E as duas cairam inconscientes.
De longe era visto que Harry estava á beira do pânico. Ele não sabia se socorria sua esposa, ou se ajudava a sua futura-esposa do passado. Albus viu o desespero do pai e correu para o seu lado para tentar falhamente acalmá-lo, em quanto observava Minerva mandar um patrono para Madame Pomfrey.
Em pouco tempo a enfermeira chegou abrindo sua pequena maleta já gotejando um pouco de uma poção translúcida na boca das duas, que levantaram repentinamente, a do futuro já foi falando:
—Puxa Harry, tive um sonho muito estran...- mas não terminou, ao olhar sua "Eu" do passado a sua frente suspirou, levantando e sentando na poltrona ao lado de Harry —Oque eu aprontei dessa vez?
A do passado ergueu os braço em forma de rendição.
—Dessa vez a culpa não foi minha!
—Como não? - disse Harry.

Agora do passado havia notado melhor o moreno a sua frente, os mesmos cabelos bagunçados -agora exibindo alguns fios brancos- os olhos verdes brilhantes... Nicoly estampou um sorriso triste ao novamente pensar oque tanto havia passado em sua mente. Como estaria Harry no passado nesse momento?

O Harry do futuro pareceu ler sua mente pois disse:
—Provalvemente, estou destruído...

E ele mal sabia o quão correto estava.

Mas a diretora prevendo uma discussão fez um floreio de varinha conjurando mais duas poltronas, onde Albus e Nicoly se sentaram. E desatou a repetir a explicação de Nicoly fazendo uma pausa passar a esmeralda para a do futuro. Da mesma forma que foi com o toque da do passado foi com a do futuro, fazendo palavras surgirem.
"Á meia noite do solstício de inverno;
O herdeiro e a visitante;
Seus poderes juntará;
E a visitante para casa retornará;"

—Parece que já temos a resposta de como Nicoly voltar. - disse Minerva - O solstício é na noite de amanhã, temos que ser rápidos, apareçam aqui ás 11 p.m. - Disse se dirigindo para Albus e Nicoly, que acenaram rapidamente, e saíram não sem antes jogarem a capa nos ombros e Albus colocar nos bolsos as orelhas extensíveis.
Ao chegar no salão comunal, não trocaram nenhuma palavra apenas seguiram para seus dormitórios e se jogaram em suas camas exaustos.
No dia seguinte tiveram uma surpresa.
Nicoly ao descer junto de Rose -depois de ter explicado oque houve na noite anterior-, viu muitos alunos reunidos ao redor de um papel, que com muito esforço conseguiu ler que haveria uma festa do dia das bruxas exatamente naquele dia, e que todos estariam liberados de aula naquele dia.
Albus e Scorpius desceram dos dormitórios prostando logo em seguida ao lado das duas.
—Oi Rosinha - Scorpius tentou abraçá-la mas Rose se esquivou. E os dois logo iniciaram uma discussão, que lembrava sempre para Nicoly, as brigas de Rony e Hermione. Albus aproveitou para sussurar:
—Será que da para nós irmos? Podemos sair mais cedo...
—Acho que uma olhadinha não mata ninguém né? -Nicoly sorriu travessa - Vai chamar ela?
—Ela quem? - Albus fingiu de desentendido.
—Oras, Hillary Zabine te lembra algo? - Nicoly sorriu ainda mais ao ver o rubor do menino.
—Ah porque não vamos tomar café hun? - mudou de assunto conseguindo a atenção de Scorpius e Rose que concordaram.

Mas quando os quatro estavam para entrar no salão principal, alguém barrou o caminho. O sorriso de Albus sumiu ao ver James de mão dadas com Hillary.

—Eai Albus? Já tem acompanhante? -E mostrou Hillary, a ruiva olhava de forma preocupada a reação

Nicoly sentiu compaixão por Albus ao ver a face derrotada que ele exibia e puxou seu braço dizendo:

—Diz pra eles Albus! Você vai comigo para a festa não é?

Um sorriso vitorioso surgiu no rosto de Albus ao entender o que sua mãe queria fazer e ver a confusão que se passava na mente do irmão.

—Claro que sim.

Scorpius se aproveitando da situação, puxou Rose também que parecia já ter esquecido da discussão de mais cedo.

—E você vai comigo né Rose? -sussurrou-

—Isso é um pedido?

—Talvez..

—Já disse que amo incertezas? Então sim. - Scorpius se segurou para não fazer uma dancinha-

E com isso os quatro circularam os dois logo seguindo calmamente para a mesa da Slytherin.

Mas com a mesma rapidez que o dia se passou, a festa chegou. Nicoly não se preocupou em se arrumar tanto, pois assim como Albus, teria que sair antes do final para finalmente voltar para o seu tempo.

