manhã, sabia que sua mãe acordava todos os dias depois das 6 horas, então era melhor acordar Emma. A olhou em seus braços, e teve certeza que nunca iria lhe deixar escapar.

— Meu anjo... – Falou baixinho, fazendo um carinho nos cabelos loiros. – Por mais que eu queira lhe deixar dormir, você tem que voltar para o seu quarto. – Emma se mexeu dengosa. – Eu prometi te acordar cedo, quero que saiba que eu sempre vou cumprir minhas promessas a você, mesmo as que eu não queira fazer!

Emma abriu os olhos, procurou pelo olhar da morena, que estava cravado em si.

— E eu te amo por isso! – Emma selou seus lábios. – Prometo sempre voltar para você, por mais difícil que seja, eu sempre vou voltar!

Regina sorriu encantada. Emma levantou, destrancou a porta e foi para o seu quarto. Chegando nele, foi direto tomar um banho, precisava se arrumar para descer daqui a pouco. Já devidamente pronta, estava pensando na sua noite com Regina. Tinha sido melhor do que imaginava, nunca tinha sentido tanto prazer em uma relação, e sabia que agora não tinha mais volta. O que lhe deixava ansiosa, hoje era domingo, e não teria nenhuma desculpa para ir para o jornal, teria que passar o dia com Killian. Fazia um bom tempo que eles não tinham intimidade, sabia que era maldade com ele, mas não podia evitar, não o desejava mais. E agora que havia se entregado de corpo e alma para Regina, não poderia nem pensar em ter algo mais íntimo com ele, simplesmente parecia errado. Sorriu ao lembrar da expressão de Regina quando se declarou, o fato de ela não retribuir o gesto não a afetou, pois sentia que era reciproco. Só torcia para não estar errada, lembrou do jeito que Killian sempre tentava retirar alguma declaração dela, e achou extremamente irônico se encontrar na mesma posição. Ele deveria acreditar que era retribuído, o que lhe deixou com um aperto no coração, e se estivesse se iludindo que nem ele?

Ouviu batidas na porta e se dirigiu até ela, quando abriu se surpreendeu.

— Cora?