Assim que a festa deu início os quatro entraram juntos, enquanto se sentava junto de Albus, Nicoly notou o olhar do mesmo seguir para a mesa onde James e Hillary estavam. E nem Nicoly e muito menos Albus deixava de gargalhar as investidas de James que Hillary ignorava ou dava uma resposta nada simpática. E quando os dois notaram que estavam sendo observados, Albus e Nicoly fingiram alguma forte tosse, e olharam para lados distintos.

Nicoly ao ver James se levantar da mesa, disse para Albus que iria pegar uma bebida, e nem esperou resposta e correu para a mesa de Hillary, e decidiu ir direto ao ponto.

—Hey, sei que você não me conhece, mas Albus é todo caidinho por você sabia?

A face de Hillary se iluminou.

—Sério?

E levantou da cadeira em um pulo, seguindo rapidamente para a mesa de Albus.

Nicoly andava sem rumo pela festa, estava tão distraída que sem querer esbarrou em um menino, derrubando a bebida no mesmo, Nicoly se sentiu tão constrangida que começou a tagarelar.

—O Merlin! Me desculpe por isso! Venha vou te ajudar a limpar isso. - pegou no braço do garoto, puxando-o para um canto mais afastado.

—Tudo bem, eu consigo limpar rapidinho - Nicoly franziu o cenho, por um momento achou que era a voz de Harry - Prazer, sou Caio César.

—Mesmo assim me desculpe, sou Mia Killor -disse seu nome falso.

E foi momentâneo, quando Nicoly deu por si, já estavam conversando como amigos de infância.

Até um lampejo verde como alvo teve Nicoly, mas Caio se jogou na frente, fazendo seu corpo cair sem vida no chão. Outros lampejos se seguiram, trazendo para a luz o assasino de Caio.

Lucius Malfoy, que sorria diabolicamente para seu feito.

Mas dois professores o segurava com a varinha apontada para a cabeça de Lucius, e o levou embora mas pode ouvir um deles falar:

—Agora seu lugar está garantido em Azkaban Malfoy.

E logo alunos começaram surgir, Albus apareceu ao seu lado, olhando com choque o corpo de Caio.

Nicoly segurava as lágrimas, mal tinha conseguido um novo amigo e o mesmo se sacrificou por ela. E ouviu Minerva erguer a voz:

—Hoje perdemos um grande aluno da Hufflepuff, Caio César Melo, que sacrificou sua vida pela vida de outra pessoa, e que hoje levará honra para sua casa que mais prezava a lealdade, ergam suas varinhas! Pois hoje o céu ganhará mais uma estrela!

E assim todos fizeram.

Minerva fez um sinal, indicando que era a hora. Nicoly ainda com lágrimas borrando sua visão, fez um floreio de varinha executando um feitiço que a tanto tempo queria fazer.

E flores brancas surgiram ao redor do corpo de César.

Deu uma ultima olhada no corpo de Caio e seguiu junto de Albus se embrenhando nas árvores da Floresta Proibida. O brilho da esmeralda na mão de Albus, pareceu se intensificar na luz da Lua, o mesmo passou a pedra para Nicoly que disse:

—No três.

—Um!

—Dois!

—Três!

Nicoly concentrou seu poder na pedra, enquanto Albus mandou uma rajada de gelo na pedra.

Nicoly sentia a impressão de ter o corpo flutuar, até que sentiu seu corpo bater com força no chão, mas não ligou, levantou-se e rapidamente e correu - que por sorte ou não - até Minerva que foi surpreendida ao ver a menina desaparecida a sua frente, mas Nicoly foi diretamente nos assunto que tanto á perturbava.

—Cadê o Harry Tia Minney?

No segundo seguinte o rosto severo de Minerva foi trocado por compaixão.

—Olha Srta Black, se acalme.

—Me acalmar? Professora onde ta o Harry?

Minerva se assustou era raro a menina lhe dirigir formalmente, mas desistiu ao ver o rosto decidido da garota e disse simplesmente.

—Ala Hospitalar.

Correu o máximo que pode, e encontrou Madame Pomfrey em frente de uma maca que reconheceu ser Harry, correu até lá, a enfermeira demorou um pouco para notar que Nicoly estava ali e tentou segura-la e dizer:

—Agüente firme Srta Black, mas é tarde demais.

Nicoly forçou a si mesma a não entender oque ela disse com tarde demais. E tentava chacoalhar Harry em vão.

—Harry! HARRY! Por favor acorda! Não me deixa, Harry, não me deixa.

Via que todo seu esforço era em vão, mas não queria acreditar na realidade.

Seu Harry.

Não poderia mais abraçá-lo.

Não poderia dizer que o amava. E que todo esse tempo ela apenas esperava os dois serem mais velhos para terem algo mais sério.

Mas não poderia dizer isso. Lágrimas escorriam liberadamente pelo sua face, e a terrível lembrança da morte de Kristopher Robin veio em sua mente.

E em um último gesto de aproximou de Harry, e colou os seu lábios em um inocente selinho nos agora, frios lábios do moreno de olhos-verdes.

Continua...